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{{Poluição}}
'''Detrito marinho''', também conhecido como '''lixo marinho''', é o material sólido criado pelo homem que foi deliberada ou acidentalmente liberado nos [[Mar|mares]] ou no [[oceano]]. Detritos oceânicos flutuantes tendem a se acumular no centro dos [[Giro oceânico|giros]] e nas [[Costa|costas]], frequentemente encalhando, quando são conhecidos como ''lixo de praia'' ou resíduos de maré. O descarte deliberado de resíduos no mar é chamado de '''''despejo oceânico'''''. Resíduos naturais, como madeira flutuante e [[Castanha-do-mar|sementes]], também estão presentes. Com o uso crescente do [[plástico]], a influência humana tornou-se um problema, pois muitos tipos de plásticos (petroquímicos) não se [[Biodegradabilidade|biodegradam]] rapidamente, como acontece com os materiais naturais ou orgânicos.<ref>{{Citar web|ultimo=Graham|primeiro=Rachel|url=https://www.euronews.com/living/2019/07/10/watch-italy-s-answer-to-the-problem-with-plastic|titulo=Euronews Living &#124; Watch: Italy's answer to the problem with plastic|data=10 de julho de 2019|acessodata=12 de outubro de 2024|website=living}}</ref> O maior tipo de poluição plástica (~10%) e a maioria dos plásticos de grandes dimensões nos oceanos são descartados e [[Rede fantasma|perdidos nas redes]] da indústria pesqueira.<ref name=":8">{{Citar web|url=http://www.theguardian.com/environment/2019/nov/06/dumped-fishing-gear-is-biggest-plastic-polluter-in-ocean-finds-report|titulo=Dumped fishing gear is biggest plastic polluter in ocean, finds report|data=2019-11-06|acessodata=2021-04-09|website=The Guardian|lingua=en}}</ref> O plástico transportado pela água representa uma séria ameaça para os [[Peixe|peixes]], as [[Ave oceânica|aves marinhas]], os répteis marinhos e os [[Mamífero marinho|mamíferos marinhos]], bem como para os barcos e as costas.<ref name="Facts22">{{Citar web|url=http://marinedebris.noaa.gov/marinedebris101|titulo=Facts about marine debris|acessodata=15 de outubro de 2024|publicado=US NOAA|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090213110801/http://marinedebris.noaa.gov/marinedebris101/|arquivodata=13 de fevereiro de 2009|urlmorta=live}}</ref>

Despejos, derramamentos de contêineres, lixo levado para [[Galeria pluvial|bueiros]] e [[Hidrovia|cursos d'água]] e resíduos de [[Aterro sanitário|aterros sanitários]] levados pelo vento contribuem para esse problema. Esse aumento na [[poluição da água]] causou sérios efeitos negativos, como redes de pesca descartadas capturando animais, concentração de resíduos plásticos em grandes manchas de lixo marinho e aumento das concentrações de contaminantes na [[cadeia alimentar]].

Em esforços para prevenir e mediar resíduos e poluentes marinhos, leis e políticas foram adotadas internacionalmente, com a ONU incluindo a redução da [[poluição marinha]] no [[Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14|ODS 14]] "Vida na Água". Dependendo da relevância para as questões e dos vários níveis de contribuição, alguns países introduziram políticas de proteção mais específicas. Além disso, algumas organizações sem fins lucrativos, ONGs e organizações governamentais estão desenvolvendo programas para coletar e remover plásticos do oceano. No entanto, em 2017, a ONU estimou que até 2050 haverá mais plástico do que peixes nos oceanos se não forem tomadas medidas substanciais.<ref>{{Citar web|url=https://news.un.org/en/story/2017/04/556132-feature-uns-mission-keep-plastics-out-oceans-and-marine-life|titulo=FEATURE: UN's mission to keep plastics out of oceans and marine life|data=2017-04-27|acessodata=2020-12-08|website=UN News|lingua=en}}</ref>

{{TDC limitada|3}}

== Tipos ==
[[Ficheiro:Flostam tern island.JPG|miniaturadaimagem|Entulhos coletados nas praias da Ilha Tern, no [[French Frigate Shoals|French Frigate Shoals,]] ao longo de um mês]]

O [[Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente]] (PNUMA) considera detrito marinho "uma ameaça séria e vasta para os ambientes marinhos e costeiros, e que vem constantemente se agravando. Qualquer material sólido, persistente, manufaturado ou processado, que é descartado ou abandonado no ambiente marinho e costeiro. Os detritos marinhos são objetos que foram feitos ou usados por pessoas e deliberadamente descartados nos mares, rios ou praias; foram levados ao mar indiretamente pelos rios, inundações, esgotos e águas servidas, ou vendavais; foram perdidos acidentalmente, incluindo materiais perdidos no mar durante tempestades (materiais de pesca, cargas); ou foram deliberadamente deixados pelas pessoas nas praias e costas".<ref name="Regional Seas"> Regional Seas Coordinating Office et al. [https://www.unep.org/resources/report/marine-litter-analytical-overview ''Marine Litter: An analytical overview'']. United Nations Environment Programme, 2005, p. 1</ref>

Os investigadores classificam os detritos como sendo terrestres ou oceânicos; em 1991, o Grupo Conjunto de Peritos das [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]] sobre os Aspectos Científicos da Poluição Marinha estimou que até 80% da poluição era terrestre,<ref>{{Citar periódico |título=Marine Debris & Plastics: Environmental Concerns, Sources, Impacts and Solutions |periódico=Journal of Polymers and the Environment |número=4 |ultimo=Sheavly |primeiro=S. B. |ultimo2=Register |primeiro2=K. M. |ano=2007 |paginas=301–305 |bibcode=2007JPEnv..15..301S |doi=10.1007/s10924-007-0074-3 |volume=15}}</ref> com os restantes 20% originários de eventos catastróficos ou de fontes marítimas.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.knowablemagazine.org/article/sustainability/2017/pileup-plastic-debris-more-ugly-ocean-litter |título=The pileup of plastic debris is more than ugly ocean litter |periódico=Knowable Magazine |ultimo=Weiss |primeiro=K.R. |ano=2017 |doi=10.1146/knowable-120717-211902 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171209100516/https://www.knowablemagazine.org/article/sustainability/2017/pileup-plastic-debris-more-ugly-ocean-litter |arquivodata=9 de dezembro de 2017 |doi-access=free}}</ref> Estudos mais recentes descobriram que mais de metade dos resíduos plásticos encontrados nas costas coreanas, por exemplo, são provenientes do oceano.<ref>{{Citar periódico |título=Sources of plastic marine debris on beaches of Korea: More from the ocean than the land |data=6 de julho de 2014 |periódico=Ocean Science Journal |número=2 |ultimo=Jang |primeiro=Yong Chang |ultimo2=Lee |primeiro2=Jongmyoung |paginas=151–162 |bibcode=2014OSJ....49..151J |doi=10.1007/s12601-014-0015-8 |ultimo3=Hong |primeiro3=Sunwook |ultimo4=Lee |primeiro4=Jong Su |ultimo5=Shim |primeiro5=Won Joon |ultimo6=Song |primeiro6=Young Kyoung |volume=49}}</ref>

Uma grande variedade de objetos feitos pelo homem podem se tornar detritos marinhos; [[Saco de plástico|sacos plásticos]], balões, bóias, [[Corda|cordas]], [[Resíduo hospitalar|resíduos médicos]], garrafas [[vidro]] e plástico, [[Cigarro|pontas de cigarro]], [[Isqueiro|isqueiros]], [[Lata de bebida|latas de bebidas]], [[poliestireno]], [[Rede fantasma|linhas de pesca e redes perdidas]] e vários resíduos de [[Poluição por barcos|navios de cruzeiro]] e [[Plataforma petrolífera|plataformas de petróleo]] estão entre os itens comumente encontrados na praia. Os anéis de seis aberturas, em particular, são considerados emblemáticos do problema.<ref>{{Citar web|ultimo=Cecil Adams|url=https://www.straightdope.com/21342482/should-you-cut-up-six-pack-rings-so-they-don-t-choke-sea-birds|titulo=Should you cut up six-pack rings so they don't choke sea birds?|data=16 de julho de 1999|acessodata=14 de outubro de 2024|website=The Straight Dope|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081006061820/http://www.straightdope.com/classics/a990716.html|arquivodata=6 de outubro de 2008|urlmorta=live}}</ref>

Os militares dos EUA despejaram no oceano armas e bombas não utilizadas, incluindo bombas comuns, [[munição não detonada]], minas terrestres e armas químicas, pelo menos de 1919 até 1970.<ref name="wbgh">{{Citar jornal|ultimo=Edgar B. Herwick III|url=http://wgbhnews.org/post/explosive-beach-objects-just-another-example-massachusetts-charm|titulo=Explosive Beach Objects – Just Another Example Of Massachusetts' Charm|data=29 de julho de 2015|acessodata=14 de outubro de 2024|website=WGBH news|publicado=PBS|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150803012411/http://wgbhnews.org/post/explosive-beach-objects-just-another-example-massachusetts-charm|arquivodata=3 de agosto de 2015|urlmorta=live}}</ref> Milhões de kilos de [[Munição não detonada|munições]] foram descartadas no Golfo do México e ao largo das costas de pelo menos 16 estados, de Nova Jersey ao Havaí (embora estas, claro, não cheguem à costa, e os EUA não sejam o único país que pratica esta prática).<ref name="me">{{Citar jornal|url=http://www.maritime-executive.com/article/military-ordinance-dumped-in-gulf-of-mexico|titulo=Military Ordinance [sic] Dumped in Gulf of Mexico|data=3 de agosto de 2024|acessodata=14 de outubro de 2024|website=Maritime Executive|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150807104225/http://maritime-executive.com/article/military-ordinance-dumped-in-gulf-of-mexico|arquivodata=7 de agosto de 2015|urlmorta=live}}</ref>

