Mostrar código-fonte de Constantinopla

{{coord|display=title|41|0|33|N|28|58|33|E|tipo=city_region:TR}}
{{Info/Sítio arqueológico
|nome        =Constantinopla
|nome_alt    =<small>Bizâncio, Miklagard/Miklagarth,<br>Tsargrad, Basileuousa e Megalopolis</small>
|nome_nativo =<small>''Κωνσταντινούπολις or Κωνσταντινούπολη'' (grego)<br>''Constantinopolis'' (latim)</small>
|imagem          =Bizansist_touchup.jpg
|imagem_tamanho  =300px
|legenda         =Vista aérea de Constantinopla bizantina e do Propontis (Mar de Mármara).
|mapa            =Byzantine Constantinople-pt.svg
|mapa_tamanho    =300px
|mapa_legenda    =Mapa da Constantinopla bizantina.<br>[[Imagem:Bizancio1180AD-pt.svg|300px]]<br>Localização de Constantinopla no [[Império Bizantino]] em 1180.
|mapa_alfinete         =Turquia
|mapa_alfinete_tamanho =270px
|mapa_alfinete_legenda =Localização na [[Turquia]].
|latd=41 |latm=00 |lats=33 |latNS=N
|longd=28 |longm=58 |longs=33 |longEW=E
|país            ={{TUR}}
|região          =[[Trácia]]
|fundação         =11 de maio de 330
|império         =[[Império Romano do Oriente]] (Império Bizantino)
}}
'''Constantinopla''' ({{langx|el|Κωνσταντινούπολις||''Konstantinoúpolis''|lit. "cidade de Constantino"}}, {{langx|la|''Constantinopolis''}}, em [[Língua turca otomana|turco otomano]] formal: قسطنطينيه , ''Kostantiniyye''), atual [[Istambul]], foi a [[capital]] do [[Império Romano]] {{nwrap||330|395}}, do [[Império Bizantino]] (ou Império Romano do Oriente) (395–1204 e 1261–1453), do [[Império Latino]] {{nwrap||1204|1261}} e, após a [[Queda de Constantinopla|tomada pelos turcos]], do [[Império Otomano]] {{nwrap||1453|1922}}. Estrategicamente localizada entre o [[Corno de Ouro]] e o [[Mar de Mármara]] no ponto em que a [[Europa]] encontra a [[Ásia]], a Constantinopla Bizantina havia sido a capital da [[Cristandade]], sucessora das antigas [[Grécia Antiga|Grécia]] e [[Roma Antiga|Roma]]. No decorrer da [[Idade Média]], Constantinopla foi a maior e mais rica cidade da Europa.<ref name="Oxf">"Constantinople" in ''The Oxford Dictionary of Byzantium'', [[Oxford University Press]], Oxford, 1991, p. 508. {{ISBN|0-19-504652-8}}</ref>

Desde meados do {{séc|V}} até o início do XIII, Constantinopla era a maior e mais rica cidade da [[Europa]]<ref>Pounds, Norman John Greville. ''An Historical Geography of Europe, 1500–1840'', p. 124. CUP Archive, 1979. {{ISBN|0-521-22379-2}}.</ref> e foi fundamental no avanço do [[cristianismo]] durante os [[Roma Antiga|tempos romanos]] e [[Império Bizantino|bizantinos]] como o lar do patriarca ecumênico de Constantinopla e como o Guardião das relíquias mais sagradas da cristandade, como a [[Coroa de Espinhos]] e a [[Verdadeira Cruz]].

A cidade também era famosa por suas obras-primas arquitetônicas, como a catedral [[Igreja Ortodoxa Grega|ortodoxa grega]] de [[Santa Sofia]], que servia de sede do [[Patriarcado Ecumênico de Constantinopla|Patriarcado Ecumênico]], o [[Grande Palácio de Constantinopla|Palácio Imperial]] sagrado onde moravam os Imperadores, a [[Torre de Gálata]], o [[Hipódromo de Constantinopla|Hipódromo]], o Portão de Ouro das [[Muralhas de Constantinopla]] e os opulentos palácios aristocráticos que alinhavam-se entre avenidas. A [[Universidade de Constantinopla]] foi fundada no {{séc|V}} e continha inúmeros tesouros artísticos e literários antes de ser saqueada em 1204 e 1453, incluindo a sua vasta [[Biblioteca Imperial de Constantinopla|Biblioteca Imperial]] que continha os restos da [[Biblioteca de Alexandria]] e tinha mais de 100 mil volumes de textos da [[Antiguidade]].<ref>{{citar web|url=http://www.clir.org/pubs/reports/bellagio/bellag1.html|título=Preserving The Intellectual Heritage—Preface}}</ref>

