Telescópio amador: diferenças entre revisões
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'''Telescópio amador''' é um [[telescópio]] construído por um [[astrônomo]] amador. |
'''Telescópio amador''' é um [[telescópio]] construído por um [[astrônomo]] amador<ref>{{citar livro|nome = Karam, H. A.|sobrenome = |título = Telescópios amadores - técnicas de construção e configuração ótica|ano = 2012|isbn = 978-85-7861-136-1}}</ref>. Amadores constroem e utilizam desde aparelhos muito simples e baratos até aparelhos muito sofisticados e dispendiosos. Em geral, tratam-se de [[telescópio refletor|telescópios refletores]], isto é, utilizam [[espelho]]s para coletar a luz. |
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Na década de [[1970]], na [[Califórnia]], [[EUA]], [[John Lowry Dobson|John Dobson]] foi o grande incentivador da astronomia popular, tendo construído e auxiliado na construção de milhares de telescópios amadores. Sua ideia original era fazê-los tão baratos e fáceis de montar a partir de materiais acessíveis (por exemplo, com reutilização de [[madeira]], [[vidro]] industrial, ferragens, etc) acessíveis a qualquer pessoa interessada, mesmo àqueles com recursos muito limitados. |
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O material poderia ser adquirido em qualquer loja de material de construção ou ferragens e com vidraceiros da cidade. Dobson reproduziu seu esquema de construção em livretos que mereceram ampla divulgação entre os adolescentes e clubes de astronomia amadora dos EUA. Sua montagem hoje e é conhecida como [[montagem dobsoniana]]. |
O material poderia ser adquirido em qualquer loja de material de construção ou ferragens e com vidraceiros da cidade. Dobson reproduziu seu esquema de construção em livretos que mereceram ampla divulgação entre os adolescentes e clubes de astronomia amadora dos EUA. Sua montagem hoje e é conhecida como [[montagem dobsoniana]]. |
Revisão das 17h04min de 15 de março de 2015
Telescópio amador é um telescópio construído por um astrônomo amador[1]. Amadores constroem e utilizam desde aparelhos muito simples e baratos até aparelhos muito sofisticados e dispendiosos. Em geral, tratam-se de telescópios refletores, isto é, utilizam espelhos para coletar a luz.
Na década de 1970, na Califórnia, EUA, John Dobson foi o grande incentivador da astronomia popular, tendo construído e auxiliado na construção de milhares de telescópios amadores. Sua ideia original era fazê-los tão baratos e fáceis de montar a partir de materiais acessíveis (por exemplo, com reutilização de madeira, vidro industrial, ferragens, etc) acessíveis a qualquer pessoa interessada, mesmo àqueles com recursos muito limitados.
O material poderia ser adquirido em qualquer loja de material de construção ou ferragens e com vidraceiros da cidade. Dobson reproduziu seu esquema de construção em livretos que mereceram ampla divulgação entre os adolescentes e clubes de astronomia amadora dos EUA. Sua montagem hoje e é conhecida como montagem dobsoniana.
É importante notar que os telescópios amadores fizeram no passado uma série impressionante de descobertas astronômicas e ainda hoje têm papel importante. Nota-se também que a figura de astrônomo profissional somente apareceu no século XVIII, bem depois de Tycho Brahe, Johannes Kepler e Galileu Galilei.
Atualmente, com os equipamentos acessórios que são instalados nos telescópios amadores, como câmeras CCD, a capacidade de observação e medição com aparelhos simples e pequenos (um telescópio refletor com diâmetro efetivo do espelho coletor de 20 cm) pode ser tão potente quanto a de um telescópio grande do passado (um telescópio refletor com diâmetro de espelho de 1 metro).
Um telescópio pequeno e moderno de um amador dedicado hoje é tão eficiente como um telescópio grande do passado. Os melhores aparelhos amadores são robotizados (com motores controlados por computador) e chips CCD substituem os olhos na tarefa de receber a luz visível ou radiação espectral. As imagens digitais são encaminhadas pelos fios de comunicação até um computador PC, onde a imagem é processada e analisada. Deve-se ressaltar que os olhos humanos não apresentam a sensibilidade suficiente para observar corpos do céu profundo como galáxias pequenas entre outros objetos distantes e de brilho tênue, a não ser a galáxia de Andrômeda e poucas outras menores.
Alguns amadores constroem seus próprios espectrógrafos para mapeamento solar e de outras estrelas em diferentes comprimentos da radiação espectral. Isso é feito a partir de cópias utilizáveis de redes de difração.
Etapas da construção de um espelho primários de um telescópio refletor
(1) Desbaste - remoção da camada de vidro para obter uma superfície aproximadamente esférica não polida;
(2) Polimento - polimento de uma superfície esférica;
(3) Configuração (figuring em inglês) - polimento diferencial das zonas circulares do espelho para levar a superfície esférica para a superfície da cônica requerida. A superfície requerida para um telescópio do tipo newtoniano é a do parabolóide ou da parábola de revolução. Essa é a etapa que envolve testes ópticos baseados no aparelho de Foucault.
Referências
- ↑ Telescópios amadores - técnicas de construção e configuração ótica. [S.l.: s.n.] 2012. ISBN 978-85-7861-136-1
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em Authors list (ajuda)
Uma a referência básica para a construção de telescópios amadores é o livro de Jean Texereau, cuja versão digital (segunda edição integral) foi disponibilizada pelo autor para distribuição gratuita na internet. A versão original em francês intitula-se: "La construction du télescope d'amateur" publicado pela Société Astronomiqué de France, primeira edição de 1951, 136 páginas. A segunda edição de 1984 é norte-americana: "How To Make A Telescope", com 440 páginas. (www.astrosurf.com/texereau/chapitre.htm)