Mostrar código-fonte de Daboia russelii

{{Info/Taxonomia
| nome = Víbora-de-russell
| imagem = Daboia russelii 2016.jpg
| imagem_legenda = Víbora-de-russell no ''Rajiv Gandhi Zoological Park'', [[Pune]], [[Índia]]
| reino = [[Animalia]]
| filo = [[Chordata]]
| classe = [[Reptilia]]
| ordem = [[Squamata]]
| subordem = [[Serpentes]]
| família = [[Viperidae]]
| subfamília = [[Viperinae]]
| género = '''''Daboia'''''
| género_autoridade = [[John Edward Gray|Gray]], 1842
| espécie = '''''D. russelii'''''
| binomial = Daboia russelii
| binomial_autoridade = ([[George Shaw|Shaw]] & [[Frederick Polydore Nodder|Nodder]], 1797)
| mapa = South East Asia location-Daboia-russelii.svg
| mapa_legenda = Distribuição de ''Daboia russelii''
| sinónimos = ;Sinónimos do género
* ''Daboia'' <small>Gray, 1842</small>
* ''Chersophis'' <small>[[Leopold Fitzinger|Fitzinger]], 1843</small>
* ''Daboya'' <small>Hattori, 1913</small><ref name="McD99">[[:fr:Roy Wallace McDiarmid|McDiarmid RW]], [[Jonathan A. Campbell|Campbell JA]], Touré TA (1999). ''Snake Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference, Volume 1''. Washington, District of Columbia: Herpetologists' League. 511 pp. {{ISBN|1-893777-00-6}} (series). {{ISBN|1-893777-01-4}} (volume).</ref>
;Sinónimos da espécie
* ''Coluber russelii'' <small>Shaw & Nodder, 1797</small>
* ''Coluber daboie'' <br><small>[[Pierre André Latreille|Latreille]] ''In'' [[Charles-Nicolas-Sigisbert Sonnini de Manoncourt|Sonnini]] & Latreille, 1801</small>
* ''Coluber trinoculus'' <br><small>[[Johann Gottlob Theaenus Schneider|Schneider]] ''In'' [[Johann Matthäus Bechstein|Bechstein]], 1802</small>
* ''Vipera daboya'' <small>[[François Marie Daudin|Daudin]], 1803</small>
* ''Vipera elegans'' <small>Daudin, 1803</small>
* ''Coluber triseriatus'' <small>[[Johann Hermann|Hermann]], 1804</small>
* ''Vipera russelii'' <small>— Gray, 1831</small>
* ''Daboia elegans'' <small>— Gray, 1842</small>
* ''Daboia russelii'' <small>— Gray, 1842</small>
* ''Daboia pulchella'' <small>Gray, 1842</small>
* ''Echidna russellii'' <small>[[Franz Steindachner|Steindachner]], 1869</small>
| sistema_estado = iucn3.1
| estado_ref = <ref name="iucn status 09 May 2023">{{citar iucn |autor1=Suraj, M. |autor2=Narayanan, S. |autor3= Srinivasulu, C |autor4=Mohapatra, P. |autor5 =Giri, V. |autor6=Murthy, B.H.C |autor7=de Silva, A. |autor8=Ukuwela, K. |autor9=Kannishka, S. |data=2012 |titulo=''Daboia russelii'' |volume=2021 |página=e.T172710A1372376 |doi=10.2305/IUCN.UK.2021-3.RLTS.T172710A1372376.en |acessodata=9 de maio de 2023}}</ref>
| estado = LC
}}
[[Ficheiro:Daboia Russelli in a Sensing moment.jpg|thumb|Víbora-de-russell sensando]]
A '''víbora-de-russell''' (''Daboia russelii'') é uma espécie de [[serpente venenosa]] da [[família (biologia)|família]] [[Viperidae]]. '''''Daboia''''' é um [[Género (biologia)|género]] [[Monotipo (biologia)|monotípico]]<ref name="ITIS-G">{{ITIS |id=634422 |taxon=''Daboia'' |accessdate=31-7-2006}}</ref> de [[Viperinae|víboras]] venenosas do [[Velho Mundo]]. A única espécie deste género, ''D. russelii'', é encontrada na [[Ásia]] em todo o [[subcontinente indiano]], grande parte do [[sudeste asiático]], sul da [[China]] e [[Taiwan]].<ref name="McD99"/> O [[epíteto específico]] desta espécie foi escolhido como homenagem a [[Patrick Russell]] (1726–1805),<ref>Beolens, Bo; Watkins, Michael; Grayson, Michael (2011). ''The  Eponym Dictionary of Reptiles''. Baltimore: Johns Hopkins University Press. xiii + 296 pp. {{ISBN|978-1-4214-0135-5}}. (''Daboia russelii'', pp. 229-230).</ref> um [[herpetólogo]] [[Escócia|escocês]] que foi o primeiro a descrever muitas das serpentes indianas, e o nome do género é uma palavra [[Língua hindi|hindi]] que significa "que permanece escondido", ou "espreitador".<ref name="COED">Weiner ESC, Simpson JA (editors) (1991). ''The Compact Oxford English Dictionary: New Edition.'' USA: Oxford University Press. {{ISBN|0-19-861258-3}}.</ref> Além de ser uma das quatro grandes serpentes da Índia, ''Daboia'' é também um dos géneros responsável pelo maior número de incidentes e mortes por [[mordedura de serpente|mordeduras de serpentes]] dentre todas as serpentes venenosas devido a vários factores, como a sua ampla distribuição geográfica, temperamento geralmente agressivo, e a sua presença frequente em zonas populosas.<ref name="Whi89">Whitaker Z (1989). ''Snakeman: The Story of a Naturalist''. Bombay: India Magazine Books. 184 pp. ASIN B0007BR65Y.</ref>

