Ficheiro:Estação Ferroviária de Aveiro - Portugal (52702666479).jpg

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Descrição do ficheiro

Descrição

O edifício da estação é constituído por três sectores: um central, de três pisos apresentando três portas amplas ao nível do plano inferior; e dois laterais simétricos, de dois pisos, com uma porta e dois postigos de secção rectangular. Obedece a uma gramática estilística que se designa por “casa portuguesa”, sendo um bom exemplar ao nível regional. Mas, mais do que a arquitectura, é a azulejaria que torna o edifico notável. Este, apresenta uma riquíssima colecção de painéis de azulejos que revestem as paredes das suas fachadas. O seu objectivo é, não só, ilustrar as fachadas do edifício, mas também transmitir, através de um discurso visual de leitura fácil e assegurada (Calado, 2001, p.245), os principais monumentos culturais da região e do país aos viajantes e utentes em geral que por ali passam. Deste modo, entre os principais painéis encontram-se essencialmente, motivos etnográficos e monumentais, tais como: figuras, fainas e paisagens tipicamente características da região; as armas da cidade; figuras ilustres que contribuíram para a construção da linha ferroviária, monumentos de carácter regional e nacional.

Listagem de painéis:

Fachada Oeste (voltada para a Avenida):

Medalhão com embarcação; Pórtico do Senhor das Barrocas; Medalhão do José Salamanca; Medalhão com o Farol da Barra; Vindimas em Anadia; Chegada d’um Barco de Pesca – S. Jacinto; Marinhas de Sal de Aveiro; Margens do Rio Vouga; Trecho da Ria de Aveiro; Entrada do Jardim – Aveiro; Tricana em 1916 – Aveiro; A Peixeira – Aveiro; O Pescador – Aveiro; Tricana em 1870 – Aveiro; Farol da Barra – Aveiro; Ponte do Poço de S. Thiago - Valle do Vouga; Palace Hotel Bussaco; Museu Regional – Aveiro; Aveiro nos princípios do século XVIII; Trecho da cidade – Aveiro. Fachada Este (voltada para a linha férrea):

Trecho do Vouga Mosteiro de Alcobaça; Castelo da Feira; Saída para o mar d’um barco de pesca (Furadouro); Trecho da Ria de Aveiro; Buçaco – Monumento da Batalha; Castelo de Almourol; Igreja da Misericórdia; Medalhão do Manuel Firmino; Armas da Cidade; Ponte da Rata – Eirol; Costa Nova; Painel comemorativo dos 75 anos da linha férrea do Vouga. Fachada dos Sanitários:

Canal Central da Ria de Aveiro; Palheiros da Costa Nova. Historial

A estação de Caminhos de Ferro de Aveiro, tal como a conhecemos actualmente é relativamente recente, no entanto o seu historial conta com mais de um século.

Foi graças às insistências do deputado José Estevão que se deu a alteração do percurso da via férrea previsto para ligar Lisboa ao Porto.

O projecto inicial de Waitier (1856) não contemplava Aveiro, mas o tribuno conseguiu que o governo estudasse um novo traçado no sentido da cidade continuar a acompanhar o progresso dos tempos modernos (Oliveira, 2001). As obras da linha férrea iniciaram-se, assim, em Agosto de 1861 e, em princípios de 1862, as do edifício da estação.

Apesar de ter conseguido que a linha do Norte passasse por Aveiro, José Estevão não conseguiu assistir à inauguração do troço ferroviário. De facto, a inauguração deste deu-se a 10 de Abril de 1864, durante a presidência de Manuel Firmino, seguindo-se, no dia 16 de Maio, a transladação dos seus restos mortais, por via férrea, para o cemitério da cidade.

Por esta altura, não havia casa da estação, mas simplesmente “a gare”, um edifício pequeno e singelo. Em princípios do século XX, esta acabou por se mostrar insuficiente resultado de um crescente movimento ferroviário, obrigando à transformação e alargamento do edifício, tal como o conhecemos hoje. Essa transformação decorreu durante o ano de 1915 e, no ano seguinte, à semelhança do que estava a acontecer, também, noutras estações ferroviárias, as paredes do edifício foram revestidas com painéis de azulejo alusivas a paisagens, motivos etnográficos e monumentais característicos não só da região aveirense, como também de vários pontos do país.

Licínio Pinto e Francisco Pereira, pintores da Fábrica da Fonte Nova, foram os autores destes painéis que, entre si, resolveram dividir a execução dos mesmos.

Ao contrário do que seria de se esperar, a colocação de painéis azulejares no edifício da Estação de Caminhos de Ferro de Aveiro foi alvo de grande polémica nos jornais locais chegando mesmo a originar um processo de tribunal. Numa primeira fase, a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses além dos painéis acima descritos, pretendia representar, lado a lado, as figuras de José Estevão e Manuel Firmino, visto ambos terem o seu nome ligado à construção da estação de comboios na cidade. Ao primeiro deve-se o facto da linha férrea passar por Aveiro, enquanto que ao segundo se deve a abertura da primeira comunicação que a cidade teve com essa mesma linha e a inauguração da estação. Depois de grandes controvérsias entre a família de Manuel Firmino e os apoiantes de José Estevão, em Março de 1916, ficaram assentes o painel de Manuel Firmino, na fachada voltada às linhas férreas, e, em vez do José Estevão, a de D. José de Salamanca y Mayol, concessionário das obras da linha do Norte.

No ano de 1986, durante as comemorações do 75º aniversário da abertura da via férrea que abrange as cidades de: Albergaria – a – Velha, Sernada, Águeda e Aveiro, foi colocado um novo painel de azulejo, assinado por Breda.

Recentemente, no ano de 2000, aquando a remodelação das instalações sanitárias da estação, foram colocados dois outros painéis da Fábrica Artecer (Vila Nova de Gaia), cujo o autor é F. Lista. <a href="https://www.cm-aveiro.pt/visitantes/arte-publica/paineis-azulejares/poi/estacao-de-caminhos-de-ferro-de-aveiro-60" rel="noreferrer nofollow">www.cm-aveiro.pt/visitantes/arte-publica/paineis-azulejar...</a>
Data
Origem Estação Ferroviária de Aveiro - Portugal 🇵🇹
Autor Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL
Localização da câmara 40° 38′ 38,99″ N, 8° 38′ 25,5″ O Kartographer map based on OpenStreetMap.Esta e outras imagens nas suas localizações em: OpenStreetMapinfo

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28 de fevereiro de 2023

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40°38'38.987"N, 8°38'25.501"W

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