Oitenta por cento dos detritos marinhos são plásticos.<ref name="Weisman">{{Citar livro|título=The World Without Us|ultimo=Alan Weisman|editora=St. Martin's Thomas Dunne Books|ano=2007|páginas=112–128|isbn=978-0312347291}}</ref> Os plásticos se acumulam porque normalmente não são [[Biodegradabilidade|biodegradáveis]] como muitas outras substâncias. Eles se fotodegradam quando expostos à luz solar, embora o façam apenas em condições secas, pois a [[água]] inibe a [[fotólise]].<ref>{{Citar web|ultimo=Alan Weisman|url=http://www.orionmagazine.org/index.php/articles/article/270/|titulo=Polymers Are Forever|data=2007|acessodata=14 de outubro de 2024|publicado=Orion magazine|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080516210457/http://www.orionmagazine.org/index.php/articles/article/270|arquivodata=16 de maio de 2008|urlmorta=live}}</ref> Em um estudo de 2014 usando modelos de computador, cientistas do grupo 5 Gyres estimaram 5,25&nbsp;trilhões de pedaços de plástico pesando 269 000 toneladas foram dispersos nos oceanos em quantidades semelhantes nos hemisférios Norte e Sul.<ref>{{Citar web|url=http://news.nationalgeographic.com/news/2014/12/141211-ocean-plastics-garbage-patches-5-gyres-pollution-environment/|titulo=5 Trillion Pieces of Ocean Trash Found, But Fewer Particles Than Expected|data=2014-12-13|acessodata=14 de outubro de 2024|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150205025927/http://news.nationalgeographic.com/news/2014/12/141211-ocean-plastics-garbage-patches-5-gyres-pollution-environment/|arquivodata=5 de fevereiro de 2015|urlmorta=dead}}</ref>

=== Detritos marinhos industriais persistentes ===
Alguns materiais e atividades usados nas práticas industriais que não se degradam facilmente, que persistem no meio ambiente e tendem a se acumular ao longo do tempo. As atividades podem incluir indústrias de pesca, navegação e aquicultura que coletam ou usam recursos no ambiente marinho e podem perder ou descartar equipamentos, materiais, máquinas ou resíduos sólidos de processos industriais na água ou nas margens. Isso pode incluir qualquer coisa tão grande quanto um barco de pesca ou tão pequena quanto uma partícula de uma bóia de isopor para lagosta. Em 2003, foi realizado um estudo para identificar tipos, quantidades, fontes e efeitos de detritos marinhos industriais persistentes nas águas costeiras e ao longo das costas do [[Condado de Charlotte (Novo Brunswick)|Condado de Charlotte, New Brunswick]], e examinar qualquer relação entre a quantidade e os tipos de detritos marinhos industriais persistentes e os tipos e números de operações industriais nas proximidades.<ref>{{Citar web|ultimo=Smith|primeiro=Christine|url=https://central.bac-lac.gc.ca/.item?id=MQ79594&op=pdf&app=Library&oclc_number=56632868|titulo=Persistent Industrial Marine Debris: The Relationship Between Marine Debris and Coastal Industrial Activity in Charlotte County New Brunswick|acessodata=14 de outubro de 2024}}</ref>

=== Redes fantasmas ===
{{AP|Rede fantasma}}
[[Ficheiro:Turtle_entangled_in_marine_debris_(ghost_net).jpg|miniaturadaimagem| Uma tartaruga marinha emaranhada em uma rede fantasma.]]

As redes fantasma são redes de pesca que foram deixadas ou perdidas no oceano pelos pescadores. Elas podem chegar às praias e recifes rochosos ou ficar à deriva em mar aberto. Essas redes, muitas vezes quase invisíveis na luz fraca, representam um grande perigo para os animais marinhos, pois restringem os movimentos, causando fome, laceração e infecção, e asfixia aos seres que precisam retornar à superfície para respirar.<ref>{{Citar web |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/scotland/highlands_and_islands/6248366.stm |titulo='Ghost fishing' killing seabirds |data=28-06-2007 |acessodata=2008-04-01 |website=BBC News}}</ref> Elas podem enredar peixes, golfinhos, tartarugas marinhas, tubarões, dugongos, crocodilos, pássaros marinhos, caranguejos e outras criaturas, incluindo o ocasional mergulhador humano.<ref>Esteban, Michelle (2002) [http://www.eurocbc.org/page54.html ''Tracking Down Ghost Nets'']</ref>

=== Microplásticos ===
{{Excerto|Microplástico|parágrafos=1-2}}

=== Detritos do fundo do mar ===
Detritos marinhos são encontrados no fundo do oceano Ártico.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.cbsnews.com/news/plastic-trash-invades-arctic-seafloor/|titulo=Plastic trash invades arctic seafloor|website=[[CBS News]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20121025213953/http://www.cbsnews.com/8301-205_162-57540392/plastic-trash-invades-arctic-seafloor/|arquivodata=25 de outubro de 2012|urlmorta=live}}</ref> Embora um número crescente de estudos tenha se concentrado na acumulação de detritos plásticos nas costas, nas águas superficiais e na ingestão destes resíduos por parte de organismos marinhos que vivem nos níveis superiores da coluna de água, há informações limitadas sobre detritos nas camadas mesopelágicas e mais profundas.<ref name=":5">Chiba, S., Saito, H., Fletcher, R., Yogi, T., Kayo, M., Miyagi, S., ... & Fujikura, K. (2018). Human footprint in the abyss: 30 year records of deep-sea plastic debris. ''Marine Policy'', ''96'', 204–212.</ref> Estudos realizados conduziram pesquisas por meio de amostragem de fundo, observação de vídeo por meio de veículos operados remotamente (ROVs) e submersíveis. Eles também são limitados principalmente a projetos pontuais que não se estendem o suficiente para mostrar efeitos significativos dos detritos do fundo do mar ao longo do tempo. Até agora, a investigação demonstrou que os detritos no oceano profundo são de fato afetados por atividades antropogênicas, e o plástico tem sido frequentemente observado no mar profundo, especialmente em áreas ao largo de regiões densamente povoadas, como o Mediterrâneo.<ref name=":5" />

Lixo, feito de diversos materiais mais densos do que a água da superfície (como [[Vidro|vidros]], metais e alguns plásticos), foi encontrado espalhado no fundo dos mares e oceanos abertos, onde pode ficar preso em [[Coral|corais]] e interferir com outras [[Bentos|formas de vida no fundo do mar]], ou mesmo ficar enterrado sob sedimentos, tornando a limpeza extremamente difícil, especialmente devido à grande área de sua dispersão em comparação com [[Destroço marítimo|naufrágios]].<ref>{{Citar periódico |título=Benthic marine debris in the Bay of Fundy, eastern Canada: Spatial distribution and categorization using seafloor video footage |data=2020-01-01 |periódico=Marine Pollution Bulletin |ultimo=Goodman |primeiro=Alexa J. |ultimo2=Walker |primeiro2=Tony R. |paginas=110722 |lingua=en |bibcode=2020MarPB.15010722G |doi=10.1016/j.marpolbul.2019.110722 |pmid=31733907 |ultimo3=Brown |primeiro3=Craig J. |ultimo4=Wilson |primeiro4=Brittany R. |ultimo5=Gazzola |primeiro5=Vicki |ultimo6=Sameoto |primeiro6=Jessica A. |volume=150 |doi-access=free}}</ref> Plásticos que geralmente apresentam flutuabilidade negativa podem afundar com a aderência do fitoplâncton e a agregação de outras partículas orgânicas. Outros processos oceânicos que afetam a circulação, como tempestades costeiras e convecção marítima, desempenham um papel na transferência de grandes volumes de partículas e detritos. As características topográficas submarinas também podem aumentar as correntes descendentes, levando à retenção de [[Microplástico|microplásticos]] em determinados locais.<ref name=":6">Woodall, L. C., Sanchez-Vidal, A., Canals, M., Paterson, G. L., Coppock, R., Sleight, V., ... & Thompson, R. C. (2014). The deep sea is a major sink for microplastic debris. Royal Society open science, 1(4), 140317. {{DOI|10.1098/rsos.140317}}.</ref>

Um banco de dados de detritos marinhos profundos do Centro Global de Dados Oceanográficos da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia Marinha e Terrestre (JAMSTEC), mostrando trinta anos de fotos e amostras de detritos marinhos desde 1983, foi tornado público em 2017. Dos 5.010 mergulhos no banco de dados, usando ROVs e submersíveis de alto mar, 3.425 detritos artificiais foram contados.<ref name=":5" /> Os dois tipos mais significativos de detritos foram o macroplástico, que representou 33% dos detritos encontrados – 89% dos quais eram de uso único – e o metal, que representou 26%. Restos de plástico foram encontrados no fundo da Fossa das Marianas, a uma profundidade de 10.898 metros, e sacos plásticos foram encontrados enredados em aglomerados de fontes hidrotermais e infiltrações frias.<ref name=":5" />