''Daboia russelli'' é vulgarmente conhecida como ''víbora-de-russell'', entre outros nomes.<ref name="Mal03">Mallow D, Ludwig D, Nilson G (2003). ''True Vipers: Natural History and Toxinology of Old World Vipers''. Malabar, Florida: Krieger Publishing Company. 359 pp. {{ISBN|0-89464-877-2}}.</ref><ref name="SI">[http://www.siam-info.com/english/snakes_venomous.html Snakes of Thailand: Venomous snakes] at [http://www.siam-info.com/ Siam-Info]. Retrieved 20 October 2006.</ref>

==Descrição==
[[Ficheiro:Russells viper in pune zoo.jpg|thumbnail|Víbora-de-russell no zoológico de Pune]]
[[Ficheiro:Russell's viper1.jpg|left|thumb]]
''D. russelii'' pode atingir um comprimento total máximo (corpo + cauda) de 166&nbsp;cm e 120&nbsp;cm em média entre as populações asiáticas continentais, embora as populações insulares possam ser ligeriamente menores, em média.<ref name="Mal03"/> Tem constituição mais esbelta do que a maioria das víboras.<ref name="Sti74">Stidworthy J (1974). ''Snakes of the World''. Revised Edition. New York: Grosset & Dunlap Inc. 160 pp. {{ISBN|0-448-11856-4}}.</ref> [[Raymond Ditmars|Ditmars]] (1937) reportou as seguintes dimensões para um "espécime adulto de bom tamanho":<ref name="Dit37">[[Raymond Ditmars|Ditmars RL]] (1937). ''Reptiles of the World: The Crocodilians, Lizards, Snakes, Turtles and Tortoises of the Eastern and Western Hemispheres''. New York: The McMillan Company. 321 pp.</ref>
<br />
{| cellspacing="0" cellpadding="2"  border="1" style="margin:auto; border-collapse:collapse;"
|-
|style="width:30%"|Comprimento total
| style="width:30%; text-align:center;"|124&nbsp;cm
|-
|Comprimento da cauda
| style="text-align:center;"|18&nbsp;cm
|-
|Grossura
| style="text-align:center;"|15&nbsp;cm
|-
|Largura da cabeça
| style="text-align:center;"|5&nbsp;cm
|-
|Comprimento da cabeça
| style="text-align:center;"|5&nbsp;cm
|}
<br />
[[Ficheiro:Russell's Viper 01.JPG|thumbnail|Víbora-de-russell em estado selvagem]]
A cabeça é achatada, triangular, e distinta do pescoço. O focinho é rombo, arredondado, e levantado. As narinas são grandes, cada uma situada no meio de uma única grande escama nasal. A orla inferior da escama nasal toca a escama nasorostral. A escama supranasal tem forma de crescente, e separa anteriormente a escama nasal da escama nasorostral. A escama rostral é larga e alta.<ref name="Mal03"/>
[[Ficheiro:File-Daboia russelii head A Chawla02.jpg|thumb|180px|Cabeça da víbora-de-russell]]
A coroa da cabeça está coberta por escamas irregulares muito fragmentadas. As escamas supra-oculares são estreitas, singulares e separadas por seis a nove escamas transversais à cabeça. Os olhos são grandes, com manchas amarelas ou douradas, e rodeados por 10 a 15 escamas circum-orbitais. Esta serpente tem 10 a 12 escamas supralabiais, a quarta e quinta das quais são significativamente maiores. Os olhos são separados das escamas supralabiais por três ou quatro filas de escamas suboculares. Apresenta dois pares de escamas geniais, a quarta e quinta das quais são significativamente maiores que as demais. Os dois ossos maxilares suportam pelo menos dois e até cinco ou seis pares de presas simultâneamente: os primeiros estão activos e os demais são de substituição.<ref name="Mal03"/> As presas atingem um comprimento de 16,5 mm num espécime médio.<ref name="Daniels">Daniels JC (2002). ''Book of Indian Reptiles and Amphibians''. USA: Oxford University Press. 252 pp. {{ISBN|0-19-566099-4}}. (Russell's viper, pp. 148–151).</ref>

O corpo é grosso, e em corte transversal tem forma arredondada a circular. As escamas dorsais são fortemente enquilhadas; apenas a fila mais baixa é suave. A meio-corpo, contam-se 27 a 33 escamas dorsais. As escamas ventrais são de 153 a 180. A placa anal é indivisa. A cauda é curta, cerca de 14% do comprimento total, com escamas subcaudais emparelhadas que são de 41 a 68.<ref name="Mal03"/>

O [[dorso]] apresenta uma padrão de cores consistindo de um amarelo profundo, bronze ou castanho terroso, com três séries de manchas castanho-escuro dispostas longitudinalmente ao corpo. Cada uma destas manchas tem um anel negro em seu redor, cujo limite exterior é sublinhado com uma orla de branco ou amarelo. As manchas dorsais, que normalmente são de 23 a 30, podem crescer juntas, enquanto as manchas lateriais podem separar-se. A cabeça tem um par de manchas escuras distintivas, uma em cada têmpora, junto com uma marca em forma de X ou V de cor rosada ou acastanhada que forma um ápice na direcção do focinho. Atrás do olho tem um uma risca negra, com contorno branco ou rosado. O ventre é branco, amarelado ou rosado, frequentemente com manchas escuras dispersas de forma irregular.<ref name="Mal03"/>

