Saltar para o conteúdo

Charrua (agricultura): diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Nelson Teixeira (discussão | contribs)
m Revertidas edições por 186.221.228.82 por adição de informação suspeita sem fontes (usando Huggle)
Linha 9: Linha 9:


[[Categoria:Maquinaria agrícola]]
[[Categoria:Maquinaria agrícola]]
A charrua é um instrumento rudimentar que se presta para lavrar solos maleáveis e sem pedras. Pierre Montet assim descreve o utensílio: dois cabos verticais, reunidos por uma travessa, ligam-se ao tronco a que está adaptada a lâmina de metal ou de madeira, talvez. A rabiça engrenava entre os dois cabos verticais e ligava-se ao tronco da lâmina ao qual estava fixada por liames. Uma travessa de madeira fixa na extremidade da rabiça repousa na nuca de dois animais que puxam pela charrua. Estava ligada aos chifres. Ao lado, uma charrua e outros utensílios agrícolas.
Ao invés de bois, os egípcios empregavam vacas no trabalho de puxar a charrua. Os bois eram reservados à tarefa de transportar grandes blocos de pedra e também serviam ao transporte dos sarcófagos nos enterros.

Os camponeses trabalhavam em duplas. O trabalho mais fatigante — nos conta o mesmo autor — era o do homem que segurava a rabiça. À partida, de busto direito, uma só mão na rabiça, o condutor fazia estalar o chicote. Assim que os animais se punham em movimento, o homem dobrava o corpo, as duas mãos sobre a rabiça, e fazia peso com todas as forças sobre a charrua. O seu companheiro não tinha mais do que guiar a charrua mas, em lugar de ir à frente, recuando, caminhava a seu lado e no mesmo sentido. Algumas vezes este companheiro é uma criança, nua, os anéis de cabelo cobrindo a face do lado direito, que transporta um cesto pequenino. Não era considerado capaz de manejar um chicote ou uma vara. Para se fazer obedecer, só dispõe dos seus gritos. Algumas vezes é a mulher do trabalhador que espalha a semente.

Eram longas jornadas de trabalho e não sem incidentes, como a queda de uma vaca ou a quebra de uma rabiça. De quando em quando os trabalhadores deixavam descansar os animais e, à sombra das árvores, refrescavam-se com um gole d'água e consumiam algumas provisões que haviam trazido pela manhã em odres e cabazes. Os trabalhos só se encerravam com a chegada da noite.

Revisão das 17h41min de 28 de maio de 2012

A charrua é semelhante ao arado, mas rasga mais profundamente a terra e é mais durável, já que usa-se o ferro na sua construção; geralmente, essa relha de ferro é puxada por animais.

Esse sistema foi desenvolvido durante a Idade Média Central[1], e era considerado um dos avanços tecnológicos daquela época. Sua adoção proporcionou um aumento na produção, e dessa forma gerou um excedente de alimentos, já que antes era praticada a agricultura de substência. Mais tarde, esse entre outros avanços tecnológicos ajudaram no retorno da prática do comércio devido à sobra de produtos.ota

Nota: Na atualidade as charruas mais ferozes são puxadas por grandes maquinas, sendo no maximo possivel ter uma charrua de 7 dentes de ambos os lados.

Ícone de esboço Este artigo sobre Agricultura é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

A charrua é um instrumento rudimentar que se presta para lavrar solos maleáveis e sem pedras. Pierre Montet assim descreve o utensílio: dois cabos verticais, reunidos por uma travessa, ligam-se ao tronco a que está adaptada a lâmina de metal ou de madeira, talvez. A rabiça engrenava entre os dois cabos verticais e ligava-se ao tronco da lâmina ao qual estava fixada por liames. Uma travessa de madeira fixa na extremidade da rabiça repousa na nuca de dois animais que puxam pela charrua. Estava ligada aos chifres. Ao lado, uma charrua e outros utensílios agrícolas. Ao invés de bois, os egípcios empregavam vacas no trabalho de puxar a charrua. Os bois eram reservados à tarefa de transportar grandes blocos de pedra e também serviam ao transporte dos sarcófagos nos enterros.

Os camponeses trabalhavam em duplas. O trabalho mais fatigante — nos conta o mesmo autor — era o do homem que segurava a rabiça. À partida, de busto direito, uma só mão na rabiça, o condutor fazia estalar o chicote. Assim que os animais se punham em movimento, o homem dobrava o corpo, as duas mãos sobre a rabiça, e fazia peso com todas as forças sobre a charrua. O seu companheiro não tinha mais do que guiar a charrua mas, em lugar de ir à frente, recuando, caminhava a seu lado e no mesmo sentido. Algumas vezes este companheiro é uma criança, nua, os anéis de cabelo cobrindo a face do lado direito, que transporta um cesto pequenino. Não era considerado capaz de manejar um chicote ou uma vara. Para se fazer obedecer, só dispõe dos seus gritos. Algumas vezes é a mulher do trabalhador que espalha a semente.

Eram longas jornadas de trabalho e não sem incidentes, como a queda de uma vaca ou a quebra de uma rabiça. De quando em quando os trabalhadores deixavam descansar os animais e, à sombra das árvores, refrescavam-se com um gole d'água e consumiam algumas provisões que haviam trazido pela manhã em odres e cabazes. Os trabalhos só se encerravam com a chegada da noite.

  1. FRANCO JUNIOR, Hilário. A Idade Média: Nascimento do ocidente. Editora Brasiliense. São Paulo, 2006.