== Fontes ==
Os 10 maiores emissores de poluição plástica oceânica em todo o mundo são, do maior para o menor, a China, Indonésia, Filipinas, Vietnã, Sri Lanka, Tailândia, Egito, Malásia, Nigéria e Bangladesh,<ref>{{Citar periódico |url=https://www.iswa.org/fileadmin/user_upload/Calendar_2011_03_AMERICANA/Science-2015-Jambeck-768-71__2_.pdf |título=Plastic waste inputs from land into the ocean |data=12 de fevereiro de 2015 |acessodata=16 de outubro de 2024 |periódico=Science |número=6223 |ultimo=Jambeck |primeiro=Jenna R. |ultimo2=Geyer |primeiro2=Roland |autorlink2=Roland Geyer |paginas=768–771 |bibcode=2015Sci...347..768J |doi=10.1126/science.1260352 |pmid=25678662 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190122073818/https://www.iswa.org/fileadmin/user_upload/Calendar_2011_03_AMERICANA/Science-2015-Jambeck-768-71__2_.pdf |arquivodata=22 de janeiro de 2019 |ultimo3=Wilcox |primeiro3=Chris |volume=347}}</ref> em grande parte através dos [[Rio Yangtzé|rios Yangtze]], [[Rio Indo|Indo]], [[Rio Amarelo|Amarelo]], [[Rio Hai|Hai]], [[Rio Nilo|Nilo]], [[Rio Ganges|Ganges]], [[Rio das Pérolas|Pérola]], [[Rio Amur|Amur]], [[Rio Níger|Níger]] e [[Rio Mecom|Mekong]], e são responsáveis por "90 por cento de todo o plástico que chega aos oceanos do mundo".<ref>{{Citar periódico |url=http://oceanrep.geomar.de/43169/4/es7b02368_si_001.pdf |título=Export of Plastic Debris by Rivers into the Sea |data=11 de outubro de 2017 |acessodata=15 de outubro de 2024 |periódico=[[Environmental Science & Technology]] |número=21 |ultimo=Christian Schmidt |ultimo2=Tobias Krauth |paginas=12246–12253 |bibcode=2017EnST...5112246S |doi=10.1021/acs.est.7b02368 |pmid=29019247 |ultimo3=Stephan Wagner |volume=51}}</ref><ref>{{Citar jornal|ultimo=Harald Franzen|url=https://p.dw.com/p/2oTF6|titulo=Almost all plastic in the ocean comes from just 10 rivers|data=30 novembro de 2017|acessodata=15 de outubro de 2024|website=[[Deutsche Welle]]}}</ref>

Estima-se que 10.000 [[Conteinerização|contêineres]] sejam perdidos anualmente no mar por [[Navio porta-contentores|navios porta-contentores]], geralmente durante tempestades.<ref>{{Citar web|ultimo=Janice Podsada|url=http://news.nationalgeographic.com/news/2001/06/0619_seacargo.html|titulo=Lost Sea Cargo: Beach Bounty or Junk?|data=19 de junho de 2001|acessodata=15 de outubro de 2024|publicado=National Geographic News|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080406043240/http://news.nationalgeographic.com/news/2001/06/0619_seacargo.html|arquivodata=6 de abril de 2008|urlmorta=dead}}</ref> Um vazamento ocorreu no [[Oceano Pacífico]] em 1992, quando milhares de patinhos de borracha e outros brinquedos (agora conhecidos como "Friendly Floatees") caíram no mar durante uma tempestade. Desde então, os brinquedos foram encontrados em todo o mundo, proporcionando uma melhor compreensão das [[Corrente oceânica|correntes oceânicas]]. Incidentes semelhantes já aconteceram antes, como quando o ''Hansa Carrier'' deixou cair 21 contentores (um dos quais continha, nomeadamente, tênis [[Nike, Inc.|Nike]] flutuantes).<ref>{{Citar jornal|ultimo=Marsha Walton|url=http://www.cnn.com/2003/TECH/science/05/28/coolsc.oceansecrets/index.html|titulo=How sneakers, toys and hockey gear help ocean science|data=28 de maio de 2003|acessodata=15 de outubro de 2024|publicado=CNN|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080408065423/http://www.cnn.com/2003/TECH/science/05/28/coolsc.oceansecrets/index.html|arquivodata=8 de abril de 2008|urlmorta=live}}</ref>[[Ficheiro:Friendly_Floatees.png|miniaturadaimagem|A viagem dos Friendly Floatees|esquerda]]Em 2007, o [[MSC Napoli|MSC ''Napoli'']] encalhou no [[Canal da Mancha]], deixando cair centenas de contentores, a maioria dos quais foi parar à [[Costa Jurássica]], um [[Património Mundial]].<ref>{{Citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/england/devon/6287457.stm|titulo=Scavengers take washed-up goods|data=22 de janeiro de 2007|acessodata=15 de outubro de 2024|website=BBC News|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080209141945/http://news.bbc.co.uk/1/hi/england/devon/6287457.stm|arquivodata=9 de fevereiro de 2008|urlmorta=live}}</ref> Um estudo de 2021, realizado após a perda de um contêiner que transportava cartuchos de impressora em 2014, calculou que alguns cartuchos se dispersaram a uma velocidade média entre 6&nbsp; e 13&nbsp;centímetros por segundo.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Wilson|primeiro=Jonathan|url=https://eandt.theiet.org/content/articles/2021/04/ship-s-lost-plastic-cargo-washes-up-on-shores-from-florida-to-norway/|titulo=Ship's lost plastic cargo washes up on shores from Florida to Norway|data=29 de abril de 2021|acessodata=15 de outubro de 2024|website=E&T Magazine|local=}}</ref> Um acidente em 1997 com o navio ''Tokio Express'' na costa britânica resultou na perda de um contêiner de carga com capacidade para 5&nbsp;milhões de peças [[Lego]]. Algumas das peças se tornaram valiosas entre colecionadores que procuravam dragões de Lego nas praias. Isto também forneceu informações valiosas no estudo da degradação do plástico marinho.<ref name="lego_plastic">{{Citar web|url=https://thefactsource.com/how-long-does-it-take-for-plastic-to-degrade-the-lego-bricks-study/|titulo=How long does it take for plastic to degrade: the Lego bricks study|data=19 de julho de 2021|acessodata=15 de outubro de 2024|website=The Fact Source}}</ref>

No porto de Halifax, na Nova Escócia, 52% dos itens foram gerados pelo uso recreativo de um parque urbano, 14% pela eliminação de esgotos e apenas 7% por atividades de transporte e pesca.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.researchgate.net/publication/233420832 |título=Accumulation of marine debris on an intertidal beach in an urban park (Halifax Harbour, Nova Scotia) |periódico=Water Quality Research Journal of Canada |número=3 |ultimo=Walker |primeiro=T.R. |ultimo2=Grant |primeiro2=J. |ano=2006 |paginas=256–262 |formato=PDF |doi=10.2166/wqrj.2006.029 |ultimo3=Archambault |primeiro3=M-C. |volume=41 |doi-access=free}}</ref> Cerca de quatro quintos<ref name="Algalita">{{Citar web|url=http://www.algalita.org/pdf/PLASTIC%20DEBRIS%20ENGLISH.pdf|titulo=Plastic Debris: from Rivers to Sea|acessodata=15 de outubro de 2024|publicado=Algalita Marine Research Foundation|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080819214304/http://www.algalita.org/pdf/PLASTIC%20DEBRIS%20ENGLISH.pdf|arquivodata=19 de agosto de 2008|urlmorta=dead}}</ref> dos detritos oceânicos são provenientes do lixo lançado na água pelos [[Aterro sanitário|aterros sanitários]] e pelo [[escoamento urbano]].<ref name="Facts22" />

Alguns estudos mostram que os detritos marinhos podem ser dominantes em locais específicos. Por exemplo, um estudo de 2016 sobre Aruba descobriu que os detritos encontrados no lado de barlavento da ilha eram predominantemente detritos marinhos de fontes distantes.<ref>{{Citar periódico |título=Beach debris on Aruba, Southern Caribbean: Attribution to local land-based and distal marine-based sources |periódico=Marine Pollution Bulletin |número=–2 |ultimo=Scisciolo |primeiro=Tobia |ano=2016 |paginas=49–57 |bibcode=2016MarPB.106...49D |doi=10.1016/j.marpolbul.2016.03.039 |pmid=27039956 |volume=106}}</ref> Em 2013, foram recolhidos e analisados detritos de seis praias na Coreia: 56% foram considerados “oceânicos” e 44% “terrestres”.<ref>{{Citar periódico |título=Sources of plastic marine debris on beaches of Korea: More from the ocean than the land |periódico=Ocean Science Journal |número=2 |ultimo=Yong |primeiro=C |ano=2013 |paginas=151–162 |bibcode=2014OSJ....49..151J |doi=10.1007/s12601-014-0015-8 |volume=49}}</ref>

Na Maré das Seringas de 1987, resíduos médicos foram arrastados para a costa de [[Nova Jérsia|Nova Jersey]] após terem sido carregados do [[Aterro Sanitário de Fresh Kills|aterro sanitário de Fresh Kills]].<ref>{{Citar jornal|ultimo=Alfonso Narvaez|url=https://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9B0DEFD81439F93BA35751C1A961948260|titulo=New York City to Pay Jersey Town $1 Million Over Shore Pollution|data=8 de dezembro de 1987|acessodata=15 de outubro de 2024|website=The New York Times|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090311010114/http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9B0DEFD81439F93BA35751C1A961948260|arquivodata=11 de março de 2009|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://library.marist.edu/diglib/EnvSci/archives/hudsmgmt/ny-njharborestuaryprogram/debris.html|titulo=A Summary of the Proposed Comprehensive Conservation and Management Plan|data=Fevereiro de 1995|acessodata=15 de outubro de 2024|publicado=New York-New Jersey Harbor Estuary Program|arquivourl=https://web.archive.org/web/20050524210352/http://library.marist.edu/diglib/EnvSci/archives/hudsmgmt/ny-njharborestuaryprogram/debris.html|arquivodata=24 de maio de 2005|urlmorta=dead}}</ref> Na remota ilha subantárctica da [[Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul|Geórgia do Sul]], os resíduos relacionados com a pesca, cerca de 80% plástico, são responsáveis pelo enredamento de um grande número de [[Lobo-marinho-antártico|focas-peludas-da-antárctica]].<ref>{{Citation|last=Walker|first1=T. R.|last2=Reid|first2=K.|last3=Arnould|first3=J. P. Y.|last4=Croxall|first4=J. P.|year=1997|title=Marine debris surveys at Bird Island, South Georgia 1990–1995|journal=Marine Pollution Bulletin|volume=34|issue=1|pages=61–65|doi=10.1016/S0025-326X(96)00053-7|bibcode=1997MarPB..34...61W}}.</ref>