==Distribução geográfica==
{{multiple image
| direction = vertical
| width = 220
| image1 =Daboia full.jpg
| alt1 =
| caption1 =
| image2 =Russellsviper sal.jpg
| alt2 =
| caption2 =Víbora-de-russell da Índia
}}

''D. russelii'' pode ser encontrada na [[Índia]], [[Sri Lanka]], [[Bangladesh]], [[Nepal]], [[Mianmar]], [[Tailândia]], [[Paquistão]], [[Camboja]], [[Tibete]], [[China]] ([[Guangxi]], [[Guangdong]]), [[Taiwan]] e [[Indonésia]] (Endeh, [[Flores (Indonésia)|Flores]], [[Java]] oriental, ilhas de [[Komodo]] e [[Lomblen]]). A [[localidade-tipo]] indicada é "Índia". Mais especificamente, tratar-se-ia da [[Costa de Coromandel]], por inferência de Russell (1796).<ref name="McD99"/>

Brown (1973) menciona que também pode ser encontrada no [[Vietname]], [[Laos]], e na ilha indonésia de [[Sumatra]].<ref name="Bro73">Brown JH (1973). ''Toxicology and Pharmacology of Venoms from Poisonous Snakes''. Springfield, Illinois: Charles C. Thomas. 184 pp. LCCCN 73-229. {{ISBN|0-398-02808-7}}.</ref> [[Raymond Ditmars|Ditmars]] (1937) supostamente recebeu igualmente um espécime de [[Sumatra]].<ref name="Dit37"/> Porém, a distribuição desta espécie no arquipélago indonésio, não é ainda conhecida de forma clara.<ref name="Bel97">Belt P, Warrell DA, Malhotra A, [[Wolfgang Wüster|Wüster W]], Thorpe RS (1997). Russell's viper in Indonesia: snakebite and systematics. '''''In'':''' Thorpe RS, Wüster W, Malhotra A (editors)). ''Venomous Snakes: Ecology, Evolution and Snakebite''. Oxford: Clarendon Press. ''Symposia of the Zoological Society of London'' (70): 219–234.</ref>

Dentro da sua zona de distribuição, pode ser muito comum em algumas áreas e escassa noutras.<ref name="Sti74"/> Na Índia, é abundante no [[Punjab]], muito comum ao longo da costa ocidental e suas montanhas, no sul da Índia e para norte até [[Bengala]], e [[Assam]]. É prevalente em Mianmar.<ref name="Daniels"/> É ainda comum na Tailândia na região de Pattaya e outras localidades turísticas onde as suas principais presas, os ratos, dispõem de alimento abundante.

==''Habitat''==
A ''D. russelii'' não se restringe a um ''habitat'' particular, mas tende a evitar florestas densas. Esta serpente é encontrada sobretudo em áreas abertas com vegetação herbácea ou arbustiva, mas pode também ser encontrada em zonas de [[floresta secundária]], em plantações florestadas e terrenos de cultivo.É comum em planícies, terras baixas costeiras, e elevações com ''habitat'' adequado. Geralmente, não é encontrada a altitudes elevadas, mas existem relatos de observações a altitudes entre os 2 300 e os 3 000 metros. Evita os ambientes húmidos, como [[marisma]]s, [[pântano]]s e [[Floresta tropical|bosques tropicais]].<ref name="Mal03"/>

Esta espécie é frequentemente encontrada em áreas urbanizadas e assentamentos rurais, sendo atraída pelos [[roedor]]es comensais das populações humanas.<ref name="Daniels"/> Por esta razão, aquelas pessoas que trabalham no exterior nestas zonas correm um maior risco de ser mordidas. ''D. russelii'' não está tão associada às habitações humanas como as espécies do géneros ''[[Naja]]'' e ''[[Bungarus]]''.<ref name="Mal03"/>

==Comportamento==
''D. russelii'' é [[animal terrestre|terrestre]] e caça sobretudo durante a noite. Contudo, durante épocas de clima mais fresco, modifica o seu comportamento, tornando-se mais activa durante o dia.<ref name="Mal03"/>

Os indivíduos adultos são geralmente lentos excepto se forem incomodados para lá de um certo limite, a partir do qual podem tornar-se muito agressivos. Por outro lado, os juvenis são geralmente mais nervosos.<ref name="Mal03"/>

Quando ameaçadas, formam com o corpo uma série de voltas em S, erguem o primeiro terço do corpo, e produzem um silvo que é supostamente o mais forte d	entre todas as serpentes. Quando atacam desde esta posição, podem gerar uma força tal que até um indivíduo de grande tamanho pode levantar a maior parte do corpo  do solo.<ref name="Mal03"/> Estas serpentes são fortes e podem reagir de forma violenta quando agarradas.<ref name="Whi89"/> A mordedura pode ser de duração muito curta ou durar muitos segundos.<ref name="Daniels"/>

