Mostrar código-fonte de Guerra bizantino-sassânida de 572–591

{{Info/Guerra
|nome        = Guerra bizantino-sassânida de 572–591
|parte_das   = [[Guerras bizantino-sassânidas]]
|imagem      = [[Imagem:Roman-Persian Frontier, 565 AD-pt.svg|300px]]
|legenda     = Fronteira bizantino-sassânida em 565, imediatamente antes do início da guerra
|data_início = [[572]]
|data_fim    = [[591]]
|local       = [[Mesopotâmia]], [[Armênia Ocidental|Grande Armênia]] e [[Síria (província romana)|Síria]]
|resultado   = Vitória bizantina
|território  = Império bizantino anexa a maior parte da Armênia persa e a metade ocidental do [[Reino da Ibéria]]

|combatente1 =<nowiki />
{{IB}}

{{IBb}}&nbsp;[[Gassânidas]]

{{IBb}}&nbsp;Armênios

|combatente2 =<nowiki />
{{ISAS}}

{{ISASb}}&nbsp;[[Lacmidas]]

{{ISASb}}&nbsp;Armênios

|comandante1 =<nowiki />
{{IBb}}&nbsp;[[Marciano (general sob Justino II)|Marciano]]

{{IBb}}&nbsp;[[Justiniano (general)|Justiniano]]

{{nowrap|{{IBb}}&nbsp;{{lknb|Vardanes|III Mamicônio}}}}

{{IBb}}&nbsp;{{lknb|Alamúndaro|III}}

{{IBb}}&nbsp;[[Curs (general)|Curs]]

{{IBb}}&nbsp;[[Maurício (imperador)|Maurício]]

{{IBb}}&nbsp;[[João Mistacão]]

{{IBb}}&nbsp;[[Filípico (general)|Filípico]]

{{IBb}}&nbsp;[[Narses (general sob Maurício)|Narses]]

{{IBb}}&nbsp;[[Sérgio (duque)|Sérgio]]

{{IBb}}&nbsp;[[Juventino]]

{{IBb}}&nbsp;[[Teodoro (mestre dos soldados da Armênia)|Teodoro]]

{{IBb}}&nbsp;[[André (intérprete)|André]]

|comandante2 =<nowiki />
{{ISASb}}&nbsp;{{lknb|Cosroes|I}}

{{nowrap|{{ISASb}}&nbsp;[[Alamúndaro IV (lacmida)|Alamúndaro&nbsp;IV]]}}

{{ISASb}}&nbsp;[[Adarmanes]]

{{ISASb}}&nbsp;[[Tamcosroes]]

{{ISASb}}&nbsp;[[Cardarigano]]

{{ISASb}}&nbsp;{{lknb|Vararanes|VI}}

{{ISASb}}&nbsp;[[Razates]]
}}
A '''Guerra bizantino-sassânida de 572–591''' foi um conflito travado entre o [[Império Sassânida]] e o [[Império Bizantino]], iniciado principalmente por conta de revoltas pró-bizantinas em algumas regiões do [[Cáucaso]] que estavam sob hegemonia persa, embora outros eventos tenham contribuído para a escalada das hostilidades. As lutas se confinaram principalmente às regiões do sul do Cáucaso e [[Mesopotâmia]], embora alguns combates tenham se estendido para a [[Anatólia]] oriental, a [[Síria (província romana)|Síria]] e o norte do [[Irã]]. Esta guerra se insere no contexto de uma intensa sequência de conflitos entre os dois impérios que ocupou grande parte do {{séc|VI}} e o início do VII. Foi também a última das muitas guerras entre os dois a seguir um padrão de combates confinados às províncias fronteiriças sem nenhum dos lados conseguir efetivar uma efetiva conquista de territórios inimigos para além dessa zona de fronteira. Ela precedeu uma [[Guerra bizantino-sassânida de 602-628|guerra muito maior]] e de final mais dramático no início do {{séc|VII}}.