Treze empresas têm uma contribuição individual de 1% ou mais do total de plástico de marca observado nos eventos de auditoria: The Coca-Cola Company, PepsiCo, Nestlé, Danone, Altria, Bakhresa Group, Wings, Unilever, Mayora Indah, Mondelez International, Mars, Incorporated, Salim Group e British American Tobacco. Todas as 13 empresas produzem alimentos, bebidas ou produtos de tabaco. A principal empresa, The Coca-Cola Company, foi responsável por 11% (IC95% = 10 a 12%), significativamente maior do que qualquer outra empresa. As 5 maiores empresas foram responsáveis por 24% do plástico de marca; 56 empresas foram responsáveis por mais de 50%; e 19.586 empresas foram responsáveis pelo restante. As contribuições das principais empresas podem ser subestimadas porque houve marcas no plástico que não foram atribuídas a nenhuma empresa e houve muitos objetos sem marca identificável.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.science.org/doi/10.1126/sciadv.adj8275 |título=Global producer responsibility for plastic pollution |data=2024-04-26 |periódico=Science Advances |número=17 |ultimo=Cowger |primeiro=Win |ultimo2=Willis |primeiro2=Kathryn A. |lingua=en |doi=10.1126/sciadv.adj8275 |issn=2375-2548 |ultimo3=Bullock |primeiro3=Sybil |ultimo4=Conlon |primeiro4=Katie |ultimo5=Emmanuel |primeiro5=Jorge |ultimo6=Erdle |primeiro6=Lisa M. |ultimo7=Eriksen |primeiro7=Marcus |ultimo8=Farrelly |primeiro8=Trisia A. |ultimo9=Hardesty |primeiro9=Britta Denise |volume=10}}</ref>

== Impactos  ==
===Impactos ambientais===
[[Ficheiro:Albatross_at_Midway_Atoll_Refuge_(8080507529).jpg|miniaturadaimagem|Restos de um [[Albatroz-de-laysan|albatroz]] contendo detritos ingeridos.]]

Tem sido amplamente comprovado que o lixo marinho causa problemas para a vida marinha em diversos níveis, e pode viajar longas distâncias pelas correntes marinhas, afetando todas as regiões do mundo, mesmo zonas desabitadas e o [[fundo oceânico]]. Segundo um relatório da [[Comissão Europeia]], "a cada ano milhões de animais que vivem nos oceanos são debilitados, mutilados e mortos pelos detritos".<ref name="Harm"> Werner, Stefanie et al. [https://mcc.jrc.ec.europa.eu/main/dev.py?N=41&O=437 ''Harm caused by Marine Litter'']. European Commission, 2016, pp. 9-13</ref> 
[[File:Ecomare - noordse stormvogel met zwerfvuil (pcd01064-sw).jpg|thumb|Ave presa em restos de redes]]

A ingestão de detritos e o enredamento em redes fantasma são os principais problemas diretos.<ref name="Coordinatingo"/> A ingestão pode bloquear total ou parcialmente o trato digestivo dos animais, impedir sua alimentação, prejudicar a digestão e sua capacidade de reprodução, e lhes dá uma falsa sensação de que estão alimentados. O enredamento causa asfixia, ferimentos, esfolamento, necroses, amputações, úlceras, deformações, impede ou prejudica a locomoção, sua capacidade de fugir de predadores e de se alimentar, e pode levar à [[inanição]]. Mesmo se o animal consegue escapar e sobreviver aos ferimentos, pode ficar com sequelas permanentes. Os efeitos do enredamento são mais rápidos que os da ingestão, e mais visíveis, e por isso são os mais relatados. Cerca de 80% dos relatos de morte de animais são nos casos de enredamento, enquanto apenas cerca 5% dos relatos são em casos de ingestão. De qualquer maneira, as estatísticas disponíveis seguramente representam uma fração mínima dos casos em todo o mundo, e se concentram na macrofauna, que é mais fácil de ser rastreada. Os dados sobre baleias e focas, por exemplo, indicam que de 57 a 135 mil indivíduos são enredados anualmente nas redes fantasma, e o enredamento de animais menores como tartarugas, aves, peixes e outras espécies é impossível de calcular.<ref name="Harm"/> 

Muitos animais que vivem junto ao mar ou dentro dele [[Alimentação|consomem]] detritos por engano, pois muitas vezes eles se parecem com suas presas e alimentos naturais.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Kenneth R. Weiss|url=http://www.pulitzer.org/archives/7135|titulo=Plague of Plastic Chokes the Seas|data=2 de agosto de 2006|acessodata=16 de outubro de 2024|website=Los Angeles Times|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080923134138/http://www.pulitzer.org/archives/7135|arquivodata=23 de setembro de 2008|urlmorta=live}}</ref> No total, sabe-se que 1288 espécies marinhas ingerem resíduos plásticos, sendo os peixes a maior fração.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.science.org/doi/10.1126/science.abh0945 |título=Plastic ingestion as an evolutionary trap: Toward a holistic understanding |data=2021-07-02 |periódico=Science |número=6550 |ultimo=Santos |primeiro=Robson G. |ultimo2=Machovsky-Capuska |primeiro2=Gabriel E. |paginas=56–60 |lingua=en |bibcode=2021Sci...373...56S |doi=10.1126/science.abh0945 |issn=0036-8075 |pmid=34210877 |ultimo3=Andrades |primeiro3=Ryan |volume=373}}</ref> Resíduos plásticos volumosos podem ficar permanentemente alojados no trato digestivo desses animais, bloqueando a passagem de alimentos e causando morte por fome ou infecção.<ref>{{Citar web|ultimo=Charles Moore|url=http://www.naturalhistorymag.com/features/172720/trash-revisited|titulo=Across the Pacific Ocean, plastics, plastics, everywhere.|data=Novembro de 2003|acessodata=16 de outubro de 2024|publicado=Natural History|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160425205435/http://www.naturalhistorymag.com/features/172720/trash-revisited|arquivodata=25 de abril de 2016|urlmorta=live}}</ref> Pequenas partículas flutuantes de plástico também se assemelham ao [[zooplâncton]], o que pode levar os [[Animal filtrador|filtradores]] a consumi-las e fazer com que entrem na [[cadeia alimentar]] do oceano. Além disso, o plástico no ambiente marinho que contamina a cadeia alimentar pode ter repercussões na viabilidade das espécies de peixes e crustáceos.<ref>{{Citar periódico |título=Global ecological, social and economic impacts of marine plastic |data=2019-05-01 |periódico=Marine Pollution Bulletin |ultimo=Beaumont |primeiro=Nicola J. |ultimo2=Aanesen |primeiro2=Margrethe |paginas=189–195 |lingua=en |bibcode=2019MarPB.142..189B |doi=10.1016/j.marpolbul.2019.03.022 |issn=0025-326X |pmid=31232294 |ultimo3=Austen |primeiro3=Melanie C. |ultimo4=Börger |primeiro4=Tobias |ultimo5=Clark |primeiro5=James R. |ultimo6=Cole |primeiro6=Matthew |ultimo7=Hooper |primeiro7=Tara |ultimo8=Lindeque |primeiro8=Penelope K. |ultimo9=Pascoe |primeiro9=Christine |volume=142 |doi-access=free}}</ref>

Outros problemas graves são causados pela alteração do fundo oceânico em função do lixo acumulado, perturbando ou cobrindo os [[habitat]]s de comunidades [[Bentos|bentônicas]]. A limpeza de praias pode causar danos a espécies que vivem na areia. Há ainda um crescente acúmulo de substâncias tóxicas nos mares trazidas pelos detritos ou originadas de sua decomposição. Detritos flutuantes podem carregar animais e plantas por todos os mares, provocando a [[espécie invasora|invasão de ambientes]] onde não eram nativos, e com isso alterando a dinâmica dos ecossistemas locais.<ref name="Coordinatingo"> Regional Seas Coordinating Office et al., p. 5</ref> 