Constantinopla era famosa por suas defesas maciças e complexas. O primeiro muro da cidade foi erguido por [[Constantino]] e cercava a cidade por todos os lados. Mais tarde, no {{séc|V}}, o [[prefeito pretoriano]] [[Antêmio (prefeito pretoriano)|Antêmio]], sob o imperador {{lknb|Teodósio|II}} {{nwrap|r.|408|450}}, empreendeu a construção das muralhas teodosianas, que consistiam em uma parede dupla a cerca de 2&nbsp;km ao oeste da primeira muralha e um fosso com estacas na frente.<ref>{{citar livro|título=A History of Byzantine State and Society|último=Treadgold|primeiro=Warren|publicado=Stanford University Press|ano=1997|local=Stanford, California|página=89}}</ref> Este formidável complexo de defesas foi um dos mais sofisticados da Antiguidade e a posição da cidade, construída intencionalmente em sete colinas, bem como na justaposição entre o [[Chifre de Ouro]] e o [[Mar de Mármara]], a tornava uma fortaleza inexpugnável que protegia magníficos palácios, cúpulas e torres entre dois continentes ([[Europa]] e [[Ásia]]) e dois [[mar]]es (o [[Mediterrâneo]] e o [[Mar Negro]]).

== Etimologia ==

O nome da cidade é uma referência ao [[imperador romano]] [[Constantino]], que tornou esta cidade a capital do [[Império Romano]] em [[11 de maio]] do ano [[330]]. Dependendo de seus governantes, teve diferentes nomes no decorrer do tempo. Entre os mais comuns estão: [[Bizâncio]] ({{transl3|el|Βυζάντιον|Byzántion}}); Nova Roma ({{transl3|el|Νέα Ῥώμη|Néa Rhōmē}}); Constantinopla; Kostantiniyye e [[Istambul]]. Ela foi também chamada de Tsargrado ("Cidade dos Imperadores") pelos [[eslavos]], enquanto para os [[viquingues]] era conhecida como Miklagård, "a Grande Cidade", semelhante ao nome com que também era chamada pelos gregos: "a Cidade" (ἡ Πόλις, ''hē Pólis'').{{carece de fontes|data=junho de 2019}}

O nome Istambul, que se supõe derivar da expressão grega "para a Cidade" ou "na Cidade" (em grego antigo εἰς τήν Πόλιν, eis ten pólis), é usado na língua turca desde o {{séc|X}}, embora na maior parte dos casos as autoridades otomanas se referissem à cidade como Kostantiniyye. No entanto, havia, por exemplos alguns cargos oficiais em cujo nome aparecia Istambul — o comandante militar era o ''İstanbul ağası'' o grau mais elevado da magistratura civil era o ''İstanbul efendisi''.<ref>A.C. Barbier de Meynard (1881): Dictionnaire Turc-Français. Paris: Ernest Leroux.</ref> Em 1930, mediante a lei turca de serviço postal, parte das reformas nacionais do governo de [[Atatürk]], a cidade foi definitivamente nomeada oficialmente como Istambul.

== História ==

=== c. {{AC|657|x}} - {{DC|324|x}}: Bizâncio e assentamentos anteriores ===
{{Artigo principal|Bizâncio}}
[[Imagem:Lysimachos.jpg|thumb|esquerda|[[Dracma (massa)|Tetradracma]] de [[prata]] cunhado em Bizâncio por volta de 150–100 a.C. A cidade cunhou moedas em nome de [[Lisímaco]] quase 200 anos após sua morte]]
[[Imagem:Second Court Topkapi 2007 80.JPG|thumb|esquerda|Restos de colunas bizantinas da antiga [[acrópole]] de Bizâncio, onde se encontra atualmente o [[Palácio de Topkapı]]]]