Embora este género não esteja provido dos órgãos sensíveis ao calor comuns entre os [[Crotalinae]], é um dentre vários [[Viperinae|viperinos]] que podem aparentemente reagir a estímulos térmicos, o que parece apoiar a ideia de também eles possuírem um órgão sensorial sensível ao calor.<ref name="Kro03">{{citar periódico|vauthors=Krochmal AR, Bakken GS |título=Thermoregulation is the pits: use of thermal radiation for retreat site selection by rattlesnakes |periódico=J. Exp. Biol. |volume=206 |número=Pt 15 |páginas=2539–45 |data=agosto de 2003 |pmid=12819261 |url=http://jeb.biologists.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=12819261 |doi=10.1242/jeb.00471}}</ref><ref>{{citar periódico|vauthors=Krochmal AR, Bakken GS, LaDuc TJ |título=Heat in evolution's kitchen: evolutionary perspectives on the functions and origin of the facial pit of pitvipers (Viperidae: Crotalinae) |periódico=J. Exp. Biol. |volume=207 |número=Pt 24 |páginas=4231–8 |ano=2004 |pmid=15531644 |url=http://jeb.biologists.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=15531644 |doi=10.1242/jeb.01278}}</ref> A identidade deste sensor não é conhecida com certeza, mas as terminações nervosas no saco supranasal destas serpentes assemelham-se às encontradas em outros órgãos sensíveis ao calor.<ref>{{citar periódico|vauthors=York DS, Silver TM, Smith AA |título=Innervation of the supranasal sac of the puff adder |periódico=Anat. Rec. |volume=251 |número=2 |páginas=221–5 |ano=1998 |pmid=9624452 |doi=10.1002/(SICI)1097-0185(199806)251:2<221::AID-AR10>3.0.CO;2-Q }}</ref>
[[Ficheiro:D. russelii in Bangalore, India.jpg|thumb|''D. russelii'' em Bangalore, Índia]]

==Reprodução==
''D. russelii'' é uma espécie [[ovovivípara]].<ref name="Sti74"/> O acasalamento ocorre geralmente no início do ano, embora as fêmeas prenhes possam ser encontradas ao longo de todo o ano. O período de gestação é maior que seis meses. Os juvenis nascem de maio a novembro, mas sobretudo entre junho e julho. São procriadores prolíficos. As ninhadas com 20 a 40 juvenis são comuns,<ref name="Mal03"/> embora o número de crias possa ser menor, inclusivamente até apenas uma.<ref name="Daniels"/> O máximo relatado é 75<ref>[http://www.bangaloremirror.com/bangalore/others/Russells-Viper-delivers-75-snakelets/articleshow/47254314.cms Russell’s Viper delivers 75 snakelets - Bangalore Mirror<!-- Bot generated title -->]</ref> crias de uma mesma ninhada. À nascença os juvenis têm comprimento total entre 215 e 260 mm. O comprimento total mínimo para uma fêma prenhe é aproximadamente 1 m. Aparentemente a maturidade sexual é atingida por volta dos 2-3 anos de idade. É conhecido um caso em que um espécime demorou quase 4,5 horas para dar à luz 11 crias.<ref name="Mal03"/>

==Presas==
[[Ficheiro:Daboia head sal.jpg|thumb|''D. russelii'' caçando]]
''D. russelii'' alimenta-se sobretudo de roedores, especialmente de espécies de [[Muridae|murídeos]]. Porém, pode comer de quase tudo, incluindo [[ratazana]]s, [[rato]]s, [[toupeira]]s, [[esquilo]]s, [[lagarto]]s,[[Caranguejo terrestre|caranguejos terrestres]], [[Escorpião|escorpiões]] e outros [[artrópodes]]. Os juvenis têm hábitos crepusculares, alimentando-se de lagartos e buscando activamente alimento. À medida que crescem e se tornam adultos, começam a especializar-se em roedores. De facto, a presença de roedores e lagartos é a principal razão pela qual estas serpentes são atraídas a habitações humanas.<ref name="Mal03"/>

Sabe-se que os juvenis podem ser [[canibal|canibais]].<ref name="Daniels"/>

==Mimetismo==
[[Ficheiro:Russellsboa2 sal.jpg|thumb|right|A boa-da-areia, ''[[Gongylophis conicus]]'', possivelmente mimetiza a aparência de ''D. russelii''.]]
Alguns herpetólogos crêem que como ''D. russelii'' é uma espécie bem-sucedida, e com uma reputação temível no seu ambiente natural, outra serpente mimetiza a sua aparência. Superficialmente, a boa-da-areia, ''[[Gongylophis conicus]]'', possui um padrão de cores que frequentemente se assemelha ao de ''D. russelii'', embora seja completamente inofensiva.<ref name="Mal03"/><ref name="Dit37"/>

==Veneno==
A quantidade de veneno produzida por espécimes individuais de ''D. russelii'' é considerável. Os volumes de veneno reportados para espécimes adultos variam de 130-250 mg até 21-268 mg. Para 13 juvenis com um comprimento total médio de 79 cm, o volume médio de veneno medido foi 8-79 mg (média 45 mg).<ref name="Mal03"/>

O valor de LD50 para ratos, que é usado como possível indicador da toxicidade do veneno da serpente, é 0.133&nbsp;mg/kg intravenoso,<ref>{{Citar web |url=http://www.venomdoc.com/LD50/ld50iv.html |titulo=Cópia arquivada |acessodata=2018-04-18 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110716212844/http://www.venomdoc.com/LD50/ld50iv.html |arquivodata=2011-07-16 |urlmorta=yes }}</ref> 0.40&nbsp;mg/kg intraperitoneal,<ref>{{Citar web |url=http://www.venomdoc.com/LD50/ld50ip.html |titulo=Cópia arquivada |acessodata=2018-04-18 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090718044937/http://www.venomdoc.com/LD50/ld50ip.html |arquivodata=2009-07-18 |urlmorta=yes }}</ref> cerca de 0.75&nbsp;mg/kg subcutâneo.<ref>{{Citar web |url=http://www.venomdoc.com/LD50/ld50sc.html |titulo=Cópia arquivada |acessodata=2018-04-18 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20050205125740/http://www.venomdoc.com/LD50/ld50sc.html |arquivodata=2005-02-05 |urlmorta=yes }}</ref><!--<ref name="aa">{{citar livro|título= Snake of medical importance|publicado= Venom and research group}}</ref>--> Para a maioria dos humanos, uma dose letal é aproximadamente 40–70&nbsp;mg. Em geral, a toxicidade depende de uma combinação de cinco fracções de veneno diferentes, sendo cada uma delas menos tóxica quando testada separadamente. A toxicidade do veneno e os sintomas produzidos pela mordedura em humanos varia dentro de uma mesma população e ao longo do tempo.<ref name="Mal03"/>