Por outro lado, nem todos os artefatos [[Antropogénico|antropogênicos]] colocados nos oceanos são prejudiciais. Estruturas de ferro e concreto geralmente causam poucos danos ao meio ambiente porque geralmente afundam e ficam imóveis e, em profundidades rasas, podem até servir de andaimes para [[Recife artificial|recifes artificiais]]. Navios e vagões de metrô foram deliberadamente afundados para esse propósito.<ref>{{Citar web|ultimo=Ron Hess|ultimo2=Denis Rushworth|url=http://192.5.14.110/pubs/monograph_reports/MR1377/MR1377.ch5.pdf|titulo=Chapter 5: Reefing|data=2 de agosto de 2006|acessodata=15 de outubro de 2024|website=Disposal Options for Ships|publicado=Rand Corporation|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070629110318/http://192.5.14.110/pubs/monograph_reports/MR1377/MR1377.ch5.pdf|arquivodata=29 de junho de 2007|urlmorta=dead|ultimo3=Michael Hynes|ultimo4=John Peters}}</ref> Além disso, sabe-se que os [[Paguroidea|caranguejos eremitas]] usam pedaços de lixo da praia como concha quando não conseguem encontrar uma concha real do tamanho de que precisam.<ref>{{Citar web|ultimo=Miller|primeiro=Shawn|url=http://okinawanaturephotography.com/crabs-with-beach-trash-homes-okinawa-japan/|titulo=Crabs With Beach Trash Homes – Okinawa, Japan|data=2014-10-19|acessodata=15 de outubro de 2024|website=Okinawa Nature Photography|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171014084009/http://okinawanaturephotography.com/crabs-with-beach-trash-homes-okinawa-japan/|arquivodata=14 de outubro de 2017|urlmorta=live}}</ref>

===Impactos econômicos e sociais===
[[File:Beach in Sharm el-Naga02.jpg|thumb|Praia cheia de lixo trazido pela maré]]

O lixo marinho causa sérios prejuízos para vários setores da sociedade, gerando despesas para limpeza de praias, danos a embarcações, entupimento de canalizações, redução na pesca e na produtividade da [[aquicultura]], além de causar deterioração da beleza cênica das paisagens costeiras e prejudicar o turismo, a recreação e a imagem pública dos lugares poluídos.<ref name="Regional Seas"/><ref name="Meith2">Meith, Nikki (ed.). [https://wedocs.unep.org/bitstream/handle/20.500.11822/7787/-Marine%20Litter_%20A%20Global%20Challenge%20(2009)-2009845.pdf?sequence=3&amp%3BisAllowed= ''Marine Litter: A Global Challenge'']. Regional Seas/UNEP, 2009, pp. 9-10; 32</ref> Segundo um estudo do [[PNUMA]], "a cada ano, o detrito marinho resulta em tremendos custos e perdas econômicas para indivíduos e comunidades em todo o mundo".<ref name="Meith2"/> 

Também representa uma ameaça à segurança e à saúde pública. Detritos em praias, como cacos de vidro e objetos metálicos cortantes, têm sido frequente causa de ferimentos em pessoas e animais domésticos; lixo hospitalar pode estar contaminado com doenças, detritos flutuantes são uma ameaça a nadadores, mergulhadores e esportistas. Há também aspectos jurídicos envolvidos, já que o assunto está ligado a violações de leis sobre o descarte e processamento de lixo, e à pesca predatória e clandestina.<ref name="Regional Seas"/><ref name="Meith2"/>

=== Impactos da pandemia da COVID-19 ===
No Quênia, a pandemia da COVID-19 impactou a quantidade de detritos marinhos encontrados nas praias, sendo cerca de 55% itens de lixo relacionados à pandemia. Embora o lixo relacionado à pandemia tenha aparecido nas praias do Quênia, ele não chegou à água. A redução do lixo no oceano pode ser resultado do fechamento das praias e da falta de movimento durante a pandemia, pelo que é provável que haja menos lixo no oceano.<ref name=":2">{{Citar periódico |título=The impacts of COVID-19 pandemic on marine litter pollution along the Kenyan Coast: A synthesis after 100 days following the first reported case in Kenya |data=Janeiro de 2021 |acessodata=16 de outubro de 2024 |periódico=Marine Pollution Bulletin |ultimo=Okuku |primeiro=Eric |ultimo2=Kiteresi |primeiro2=Linet |paginas=111840 |bibcode=2021MarPB.16211840O |doi=10.1016/j.marpolbul.2020.111840 |issn=0025-326X |pmc=7682337 |pmid=33248673 |ultimo3=Owato |primeiro3=Gilbert |ultimo4=Otieno |primeiro4=Kenneth |ultimo5=Mwalugha |primeiro5=Catherine |ultimo6=Mbuche |primeiro6=Mary |ultimo7=Gwada |primeiro7=Brenda |ultimo8=Nelson |primeiro8=Annette |ultimo9=Chepkemboi |primeiro9=Purity |volume=162}}</ref> Impactos adicionais da pandemia da COVID-19 foram observados em Hong Kong, onde máscaras descartáveis acabaram nas praias das ilhas de Soko.<ref>{{Citar periódico |título=Increased plastic pollution due to COVID-19 pandemic: Challenges and recommendations |data=2021-02-01 |periódico=Chemical Engineering Journal |ultimo=Patrício Silva |primeiro=Ana L. |ultimo2=Prata |primeiro2=Joana C. |paginas=126683 |lingua=en |bibcode=2021ChEnJ.40526683P |doi=10.1016/j.cej.2020.126683 |issn=1385-8947 |pmc=7430241 |pmid=32834764 |ultimo3=Walker |primeiro3=Tony R. |ultimo4=Duarte |primeiro4=Armando C. |ultimo5=Ouyang |primeiro5=Wei |ultimo6=Barcelò |primeiro6=Damià |ultimo7=Rocha-Santos |primeiro7=Teresa |volume=405}}</ref> Isto pode ser atribuído ao aumento da produção de produtos médicos (máscaras e luvas) durante a pandemia, levando a um aumento do descarte não convencional desses produtos.<ref>{{Citar periódico |título=The COVID-19 pandemic and single-use plastic waste in households: A preliminary study |data=2021-11-01 |periódico=Science of the Total Environment |ultimo=Leal Filho |primeiro=Walter |ultimo2=Salvia |primeiro2=Amanda Lange |paginas=148571 |lingua=en |bibcode=2021ScTEn.79348571L |doi=10.1016/j.scitotenv.2021.148571 |issn=0048-9697 |pmc=8799403 |pmid=34175610 |ultimo3=Minhas |primeiro3=Aprajita |ultimo4=Paço |primeiro4=Arminda |ultimo5=Dias-Ferreira |primeiro5=Celia |volume=793}}</ref>

== Remoção ==
[[Ficheiro:DC_WASA_Marine_Debris_Skimmer.jpg|miniaturadaimagem|Barco skimmer usado para remover detritos flutuantes e lixo dos rios [[Rio Potomac|Potomac]] e [[Rio Anacostia|Anacostia]]|esquerda]]

=== Limpezas costeiras e fluviais ===
Técnicas para coletar e remover detritos marinhos (ou fluviais) incluem o uso de barcos coletores de detritos. Dispositivos como esses podem ser usados onde detritos flutuantes representam um perigo para a navegação. Por exemplo, o [[Corpo de Engenharia do Exército dos Estados Unidos|Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA]] remove 90 toneladas de "material flutuante" da [[Baía de São Francisco]] todo mês. O Corpo tem feito este trabalho desde 1942, quando um [[hidroavião]] que transportava o Almirante [[Chester W. Nimitz]] colidiu com um pedaço de destroços flutuantes e afundou, custando a vida do seu piloto.<ref>{{Citar web|url=http://www.spn.usace.army.mil/newsrelease/newsrelease_11_07_07.html|titulo=Debris collection onsite after Bay Bridge struck|acessodata=16 de outubro de 2024|publicado=US Army Corps of Engineers|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090109084709/http://www.spn.usace.army.mil/newsrelease/newsrelease_11_07_07.html|arquivodata=9 de janeiro de 2009|urlmorta=dead}}</ref>

Existem também projectos que estimulam os barcos de pesca a removerem qualquer lixo que acidentalmente apanhem resíduos durante a pesca.<ref>{{Citar web|url=http://www.fishingforlitter.org.uk/|titulo=Fishing For Litter|website=FishingForLitter.org.uk}}</ref>

Em outros lugares, "armadilhas de lixo" são instaladas em pequenos rios para capturar detritos transportados pela água antes que cheguem ao mar. Por exemplo, [[Adelaide (Austrália)|Adelaide]], na [[Austrália Meridional|Austrália do Sul,]] opera uma série de armadilhas deste tipo, conhecidas como “armadilhas de lixo” ou “armadilhas de poluentes grosseiros” no Rio Torrens, que desagua (durante a estação chuvosa) no [[Golfo de São Vicente]].<ref>{{Citar web|url=http://www.amlrnrm.sa.gov.au/ProjectsTaskforce/TrashRacks/tabid/544/Default.aspx|titulo=Trash Racks|acessodata=16 de outubro de 2024|publicado=Adelaide and Mount Lofty Ranges Natural Resources Management Board|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080719020149/http://www.amlrnrm.sa.gov.au/ProjectsTaskforce/TrashRacks/tabid/544/Default.aspx|arquivodata=19 de julho de 2008|urlmorta=dead}}</ref>

Em lagos ou perto da costa, a remoção manual também pode ser usada. O Projeto AWARE, por exemplo, promove a ideia de deixar que os clubes de mergulho limpem o lixo, por exemplo, como um exercício de mergulho.<ref>{{Citar web|url=http://www.projectaware.org/project/10Tips|titulo=10 Tips for Divers to Protect the Ocean Planet|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140923111851/http://www.projectaware.org/project/10Tips|arquivodata=23 de setembro de 2014|urlmorta=live}}</ref>

