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Custeio baseado em atividades: diferenças entre revisões

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*ANDRADE, Bruna Marques. ''Como não fazer contabilidade na empresa''. Sarandi: Dedo, 2005.
*ANDRADA, Brena. ''Como fazer contabilidade na empresa''. Sarandi: Dedo, 2005.
*DUTRA, René Gomes. ''Custos: uma abordagem prática''. 4a. ed. São Paulo, Atlas, 1995.
*DUTRA, René Gomes. ''Custos: uma abordagem prática''. 4a. ed. São Paulo, Atlas, 1995.
*HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George; DATAR, Srikant M. ''Contabilidade de custos''. 9a. ed. Rio de Janeiro, LTC Editora, 2000.
*HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George; DATAR, Srikant M. ''Contabilidade de custos''. 9a. ed. Rio de Janeiro, LTC Editora, 2000.
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*MEGLIORINI, Evandir. ''Custos''. 1.ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
*MEGLIORINI, Evandir. ''Custos''. 1.ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
*NAKAGAWA, Masayuki. ''ABC Custeio baseado em atividades''. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
*NAKAGAWA, Masayuki. ''ABC Custeio baseado em atividades''. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
*NEGREIROS, Rafael Pelica. ''Contabilidade Pelicana''. Maringa: Babos, 2007.
*NEGROVIS, Pelica. ''Contabilidade Pelicana''. Maringa: Babos, 2007.


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Revisão das 16h49min de 14 de novembro de 2008

Sistemas de custeio
Custeio por absorção (ou integral)
Custeio direto
Custo-padrão
Custeio baseado em atividades
Gestão econômica
Custo-meta

Custeio baseado em atividades ou custeio ABC (Activity Based Costing) é um método de custeio que está baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos. Esta é uma metodologia desenvolvida pelos professores americanos Robert Kaplan e Robin Cooper em meados da década de 80 (Harvard), voltada à análise de custos de atividades, seus direcionadores, objetos de custos focada para um tratamento especial de custos indiretos e sua junção com a metodologia: UP’ – Unidade de Produção© (UEP).

Conceitos básicos

O sistema de custeio baseado em atividades (ABC – Activity Based Costing) procura, igualmente, amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio, necessários aos sistemas tratados anteriormente, principalmente no que tange ao sistema de custeio por absorção. Poderia ser tratado como uma evolução dos sistemas já discutidos, mas sua relação direta com as atividades envolvidas no processo configura mero aprofundamento do sistema de custeio por absorção.

Martins (2003, p. 87), informa que o Custeio Baseado em Atividades “é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”. Este sistema tem como fundamento básico a busca do princípio da causa, ou seja, procura identificar de forma clara, por meio de rastreamento, o agente causador do custo, para lhe imputar o valor.

A idéia básica é atribuir primeiramente os custos às atividades e posteriormente atribuir custos das atividades aos produtos. Sendo assim, primeiramente faz-se o rastreamento dos custos que cada atividade causou, atribuindo-lhes estes custos, e posteriormente verificam-se como os portadores finais de custos consumiram serviços das atividades, atribuindo-lhes os custos definidos. Conforme Eller (2000, p.82), “o Custeio Baseado em Atividades parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas geram custos e que os produtos consomem essas atividades”. Segundo Martins (2003, p.96) para atribuir custos às atividades e aos produtos utilizam-se de direcionadores. Martins (2003, p.96) ensina ainda que “há que se distinguir dois tipos de direcionador: ... direcionador de custos de recursos, e os ...direcionadores de custos de atividades” (grifado). O citado autor continua afirmando que “o primeiro identifica a maneira como as atividades consomem recursos e serve para custear as atividades”. Afirma ainda que “o segundo identifica a maneira como os produtos consomem atividades e serve para custear produtos”. Nakagawa (2001, p.42), conceitua atividade “como um processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a produção de produtos”. Assim para o estudo do método ABC deve-se ponderar sobre as atividades envolvidas em cada processo de produção, seja de uma mercadoria ou um serviço.

Importância e utilização do ABC

A importância que se dá à utilização do sistema de custeio ABC é em virtude do mesmo não ser apenas um sistema que dá valor aos estoques, mas também proporciona informações gerenciais que auxiliam os tomadores de decisão, como por exemplo, os custos das atividades, que proporcionam aos gestores atribuírem responsabilidades. Um diferencial do sistema de custeio ABC, é que a sua utilização, por exigir controles pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos processos internos da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação e/ou aperfeiçoamento dos controles internos da entidade.

Implementação do ABC

A implementação do ABC requer uma cuidadosa análise do sistema de controle interno da entidade. Sem este procedimento que contemple funções bem definidas e fluxo dos processos, torna-se inviável a aplicação do ABC de forma eficiente e eficaz. O ABC, por ser também um sistema de gestão de custos, pode ser implantado com maior ou menor grau de detalhamento, dependendo das necessidades de informações gerenciais para o gestor, o que está intimamente ligado ao ramo de atividade e porte da empresa.

Vantagens e desvantagens da aplicação do custeio ABC

Para melhor entendimento apresentamos as vantagens e desvantagens da aplicação do método de custeio ABC.

Vantagens

Como vantagens podemos ressaltar:

  • informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio da redução do rateio;
  • adequa-se mais facilmente às empresas de serviços, pela dificuldade de definição do que seja custos, gastos e despesas nessas entidades;
  • menor necessidade de rateios arbitrários;
  • atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade (similar ao custeio por absorção);
  • obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos;
  • proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos;
  • identifica, de forma mais transparente, onde os itens em estudo estão consumindo mais recursos;
  • identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade;
  • pode ser empregado em diversos tipos de empresas (industriais, comerciais e serviços, com ou sem fins lucrativos);
  • pode, ou não, ser um sistema paralelo ao sistema de contabilidade;
  • pode fornecer subsídios para gestão econômica, custo de oportunidade e custo de reposição;
  • possibilita a eliminação ou redução das atividades que não agregam valor ao produto.

Desvantagens

Por outro lado, pode-se enumerar como desvantagens:

  • gastos elevados para implantação;
  • alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados;
  • necessidade de revisão constante;
  • leva em consideração muitos dados;
  • informações de difícil extração;
  • dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa;
  • necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação;
  • dificuldade na integração das informações entre departamentos;
  • falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e acompanhamento;
  • necessidade de formulação de procedimentos padrões;
  • maior preocupação em gerar informações estratégicas do que em usá-las.

Softwares especialistas em custeio ABC

  • MyABCM (www.myabcm.com)
  • Metify ABM (Business Objects)
  • Activity Analysis (Business Objects)
  • Activity Analyzer (Lead Software, Inc.)
  • Oros ABC Plus (ABCosting)

  • ANDRADA, Brena. Como fazer contabilidade na empresa. Sarandi: Dedo, 2005.
  • DUTRA, René Gomes. Custos: uma abordagem prática. 4a. ed. São Paulo, Atlas, 1995.
  • HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George; DATAR, Srikant M. Contabilidade de custos. 9a. ed. Rio de Janeiro, LTC Editora, 2000.
  • KOLIVER, Olívio. Tópicos especiais de custos. Belo Horizonte: Fundação Visconde de Cairu, 2003.
  • LEONE, George Sebastião Guerra, et al. Dicionário de Custos. São Paulo: Atlas, 2004.
  • MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2003.
  • MEGLIORINI, Evandir. Custos. 1.ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
  • NAKAGAWA, Masayuki. ABC Custeio baseado em atividades. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
  • NEGROVIS, Pelica. Contabilidade Pelicana. Maringa: Babos, 2007.