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É ao serviço da RTP que '''Carlos Fino''' atinge o auge da sua carreira, tendo sido, nos anos 1980, repórter, repórter parlamentar, comentador, apresentador de diversos serviços noticiosos, correspondente internacional e correspondente de guerra.
É ao serviço da RTP que '''Carlos Fino''' atinge o auge da sua carreira, tendo sido, nos anos 1980, repórter, repórter parlamentar, comentador, apresentador de diversos serviços noticiosos, correspondente internacional e correspondente de guerra.


Em 1989, sempre ao serviço da RTP, Carlos Fino ruma de novo a Moscovo, onde cobre toda a transformação que haveria de conduzir ao colapso da URSS e ao fim dos regimes comunistas da Europa de Leste. Foram dele as reportagens sobre as quedas dos regimes e primeiras eleições democráticas na Roménia, Bulgária, antiga Checoslováquia, RDA, Polónia e Hungria .
Em 1989, sempre ao serviço da RTP, Carlos Fino ruma de novo a Moscovo, onde abre e dirige a delegação da televisão pública portuguesa e cobre toda a transformação que haveria de conduzir ao colapso da URSS e ao fim dos regimes comunistas da Europa de Leste. Foram dele as reportagens sobre as quedas dos regimes e primeiras eleições democráticas na Roménia, Bulgária, antiga Checoslováquia, RDA, Polónia e Hungria .
[[Ficheiro: CARLOS FINO - A GUERRA EM DIRECTO.jpg|thumb|"Best-Seller" em Portugal]]
[[Ficheiro: CARLOS FINO - A GUERRA EM DIRECTO.jpg|thumb|"Best-Seller" em Portugal]]


Já nos anos 2000, Carlos Fino foi sub-diretor de Informação, coordenador e apresentador do ''[[Jornal 2]], ''considerado o jornal de referência da estação. [[File:Carlos Fino com Lula da Silva.jpg|thumb|Recebido no Planalto, em 2003]]
Já nos anos 2000, Carlos Fino foi sub-diretor de Informação, coordenador e apresentador do ''[[Jornal 2]], ''considerado o jornal de referência da estação. [[File:Carlos Fino com Lula da Silva.jpg|thumb|Recebido no Planalto, em 2003]]


Além de Moscovo, '''Carlos Fino''' foi ainda '''correspondente e chefe das delegações da RTP em Bruxelas (1995-1998) e Washington (1998-2000).'''
'''Além de Moscovo''', '''Carlos Fino''' foi ainda '''correspondente e chefe das delegações da RTP em Bruxelas (1995-1998) e Washington (1998-2000).'''
[[File:Carlos Fino.jpg|thumb|Notório Saber em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB).Novembro de 2013.]]
[[File:Carlos Fino.jpg|thumb|Notório Saber em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB).Novembro de 2013.]]
Como '''correspondente de guerra''', assegura, no início dos anos 90, a cobertura de diversos conflitos na periferia da ex-URSS: Abkhásia, Geórgia, Nagorno-Karabakh (enclave arménio na república do Azerbaijão), Moldávia e Chechênia; esteve também na entrada dos mujahideen em Cabul (1992) . Ainda nesta qualidade, nos anos 2000, assegura a cobertura dos conflitos do Médio-Oriente (reocupação israelita dos territórios palestinos da Cisjordânia), Afeganistão (ataque norte-americano contra os Taliban depois do atentado às torres gémeas, em Nova Iorque) e última Guerra do Iraque (2003).
Como '''correspondente de guerra''', assegura, no início dos anos 90, a cobertura de diversos conflitos na periferia da ex-URSS: Abkhásia, Geórgia, Nagorno-Karabakh (enclave arménio na república do Azerbaijão), Moldávia e Chechênia; esteve também na entrada dos mujahideen em Cabul (1992) . Ainda nesta qualidade, nos anos 2000, assegura a cobertura dos conflitos do Médio-Oriente (reocupação israelita dos territórios palestinos da Cisjordânia), guerra civil na Albânia, Afeganistão (ataque norte-americano contra os Taliban depois do atentado às torres gémeas, em Nova Iorque) e última Guerra do Iraque (2003).