Uma vez por ano, há uma operação de remoção de detritos marinhos de mergulho em [[Scapa Flow|Scapa Flow,]] em [[Órcades|Orkney]], administrada pela Ghost Fishing UK, financiada pela [[Proteção Animal Mundial|World Animal Protection]] e pela Fat Face Foundation.<ref>''[[Daily Telegraph]] 28 September 2017, page 31''</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.orcadian.co.uk/lost-fishing-gear-recovered-scapa-flow/|titulo=Lost fishing gear being recovered from Scapa Flow – The Orcadian Online|data=25 de setembro de 2017|acessodata=16 de outubro de 2024|website=orcadian.co.uk|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171211071923/https://www.orcadian.co.uk/lost-fishing-gear-recovered-scapa-flow/|arquivodata=11 de dezembro de 2017|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Crowley|url=http://divemagazine.co.uk/eco/7783-ghost-fishing-to-be-charged-for-cleanups|titulo=Ghost Fishing UK to be Charges for Cleanups|acessodata=16 de outubro de 2024|website=divemagazine.co.uk|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170929044334/http://divemagazine.co.uk/eco/7783-ghost-fishing-to-be-charged-for-cleanups|arquivodata=29 de setembro de 2017|urlmorta=live}}</ref>

A limpeza de detritos marinhos pode ser dificultada pela colaboração inadequada entre os níveis de governo e por uma fragmentação de autoridades reguladoras (a responsabilidade difere frequentemente consoante a superfície do oceano, o fundo do mar e a costa).<ref name="report">{{Citar web|ultimo=Province of British Columbia|url=https://www2.gov.bc.ca/assets/gov/environment/waste-management/zero-waste/marine-debris-protection/marine_debris_what_we_heard_report_final_web.pdf|titulo=What We Heard on Marine Debris in B.C.|data=Fevereiro de 2020|acessodata=16 de outubro de 2024}}</ref> Por exemplo, estima-se que existam 1600 barcos destruídos e abandonados nas águas da Colúmbia Britânica.<ref>{{Citar web|ultimo=Arrais|primeiro=Pedro|url=https://www.timescolonist.com/local-news/canadian-coast-guard-urges-patience-as-it-deals-with-up-to-1600-derelict-boats-4692663|titulo=Canadian Coast Guard urges patience as it deals with up to 1,600 derelict boats|data=10 de outubro de 2021|website=Victoria Times Colonist}}</ref> Em 2019, o governo federal do Canadá aprovou legislação para tornar ilegal o abandono de uma embarcação<ref>{{Citar web|ultimo=Transport Canada|url=https://www.canada.ca/en/transport-canada/news/2017/10/speaking_notes_forthehonourablemarcgarneauministeroftransportfor.html|titulo=Speaking Notes for the Honourable Marc Garneau, Minister of Transport for a News Conference on Bill C-64, ''The Wrecked Abandoned or Hazardous Vessels Act''|data=30 de outubro de 2017|website=Government of Canada}}</ref> mas a aplicação da lei é dificultada porque muitas vezes é difícil determinar quem é o proprietário de um barco abandonado, uma vez que os proprietários não são obrigados a ter uma licença – o licenciamento é uma responsabilidade do governo provincial.<ref name="report" /> A Dead Boats Disposal Society, uma organização sem fins lucrativos sediada em Victoria, observa que a falta de fiscalização significa que os barcos abandonados são muitas vezes largados ao naufrágio, o que aumenta o custo da limpeza e agrava o risco ambiental (devido à infiltração de combustível, óleo, plásticos e outros poluentes).<ref>{{Citar web|url=https://www.cbc.ca/news/canada/british-columbia/one-sunken-boat-equivalent-to-480k-plastic-straws-1.5260670|titulo=One sunken boat pollutes ocean as much as 480,000 plastic straws, non-profit says: Dead Boat Disposal Society one of several groups working with B.C. gov't to find solution to abandoned vessels|data=31 de agosto de 2019|website=CBC News}}</ref>

=== Limpezas no meio do oceano ===
No mar, a remoção de detritos artificiais (ou seja, plásticos) ainda está em fase inicial. No entanto, alguns projetos foram iniciados usando navios com redes (Ocean Voyages Institute/Kaisei 2009 e 2010 e New Horizon 2009) para capturar alguns plásticos, principalmente para fins de pesquisa. Há também o SeaVax da Bluebird Marine System, que era movido a energia solar e eólica e tinha um triturador e um porão de carga a bordo.<ref>{{Citar web|url=https://www.iims.org.uk/solar-powered-seavax-hoover-concept-set-to-clean-up-the-oceans/|titulo=Solar powered SeaVax hoover concept to clean up the oceans|data=14 de março de 2016|website=The International Institute of Marine Surveying (IIMS)}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.ecowatch.com/solar-powered-vacuum-could-suck-up-24-000-tons-of-ocean-plastic-every--1882175554.html|titulo=Solar-Powered Vacuum Could Suck Up 24,000 Tons of Ocean Plastic Every Year|data=19 de fevereiro de 2016|website=EcoWatch}}</ref> O navio ''Manta'' da Sea Cleaners tem um conceito semelhante.<ref>{{Citar web|url=https://www.liberation.fr/planete/2018/04/23/yvan-bourgnon-au-large-le-manta-pourra-ramasser-600-m3-de-dechets-plastiques_1645275|titulo=Yvan Bourgnon : "Au large, le Manta pourra ramasser 600 m3 de déchets plastiques"|data=23 de abril de 2018|website=Libération.fr}}</ref>

Outro método para coletar lixo artificial foi proposto por [[Boyan Slat|Boyan Slat,]] da [[The Ocean Cleanup]]. Ele sugeriu o uso de plataformas com braços para recolher os destroços, situadas dentro da corrente de giros.<ref>{{Citar web|url=http://marinedebris.info/wiki/great-pacific-garbage-patch|titulo=Methods for collecting plastic litter at sea|website=MarineDebris.Info|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131024154340/http://marinedebris.info/wiki/great-pacific-garbage-patch|arquivodata=24 de outubro de 2013|urlmorta=dead}}</ref> O navio SAS ''Ocean Phoenix'' é um tanto semelhante em design.<ref>{{Citar web|url=https://www.sierraclub.org/sierra/2017-1-january-february/innovate/great-pacific-garbage-patch|titulo=The Great Pacific Garbage Patch|data=6 de dezembro de 2016|website=Sierra Club}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Poizat|primeiro=Christophe J.|url=https://medium.com/@christophejpoizat/official-launch-of-ocean-phoenix-project-2f44a16298c6|titulo=Official Launch of Ocean Phoenix Project|data=3 de maio de 2016|website=Medium}}</ref>

Em junho de 2019, o Ocean Voyages Institute realizou uma limpeza utilizando rastreadores GPS e equipamentos marítimos existentes na Zona de Convergência Subtropical do Pacífico Norte, estabelecendo o recorde para a maior limpeza no meio do oceano realizada no Giro do Pacífico Norte e removendo mais de 84.000 libras de redes de polímero e lixo plástico de consumo do oceano.<ref>{{Citar web|ultimo=Turner|primeiro=Emily|ultimo2=Steimle|primeiro2=Susie|url=https://sanfrancisco.cbslocal.com/2019/06/26/great-pacific-garbage-patch-cleanup-work-tackled-by-sausalito-non-profit/|titulo=Great Pacific Garbage Patch Cleanup Work Tackled By Sausalito Non-Profit|data=26 de junho de 2019|acessodata=16 de outubro de 2024|website=sanfrancisco.cbslocal.com}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Michelle Lou|url=https://www.cnn.com/2019/06/30/us/40-tons-plastic-ocean-removal-trnd/index.html|titulo=Environmentalists removed more than 40 tons of trash from the Pacific – and it barely made a dent|data=30 de junho de 2019|acessodata=16 de outubro de 2024|publicado=CNN}}</ref>

Em maio/junho de 2020, o Ocean Voyages Institute conduziu uma nova expedição de limpeza no Giro e estabeleceu um recorde para a maior limpeza no meio do oceano realizada no Giro do Pacífico Norte, que removeu mais de 170 toneladas (340.000 libras) de plásticos de consumo e redes fantasmas do oceano.<ref>{{Citar web|ultimo=Yerkey|primeiro=Ryan|url=https://www.staradvertiser.com/2020/06/23/breaking-news/ocean-voyages-institute-hauls-in-record-103-tons-of-trash-from-pacific-ocean/|titulo=Record Haul of Trash|data=24 de junho de 2020|website=Star Advertiser}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.maritime-executive.com/article/photos-sailing-cargo-vessel-kwai-recovers-67-tons-of-ocean-plastic|titulo=Photos: Sailing Cargo Vessel Recovers 67 Tons of Ocean Plastic|website=The Maritime Executive}}</ref> Utilizando rastreadores de satélite GPS personalizados que são implantados por embarcações de pesca de oportunidade, o Ocean Voyages Institute é capaz de rastrear com precisão e enviar embarcações de limpeza para remover redes fantasmas. A tecnologia do rastreador GPS está sendo combinada com imagens de satélite, aumentando a capacidade de localizar lixo plástico e redes fantasmas em tempo real por meio de imagens de satélite, o que aumentará significativamente a capacidade e a eficiência da limpeza.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Mandel|primeiro=Kyla|url=http://www.huffpost.com/entry/great-pacific-garbage-patch-clean-ocean-plastics_n_5f453ec2c5b6c00d03b4a676|titulo=Don't Call It A Garbage Patch: The Truth About Cleaning Up Ocean Plastics|data=5 de setembro de 2020|acessodata=16 de outubro de 2024|website=}}</ref><ref>{{Citar jornal|ultimo=David Helvarg|url=http://www.sierraclub.org/sierra/2020-1-january-february/act/untangling-problem-ocean-plastic|titulo=Untangling the Problem of Ocean Plastic|data=27 de dezembro de 2019|acessodata=|website=Sierra}}</ref>