Constantinopla foi fundada pelo [[imperador romano]] [[Constantino]] {{nwrap|r.|306|337}} em 324<ref name=Oxf/> no local de uma cidade já existente, Bizâncio, que se instalou nos primeiros dias da [[Colônia grega|expansão colonial grega]], em torno de {{AC|657|x}}, por colonos da [[Polis|cidade-estado]] de [[Mégara]]. Este é o primeiro assentamento importante que se desenvolveria no local da futura Constantinopla, mas as primeiras ocupações conhecidas foi Ligo, referida nas ''Histórias Naturais'' de [[Plínio, o Velho]].<ref>Pliny, IV, xi</ref> Além disso, pouco se sabe sobre este assentamento inicial, exceto que foi abandonado quando os colonos megarianos chegaram. O local, de acordo com o mito de fundação da cidade, estava abandonado quando os colonos gregos da cidade-estado de Mégara fundaram Bizâncio ({{langx|el|Βυζάντιον||''Byzantion''}}) em torno de {{AC|657|x}}, em frente à cidade de [[Calcedônia (cidade)|Calcedônia]] e no lado asiático do [[Bósforo]].{{carece de fontes|data=junho de 2019}}

A cidade manteve a independência como uma cidade-estado até que ser anexada ao [[Império Aquemênida]] por {{lknb|Dario|I}} em {{AC|512|x}}, que via a localização da cidade como ideal para construir uma [[ponte flutuante]] cruzando para a Europa, visto que Bizâncio estava situada no ponto mais estreito do [[Estreito do Bósforo]]. O domínio persa durou até {{AC|478|x}}, quando, como parte do contra-ataque grego à [[Guerras Médicas|Segunda Invasão Persa da Grécia]], um exército grego liderado pelo general [[esparta]]no [[Pausânias (general)|Pausânias]] capturou a cidade que permaneceu independente, ainda que subordinada aos [[Atenas Antiga|atenienses]] e, mais tarde, aos espartanos, após {{AC|411|x}}<ref>Thucydides, I, 94</ref> Um tratado visionário com o poder emergente de [[Roma Antiga|Roma]] em {{AC|150|x}}, que estipulava tributos em troca de um estatuto independente, permitiu que ela entrasse intacta ao domínio romano.<ref>Harris, 2007, pp.24–25</ref> Este tratado pagaria dividendos retrospectivamente, pois Bizâncio manteria sua independência e prosperaria em paz e estabilidade durante a ''[[Pax Romana]]'', por quase três séculos até o final do {{séc|II}}.<ref>Harris, 2007, p.45</ref>

Bizâncio nunca foi uma grande cidade-estado influente como [[Atenas Antiga|Atenas]], [[Corinto]] e [[Esparta]], mas a cidade teve uma paz relativa e um crescimento constante como uma cidade comercial próspera graças a sua posição notável. O local estava no caminho da rota terrestre entre [[Europa]] e [[Ásia]] e na via marítima do [[Mar Negro]] ao [[Mediterrâneo]]. Além disso, tinha no [[Corno de Ouro]] um porto excelente e espaçoso. Já na época grega e romana, Bizâncio era famosa por sua posição geográfica estratégica que dificultava o assentamento e captura e a tornava um assentamento muito valioso para abandonar, como o imperador [[Septímio Severo]] mais tarde percebeu quando arrasou a cidade para apoiar a [[Ano dos cinco imperadores|reivindicação]] de [[Pescênio Níger]].<ref>Harris, 2007, pp.44–45</ref> Foi um movimento muito criticado pelo cônsul e historiador contemporâneo [[Dião Cássio]], que disse que Severo havia destruído "um forte posto romano e uma base de operações contra os [[bárbaros]] do [[Ponto (região)|Ponto]] e da Ásia". Ele reconstruiu Bizâncio no final do seu reinado, no qual seria brevemente renomeado para ''Augusta Antonina'', fortificando-a com uma nova muralha da cidade em seu nome, a parede de Severo.<ref>Cassius Dio, ix, p.195</ref>

=== 324-337: Fundação de Constantinopla ===
[[Imagem:Column_of_Constantine_1.JPG|thumb|[[Coluna de Constantino]], construída por [[Constantino]] em 330 para comemorar o estabelecimento de Constantinopla como a nova capital do [[Império Romano]]]]
[[Imagem:Interior_of_Hagia_Sophia.jpg|thumb|[[Santa Sofia]], construída por ordem de [[Justiniano]]]]
[[Imagem:Car_bed_kap_deu2.jpg|thumb|Trecho restaurado das [[Muralhas de Constantinopla]]]]
{{AP|Império Romano|Império Bizantino}}