Os sintomas de envenenamento começam com dor no local da mordedura, imediatamente seguido por inchaço da extremidade afectada. Hemorragias são um [[sintoma]] comum, especialmente nas gengivas e urina, e as secreções respiratórias podem apresentar sinais de sangue vinte minutos depois da mordedura. A pressão arterial desce e o ritmo cardíaco diminui. Formam-se bolhas no local da mordedura, as quais se podem estender pelo membro afectado em casos severos. A [[necrose]] é normalmente superficial e limitada aos músculos próximos do local da mordedura, mas pode ser severa em casos extremos. Num terço de todos os casos ocorre vómito e edema facial.<ref name="Mal03"/> Em 25 a 30% dos casos não tratados ocorre também [[falha renal]]. Em casos de envenenamentos severo pode ocorrer também [[coagulação intravascular disseminada]] severa. O tratamento médico imediato e o acesso a antiveneno podem evitar ou diminuir drasticamente a probabilidade de desenvolver complicações severas potencialmente letais.

A dor severa pode durar de 2 a 4 semanas. Localmente, pode persistir dependendo do grau de danos sofridos pelo tecido. Frequentemente, o inchaço local atinge o seu máximo depois de 48 a 72 horas, afectando tanto o membro afectado como o tronco. Se ocorre inchaço do tronco 1 a 2 horas depois da mordedura, é provável que o envenenamento seja severo. A zona inchada pode apresentar descoloração devida à passagem de [[eritrócito]]s e plasma para o tecido muscular.<ref name="USN91">United States Navy (1991). ''Poisonous Snakes of the World''. New York: United States Government/Dover Publications Inc. 203 pp. {{ISBN|0-486-26629-X}}.</ref> A morte por [[septicemia]] ou por falência renal, respiratória ou cardíaca pode ocorrer entre 1 e 14 dias após a mordedura ou até mais tarde.<ref name="Daniels"/>

Um estudo publicado em ''[[The Lancet]]'' mostrava que dentre uma amostra de pessoas que sobreviveram depois de ser mordidas por ''D. russelii'', 29% delas sofreu danos consideráveis à [[glândula pituitária]], que mais tarde resultaram em [[hipopituitarismo]].<ref>{{citar jornal| url=http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2091250/The-snake-bite-reverse-effects-puberty.html |obra=Daily Mail |primeiro =Ted |último =Thornhill |título=The snake bite that can reverse the effects of puberty (if you manage to survive it) |local=London |data=24 de janeiro de 2012}}</ref> Outros estudos científicos apoiam a hipótese de as mordeduras de ''D. russelii'' poderem causar hipopituitarismo.<ref>{{citar periódico|último1 = Tunpe | doi = 10.1016/S0140-6736(87)92500-1 |título= Acute and Chronic Pituitary Failure Resembling Sheehan's Syndrome Following Bites by Russell's Viper in Burma |periódico= The Lancet | volume = 330 |número= 8562 |páginas= 763–767 |ano= 1987 | pmid =  2888987| pmc = }}</ref><ref>{{citar periódico|último1 = Tun-Pe|último2 = Warrell |primeiro2 = D. A.|último3 = Tin-Nu-Swe|último4 = Phillips |primeiro4 = R. E.|último5 = Moore |primeiro5 = R. A.|último6 = Myint-Lwin|último7 = Burke |primeiro7 = C. W.|título= Acute and chronic pituitary failure resembling Sheehan's syndrome following bites by Russell's viper in Burma|periódico= Lancet| volume = 2|número= 8562|páginas= 763–767|ano= 1987
| pmid = 2888987 | doi=10.1016/s0140-6736(87)92500-1
}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 = Antonypillai |primeiro1 = C. N. |último2 = Wass |primeiro2 = J. A. H. |último3 = Warrell |primeiro3 = D. A. |último4 = Rajaratnam |primeiro4 = H. N. |título= Hypopituitarism following envenoming by Russell's Vipers (''Daboia siamensis'' and ''D. russelii'' ) resembling Sheehan's syndrome: First case report from Sri Lanka, a review of the literature and recommendations for endocrine management | doi = 10.1093/qjmed/hcq214 |periódico= QJM | volume = 104 |número= 2 |páginas= 97–108 |ano= 2010 | pmid =  21115460| pmc = }}</ref>

Como este veneno é tão eficaz na indução da [[trombose]], é usado num teste de diagnóstico ''[[in vitro]]'' da coagulação sanguínea amplamente usado nos laboratórios hospitalares. Este teste é frequentemente designado ensaio do veneno da víbora-de-russell diluído. O coagulante presente no veneno activa directamente o [[Fator X|factor X]], que transforma a [[protrombina]] em [[trombina]] na presença do [[factor V]] e [[fosfolípido]]. Este teste é mais sensível que o teste [[TTPA]] na detecção do [[anticoagulante lúpico]], pois não é influenciado por deficiências dos factores de coagulação [[Fator VIII|VIII]], [[Fator IX|IX]] ou [[Fator XI|XI]].<ref name="SL">[http://www.specialtylabs.com/books/display.asp?id=812 Antiphospholipid Syndrome] {{Wayback|url=http://www.specialtylabs.com/books/display.asp?id=812 |date=20061117122327 }} em [http://www.specialtylabs.com/ SpecialtyLaboratories]. 27 Setembro 2006.</ref>