Pela excelente repercussão mediática que a cobertura da RTP no Iraque teve no Brasil (via RTP Internacional e TV Cultura de São Paulo), '''Carlos Fino''' foi convidado, a seguir ao conflito, a deslocar-se àquele país, onde proferiu palestras nas Faculdades de Comunicação de várias universidades, designadamente Fortaleza, Natal, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na capital brasileira, Carlos Fino foi recebido no Planalto pelo '''Presidente Lula,''' integrando o primeiro grupo de correspondentes internacionais a avistar-se com o então recém-eleito chefe de Estado brasileiro.
Pela excelente repercussão mediática que a cobertura da RTP no Iraque teve no Brasil (via RTP Internacional e TV Cultura de São Paulo), '''Carlos Fino''' foi convidado, a seguir ao conflito, a deslocar-se àquele país, onde proferiu palestras nas Faculdades de Comunicação de várias universidades, designadamente Fortaleza, Natal, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na capital brasileira, Carlos Fino foi recebido no Planalto pelo '''Presidente Lula,''' integrando o primeiro grupo de correspondentes internacionais a avistar-se com o então recém-eleito chefe de Estado brasileiro.
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Entre 2004 e 2012, '''Carlos Fino''' foi conselheiro de imprensa da '''Embaixada de Portugal no Brasil''', tendo, no âmbito dessas responsabilidades, mantido um programa de rádio semanal na Brasília Super-Rádio FM e participado, como consultor e apresentador (juntamente com o jornalista brasileiro Paulo Markun) de uma '''série de 13 programas de televisão ''' - '''"Lá e Cá"''' - uma co-produção da TV Cultura de São Paulo com a RTP2.
Entre 2004 e 2012, '''Carlos Fino''' foi conselheiro de imprensa da '''Embaixada de Portugal no Brasil''', tendo, no âmbito dessas responsabilidades, mantido um programa de rádio semanal na Brasília Super-Rádio FM e participado, como consultor e apresentador (juntamente com o jornalista brasileiro Paulo Markun) de uma '''série de 13 programas de televisão ''' - '''"Lá e Cá"''' - uma co-produção da TV Cultura de São Paulo com a RTP2.


Ao longo da sua carreira de quase quatro décadas como comunicador, Carlos Fino foi distinguido com diversos prémios, entre os quais se destacam o Grande Prémio de Jornalismo do Club Português de Imprensa (1994), pela cobertura da primeira guerra da Chechenia, o Troféu Gazeta de Mérito do Clube de Jornalistas (2003/2004) pela cobertura da Guerra do Iraque e um Reconhecimento pela National Academy of Television Art and Science de Nova Iorque, pela cobertura da guerra no Afeganistão.
Ao longo da sua carreira de quase quatro décadas como comunicador, Carlos Fino foi distinguido com diversos prémios, entre os quais se destacam o Grande Prémio de Jornalismo do Club Português de Imprensa (1994), pela cobertura da primeira guerra da Chechénia, o Troféu Gazeta de Mérito do Clube de Jornalistas (2003/2004) pela cobertura da Guerra do Iraque e um Reconhecimento pela National Academy of Television Art and Sciences de Nova Iorque, pela cobertura da guerra no Afeganistão.


Em 2004, o jornalista foi condecorado pelo Estado português com a '''Ordem do Infante D. Henrique no grau de Comendador '''e distinguido com o título de '''Cidadão Honorário de Brasília'''.
Em 2004, o jornalista foi condecorado pelo Estado português com a '''Ordem do Infante D. Henrique no grau de Comendador '''e distinguido com o título de '''Cidadão Honorário de Brasília'''.

Revisão das 12h40min de 11 de junho de 2014

Ficheiro:CARLOS FINO.JPG
Uma vida consagrada ao jornalismo

Carlos Fino é um jornalista internacional português, nascido em Lisboa, em 1948. No início da década de 70, perseguido pela polícia política portuguesa PIDE, devido à sua participação no movimento estudantil (foi membro da Direção da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito de Lisboa), Carlos Fino abandona clandestinamente o País, dirigindo-se para Paris. Mais tarde, segue para Bruxelas, onde obtém o estatuto de refugiado das Nações Unidas e cursa Direito na ULB (Université Libre de Bruxelles) e daí para Moscovo, cidade em que começa a sua carreira profissional, trabalhando como locutor de rádio internacional e tradutor.

Em 1974, regressa a Portugal, onde trabalha na agência Nóvosti e começa a colaborar com vários jornais nacionais e com a antiga Emissora Nacional (EN). Em finais de 1975, volta a Moscovo, agora na qualidade de correspondente credenciado da EN, antecessora da RDP - Rádio Difusão Portuguesa. Entretanto, começa a colaborar também com a RTP, televisão pública portuguesa, para a qual assegura a cobertura dos Jogos Olímpicos de Moscovo de 1980.

Ficheiro:CARLOS FINO - IRAQUE.jpeg
Entrada dos tanques americanos em Bagdade - Abril de 2003

É ao serviço da RTP que Carlos Fino atinge o auge da sua carreira, tendo sido, nos anos 1980, repórter, repórter parlamentar, comentador, apresentador de diversos serviços noticiosos, correspondente internacional e correspondente de guerra.