Constantino tinha planos mais ousados. Tendo restaurado a unidade do [[Império Romano do Oriente]] e, ao longo de grandes reformas governamentais e da consolidação da igreja cristã, ele estava bem ciente de que [[Roma]] era uma capital insatisfatória, pois estava muito longe das fronteiras e, portanto, dos exércitos e dos tribunais imperiais, e oferecia uma cena política indesejável, com muitas disputas. No entanto, tinha sido a capital do Estado romano por mais de mil anos e poderia parecer impensável sugerir que a capital fosse movida para um local diferente. No entanto, Constantino identificou o local de Bizâncio como o mais apropriado: um lugar onde um imperador podia sentar-se, prontamente defendido, com fácil acesso às fronteiras do [[Danúbio]] ou do [[Eufrates]], com sua corte fornecida pelos ricos jardins e oficinas sofisticadas da Ásia romana, com seus tesouros preenchidos pelas províncias mais ricas do Império. Constantinopla foi construída ao longo de 6 anos e consagrada em 11 de maio de 330.<ref name=Oxf/><ref>As moedas comemorativas que foram emitidas durante os anos 330 já se referem à cidade como "Constantinópolis" (ver, por exemplo, "O clímax de Roma" de Michael Grant (Londres, 1968), p. 133), ou "Cidade de Constantino". De acordo com o ''Reallexikon für Antike und Christentum'', vol. 164 (Stuttgart, 2005), coluna 442, não há evidências da tradição que Constantino oficialmente denominou a cidade "Nova Roma" ("Nova Roma"). É possível que o Imperador chamasse a cidade "Segunda Roma" ({{lang-el | Δευτέρα Ῥώμη}}, ''Deutéra Rhōmē'') por decreto oficial, conforme relatado pelo historiador da igreja do {{séc|V}} [[Sócrates de Constantinopla]].</ref> Constantino dividiu a cidade expandida, como Roma, em 14 regiões e ornamentou-a com obras públicas dignas de uma metrópole imperial.<ref>Uma descrição pode ser encontrada em [[Notitia urbis Constantinopolitanae]].</ref> No entanto, no início, a Nova Roma de Constantino não tinha todas as dignidades da Roma antiga. Possuía um [[procônsul]], em vez de um [[prefeito urbano]]. Não tinha [[pretor]]es, [[tribuno]]s ou [[questor]]es. Embora tivessem senadores, eles possuíam o título claro ({{langx|la|''clarus''}}, não claríssimo ({{lang|la|''clarissimus''}}), como os de Roma. Também faltava a panóplia de outros escritórios administrativos que regulavam o fornecimento de alimentos, policiais, estátuas, templos, sistema de esgotos, aquedutos ou outras obras públicas. O novo programa de construção foi realizado com muita pressa: colunas, mármores, portas e ladrilhos foram feitos por atacado dos templos do império e levados até a nova cidade. Da mesma forma, muitas das maiores obras de [[arte grega]] e [[Arte romana|romana]] logo seriam vistas em seus quarteirões e ruas. O imperador estimulou a construção privada com promessas de terras das propriedades imperiais na [[Diocese da Ásia]] e na [[Diocese do Ponto]]. Em 18 de maio de 332, anunciou que, como em Roma, distribuições gratuitas de alimentos seriam feitas aos cidadãos. Na época, o valor era de 80 mil porções por dia, distribuídos a partir de 117 pontos de distribuição em torno da cidade.<ref>Socrates II.13, cited by J B Bury, History of the Later Roman Empire, p. 74.</ref>