Na Índia, o ''Haffkine Institute'' prepara um [[antiveneno]] polivalente que é usado no tratamento de mordeduras desta espécie.<ref name="Daniels"/>

==Subspécies==
{|cellspacing=0 cellpadding=2 border=1 style="border-collapse: collapse;"
|-
! style="background:#f0f0f0;"|Subspécies<ref name="McD99"/>
! style="background:#f0f0f0;"|Autoridade<ref name="McD99"/>
! style="background:#f0f0f0;"|Nome comum
! style="background:#f0f0f0;"|Distribuição geográfica<ref name="Mal03"/>
|-
|''D. r. russelii''
|([[George Shaw|Shaw]], 1797)
|Víbora-de-russell-indiana<ref name="CIS">[http://www.bio.utexas.edu/grad/sp/pubs/Indian%20Snakes-Checklist.pdf Checklist of Indian Snakes with English Common Names] at [http://www.biosci.utexas.edu/ University of Texas]. 22 outrubro 2006.</ref>
|style="width:55%"|[[Subcontinente Indiano]] e [[Sri Lanka]].
|-
|''[[Daboia siamensis|D. r. siamensis]]''
|([[Malcolm Arthur Smith|M.A. Smith]], 1917)
|Víbora-de-russell-oriental (às vezes tratada como espécie)<ref name="MAV-E">[http://www.toxinfo.org/antivenoms/indication/DABOIA_RUSSELII_SIAMENSIS.html ''Daboia russelii siamensis''] em [http://www.toxinfo.org/antivenoms/ Munich AntiVenom INdex (MAVIN)]. 23 de outubro 2006.</ref>
|Desde [[Mianmar]] passando por [[Tailândia]], [[Camboja]], [[Indonésia]] e sul da [[China]]. Também encontrada em [[Taiwan]].<ref name="McD99"/>
|}

==Taxonomia==
Utilizando dados morfológicos de ADN mitocondrial, Thorpe et al. (2007)<ref>{{citar periódico|vauthors=Thorpe RS, Pook CE, Malhotra A |título=Phylogeography of the Russell's viper (''Daboia russelii'') complex in relation to variation in the colour pattern and symptoms of envenoming |periódico=Herpetological Journal |volume=17 |páginas=209–18 |ano=2007}}</ref> obtiveram evidências de que a subespécie oriental de ''D. russelii'' deveria ser considerada como uma espécies separada, ''Daboia siamensis''.

Várias outras subespécies podem ser encontradas na literatura,<ref name="Mal03"/> incluindo:
[[Imagem:Russell's-Viper-India.jpg|thumb|Víbora-de-russell em Pune]]
*''D. s. formosensis'' <small>([[:fr:Moichirō Maki|Maki]], 1931)</small> – Taiwan (considerada sinónimo de ''D. siamensis'').
*''D. s. limitis'' <small>([[Robert Mertens|Mertens]], 1927)</small> – Indonésia (considerada sinónimo de ''D. siamensis'').
*''D. r. pulchella'' <small>[[John Edward Gray|Gray]], 1842</small> – Sri Lanka (considerada sinónimo de ''D. r. russelii'').
*''D. r. nordicus'' <small>([[Paules Edward Pieris Deraniyagala|Deraniyagala]], 1945)</small> – norte da Índia (considerada sinónimo de ''D. r. russelii'').
<br />
A ortografia do epíteto específico, ''russelii'', tem sido, e ainda é, objecto de discussão. Shaw & Nodder (1797), na sua descrição da espécie ''Coluber russelii'', nomearam-na em honra de [[Patrick Russell]], mas aparentemente grafaram o nome de forma incorrecta, usando apenas um "L" em vez de dois. Russell (1727–1805) foi o autor de ''An Account of Indian Serpents'' (1796) e ''A Continuation of an Account of Indian Serpents'' (1801). McDiarmid et al. (1999) encontram-se entre aqueles que favorecem a grafia incorrecta original, citando o Artigo 32c (ii) do [[Código Internacional de Nomenclatura Zoológica]]. Outros, como Zhao & Adler (1993) favorecem ''russellii''.<ref name="McD99"/>

É possível que no futuro, mais espécies sejam adicionadas a ''Daboia''. Obst (1983) fez uma revisão do género e sugeriu que deveria ser ampliado de forma a incluir  ''[[Macrovipera lebetina]]'', ''[[Vipera palaestinae]]'', e ''[[Vipera xanthina|V. xanthina]]''. Groombridge (1980, 1986) unificou ''V. palaestinae'' e ''Daboia'' num clado baseando-se em várias [[apomorfia]]s partilhadas, incluindo a forma do focinho e o padrão de cores da cabeça. Lenk et al. (2001)<ref>{{citar periódico|vauthors=Lenk P, Kalyabina S, Wink M, Joger U|authorlink4=:de:Ulrich Joger|título=Evolutionary relationships among the true vipers (Reptilia: Viperidae) inferred from mitochondrial DNA sequences |periódico=Molecular Phylogenetics and Evolution |volume=19 |número=1 |páginas=94–104 |data=abril de 2001 |pmid=11286494 |doi=10.1006/mpev.2001.0912}}</ref> encontrou apoio para esta ideia com base em evidências moleculares, sugerindo que ''Daboia'' inclua não só ''V. palaestinae'', como também ''[[Macrovipera mauritanica|M. mauritanica]]'' e ''[[Macrovipera deserti|M. deserti]]''.<ref name="Mal03"/>

