Discussão:Crise dinástica de 1383–1385

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Fernão Lopes não é fonte nem referência credível[editar código-fonte]

As crónicas de Fernão Lopes não devem ser usadas como fontes pois não é contemporâneo à Crise de 1383-1385. As únicas fontes contemporâneas que não foram destruídas e chegaram aos dias de hoje são castelhanas. Além disso, Lopes dá voz a boatos sem provas, lança dúvidas sem justificar, etc, que foram e continuam a ser repetidos nesta página, na de Leonor Teles e de D. Beatriz. De relembrar que um cronista oficial de um monarca trabalha para justificar e engrandecer a fação vencedora (Avis, neste caso) e ocultar ou mesmo denegrir a fação vencida (Borgonha/Trastâmara)--Templarius 01 (discussão) 23h02min de 4 de março de 2018 (UTC)Responder

No artigo diz-se: «(embora houvesse uma rainha de direito em Beatriz de Portugal)», curiosamente entre parênteses, já agora qual direito? O da soberania do povo português? Ou o da "soberania" de quem acha que pode e lhe apetece escrever disparates? Fernão Lopes, Crónica de D. João I, 2ª parte, capítulo 45º: «E como quer que os portugueses d'antiguidade e por natureza sejam antresy piedosos e por semelhante aos estrangeiros...porém (mais ou menos a metade do capítulo 46º Fernão Lopes elucida qual foi a receita)...e dado que assim foi, o «embora houvesse, etc», vai-se embora até melhor prova que a da soberania do povo português.


O artigo está cheio de asneiras ou, querendo-se-lhes chamar um nome mais bonito, erros. Vamos lá então começar a corrigi-los, o que nos vai demorar certamente uns dias. Seria óptimo que outros Wikipedistas que porventura leiam estas notas se juntassem à correcção, em particular aqueles que, digamos que por excesso de zelo, escreveram os ditos erros: errar é humano.88.157.243.179 (discussão) 03h03min de 9 de janeiro de 2010 (UTC)Responder

Primeiro erro: «apenas uma rapariga, Beatriz de Portugal». Por razões óbvias, "Beatriz de Portugal" é o nome pelo qual, depois que se casou com Juan I de Castela e passou a ser a Rainha consorte desse reino, Beatriz começa a ser ali chamada. No momento histórico a que o artigo se refere a sua designação correcta é: Infanta Dona Beatriz. Vamos pois corrigir de "Beatriz de Portugal" para "Infanta Dona Beatriz".88.157.243.179 (discussão) 03h03min de 9 de janeiro de 2010 (UTC)Responder

Segundo erro: «O seu casamento era portanto da mais vital importância ao futuro do reino». Como se viu na realidade histórica, não foi. Aliás, no tratado ou contrato do seu casamento com o Rei de Castela, ela e o seu marido são excluídos do Regimento do Reino de Portugal, ou seja, do seu governo, «assim na justiça como em todas as outras coisas, da maior à mais pequena», diz Fernão Lopes, sobre os termos do contrato antenupcial, no capítulo 158º da Crónica de Dom Fernando. Teriam apenas direito ao título nominal de Rainha e Rei (consorte) de Portugal e ao excedente que sobrasse das rendas e frutos do Reino depois de «pagadas...e todas as outras coisas que se acostumavam de pagar em tempo del Rei dom Fernando» (mesmo cap. 158º). A frase criticada tem subjacente um entendimento da história com base em casamentos de monarcas feudais e seus herdeiros, chamemos-lhe uma "história de sangue azul" em vez de cor-de-rosa, se quisermos, e não serve para nada para explicar o que aconteceu. De maior importância e, portanto, de mais vital importância, foi a atitude do povo português, dos "ventres ao sol". Fernão Lopes, cap. 43º da Crónica de D. João I: «Era maravilha de ver...que os castelos que os antigos reis por longo tempo, jazendo sobre eles, com força de armas não podiam tomar, os povos miúdos, mal armados e sem capitão, com os ventres ao sol, antes do meio-dia os filhavam por força.» Portanto, superioridade política e militar desta força que são os «povos miúdos» sobre a força dos «reis», e Fernão Lopes escreve isto no século XV! Uma questão que agora, no século XXI, já é pacífica: um povo pode acabar com um rei, por exemplo, instaurando uma república ou substituindo-o por outro, mas um rei não pode acabar com um povo, isto é, uma nação. Corrijamos, pois, de "portanto da mais vital importância ao futuro do reino", para "portanto, uma questão muito importante para o futuro do reino".88.157.243.179 (discussão) 04h23min de 9 de janeiro de 2010 (UTC)Responder