Constantino estabeleceu uma nova praça no centro da antiga Bizâncio, nomeando-a [[Augusteu]]. A nova câmara do Senado (ou a Cúria) estava alojada em uma basílica no lado leste. No lado sul da grande praça foi erguido o [[Grande Palácio de Constantinopla|Grande Palácio do Imperador]] com sua entrada imponente, o [[Portão Calce]], e sua suíte cerimonial conhecida como o [[Palácio de Dafne]]. Próximo ao local estava o vasto [[Hipódromo de Constantinopla|Hipódromo]] para carruagens, ocupando mais de 80 mil espectadores e as famosas [[Termas de Zeuxipo]]. Na entrada oeste do Augusteu estava o [[Milião]], um monumento abobadado a partir do qual as distâncias eram medidas em todo o Império Romano Oriental. Do Augusteu partia uma grande rua, a [[Mese (Constantinopla)|Mese]] ({{langx|el|Μέση [Οδός]}}), alinhado com colunas. Quando desceu o Primeiro Monte da cidade e subiu ao Segundo Monte, passou à esquerda o [[Pretório]] ou tribunal. Então passou pelo [[Fórum de Constantino]], onde havia uma segunda casa do Senado e uma [[Coluna de Constantino|coluna alta]] com uma estátua do próprio Constantino sob a aparência de [[Hélio (mitologia)|Hélio]], coroada com um halo de sete raios e olhando para o sol nascente. A partir daí, a Mese passava e atravessava o [[Fórum de Teodósio]] e depois o [[Fórum do Boi]], e finalmente o Sétimo Monte (ou [[Xerólofo]]) e até o Portão de Ouro no [[Muro de Constantino]]. Após a construção das [[Muralhas de Constantinopla]] no início do {{séc|V}}, o muro atingiu um comprimento total de sete [[milhas romanas]].<ref>J B Bury, History of the Later Roman Empire, p. 75. ''et seqq''.</ref>

=== Queda ===
{{Artigo principal|Queda de Constantinopla|Quarta Cruzada|Cerco de Constantinopla (1204)|Império Latino|Império Otomano}}
{{imagem dupla|left|Eugène_Ferdinand_Victor_Delacroix_012.jpg|200|Conquest_of_Constantinople,_Zonaro.jpg|230|''Entrada dos cruzados em Constantinopla'', por [[Delacroix]]|{{lknb|Maomé|II, o Conquistador}} com o exército [[otomano]] em marcha com a [[Bombarda Turca|bombarda]]}}

Embora tenha sido assediada em várias ocasiões por diferentes povos, as defesas de Constantinopla se tornaram invulneráveis por quase 900 anos antes da cidade ter sido tomada em 1204 pelos exércitos [[cruzados]] da [[Quarta Cruzada]]. Constantinopla nunca se recuperou verdadeiramente da devastação causada pela Quarta Cruzada e das décadas de desordem do [[Império Latino]], embora a cidade tenha se recuperado parcialmente nos primeiros anos após a restauração sob a [[dinastia paleóloga]].{{carece de fontes|data=junho de 2019}}

Após a perda final de suas províncias no início do {{séc|XV}}, o [[Império Bizantino]] foi reduzido a apenas Constantinopla e seus arredores, juntamente com [[Moreia (região)|Moreia]] na [[Grécia]], até que Constantinopla se tornou um [[enclave]] dentro do incipiente [[Império Otomano]]. A cidade perdeu a guerra contra os otomanos, liderados pelo sultão [[Maomé II, o Conquistador|Maomé II]], após um [[Queda de Constantinopla|cerco de um mês]] em 1453.<ref name="mw28">Müller-Wiener (1977), p. 28</ref> A cidade se tornou a nova capital otomana no lugar de [[Edirne]] (antiga [[Adrianópolis]]) e passou a se chamar Istambul.<ref name="ReferenceA">Rosenberg, Matt. "Largest cities through history." About.com.</ref>

== Ver também ==
*[[Coluna de Justiniano]]
*[[Cisterna da Basílica]]
*[[Coluna de Marciano]]
*[[Igreja de São Salvador em Chora]]