== Início das hostilidades ==
Uma década depois da [[Paz de 50 anos]] assinada em 561, as tensões voltaram a crescer em todos os pontos de contato entre as esferas de influência dos dois impérios, como já havia acontecido na [[Guerra Ibérica|guerra anterior]] na década de 520. Em 568-569, os bizantinos estavam envolvidos em negociações, em última análise, infrutíferas (cf. a embaixada de [[Zemarco (mestre dos soldados)|Zemarco]]), com os [[goturcos]] para uma aliança contra os persas; em 570, os sassânidas invadiram o [[Iêmem]], expulsando os [[Reino de Axum|axumitas]] aliados dos bizantinos e restaurando o [[Reino Himiarita]] como um estado vassalo; em 570-571, os clientes [[árabes]] dos sassânidas, os [[lacmidas]], lançaram [[raide]]s contra o território bizantino, embora em ambas as ocasiões tenham sido derrotados pelos [[gassânidas]], o clientes árabes cristãos dos bizantinos; em 570, os bizantinos firmaram um pacto secreto para apoiar uma revolta [[armênios|armênia]] contra os sassânidas, que irrompeu em 571 e foi acompanhada por outra revolta no [[Reino da Ibéria]].{{sfn|Greatrex|2002|p=135–138}}

No inicio de 572, os armênios, sob {{lknb|Vardanes|III Mamicônio}}, derrotaram o governador persa da Armênia e capturaram seu quartel-general em [[Dúbio]]; os sassânidas logo retomaram a cidade, mas logo depois ela caiu novamente frente às forças combinadas de bizantinos e armênios, iniciando o conflito aberto entre as potências.{{sfn|Greatrex|2002|p=138–142}} Apesar das frequentes revoltas no {{séc|V}}, os armênios sempre foram leais aos seus senhores persas durante as guerras do {{séc|VI}}, ao contrário dos seus vizinhos e também cristãos da [[Lázica]] e Ibéria. Ao se juntar aos ibéricos, os [[lazes]] e os bizantinos numa coalização cristã na região, os armênios mudaram dramaticamente o [[balanço de poder]] no [[Cáucaso]] e ajudaram as forças bizantinas a levar a guerra até as profundezas do território persa, algo que anteriormente havia sido impossível na região: as forças bizantinas chegaram a invadir regiões tão distantes quanto a [[Albânia (província do Império Sassânida)|Albânia]] (atual [[Azerbaijão]]) e chegaram até mesmo a passar o inverno lá.{{sfn|Greatrex|2002|p=149}}

== Queda de Dara==
Na [[Mesopotâmia]], porém, a guerra começou de forma desastrosa para os bizantinos. Após uma vitória em Sargato em 573, ele iniciaram um cerco a Nísibis (atual [[Nusaybin]]) e chegaram a ponto de capturá-la, o principal bastião das defesas fronteiriças persas, quando uma repentina demissão do general [[Marciano (general sob Justino II)|Marciano]] levou a uma retirada desorganizada.{{sfn|Greatrex|2002|p=142–145}} Aproveitando-se da confusão entre os bizantinos, {{lknb|Cosroes|I}} {{nwrap|r.|531|579}} rapidamente contra-atacou e circundou [[Dara (Mesopotâmia)|Dara]], capturando a cidade após um cerco de seis meses. Ao mesmo tempo, um exército persa menor, liderado por [[Adarmanes]], arrasou a Síria e saqueou [[Apameia]] e diversas outras cidades.{{sfn|Greatrex|2002|p=146–149, 150}} Para piorar a situação, em 572 o [[imperador bizantino]] {{lknb|Justino|II}} {{nwrap|r.|565|578}} ordenou o assassinato do rei gassânida {{lknb|Alamúndaro|III}} e, como o atentado fracassou, a aliança entre gassânidas e bizantinos foi desfeita e deixou a fronteira bizantina no deserto desprotegida.{{sfn|Greatrex|2002|p=136}}

A queda de Dara, a principal fortaleza bizantina na Mesopotâmia, supostamente levou Justino&nbsp;II à loucura e o controle do império passou para sua esposa [[Sofia (imperatriz)|Sofia]] e {{lknb|Tibério|II}}. Os novos regentes concordaram em pagar {{formatnum|45000}} [[soldo (moeda)|nomismas]] por uma trégua de um ano e, logo em seguida, a estenderam para cinco anos através de um pagamento anual de {{formatnum|30000}} nomismas. Porém, estas tréguas se aplicavam unicamente ao front mesopotâmico; no Cáucaso, a guerra continuava.{{sfn|Greatrex|2002|p=151–153}}