Outro problema é que a remoção de detritos marinhos do oceano pode causar mais danos do que benefícios. A limpeza de microplásticos também pode eliminar acidentalmente o plâncton, que é o principal grupo alimentar de nível inferior da cadeia alimentar marinha e responsável por mais de metade da fotossíntese na Terra.<ref name=":0">Parker, Laura. "With Millions of Tons of Plastic in Oceans, More Scientists Studying Impact." ''National Geographic''. National Geographic Society, 13 de junho de 2014. Web. 3 de abril de 2016.</ref> Uma das formas mais eficientes e econômicas de ajudar a reduzir a quantidade de plástico que entra nos nossos oceanos é não participar na utilização de plásticos de [[Descartável|utilização única]], evitar bebidas engarrafadas em plástico, como garrafas de água, utilizar sacos de compras reutilizáveis e comprar produtos com [[Embalagem reutilizável|embalagens reutilizáveis]].<ref>{{Citar periódico |url=http://www.seaturtle.org/mtn/archives/mtn129/mtn129p1.shtml |título=Plastic pollution: An ocean emergency |periódico=Marine Turtle Newsletter |ultimo=Wabnitz |primeiro=Colette |ultimo2=Nichols |primeiro2=Wallace J. |ano=2010 |paginas=1–4 |volume=129}}</ref>

== Leis e tratados ==
O oceano é um bem comum global, portanto, as [[externalidades]] negativas dos detritos marinhos geralmente não são sentidas pelo produtor. Na década de 1950, a importância da intervenção governamental no protocolo de poluição marinha foi reconhecida na Primeira Conferência sobre o Direito do Mar.<ref name=":03">{{Citar periódico |título=Who is Responsible for Marine Debris? The International Politics of Cleaning Our Oceans |data=2005 |periódico=Journal of International Affairs |número=1 |ultimo=Leous |primeiro=Justin P. |ultimo2=Parry |primeiro2=Neal B. |paginas=257–269 |jstor=24358243 |volume=59}}</ref>

O despejo oceânico é controlado pelo [[direito internacional]], incluindo:

* [[Convenção de Londres|A Convenção de Londres]] (1972) – um acordo das [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]] para controlar o despejo de resíduos nos oceanos<ref>{{Citar web|url=http://www.epa.gov/owow/ocpd/icnetbri.html|titulo=London Convention|acessodata=16 de outubro de 2024|publicado=US EPA|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090309032139/http://www.epa.gov/owow/ocpd/icnetbri.html|arquivodata=9 de março de 2009|urlmorta=live}}</ref> Esta Convenção sobre a Prevenção da Poluição Marinha por Despejo de Resíduos e Outros Materiais consistia em vinte e dois artigos que abordavam as expectativas das partes contratantes.<ref name=":12">{{Citar periódico |url=https://digital.library.unt.edu/ark:/67531/metadc948894/ |título=Convention on the Prevention of Marine Pollution by Dumping of Wastes and Other Matter |data=1973 |periódico=The American Journal of International Law |número=3 |paginas=626–636 |doi=10.2307/2199200 |jstor=2199200 |volume=67}}</ref> Os três anexos definiram muitos compostos, substâncias e materiais cuja deposição no oceano é inaceitável.<ref name=":12" /> Exemplos de tais matérias incluem: [[Mercúrio (elemento químico)|compostos de mercúrio]], [[chumbo]], [[Cianeto|cianetos]] e [[Resíduo radioativo|resíduos radioativos]].<ref name=":12" />
* [[Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Causada por Navios|MARPOL 73/78]] – uma convenção concebida para minimizar a poluição dos mares, incluindo o despejo, a poluição por óleo e gases de escape.<ref>{{Citar web|url=http://www.imo.org/en/About/Conventions/ListOfConventions/Pages/International-Convention-for-the-Prevention-of-Pollution-from-Ships-(MARPOL).aspx|titulo=International Convention for the Prevention of Pollution from Ships (MARPOL)|acessodata=23 de julho de 2015|website=www.imo.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20191004053913/http://www.imo.org/en/About/Conventions/ListOfConventions/Pages/International-Convention-for-the-Prevention-of-Pollution-from-Ships-(MARPOL).aspx|arquivodata=4 de outubro de 2019|urlmorta=dead}}</ref> A convenção MARPOL original não considerou o despejo por navios, mas foi revista em 1978 para incluir restrições às embarcações marítimas.<ref>{{Citar periódico |título=International Environmental Law: Turning the Tide on Marine Pollution |data=1989 |periódico=The University of Miami Inter-American Law Review |número=3 |ultimo=Tharpes |primeiro=Yvonne L. |paginas=579–614 |jstor=40176192 |volume=20}}</ref>
* [[Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar|UNCLOS]] – assinada em 1982, mas em vigor em 1994, a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar enfatizou a importância de proteger todo o oceano e não apenas regiões costeiras específicas.<ref name=":03" /> A CNUDM impôs restrições à poluição, incluindo uma ênfase nas fontes terrestres.<ref name=":03" />

=== Lei australiana ===
Uma das primeiras leis antidumping foi ''a Lei de Proteção de Praias, Áreas de Pesca e Rotas Marítimas da Austrália de 1932'', que proibia o despejo de "lixo, entulho, cinzas ou resíduos orgânicos" de "qualquer embarcação em águas australianas" sem autorização prévia por escrito do governo federal. Também exigia permissão para o afundaento deliberado.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.legislation.gov.au/Details/C1932A00073|titulo=Beaches, Fishing Grounds and Sea Routes Protection Act 1932|publicado=Federal Register of Legislation}}</ref> A lei foi aprovada em resposta às grandes quantidades de lixo que chegam às praias de [[Sydney]] e [[Newcastle (Austrália)|Newcastle,]] vindas de embarcações fora do alcance dos [[Governo local na Austrália|governos locais]] e do governo de [[Nova Gales do Sul]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=U--LBQAAQBAJ&pg=PA230|título=Sydney Beaches: A History|ultimo=Caroline Ford|editora=NewSouth|ano=2014|isbn=978-1742246840}}</ref> Foi revogada e substituída pela ''Lei de Proteção Ambiental (Despejo no Mar) de 1981'', que deu efeito à Convenção de Londres.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.legislation.gov.au/Details/C2016C00778|titulo=Environment Protection (Sea Dumping) Act 1981|publicado=Federal Register of Legislation}}</ref>

=== Direito europeu ===
Em 1972 e 1974, foram realizadas convenções em [[Oslo]] e [[Paris]], respectivamente, que resultaram na aprovação da [[Convenção OSPAR]], um tratado internacional que controla a poluição marinha no nordeste do [[Oceano Atlântico]].<ref>{{Citar web|url=http://www.ospar.org/eng/html/welcome.html|titulo=The OSPAR Convention|acessodata=16 de outubro de 2024|publicado=OSPAR Commission|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080212075312/http://www.ospar.org/eng/html/welcome.html|arquivodata=12 de fevereiro de 2008|urlmorta=dead}}</ref> A [[Convenção de Barcelona]] protege o [[Mar Mediterrâneo]]. A Directiva-Quadro da Água de 2000 é uma [[Diretiva (União Europeia)|diretiva da União Europeia]] que compromete os [[Estados-membros da União Europeia|Estados-Membros da UE]] a libertar as águas interiores e costeiras da influência humana.<ref>{{Citar web|url=http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CELEX:32000L0060:EN:HTML|titulo=Directive 2000/60/EC of the European Parliament and of the Council of 23 October 2000 establishing a framework for Community action in the field of water policy|acessodata=16 de outubro de 2024|publicado=EurLex}}</ref> No Reino Unido, a Lei de Acesso Marítimo e Costeiro de 2009 foi concebida para “garantir oceanos e mares limpos, saudáveis, seguros, produtivos e biologicamente diversos, através da implementação de melhores sistemas para garantir o desenvolvimento sustentável do ambiente marinho e costeiro”.<ref>{{Citar web|url=http://www.defra.gov.uk/environment/marine/legislation/mcaa/index.htm|titulo=Marine and Coastal Access Act 2009|acessodata=16 de outubro de 2024|publicado=UK Defra|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100402220928/http://www.defra.gov.uk/environment/marine/legislation/mcaa/index.htm|arquivodata=2 de abril de 2010|urlmorta=dead}}</ref> Em 2019, o parlamento da UE votou pela proibição em toda a UE de produtos plásticos de uso único, como canudos, talheres, pratos e recipientes para bebidas de plástico, recipientes de poliestireno para alimentos e bebidas, misturadores de bebidas de plástico, sacolas plásticas e cotonetes. A lei entrará em vigor em 2021.<ref>{{Citar web|url=https://phys.org/news/2019-03-eu-parliament-plastics.html|titulo=EU parliament approves ban on single use plastics|website=phys.org}}</ref>

=== Lei dos Estados Unidos ===
Nas águas dos Estados Unidos, foram observadas muitas consequências da poluição, incluindo: zonas hipóxicas, proliferações nocivas de algas e espécies ameaçadas.<ref>{{Citar periódico |título=Protecting International Marine Biodiversity: International Treaties and National Systems of Marine Protected Areas |data=2005 |periódico=Journal of Land Use & Environmental Law |número=2 |ultimo=Craig |primeiro=R. |paginas=333–369 |jstor=42842976 |volume=20}}</ref> Em 1972, o [[Congresso dos Estados Unidos]] aprovou a Lei de Despejo no Oceano, dando à [[Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos|Agência de Proteção Ambiental]] o poder de monitorar e regular o despejo de lodo de esgoto, resíduos industriais, resíduos radioativos e materiais biológicos perigosos nas águas territoriais do país.<ref>{{Citar web|url=http://epw.senate.gov/mprsa72.pdf|titulo=Marine Protection, Research, and Sanctuaries Act of 1972|data=29 de dezembro de 2000|acessodata=16 de outubro de 2024|publicado=US Senate|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080530014214/http://epw.senate.gov/mprsa72.pdf|arquivodata=30 de maio de 2008|urlmorta=live}}</ref> A lei foi alterada dezasseis anos mais tarde para incluir [[Resíduo hospitalar|resíduos médicos]].<ref>{{Citar web|url=http://www.epa.gov/history/topics/mprsa/02.htm|titulo=Ocean Dumping Ban Act of 1988|data=21 de novembro de 1988|acessodata=16 de outubro de 2024|publicado=US EPA|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090511183756/http://www.epa.gov/history/topics/mprsa/02.htm|arquivodata=11 de maio de 2009|urlmorta=live}}</ref> É ilegal descartar qualquer tipo de plástico nas águas dos EUA.<ref name="Facts22" />

