Mostrar código-fonte de Crise de Suez

{{Info/Guerra
 |conflito    = Crise de Suez
 |parte_de    = [[Conflito israelo-árabe]]
 |imagem      = [[Ficheiro:Tanks Destroyed Sinai.jpg|280px]]
 |legenda     = Veículos militares egípcios destruídos durante o conflito.
 |data        = [[29 de outubro]] – [[7 de novembro]] de [[1956]]
 |local       = Península do [[Sinai]] e [[Egito]] oriental
 |coordenadas = 
 |status      = 
 |resultado   = Consolidação da nacionalização Egípcia do [[Canal do Suez]]; adiamento da invasão Egípcia a Israel; catalisador da formação da [[República Árabe Unida]]; catalisador da [[Conferência de Bandung]]
 |território  = 
 |combatente1 = {{ISR}}<br />{{GBR}}<br />{{FRAb}} [[Quarta República Francesa|França]]
 |combatente2 = [[Ficheiro:Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg|borda|22px]] [[República do Egipto (1953-58)|Egipto]]
 |comandante1 = {{ISRb}} [[David Ben-Gurion]]<br />{{ISRb}} [[Moshe Dayan]]<br />{{ISRb}} [[Asaf Simhoni]]<br />{{ISRb}} [[Haim Bar-Lev]]<br />{{ISRb}} [[Avraham Yoffe]]<br />{{ISRb}} [[Israel Tal]]<br />{{ISRb}} [[Ariel Sharon]]<br />{{ISRb}} Uri Ben-Ari<br />{{GBRb}} [[Anthony Eden]]<br />{{GBRb}} [[Clarissa Eden]]<br />{{GBRb}} [[Gerald Templer]]<br />{{GBRb}} [[ Charles Keightley]]<br />{{GBRb}} [[Hugh Stockwell]]<br />{{GBRb}} [[Manley Power]]<br />{{FRAb}} [[René Coty]]<br />{{FRAb}} [[Guy Mollet]]<br />{{FRAb}} [[Pierre Barjot]]<br />{{FRAb}} [[André Beaufre]]<br />{{FRAb}} [[Jacques Massu]]
 |comandante2 = [[Ficheiro:Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg|borda|22px]] [[Gamal Abdel Nasser]]<br />[[Ficheiro:Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg|borda|22px]] [[Abdel Hakim Amer]]<br />[[Ficheiro:Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg|borda|22px]] Saadedden Mutawally<br />[[Ficheiro:Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg|borda|22px]] Sami Yassa<br />[[Ficheiro:Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg|borda|22px]] Jaafar al-Abd<br />[[Ficheiro:Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg|borda|22px]] Salahedin Moguy<br />[[Ficheiro:Flag of the Egyptian Revolution (1952).svg|borda|22px]] Raouf Mahfouz Zaki
 |força1      = {{ISRb}} {{formatnum|175000}}<br />{{GBRb}} {{formatnum|45000}}<br />{{FRAb}} {{formatnum|34000}}
 |força2      = {{formatnum|300000}}
 |vítimas1    = Israel: 231 mortos, 899 feridos, 4 feitos prisioneiros<br />França: 10 mortos, 33 feridos<br />Reino Unido: 16 mortos, 96 feridos
 |vítimas2    = 1 650 - 3 000 soldados mortos<br />4 900 feridos<br />5 000 - 30 000 capturados<br />1 000 civis mortos
}}