== Última campanha de Cosroes&nbsp;I ==
[[Imagem:ChosroesHuntingScene.JPG|thumb|esquerda|200px|{{lknb|Cosroes|I}}.<br><small>{{séc|VII}}. Arte sassânida.</small>]]

Em 575, os bizantinos conseguiram acertar suas diferenças com os gassânidas e a nova aliança rapidamente se mostrou importantíssima quando os gassânidas saquearam a capital lacmida, [[Hira]].{{sfn|Shahîd|1995|p=378–383}} No mesmo ano, as forças bizantinas tiraram vantagem da situação favorável no Cáucaso para lançar uma campanha contra a [[Albânia (província do Império Sassânida)|Albânia]] e assegurar a prisão de alguns reféns entre as tribos locais.{{sfn|Greatrex|2002|p=153}} Em 576, {{lknb|Cosroes|I}} iniciou a campanha que seria sua última e também uma das mais ambiciosas, lançando um ataque de longa distância através do Cáucaso para dentro da [[Anatólia]], onde os exércitos persas não pisavam desde os tempos de {{lknb|Sapor|I}} {{nwrap|r.|240|270}}. Sua tentativa de atacar [[Teodosiópolis]] e [[Cesareia (Capadócia)|Cesareia]] foram infrutíferas, mas ele conseguiu saquear [[Sivas|Sebasteia]] antes de ser forçado a recuar. No caminho de volta, ele foi interceptado e sofreu uma séria derrota perto de [[Melitene]] nas mãos do general [[Justiniano (general)|Justiniano]], o [[mestre dos soldados do Oriente]] (''magister militum per Orientem''); saqueando a cidade de Melitene enquanto fugia, seu exército sofreu novas derrotas quando tentou cruzar o [[Eufrates]] sob ataque bizantino. Cosroes supostamente ficou tão abalado pelo fiasco e por quase não ter conseguido escapar que estabeleceu uma lei que proibia qualquer de seus sucessores de liderar o exército pessoalmente, exceto quando estivesse enfrentando um outro monarca também comandando seu exército pessoalmente.{{sfn|Greatrex|2002|p=153–158}}

Os bizantinos exploraram a desorganização dos persas e realizaram profundos raides na Albânia e no [[Azerbaijão]], chegando a atravessar o [[mar Cáspio]] para atacar o norte do Irã e a passar o inverno na região para poder continuar a campanha no início do verão de 577. Cosroes agora queria a paz, mas uma vitória na Armênia de seu general [[Tamcosroes]] sobre seu [[:wikt:nêmesis|nêmesis]] Justiniano reforçou sua convicção e a guerra continuou.{{sfn|Greatrex|2002|p=158–160}}

== Guerra retorna à Mesopotâmia ==
Em 578, a trégua na Mesopotâmia terminou e o foco principal da guerra novamente voltou para a região. Por conta de raides persas na Mesopotâmia, o novo mestre dos soldados do Oriente, [[Maurício (imperador)|Maurício]], contra-atacou com seus próprios raides de ambos os lados do [[rio Tigre|Tigre]], capturou a fortaleza de Afumo e saqueou [[Singara]]. Cosroes mais uma vez buscou a paz em 579, mas morreu antes que um acordo pudesse ser alcançado. Seu sucessor, {{lknb|Hormisda|IV}} {{nwrap|r.|579|590}}, interrompeu as negociações.{{sfn|Greatrex|2002|p=160–162}} Em 580, os gassânidas conseguiram mais uma vitória sobre os lacmidas, enquanto os raides bizantinos continuavam a penetrar a leste do Tigre. Porém, por volta desta época, o futuro {{lknb|Cosroes|II}} foi encarregado da situação na Armênia, onde ele conseguiu convencer a maior parte dos líderes rebeldes a voltarem para a aliança com os sassânidas, permanecendo apenas a Ibéria leal aos bizantinos.{{sfn|Greatrex|2002|p=162–163}} No ano seguinte, uma ambiciosa campanha ao longo do [[Eufrates]] por forças bizantinas, comandadas por Maurício, e gassânidas, sob Alamúndaro&nbsp;III, não conseguiram nenhum avanço, ao passo que os persas de Adarmanes conseguiram arrasar a Mesopotâmia numa devastadora campanha. Maurício e Alamúndaro se culparam entre si pelas dificuldades e suas recriminações mútuas levaram à prisão do rei gassânida no ano seguinte por suspeita de traição, o que resultou numa guerra entre os bizantinos e seus antigos aliados e marcou o início do fim do [[Reino Gassânida]].{{sfn|Greatrex|2002|p=163–166}}