=== Propriedade ===
O [[Direito imobiliário|direito de propriedade]], o [[Direito marítimo|direito do almirantado]] e o [[Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar|direito do mar]] podem ser relevantes quando bens perdidos, extraviados ou abandonados são encontrados no mar. A lei de salvamento recompensa os catadores por arriscarem suas vidas e propriedades para resgatar a propriedade de outra pessoa do perigo. Em terra, a distinção entre perda deliberada e acidental levou ao conceito de "tesouro". No [[Reino Unido]], os bens naufragados devem ser comunicados a um Receptor de Naufrágios e, se forem identificáveis, devem ser devolvidos ao seu legítimo proprietário.<ref>{{Citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/magazine/6287047.stm|titulo=Can you keep ship-wrecked goods?|data=22 de janeiro de 2007|acessodata=16 de outubro de 2024|website=BBC News|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090123152554/http://news.bbc.co.uk/1/hi/magazine/6287047.stm|arquivodata=23 de janeiro de 2009|urlmorta=live}}</ref>

== Ativismo ==
Um grande número de grupos e indivíduos atuam ativamente na prevenção ou educação sobre detritos marinhos. Por exemplo, a 5 Gyres é uma organização que visa reduzir a poluição por plásticos nos oceanos e foi uma das duas organizações que recentemente pesquisaram a [[Grande Porção de Lixo do Pacífico|Grande Mancha de Lixo do Pacífico]]. Heal the Bay é outra organização focada na proteção da [[Baía de Santa Mônica|Baía de Santa Monica]], na [[Califórnia]], patrocinando programas de limpeza de praias e outras atividades. Marina DeBris é uma artista que concentra a maior parte de seu trabalho recente em educar as pessoas sobre o lixo nas praias. Sites interativos como o Adrift demonstram para onde o plástico marinho é transportado, ao longo do tempo, pelas correntes oceânicas do mundo.<ref>{{Citar web|url=http://adrift.org.au/|titulo=Home|acessodata=16 de outubro de 2024|website=PlasticAdrift.org}}</ref>

Em 11 de abril de 2013, com o objetivo de criar consciência, a artista Maria Cristina Finucci fundou o Garbage Patch State na [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|UNESCO]] – Paris, em frente à Diretora Geral [[Irina Bokova]].<ref>{{Citar web|url=http://www.unesco.org/new/en/venice/about-this-office/single-view/news/the_garbage_patch_territory_turns_into_a_new_state/#.U71u8fl_u9U|titulo=The garbage patch territory turns into a new state|data=4 de novembro de 2013|website=UNESCO Office in Venice|publicado=United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170911135638/http://www.unesco.org/new/en/venice/about-this-office/single-view/news/the_garbage_patch_territory_turns_into_a_new_state/#.U71u8fl_u9U|arquivodata=11 de setembro de 2017|urlmorta=live}}</ref> Primeiro de uma série de eventos sob o patrocínio da UNESCO e do Ministério do Meio Ambiente italiano.<ref>{{Citar web|url=http://www.rivistasitiunesco.it/articolo.php?id_articolo%3D2073|titulo=Rifiuti diventano stato, Unesco riconosce 'Garbage Patch'|acessodata=16 de outubro de 2024|website=Siti|lingua=it|titulotrad=Waste becomes state, UNESCO recognizes 'Garbage Patch'|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140714144707/http://www.rivistasitiunesco.it/articolo.php?id_articolo=2073|arquivodata=14 de julho de 2014|urlmorta=dead}}</ref>

Quarenta e oito fabricantes de plásticos de 25 países, membros da Associação Global de Plásticos para Soluções para o Lixo Marinho, comprometeram-se a ajudar a prevenir o lixo marinho e a incentivar a reciclagem.<ref name=":0" />

=== Mitigação ===
[[Ficheiro:How_long_until_it's_gone.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Os tempos de decomposição dos detritos marinhos]]
Os detritos marinhos são um problema generalizado, não apenas o resultado de atividades em regiões costeiras.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.ecowatch.com/80-of-ocean-plastic-comes-from-land-based-sources-new-report-finds-1891173457.html. |título=80% Of Ocean Plastic Comes From Land-Based Sources, New Report Finds. |data=29 de junho de 2016 |periódico=EcoWatch |ultimo=Chow |primeiro=Lorraine}}</ref>

Os resíduos plásticos dos estados do interior vêm de duas fontes principais: lixo comum e materiais de lixões e aterros sanitários que são levados pelo vento ou levados pelas águas interiores e por escoamentos de águas residuais. O lixo segue de cursos d'água interiores, rios, córregos e lagos até o oceano. Embora a limpeza dos oceanos e das zonas costeiras seja importante, é crucial eliminar os [[Poluição por plástico|resíduos plásticos]] provenientes de estados do interior e dos estados sem litoral.<ref>{{Citar periódico |título=Managing Marine Plastic Pollution: Policy Initiatives to Address Wayward Waste |data=Abril de 2015 |periódico=Environmental Health Perspectives |número=4 |ultimo=Tibbetts |primeiro=John H. |paginas=A90-3 |doi=10.1289/ehp.123-A90 |pmc=4384192 |pmid=25830293 |volume=123}}</ref><ref name=":1">{{Citar web|url=https://www.oceanicsociety.org/blog/1720/7-ways-to-reduce-ocean-plastic-pollution-todayStrategies|titulo=7 Ways To Reduce Ocean Plastic Pollution Today|acessodata=2018-03-29|website=www.oceanicsociety.org|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180330075852/https://www.oceanicsociety.org/blog/1720/7-ways-to-reduce-ocean-plastic-pollution-todayStrategies|arquivodata=30 de março de 2018|urlmorta=live}}</ref>

No nível dos sistemas, existem várias maneiras de reduzir a quantidade de detritos que entram em nossos cursos de água:

* Promover o uso de combustíveis derivados de resíduos. O plástico usado com baixo valor residual muitas vezes não é reciclado e tem maior probabilidade de vazar para o oceano.<ref>''Stemming the tide: Land-based strategies for a plastic-free ocean'' (pp. 1–48, Rep.). (2015). McKinsey Center for Business and Environment.</ref>
* Melhorar as taxas de recuperação de plástico (em 2012, os Estados Unidos geraram 11,46&nbsp;milhões de toneladas de resíduos plásticos, dos quais apenas 6,7% foram recuperados.<ref>{{Citar web|url=https://archive.epa.gov/epawaste/nonhaz/municipal/web/pdf/2012_msw_fs.pdf|titulo=Municipal Solid Waste Generation, Recycling, and Disposal in the United States: Facts and Figures for 2012|publicado=EPA}}</ref>
* Adaptar estratégias de [[Responsabilidade produtiva estendida|Responsabilidade Alargada do Produtor]] para tornar os produtores responsáveis pela gestão dos produtos quando os produtos e as suas embalagens se tornam resíduos; incentivar o design de produtos reutilizáveis para minimizar os impactos negativos no ambiente.<ref>{{Citar periódico |título=Extended Producer Responsibility in the United States |data=Abril de 2013 |periódico=Journal of Industrial Ecology |número=2 |ultimo=Nash |primeiro=Jennifer |ultimo2=Bosso |primeiro2=Christopher |paginas=175–185 |bibcode=2013JInEc..17..175N |doi=10.1111/j.1530-9290.2012.00572.x |volume=17}}</ref>
* Proibir o uso de filtros de cigarro e estabelecer um sistema de depósito para cigarros eletrônicos (semelhante ao utilizado para as latas de propano).<ref name="nationalgeographic.com">{{Citar web|url=https://www.nationalgeographic.com/environment/2019/08/cigarettes-story-of-plastic/|titulo=Cigarette butts are toxic plastic pollution. Should they be banned?|data=9 de agosto de 2019|website=Environment|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190810125852/https://www.nationalgeographic.com/environment/2019/08/cigarettes-story-of-plastic/|arquivodata=10 de agosto de 2019|urlmorta=dead}}</ref>

Os consumidores podem ajudar a reduzir a quantidade de plástico que entra nos cursos de água, reduzindo o uso de plásticos de uso único, evitando microesferas e participando na limpeza de praias fluviais ou lacustres.<ref name=":1" />
{{Referências}}

== Ligações externas ==
{{Commons|Category:Marine debris}}
*[http://www.unep.org/regionalseas/marinelitter/ "Marine litter"]. United Nations Environment Programme
* [http://marinedebris.noaa.gov/info/sources.html Sources of Marine Debris - NOOA]
* [http://www.epa.gov/owow/oceans/debris/plasticpellets/plasticpellets.pdf Plastic pellets in the aquatic environment sources and recommendations]
{{Portal3|Ambiente}}

{{DEFAULTSORT:Detritos Marinhos}}
[[Categoria:Poluição da água]]
[[Categoria:!Wikiconcurso Justiça Climática e Amazônia (artigos)]]