'''Crise de Suez''', também conhecida como '''Guerra de Suez''' (ou ainda '''Guerra do Sinai'''), foi uma crise política que teve início em 29 de outubro de 1956, quando [[Israel]], com o apoio da [[França]] e [[Reino Unido]], que utilizavam o canal para ter acesso ao comércio oriental, declarou guerra ao [[Egito]]. O presidente do Egito, [[Gamal Abdel Nasser]] havia [[nacionalização|nacionalizado]] o [[canal de Suez]], cujo controle ainda pertencia à Inglaterra. Em consequência, o porto israelense de [[Eilat]] ficaria bloqueado, assim como o acesso de Israel ao [[mar Vermelho]], através do [[estreito de Tiran]], no [[golfo de Acaba]].<ref>{{cite book |last=Mayer |first=Michael S. |title=The Eisenhower Years |url=https://books.google.com/books?id=dIhZxpoZVIQC&pg=PR44 |publisher=Infobase Publishing |year=2010 |page=44 |isbn=9780816053872}}</ref> Após o início dos combates, as pressões políticas dos [[Estados Unidos]], da [[União Soviética]] e das [[Nações Unidas]] levaram à retirada dos três invasores. O episódio humilhou o [[Reino Unido]] e a [[França]] e fortaleceu Nasser.<ref>{{cite book|last=Abernathy|first=David|title=The Dynamics of Global Dominance: European Overseas Empires, 1415–1980 |page=CXXXIX |url=https://books.google.com/books?id=ennqNS1EOuMC&pg=PA139 |date=2000|publisher=Yale University Press|access-date=1 de setembro de 2015|isbn=978-0300093148}}</ref><ref>Roger Owen "Suez Crisis" ''The Oxford Companion to the Politics of the World'', Second edition. Joel Krieger, ed. Oxford University Press Inc. 2001.</ref><ref name="Economist2006">{{cite web|url=http://www.economist.com/node/7218678|title=An affair to remember|work=The Economist|date=27 de junho de 2006|access-date=3 de setembro de 2014}}</ref>

== Contexto ==
[[Imagem:1956-07-30 Suez Canal Seized.ogv|thumb|esquerda|Nasser anuncia a nacionalização do canal, em [[30 de julho]] de 1956.]]

Em 1956, o  [[nacionalismo]], a [[guerra fria]] e o [[conflito árabe-israelense]] estiveram reunidos como fatores de um curto e violento conflito nas regiões egípcias do [[Canal de Suez]] e da [[Península do Sinai]]. O [[Egito]] e outras nações árabes ganharam há pouco tempo a independência dos impérios controlados por potências europeias como [[Grã-Bretanha]] e [[França]]. Estas nações jovens com cultura e história antigas se esforçaram para ganhar suficiência econômica, militar e para valer os seus direitos políticos como povos livres. A luta da Guerra Fria entre o Ocidente, na sua maioria democrática e [[Capitalismo|capitalista]], contra o Oriente comunista dominado pela [[União Soviética]] ajudou e impediu os objetivos nacionalistas de muitos países africanos e asiáticos. Por exemplo, o Egito procurou ajuda externa na construção do projeto da Barragem de [[Assuão]], que passaria a controlar o [[rio Nilo]]. 

Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, os principais intervenientes no Ocidente, se recusaram a ajudar o Egito por causa de seus laços políticos e militares com a União Soviética. Os soviéticos se apressaram para ajudar o Egito. Após isso, o Egito passou a ser considerado um amigo dos soviéticos, e uma nação não muito amigável para o Ocidente. Desta forma, a Guerra Fria afetou a jovem nação do Egito e suas relações com o resto do mundo. O conflito árabe-israelense começou em 1948 e levou Egito e Israel a serem inimigos até 1979. A segunda guerra entre esses vizinhos do Oriente Médio teve lugar em 1956.

Como parte da agenda nacionalista, o presidente egípcio [[Gamal Abdel Nasser]] tomou controle do Canal de Suez, tomando-o das empresas britânicas e francesas, que o possuíam. Ao mesmo tempo, como parte de sua luta permanente com Israel, forças egípcias bloquearam o [[Estreito de Tiran]], a hidrovia estreita que é a única saída de Israel ao [[Mar Vermelho]]. Israel e Egito se enfrentaram várias vezes desde a guerra de 1948, tendo o Egito permitido e incentivado grupos de combatentes Fedayin, para atacar Israel a partir de território egípcio. Em resposta, as forças israelenses constantemente atacavam a fronteira, em retaliação. 