Em 1989, sempre ao serviço da RTP, Carlos Fino ruma de novo a Moscovo, onde abre e dirige a delegação da televisão pública portuguesa e cobre toda a transformação que haveria de conduzir ao colapso da URSS e ao fim dos regimes comunistas da Europa de Leste. Foram dele as reportagens sobre as quedas dos regimes e primeiras eleições democráticas na Roménia, Bulgária, antiga Checoslováquia, RDA, Polónia e Hungria .

Ficheiro:CARLOS FINO - A GUERRA EM DIRECTO.jpg
"Best-Seller" em Portugal

Já nos anos 2000, Carlos Fino foi sub-diretor de Informação, coordenador e apresentador do Jornal 2, considerado o jornal de referência da estação.

Recebido no Planalto, em 2003

Além de Moscovo, Carlos Fino foi ainda correspondente e chefe das delegações da RTP em Bruxelas (1995-1998) e Washington (1998-2000).

Ficheiro:Carlos Fino.jpg
Notório Saber em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB).Novembro de 2013.

Como correspondente de guerra, assegura, no início dos anos 90, a cobertura de diversos conflitos na periferia da ex-URSS: Abkhásia, Geórgia, Nagorno-Karabakh (enclave arménio na república do Azerbaijão), Moldávia e Chechênia; esteve também na entrada dos mujahideen em Cabul (1992) . Ainda nesta qualidade, nos anos 2000, assegura a cobertura dos conflitos do Médio-Oriente (reocupação israelita dos territórios palestinos da Cisjordânia), guerra civil na Albânia, Afeganistão (ataque norte-americano contra os Taliban depois do atentado às torres gémeas, em Nova Iorque) e última Guerra do Iraque (2003).

Pela excelente repercussão mediática que a cobertura da RTP no Iraque teve no Brasil (via RTP Internacional e TV Cultura de São Paulo), Carlos Fino foi convidado, a seguir ao conflito, a deslocar-se àquele país, onde proferiu palestras nas Faculdades de Comunicação de várias universidades, designadamente Fortaleza, Natal, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na capital brasileira, Carlos Fino foi recebido no Planalto pelo Presidente Lula, integrando o primeiro grupo de correspondentes internacionais a avistar-se com o então recém-eleito chefe de Estado brasileiro.

Em 2004, Carlos Fino publica, com a chancela da Verbo, "A Guerra em Directo", livro em que passa em revista a sua experiência como repórter de guerra em diferentes cenários. O livro, que foi "best-seller" em Portugal, teve edição brasileira sob o título "A Guerra ao Vivo".

Entre 2004 e 2012, Carlos Fino foi conselheiro de imprensa da Embaixada de Portugal no Brasil, tendo, no âmbito dessas responsabilidades, mantido um programa de rádio semanal na Brasília Super-Rádio FM e participado, como consultor e apresentador (juntamente com o jornalista brasileiro Paulo Markun) de uma série de 13 programas de televisão - "Lá e Cá" - uma co-produção da TV Cultura de São Paulo com a RTP2.

Ao longo da sua carreira de quase quatro décadas como comunicador, Carlos Fino foi distinguido com diversos prémios, entre os quais se destacam o Grande Prémio de Jornalismo do Club Português de Imprensa (1994), pela cobertura da primeira guerra da Chechénia, o Troféu Gazeta de Mérito do Clube de Jornalistas (2003/2004) pela cobertura da Guerra do Iraque e um Reconhecimento pela National Academy of Television Art and Sciences de Nova Iorque, pela cobertura da guerra no Afeganistão.

Em 2004, o jornalista foi condecorado pelo Estado português com a Ordem do Infante D. Henrique no grau de Comendador e distinguido com o título de Cidadão Honorário de Brasília.

Carlos Fino, que se aposentou em 2013, costuma ser lembrado como "aquele repórter do furo mundial", por ter sido o primeiro a anunciar, com imagens ao vivo, o bombardeamento de Bagdade na última Guerra do Golfo (2003), levando a televisão pública portuguesa RTP a superar estações concorrentes muito mais poderosas, como a CNN, a BBC e a SKY. Na altura, o jornal Correio Braziliense titulou na primeira pagina: "Fino, o português que furou a CNN".

Reconhecendo o valor da sua larga experiência como jornalista - repórter, correspondente internacional e correspondente de guerra, a Universidade de Brasília (UnB) atribuiu a Carlos Fino, em Novembro de 2013, o título de "Notório Saber" em Comunicação, que no Brasil é legalmente equiparado a um doutorado.