Giorgio Agamben: diferenças entre revisões
Linha 1: | Linha 1: | ||
''' |
'''Giorgio Agamben''' ([[Roma]], [[1942]]) é um [[filósofo]] [[italia]]no. Formado em [[Direito]], com uma tese sobre o pensamento político de [[Simone Weil]], é responsável pela edição italiana da obra de [[Walter Benjamin]] . Foi ''visiting professor'' na [[Università di Verona]] e na [[New York University]], antes de renunciar de entrar nos Estados Unidos da America, em protesto contra a política de segurança do anterior governo norte-americano<ref>{{cite web|url=http://www.ratical.org/ratville/CAH/totalControl.html|title=Giorgio Agamben, «No to Bio-Political Tattooing», in ''Le Monde'', 10 de Janeiro 2004|}}</ref>. Actualmente lecciona [[Estética]] e [[Filosofia Teorética]] na Università IUAV em [[Veneza]]. A sua produção centra-se nas relações entre a filosofia, a literatura, a poesia e, fundamentalmente, a política. |
||
Entre as suas publicações principais encontramos ''Bartleby, la formula della creazione'' (1993) - uma analise da figura de um escrivão que deixa de escrever («preferiria não»), que é uma quase reflexão indirecta sobre o seu próprio método de escritor e de filosofo- e o imenso projecto, que o continua ainda a ocupar, iniciado no inicio dos anos 90, em torno de uma figura jurídica singular do antigo direito romano: o ''homo sacer'' ou «homem sagrado». A publicação de ''Homo sacer: Il potere sovrano e la nuda vita'' (Torino: Einaudi, 1995), um estudo que o leva ao reconhecimento internacional, marca a primeira parte ou fase dessa investigação. |
Entre as suas publicações principais encontramos ''Bartleby, la formula della creazione'' (1993) - uma analise da figura de um escrivão que deixa de escrever («preferiria não»), que é uma quase reflexão indirecta sobre o seu próprio método de escritor e de filosofo- e o imenso projecto, que o continua ainda a ocupar, iniciado no inicio dos anos 90, em torno de uma figura jurídica singular do antigo direito romano: o ''homo sacer'' ou «homem sagrado». A publicação de ''Homo sacer: Il potere sovrano e la nuda vita'' (Torino: Einaudi, 1995), um estudo que o leva ao reconhecimento internacional, marca a primeira parte ou fase dessa investigação. |
Revisão das 21h45min de 25 de junho de 2009
Giorgio Agamben (Roma, 1942) é um filósofo italiano. Formado em Direito, com uma tese sobre o pensamento político de Simone Weil, é responsável pela edição italiana da obra de Walter Benjamin . Foi visiting professor na Università di Verona e na New York University, antes de renunciar de entrar nos Estados Unidos da America, em protesto contra a política de segurança do anterior governo norte-americano[1]. Actualmente lecciona Estética e Filosofia Teorética na Università IUAV em Veneza. A sua produção centra-se nas relações entre a filosofia, a literatura, a poesia e, fundamentalmente, a política.
Entre as suas publicações principais encontramos Bartleby, la formula della creazione (1993) - uma analise da figura de um escrivão que deixa de escrever («preferiria não»), que é uma quase reflexão indirecta sobre o seu próprio método de escritor e de filosofo- e o imenso projecto, que o continua ainda a ocupar, iniciado no inicio dos anos 90, em torno de uma figura jurídica singular do antigo direito romano: o homo sacer ou «homem sagrado». A publicação de Homo sacer: Il potere sovrano e la nuda vita (Torino: Einaudi, 1995), um estudo que o leva ao reconhecimento internacional, marca a primeira parte ou fase dessa investigação.
Sobre Agamben
Há tempos, Giorgio Agamben vem construindo uma obra extensa que visa dar conta, entre outras coisas, da configuração contemporânea dos desafios próprios à ação política. Responsável pela edição italiana das obras completas de Walter Benjamin, ex-aluno de Heidegger, autor, juntamente com Deleuze, de trabalhos sobre teoria literária e filosofia, este professor da Universidade de Verona, nascido em 1942, é atualmente um dos filósofos mais discutidos de sua geração.[carece de fontes]O contributo deste autor para o pensamento político contemporâneo tem-se revelado muito significativo, sobretudo no âmbito da reflexão bio-política.