== Ataque ==
{{AP|Operação Mosqueteiro}}
Grã-Bretanha e França, ambos em processo de perder os seus seculares impérios, decidiram, em uma estratégia conjunta, a ocupação do Canal de Suez. Isto teve como objetivo reafirmar o controle dessa hidrovia vital para as empresas britânicas e francesas expulsas pela nacionalização realizada por Nasser. Por sugestão da França, o planejamento foi coordenado com Israel, um fato que todas as três nações negaram por anos depois.[[Ficheiro:Port Said from air.jpg|thumb|Fumaça de barris de petróleo atingidos durante o [[Operação Mosqueteiro|ataque anglo-francês]] em [[Porto Said]], 5 de novembro de 1956.|291x291px]]Em 29 de outubro de 1956, tropas israelenses invadiram a Península do Sinai e rapidamente superaram a oposição das tropas egípcias. No dia seguinte, a Grã-Bretanha e França, se ofereceram para ocupar temporariamente a [[Zona do Canal de Suez|Zona do Canal]] e sugeriram uma zona de 16 km em cada lado, que iria separar as forças egípcias dos israelenses. Nasser, é claro, recusou, e em 31 de outubro, o Egito foi atacado e invadido por forças militares da Grã-Bretanha e da França. Em resposta a estes desenvolvimentos, a União Soviética, que, na época,  estava a suprimir impiedosamente uma [[Revolução Húngara de 1956|revolta anti-comunista na Hungria]], ameaçou intervir em nome do Egito. O presidente [[Dwight D. Eisenhower|Eisenhower]] dos Estados Unidos pressionou a Grã-Bretanha, França e Israel a concordar com um [[cessar-fogo]] e uma eventual retirada do Egito. Os Estados Unidos, pegos de surpresa pelas duas invasões, estavam mais preocupados com a guerra soviética na Hungria e na Guerra Fria do que com a Grã-Bretanha e a França se envolvendo nas relações de Suez. A última coisa que o presidente Eisenhower queria era uma guerra mais ampla sobre Suez. A guerra em si durou apenas uma semana, e as forças invasoras foram retiradas em um mês, sob a supervisão das tropas das [[Nações Unidas]]. Como resultado, o Egito alinhou-se firmemente com a União Soviética, que armou o próprio Egito e outras nações árabes para a luta contínua contra Israel.

== Ver também ==
*[[Frota Amarela]]

{{referências}}

== Ligações externas ==
*{{Commonscat-inline|1956 Suez war}}

{{Esboço-história-egito}}
{{Esboço-históriail}}
{{Guerras de Israel}}
{{Guerra Fria}}
{{Canal de Suez}}
{{Conflitos no Oriente Médio}}
{{Relações entre Egito e Israel}}
{{authority control}}
{{Portal3|Guerra Fria|História|Política|Relações internacionais|Egito|Israel|França|Reino Unido}}

{{DEFAULTSORT:Guerra Suez}}
[[Categoria:Crise de Suez| ]]
[[Categoria:Guerras envolvendo Israel|Suez]]
[[Categoria:Guerras envolvendo o Egito|Suez]]
[[Categoria:Conflito israelo-árabe]]
[[Categoria:Guerras no Oriente Médio]]
[[Categoria:Canal de Suez]]
[[Categoria:Conflitos em 1956]]
[[Categoria:1956 nas relações internacionais]]
[[Categoria:1956 em Israel]]
[[Categoria:1956 no Egito]]
[[Categoria:Relações entre Egito e União Soviética]]
[[Categoria:Relações entre França e Israel]]
[[Categoria:Relações militares entre França e Reino Unido]]
[[Categoria:Relações entre Israel e Reino Unido]]