{{Referências}}

== Bibliografia ==
{{InícioRef|colwidth=32em}}
* [[Warwick Ball|Ball, Warwick]] (2016). ''Rome in the East: Transformation of an Empire'', 2nd edition. London & New York: Routledge, {{ISBN|978-0-415-72078-6}}.
*{{citar livro|último=Bury|primeiro=J. B.|título=History of the Later Roman Empire: From the Death of Theodosius I to the Death of Justinian|ano=1958|publicado=[[Dover Publications]]}}
*{{citar livro|último=Crowley|primeiro=Roger|título=Constantinople: Their Last Great Siege, 1453|ano=2005|publicado=Faber and Faber|isbn=978-0-571-22185-1}}
*{{citar livro|último=Freely|primeiro=John|título=Istanbul: The Imperial City|ano=1998|publicado=Penguin|isbn=978-0-14-024461-8}}
*{{citar livro|último=Freely|primeiro=John|autor2=Ahmet S. Cakmak|título=The Byzantine Monuments of Istanbul|ano=2004|publicado=[[Cambridge University Press]]|isbn=978-0-521-77257-0}}
*{{citar livro|último=Gibbon|primeiro=Edward|autorlink=Edward Gibbon|título=The Decline and Fall of the Roman Empire|ano=2005|publicado=Phoenix Press|isbn=978-0-7538-1881-7}}
*{{citar livro|primeiro=Toivanen|último=Hanna-Riitta|título=The Influence of Constantinople on Middle Byzantine Architecture (843–1204). A typological and morphological approach at the provincial level|ano=2007|publicado=Suomen kirkkohistoriallisen seuran toimituksia 202 (Publications of the Finnish Society of Church History No. 202)|isbn=978-952-5031-41-6}}
*{{citar livro|último=Harris|primeiro=Jonathan|título=Constantinople: Capital of Byzantium|publicado=Bloomsbury, 2nd edition, 2017|isbn=978-1-4742-5465-6}}
*{{citar livro|último=Harris|primeiro=Jonathan|título=Byzantium and the Crusades|publicado=Bloomsbury, 2nd edition, 2014|isbn=978-1-78093-767-0}}
*{{citar livro|último=Herrin|primeiro=Judith|título=Byzantium: The Surprising Life of a Medieval Empire|ano=2008|publicado=[[Princeton University Press]]|isbn=978-0-691-13151-1}}
* {{citar web|anooriginal=1885|data=2000|autor=[[Friedrich Hirth|Hirth, Friedrich]]|editor=Jerome S. Arkenberg|url=http://www.fordham.edu/halsall/eastasia/romchin1.html|título=East Asian History Sourcebook: Chinese Accounts of Rome, Byzantium and the Middle East, c. 91 B.C.E. - 1643 C.E.|publicado=[[Fordham University]]|website=Fordham.edu|acessodata=2016-09-10}}
*{{citar livro|último=Janin|primeiro=Raymond|autorlink=Raymond Janin|título=Constantinople Byzantine|publicado=Institut Français d'Etudes Byzantines|local=Paris|língua=fr |edição=2|ano=1964}}
* Korolija Fontana-Giusti, Gordana 'The Urban Language of Early Constantinople: The Changing Roles of the Arts and Architecture in the Formation of the New Capital and the New Consciousness' in ''Intercultural Transmission in the Medieval Mediterranean'', (2012), Stephanie L. Hathaway and David W. Kim (eds), London: Continuum, pp 164–202. {{ISBN|978-1-4411-3908-5}}.
* {{citar livro|último=Mamboury|primeiro=Ernest|autorlink=Ernest Mamboury|título=The Tourists' Istanbul|publicado=Çituri Biraderler Basımevi|local=Istanbul|ano=1953}}
*{{citar livro|último=Mansel|primeiro=Philip|título=Constantinople: City of the World's Desire, 1453–1924|ano=1998|publicado=St. Martin's Griffin|isbn=978-0-312-18708-8}}
* {{citar livro|ref=harv|último=Meyendorff|primeiro=John|autorlink=John Meyendorff|ano=1996|título=Rome, Constantinople, Moscow: Historical and Theological Studies|local=Crestwood, NY|publicado=St. Vladimir's Seminary Press|url=https://books.google.com/books?id=-PxVklqRBgUC|isbn=9780881411348}}
*{{citar livro|último=Müller-Wiener|primeiro=Wolfgang|autorlink=Wolfgang Müller-Wiener|título=Bildlexikon zur Topographie Istanbuls: Byzantion, Konstantinupolis, Istanbul bis zum Beginn d. 17 Jh|publicado=Wasmuth|local=Tübingen|ano=1977|isbn=978-3-8030-1022-3|língua=de}}
*{{citar livro|último=Phillips|primeiro=Jonathan|título=The Fourth Crusade and the Sack of Constantinople|ano=2005|publicado=Pimlico|isbn=978-1-84413-080-1}}
*{{citar livro|último=Runciman|primeiro=Steven|título=The Fall of Constantinople, 1453|ano=1990|publicado=[[Cambridge University Press]]|isbn=978-1-84413-080-1}}
*{{citar livro|último=Treadgold|primeiro=Warren|título=A History of the Byzantine State and Society|ano=1997|publicado=[[Stanford University Press]]|isbn=978-0-8047-2630-6}}
{{-fim}}

== Ligações externas ==
* {{Commonscat-inline|getwikidata}}

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