==Ver também==
* [[Mordedura de serpente]]

==Referências==
{{Reflist|2}}

==Leitura adicional==
{{refbegin}}
*{{citar periódico|autor =Hawgood BJ |título=The life and viper of Dr Patrick Russell MD FRS (1727–1805): physician and naturalist |periódico=Toxicon |volume=32 |número=11 |páginas=1295–304 |data=novembro de 1994 |pmid=7886689 |doi=10.1016/0041-0101(94)90402-2 }}
*{{citar periódico|vauthors=Adler K, Smith HM, Prince SH, David P, Chiszar D |authorlink2=Hobart Muir Smith |título=Russell's viper: ''Daboia russelii'' not ''Daboia russellii'', due to Classical Latin rules |periódico=Hamadryad |volume=25 |número=2 |páginas=83–5 |ano=2000}}
*[[George Albert Boulenger|Boulenger GA]] (1890). ''The Fauna of British India, Including Ceylon and Burma. Reptilia and Batrachia.'' London: Secretary of State for India in Council. (Taylor and Francis, printers). xviii + 541 pp. (''"Vipera russellii"'', pp.&nbsp;420–421, Figure 123).
*Boulenger GA (1896). ''Catalogue of the Snakes in the British Museum (Natural History). Volume III., Containing the...Viperidæ.'' London: Trustees of the British Museum (Natural History). (Taylor and Francis, printers). xiv + 727 pp. + Plates I.- XXV. (''"Vipera russellii"'', pp.&nbsp;490–491).
*{{citar periódico|autor =Breidenbach CH |título=Thermal cues influence strikes in pitless vipers |periódico=Journal of Herpetology |publicado=Society for the Study of Reptiles and Amphibians |volume=24 |número=4 |páginas=448–50 |ano=1990 |doi=10.2307/1565074 |jstor=1565074}}
*Cox M (1991). ''The Snakes of Thailand and Their Husbandry''. Malabar, Florida: Krieger Publishing Company. 526 pp.&nbsp;{{ISBN|0-89464-437-8}}.
*Daniels JC (2002). ''Book of Indian Reptiles and Amphibians'' Mumbai: Bombay Natural History Society/Oxford University Press. viii + 238pp.
*[[:fr:Indraneil Das|Das I]] (2002). ''A Photographic Guide to Snakes and other Reptiles of India''. Sanibel Island, Florida: Ralph Curtis Books. 144 pp. {{ISBN|0-88359-056-5}}. (Russell's viper, ''"Daboia russelii"'', p.&nbsp;60).
*{{citar periódico|vauthors=Dimitrov GD, Kankonkar RC |título=Fractionation of ''Vipera russelli'' venom by gel filtration. I. Venom composition and relative fraction function |periódico=Toxicon |volume=5 |número=3 |páginas=213–21 |data=fevereiro de 1968 |pmid=5640304 |doi=10.1016/0041-0101(68)90092-5}}
*{{citar periódico|autor =Dowling HG |título=The name of Russell's viper |periódico=Amphibia-Reptilia |volume=14 |página=320 |ano=1993 |doi=10.1163/156853893X00543 |número=3}}
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*{{citar periódico|vauthors=Lenk P, Kalyabina S, Wink M, Joger U |authorlink4=:de:Ulrich Joger |título=Evolutionary relationships among the true vipers (Reptilia: Viperidae) inferred from mitochondrial DNA sequences |periódico=Molecular Phylogenetics and Evolution |volume=19 |número=1 |páginas=94–104 |data= abril de 2001 |pmid=11286494 |doi=10.1006/mpev.2001.0912}}
*Mahendra BC (1984). "Handbook of the snakes of India, Ceylon, Burma, Bangladesh and Pakistan". ''Annals of Zoology'' (Agra, India) '''22'''.
*{{citar periódico|vauthors=Master RW, Rao SS |título=Identification of enzymes and toxins in venoms of Indian cobra and Russell's viper after starch gel electrophoresis |periódico=J. Biol. Chem. |volume=236 |número= |páginas=1986–90 |data=julho de 1961 |pmid=13767976}}
*[[Sherman A. Minton|Minton SA Jr.]] (1974). ''Venom Diseases''. Springfield, Illinois: CC Thomas Publishing. 386 pp.
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*{{citar periódico|vauthors=Naulleau G, van den Brule B |título=Captive reproduction of ''Vipera russelli'' |periódico=Herpetological Review |publicado=Society for the Study of Amphibians and Reptiles |volume=11 |páginas=110–2 |ano=1980}}
*{{citar periódico|autor =Obst FJ |título=''Zur Kenntnis der Schlangengattung'' Vipera |periódico=Zoologische Abhandlungen |publicado=''Staatliches Museums für Tierkunde in Dresden'' |volume=38 |páginas=229–35 |ano=1983}} (in German).
*Reid HA (1968). "Symptomatology, pathology, and treatment of land snake bite in India and southeast Asia". '''''In'':''' Bucherl W, Buckley E, Deulofeu V (editors). ''Venomous Animals and Their Venoms. Vol. 1''. New York: Academic Press. pp 611–42.
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*{{citar periódico|autor =Shortt |título=A short account of the viper ''Daboia elegans'' (''Vipera Russellii'') |periódico=Annals and Magazine of Natural History |volume=11 |número=3 |páginas=384–5 |ano=1863}}
*{{citar livro|autor =Silva A de|título=Colour Guide to the Snakes of Sri Lanka |publicado=R & A Books |local=Avon (Eng) |ano=1990 |isbn=1-872688-00-4 }} 130 pp.
*{{citar periódico|vauthors=Sitprija V, Benyajati C, Boonpucknavig V |título=Further observations of renal insufficiency in snakebite |periódico=Nephron |volume=13 |número=5 |páginas=396–403 |ano=1974 |pmid=4610437 |doi=10.1159/000180416 }}
*[[Malcolm Arthur Smith|Smith MA]] (1943). ''The Fauna of British India, Ceylon and Burma, Including the Whole of the Indo-Chinese Sub-region. Reptilia and Amphibia. Vol. III.—Serpentes.'' London: Secretary of State for India. (Taylor and Francis, printers). xii + 583 pp. (''"Vipera russelli"'', pp.&nbsp;482–485).
*{{citar periódico|vauthors=Thiagarajan P, Pengo V, Shapiro SS |título=The use of the dilute Russell viper venom time for the diagnosis of lupus anticoagulants |periódico=Blood |volume=68 |número=4 |páginas=869–74 |data=outubro de 1986 |pmid=3092888}}
*{{citar periódico|autor =Maung-Maung-Thwin, Khin-Mee-Mee, Mi-Mi-Kyin, Thein-Than |título=Kinetics of envenomation with Russell's viper (''Vipera russelli'') venom and of antivenom use in mice |periódico=Toxicon |volume=26 |número=4 |páginas=373–8 |ano=1988 |pmid=3406948 |doi=10.1016/0041-0101(88)90005-0 }}
*{{citar periódico|autor =Mg-Mg-Thwin, Thein-Than, U Hla-Pe |título=Relationship of administered dose to blood venom levels in mice following experimental envenomation by Russell's viper (''Vipera russelli'') venom |periódico=Toxicon |volume=23 |número=1 |páginas=43–52 |ano=1985 |pmid=3922088 |doi=10.1016/0041-0101(85)90108-4 }}
*[[Michael Tweedie|Tweedie MWF]] (1983). ''The Snakes of Malaya''. Singapore: Singapore National Printers Ltd. 105 pp. ASIN B0007B41IO.
*{{citar periódico|vauthors=Vit Z |título=The Russell's viper |periódico=Prezgl. Zool. |volume=21 |páginas=185–8 |ano=1977}}
*{{citar periódico|vauthors=Wall F |autorlink =Frank Wall |título=The breeding of Russell's viper |periódico=Journal of the Bombay Natural History Society |volume=16 |páginas=292–312 |ano=1906}}
*Wall F (1921). ''Ophidia Taprobanica or the Snakes of Ceylon.'' Colombo, Ceylon [Sri Lanka]: Colombo Museum. (H.R. Cootle, Government Printer). xxii + 581 pp. (''"Vipera russelli"'', pp.&nbsp;504–529, Figures 91-92).
*[[Romulus Whitaker|Whitaker R]] (1978). ''Common Indian Snakes''. New Delhi (India): MacMillan. 85 pp.
*{{citar periódico|vauthors=Wüster W|autorlink =Wolfgang Wüster |título=Cobras and other herps in south-east Asia |periódico=British Herpetological Society Bulletin |volume=39 |páginas=19–24 |ano=1992}}
*{{citar periódico|vauthors=Wüster W, Otsuka S, Malhotra A, Thorpe RS |título=Population Systematics of Russell's viper: A Multivariate Study |periódico=Biological Journal of the Linnean Society |volume=47  |número=1 |páginas=97–113 |ano=1992 |doi=10.1111/j.1095-8312.1992.tb00658.x}}
*[[:fr:Er-mi Zhao|Zhao EM]], Adler K (1993). ''Herpetology of China''. Society for the Study of Amphibians and Reptiles. 522 pp.&nbsp;{{ISBN|0-916984-28-1}}.
{{refend}}