Bom, por hoje já chega. Se entretanto alguém quiser prosseguir a correcção, há muitos erros nos seguintes períodos: «As várias facções políticas discutiam entre si possíveis maridos, que incluíam príncipes ingleses e franceses. O casamento de D. Beatriz acabou por ser decidido como parte do tratado de paz de Salvaterra de Magos, que terminou a terceira guerra com Castela, em 1383.» Três erros notórios (na verdade:um príncipe inglês e três castelhanos; a 3ª guerra acabou em Agosto de 1382; o tratado de paz que lhe pôs fim é o dessa data e não o contrato antenupcial de Salvaterra de Magos de Março de 1383) e um mais rebuscado, além de algumas omissões cruciais.88.157.243.179 (discussão) 04h23min de 9 de janeiro de 2010 (UTC)Responder

Olá. Vejo que ninguém está a comentar! Eu não entendo muito sobre o assunto, e como, pelo visto, ninguém se manifesta, pode avançar com as alterações sugeridas. Não esqueça de citar as fontes, no artigo. BelanidiaMsg 21h03min de 14 de janeiro de 2010 (UTC)Responder
Continuemos então a correcção. Para não termos que andar a "pescar" por vários capítulos da Crónica de D. Fernando, de Fernão Lopes, valha-nos o Dicionário de História de Portugal dirigido por Joel Serrão, no seu artigo sobre Beatriz. «Em 1376, é combinado o seu casamento com D. Fradique, filho bastardo de Henrique II, mas logo em 1380 o seu noivo passa a ser D. Henrique, herdeiro da coroa castelhana...pela mesma altura em que esse casamento se fixava, tratavam os reis portugueses, às escondidas, o casamento da infanta com D. Duarte, filho do conde de Cambridge...Dom Fernando, sem os ingleses saberem, assinou a paz com Castela (Agosto de 1382), e a infanta passou a ser noiva de D. Fernando, filho segundo do rei castelhano». Portanto podemos corrigir os 3º, 4º e 5º erros, que são notórios. Podemos também assinalar o 6º, que é mais rebuscado: mais do que joguete de disputas entre facções políticas, a infanta foi moeda de troca na contraditória política de seu pai frente a Castela, conduzindo uma política ora de guerra, ora de cedências. É de assinalar que também o conde Andeiro, amante de Leonor Teles, teve uma política vacilante entre ingleses e castelhanos, acabando por se passar no final, com armas e bagagens, para o lado de Castela. A principal omissão é que foi o próprio D. Fernando (Crónica de D. Fernando, capítulo CLVII) quem propôs a João I de Castela o casamento com sua filha, tentando que o reino fosse herdado por um seu futuro neto criado em Portugal, e não por aquele D. Fernando, um príncipe castelhano. Corrijamos pois aqueles dois períodos. Um recado para outros Wikipedistas, aqui do novato: como ainda tenho que andar pela página de testes a treinar o fazer de notas, se alguém quiser confirmar estas referências bibliográficas e introduzi-las como notas no artigo ficaria muito agradecido.Jorge alo (discussão) 19h07min de 17 de janeiro de 2010 (UTC)Responder
7º erro: o tratado de Salvaterra não implicava de modo algum, a não ser no caso mencionado no artigo, a união dinástica de Portugal e Castela: ver os termos do tratado no capítulo CLVIII (edição Civilização) da Crónica de D. Fernando. A omissão de que o Infante João foi preso em Castela tem de se suprir: ao prendê-lo, Juan I de Castela deu, sem querer, uma ajuda ao Mestre de Avis, dado que colocou o seu meio-irmão fora de cena. 8º erro: o Infante João era mais popular que o Mestre de Avis: ver capítulo XXVIII (edição Civiização) da Crónica de D. João I, onde se diz que o Mestre de Avis queria exercer as funções de Regedor e Defensor do reino em nome de seu meio-irmão João, então preso em Castela. E por aqui nos temos que ficar. Mais uma vez, se alguém quiser continuar a correcção, isso seria óptimo Jorge alo (discussão) 22h09min de 17 de janeiro de 2010 (UTC)Responder