Mostrar código-fonte de Chronica Adefonsi Imperatoris

A '''''Chronica Adefonsi Imperatoris''''' ("Crônica do imperador Afonso"), escrita em [[latim]] por um autor anônimo em meados do século XII, relata os fatos do reinado de [[Afonso VII]] de [[Reino de Leão|Leão]] e [[Reino de Castela|Castela]] (1126-57), chamado ''O Imperador''. É uma [[Crónica (historiografia)|crónica]] cortesã, pois centra a sua atenção nos acontecimentos da corte real, embora contenha também abundante informação sobre outros fatos da época. Junto com a ''[[Crônica najerense]]'', a ''[[Crônica silense]]'' e a ''[[Historia Compostelana]]'', é um dos anais mais importantes para o conhecimento da história da [[Alta Idade Média]] hispânica.

Alberga também um texto de interesse literário, o ''Poema de Almeria'', um poema épico em latim escrito entre 1147 e 1149 que alude, entre outros guerreiros destacados da sua época, a [[El Cid]] e a [[Álvar Fáñez]]:

{{Quote1|Ipse Rodericus, Meo Cidi saepe vocatus<br/>de quo cantatur quod ab hostibus haud superatur<br/>qui domuit Mauros, comites domuit quoque nostros,<br/>hunc extollebat, se laude minore ferebat.<br/>Sed fateor verum, quod tollet nulla dierum:<br/>Meo Cidi primus fuit Alvarus atque secundus.|col2=O mesmo Rodrigo, frequentemente chamado Mio Cid,<br/>de quem se canta<ref>[[Ernst Robert Curtius]], in ''Literatura europea y Edad Media latina'', trad. de [[Margit Frenk Alatorre]] (México; Buenos Aires, Fondo de Cultura Económica, 1955, 2 vols.) [=Europäische Literatur und lateinisches Mittelalter, Berna, 1948; 2ª ed. 1954], pp. 233-235, adverte contra a ampliação do sentido das fórmulas que aludem a supostos "carmina publica" (cantares orais), pois "canere" ou "cantare" significava 'celebrar' ou 'comemorar' e em contextos narrativos, 'relatar', 'explicar'. Assim, a alusão "de quo cantatur" na qual parte da crítica veu um testemunho da existência do ''Cantar de mio Cid'', significaria simplesmente 'era notório', 'era fama', em consonância com o ''saepe vocatus Meo Cid'', que poderia ser traduzido como 'habitualmente chamado Meu Cid'. ''Cfr.'' Alberto Montaner Frutos e Ángel Escobar (2001), pp. 102-106.</ref> que nunca foi vencido pelos seus inimigos,<br/>que dominou os mouros e dominou os nossos condes,<br/>elogiava-o [a Álvaro], a si mesmo não dedicava tão grandes elogios.<br/>Mas confesso-vos uma verdade que não mudará com o tempo:<br/>Meu Cid foi o primeiro e Álvaro o segundo.}}

==Bibliografia==
* LIPSKEY, Glenn Edward; [http://libro.uca.edu/lipskey/chronicle.htm The Chronicle of Alfonso the Emperor. A Translation of the ''Chronica Adefonsi Imperatoris'', with study and notes.] Tradução para o inglês da ''Chronica Adefonsi Imperatoris'', com análise e comentários. 
* MONTANER FRUTOS, Alberto e ESCOBAR, Ángel,''El Carmen Campidoctoris y la materia cidiana'', en ''Carmen Campidoctoris o Poema latino del Campeador'', Madrid, Sociedad Estatal España Nuevo Milenio, 2001, pp. 13-120. ISBN 978-84-95486-20-2

{{Referências}} 
{{Tradução/ref|es|Chronica Adefonsi Imperatoris}} 

[[Categoria:Livros do século XII]]
[[Categoria:Crónicas medievais]]
[[Categoria:Reinado de Afonso VII de Leão]]
[[Categoria:Latim]]