== Ligações externas ==
{{wikispecies}}
{{Commons category|Daboia russelii}}

* [https://web.archive.org/web/20070312151019/http://www.engin.umich.edu/~cre/web_mod/viper/introduction.htm Russell's viper] at [http://www.engin.umich.edu/ Michigan Engineering]. Accessed 5 September 2007.
* [http://www.survivaliq.com/survival/poisonous-snakes-and-lizards-russell-s-viper.htm Russell's viper] at [http://www.survivaliq.com/ SurvivalIQ]. Accessed 5 September 2007.
* [http://www.markoshea.tv/series3/series03-04a.html Mark O'Shea in Sri Lanka] at [http://www.markoshea.tv/ Mark O'Shea]. Accessed 5 September 2007.
* [http://www.formosanfattire.com/feature/snakes_in_taiwan/poisonous_snakes.htm Common Poisonous Snakes in Taiwan] at [http://www.formosanfattire.com/ Formosan Fat Tire]. Accessed 5 September 2007.
* {{YouTube|THEs0WFnzkE|Video of ''Daboia russelii''}}. Accessed 5 September 2007.
* {{YouTube|OUMdwrb9lGA|Video of ''Daboia russelii'' feeding}}. Accessed 5 September 2007.
* [http://www.toxinology.com/fusebox.cfm?fuseaction=main.snakes.display&id=SN0055 Toxicology]


[[Categoria:Viperinae]]
[[Categoria:Répteis descritos em 1797]]