== Impasse ==
[[Imagem:The battle between kusrau parvis and Bhram Chubineh.jpg|thumb|300px|Batalha entre {{lknb|Cosroes|II}} e {{lknb|Vararanes|VI}}.<br><small>[[Iluminura]] turca do {{séc|XVI}}</small>]]

Em 582, após uma vitória em [[Constantina (Osroena)|Constantina]] sobre Adarmanes e [[Tamcosroes]], na qual este último foi morto, [[Maurício (imperador)|Maurício]] {{nwrap|r.|582|602}} foi aclamado imperador após a morte de {{lknb|Tibério|II}} {{nwrap|r.|574|582}}. A vantagem conquistada em Constantina foi logo perdida mais tarde no mesmo ano quando seu sucessor como mestre dos soldados do Oriente, [[João Mistacão]], foi derrotado às margens do [[rio Ninfeu]] por [[Cardarigano]].{{sfn|Greatrex|2002|p=166–167}} A guerra continuou indecisivamente durante a década de 580, com raides e contra-raides intercalados por infrutíferas tentativas de paz; a única batalha importante foi a vitória bizantina na [[Batalha de Solacão]] em 586.{{sfn|Greatrex|2002|p=167–169}}{{sfn|Whitby|1986|p=44–49}}

A prisão do sucessor de Alamúndaro, {{lknb|Naamanes|VI}}, pelos bizantinos, em 584, levou à fragmentação do Reino Gassânida, que reverteu para uma coalização tribal frágil e jamais reconquistou seu poder anterior.{{sfn|Greatrex|2002|p=166}} Em 588, um motim pelas tropas bizantinas, sem pagamento, contra seu novo comandante, [[Prisco (general)|Prisco]], pareceu ser a chance que os sassânidas esperavam para conseguir sair do impasse, mas os próprios amotinados ajudaram a repelir a ofensiva persa; após uma derrota subsequente em Tsalcajur, os bizantinos [[Batalha de Martirópolis (588)|conseguiram uma nova vitória]] em [[Martirópolis]]. Neste ano, um grupo de prisioneiros que haviam sido presos na queda de Dara quinze anos antes escaparam de suas prisões no [[Cuzestão]] e lutaram seu caminho de volta ao império.{{sfn|Greatrex|2002|p=170}}{{sfn|Whitby|1986|p=72–78}}

== Guerra civil na Pérsia ==

{{AP|Guerra Civil Sassânida de 589–591}}

Em 589, o curso da guerra foi subitamente alterado. Na primavera, o motim por conta dos pagamentos das tropas foi resolvido, mas Martirópolis caiu para os persas através da traição de um oficial chamado [[Sitas (decarco)|Sitas]] e as tentativas de retomá-la foram todas fracassadas, mesmo tendo eles vencido a [[Batalha de Sisaurano]] naquele mesmo ano. Enquanto isso, no [[Cáucaso]], as ofensivas bizantino-ibéricas foram repelidas pelo general persa [[Vararanes VI|Vararanes]], que fora recentemente transferido da [[Ásia Central]], onde ele conseguira finalmente terminar o conflito contra os [[goturcos]] satisfatoriamente.

Porém, após ele ser derrotado pelos bizantinos comandados por [[Romano (mestre dos soldados do Oriente)|Romano]] às margens do [[rio Aras|Araxes]], Vararanes foi jocosamente demitido por {{lknb|Hormisda|IV}}. O general, furioso com a humilhação, iniciou uma revolta que logo conseguiu o apoio da maior parte do exército sassânida. Alarmado com o avanço de Barã, em 590 os membros da corte persa derrubaram e mataram Hormisda, colocando seu filho no trono com o nome de {{lknb|Cosroes|II}} {{nwrap|r.|590|628}}. Vararanes continuou avançando mesmo assim e derrotou Cosroes, que foi forçado a fugir para o território bizantino, deixando o trono para o general, que se autoproclamou Vararanes&nbsp;VI, a primeira vez que o governo da dinastia sassânida foi interrompida desde a fundação do império. Com o apoio do imperador bizantino Maurício, Cosroes iniciou a campanha para recuperar seu trono, conseguindo o apoio do principal exército persa em Nísibis (atual [[Nusaybin]]) e retornando [[Martirópolis]] para seus antigos donos bizantinos.