Endnotes and references
Bibliografia (com referências às traduções portuguesas)
- L'uomo senza contenuto, Milano, Rizzoli, 1970 (Macerata, Quodlibet, 1994)
- Stanze. La parola e il fantasma nella cultura occidentale, Torino, Einaudi, 1979, reedição ed. Einaudi, 2006 (em português: Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tradução de Selvino Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007)
- Infanzia e storia. Distruzione dell'esperienza e origine della storia, Torino, Einaudi 1979 (em português: Infância e História: destruição da experiência da história. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005)
- Il linguaggio e la morte, Torino, Einaudi, 1982 (em português: Linguagem e Morte: um seminário sobre o lugar da negatividade. Tradução de Henrique Burigo, Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2006)
- La fine del pensiero, Paris, Le Nouveau Commerce, 1982 (em português: O Fim do Pensamento. Tradução de Alberto Pucheu Neto, 7 Letras, Rio de Janeiro, 2004)
- Idea della prosa, Milano, Feltrinelli, 1985 (Macerata, Quodlibet, 2002) (em português: A Ideia da Prosa. Tradução de João Barrento. Lisboa: Cotovia, 1999)
- La comunità che viene, Torino, Einaudi, 1990 (em português: A Comunidade que Vem. Tradução de António Guerreiro. Lisboa: Presença, 1993)
- Bartleby, la formula della creazione, Macerata, Quodlibet, 1993, com Gilles Deleuze (em português: Bartleby, Escrita da Potência. Tradução de Pedro A.H. Paixão e Manuel Rodrigues. Lisboa: Assírio & Alvim, 2008)
- Homo sacer. Il potere sovrano e la nuda vita, Torino, Einaudi, 1995 (em português: Homo Sacer: O Poder Soberano e a Vida Nua. Tradução de António Guerreiro. Lisboa: Presença, 1998; Homo Sacer. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002)
- Mezzi senza fine. Note sulla politica, Torino, Bollati Boringhieri, 1996
- Categorie italiane, Venezia, Marsilio, 1996
- Image et mémoire, Paris, Hoëbeke, 1998
- Quel che resta di Auschwitz. L'archivio e il testimone, Torino, Bollati Boringhieri, 1998
- Il tempo che resta, Torino, Bollati Boringhieri, 2000 (em português: O que resta de Auschwitz. Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008)
- L'aperto. L'uomo e l'animale, Torino, Bollati boringhieri, 2002
- L'ombre de l'amour, Paris, Rivages, 2003 (con Valeria Piazza)
- Stato di Eccezione, Torino, Bollati Boringhieri, 2003 (em português: Estado de Exceção. Tradução de Iraci Poletti. São Paulo: Boitempo, 2004)
- La potenza del pensiero. Saggi e conferenze, Neri Pozza, 2005
- Profanazioni, Nottetempo, 2005 (em português: Profanações. Tradução de Luísa Feijó. Lisboa: Cotovia, 2006; Tradução de Selvino Assmann. São Paulo, Boitempo, 2007)
- Che cos'è un dispositivo?, Nottetempo, 2006 (em português: O que é um dispositivo?. Tradução de Nilcéia Valdati. Santa Maria - RS: Palloti, 2006)
- L'Amico, Nottetempo, 2007
- Ninfe, Torino, Bollati Boringhieri, 2007
- Il regno e la gloria. Per una genealogia teologica dell'economia e del governo. Homo sacer. Vol 2/2, Neri Pozza, 2007
- Che cos'è il contemporaneo?, Nottetempo, 2008
- Signatura rerum. Sul Metodo, Torino, Bollati Boringhieri, 2008
- No prelo: Gli angeli. Ebraismo Cristianesimo, Islam, a cura di E. Coccia e G. Agamben, Vicenza, Neri Pozza