No início de 591, um exército enviado por Vararanes foi derrotado pelos aliados de Cosroes perto de Nísibis, e [[Ctesifonte]] foi subsequentemente tomada para Cosroes por [[Mabodes]]. Tendo devolvido Dara aos bizantinos, Cosroes e o mestre dos soldados do Oriente, [[Narses (general sob Maurício)|Narses]] lideraram um exército combinado de bizantinos e tropas persas da Mesopotâmia até o Azerbaijão para confrontar Vararanes, enquanto que um segundo exército bizantino, sob o [[mestre dos soldados da Armênia]] João Mistacão armavam um [[movimento de pinça]] a partir do norte. Na [[Batalha do Blaratão]], perto de [[Ganzaca]], eles derrotaram inequivocamente Vararanes, restaurando Cosroes&nbsp;II ao poder e encerrando a guerra com os bizantinos.

== Consequências ==

Com um papel vital na restauração de {{lknb|Cosroes|II}} ao trono, os bizantinos se viram numa posição dominante em suas negociações com a Pérsia. Cosroes não apenas devolveu [[Dara (Mesopotâmia)|Dara]] e [[Martirópolis]] em troca do apoio de Maurício, como também concordou numa nova partição do Cáucaso pela qual os sassânidas entregaram aos bizantinos muitas cidades, incluindo [[Tigranocerta]], [[Manziquerta]], [[Valarsacerta]], [[Bagauna]], [[Valarsapate]], [[Erevã]], [[Ani]], [[Cars (Turquia)|Cars]] e [[Zarixata]]. A maior parte do [[Reino da Ibéria]], incluindo as cidades de [[Ardaã]], [[Estepanavão|Lori]], [[Dmanisi]], [[Lomsia]], [[Misqueta]] e [[Tôncio]], se tornou um Estado-cliente dos bizantinos. Além disso, a cidade de [[Cítea]] foi cedida a [[Lázica]], também um Estado dependente bizantino. Assim, a extensão do controle efetivo bizantino na região alcançou o seu [[zênite]] histórico. Além disso, ao contrário das tréguas e tratados de paz anteriores, que geralmente envolviam pagamentos monetários dos bizantinos, seja pela paz, pela devolução de territórios ou como uma contribuição para a defesa dos [[passos de montanha|passos]] no [[Cáucaso]], desta vez não houve nenhum pagamento, o que marcou uma grande alteração no balanço de poder.

O imperador Maurício se viu confortável até mesmo para conseguir resolver as omissões de seus antecessores nos [[Bálcãs]], realizando [[Campanhas balcânicas de Maurício|várias campanhas]] na região. Porém, esta situação logo seria dramaticamente revertida, pois a aliança entre Maurício e Cosroes foi o estopim para [[Guerra bizantino-sassânida de 602-628|uma nova guerra]], apenas onze anos depois, e que teria consequências catastróficas para ambos os impérios.

{{Referências|col=2}}

== Bibliografia ==
{{refbegin|2}}
*{{Citar livro|sobrenome=Greatrex|nome=Geoffrey|coautor=Lieu, Samuel N. C.|título=The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars (Part II, 363–630 AD)|ano=2002|local=Londres|editora=Routledge|isbn=0-415-14687-9|ref=harv}}

* {{Citar livro|sobrenome=Shahîd|nome=Irfan|título=Byzantium and the Arabs in the Sixth Century|local=Washington|editora=Dumbarton Oaks|ano=1995|isbn=978-0-88402-214-5|url=http://books.google.com.br/books?id=BEvEV9OVzacC&redir_esc|ref=harv}}

*{{Citar livro|sobrenome=Whitby|nome=Michael|coautor=Mary Whitby|título=The History of Theophylact Simocatta|local=Oxford|editora=Claredon Press|ano=1986|isbn=978-0-19-822799-1|ref=harv}}

{{refend}}

[[Categoria:Guerra bizantino-sassânida de 572-591]]