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IRAM: diferenças entre revisões

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Mercado por fronteiras naturais, o Irã é uma fortaleza situada a 700 metros de altitude, em média. Conhecida como Pérsia, a região foi berço de vários impérios, cuja história alterna idades de ouro e períodos obscuros. Durante toda a Antiguidade, porém, um traço marcou os soberanos persas: a tolerância.

Entre os séculos VII a.C. e VII d.C., reis como Ciro e Xerxes governaram imensos territórios, sempre respeitando as crenças e tradições das populações locais. Essa atitude fez da cultura persa um patrimônio tão importante para a história da humanidade quanto aquele deixado por gregos e romanos.
O próprio nome do país que hoje conhecemos como Irã é um exemplo das diferentes culturas que contribuíram para formar sua identidade. Na Antiguidade, os gregos chamavam a região de Pérsia. O idioma persa, porém, utilizava as palavras eran e aryan para designar o povo que habitava aquela zona. Essas expressões faziam referência à origem étnica de uma população considerada descendente dos arianos, povo indo-europeu que se estabeleceu na Ásia central por volta do fim do terceiro milênio a.C.
A história daquilo que conhecemos como Pérsia clássica começa com a fundação do Império Aquemênida, em 559 a.C., pelo rei Aquemenes. Ao longo de pouco mais de dois séculos, essa dinastia conquistaria o mais vasto conglomerado de reinos jamais federados sob uma única autoridade.
As fontes históricas sobre a história antiga da Pérsia são raras, dispersas e fragmentadas. A maior parte das informações sobre o período provém, essencialmente, de autores gregos (Heródoto, Ctésias, Políbio e Estrabão); da Bíblia (livros de Esdras, de Isaías e de Ester); dos arquivos dos administradores de províncias sob domínio persa, os sátrapas; e de inscrições em estelas e monumentos.

A falta de documentação se explica, em parte, pelo fato de que Ciro, o Grande, soberano que comandou o início da expansão persa, se preocupou mais em defender seus ideais e combater seus adversários do que em fazer propaganda de seu governo. Como até hoje não se sabe ao certo se Aquemenes existiu de fato ou se foi uma figura criada para dar legitimidade à dinastia aquemênida, Ciro é considerado o primeiro grande rei persa

Essa tolerancia e abertura para o mundo exterior fizeram com que os gregos e sua cultura gozassem de grande prestígio entre os persas. O fascínio pelo helenismo abriu caminho para que Alexandre, o Grande, conquistasse o império construído por Ciro e pusesse fim ao poder da primeira grande dinastia persa em 330 a.C.

Por maior que tenha sido a bravura dos cavaleiros macedônios, por mais moderna que tenha sido a estratégia militar de Alexandre e mais favorável a sua situação, esses elementos não teriam sido tão eficazes se a cultura helênica já não estivesse fortemente impregnada no oriente persa. Alexandre apenas acelerou os efeitos de um processo de decadência que já afetava o Império Aquemênida havia algum tempo.

Após a morte de Alexandre, um de seus generais, o macedônio Seleuco, fundou uma nova dinastia, o Império Selêucida, que governou a Pérsia até 170 a.C. Neste ano, o último governante grego foi derrotado por Mitríades, que colocou a região novamente sob o domínio de um reino nativo: o Império Parta. Finalmente, em 226 a.C., Ardacher I conquistou as províncias sob controle dos partas e fundou o Império Sassânida, dinastia que reivindicou a herança cultural e política dos aquemênidas e governou a Pérsia até 650, quando a região foi conquistada pelos muçulmanos.

A tradição de tolerância da antiga Pérsia se perdeu nos séculos posteriores. Os crimes palacianos da dinastia dos Afsharidas, no século XVIII, o reino de terror instituído no Irã pela polícia secreta do xá Rehza Pahlevi na década de 1970 e as perseguições de oponentes políticos promovidas pelo atual presidente Mahmud Ahmadinejad, no entanto, não devem ocultar o legado da Pérsia eterna, com sua imensa tolerância e efervescência cultural. Esse patrimônio impregnou a cultura ocidental de forma mais profunda do que se imagina, o que faz de nós tão herdeiros da Pérsia quanto da Grécia antiga.
invasão do Irã pelos muçulmanos, iniciada apenas um ano após a morte de Maomé, pôs fim à tradição de tolerância religiosa dos persas, mas não acabou com a efervescência cultural na região. Ao longo da Idade Média, o planalto iraniano forneceu ao mundo alguns de seus maiores matemáticos: Al-Khuwaizmi criou a álgebra no século IX, Al-Sufi descobriu a galáxia de Andrômeda no século X, Al-Biruni desenvolveu as operações de análise combinatória e da regra de três no século XI, e Nasir al-Din al-Tusi criou a trigonometria no século XIII. Dentre outros importantes eruditos persas destacam-se o médico Avicena (século IX), o alquimista Jabir ibn Hayyan (século VIII) e os poetas Omar Khayyam, Firdousi (ambos do século X), Saadi (século XIII) e Hafiz (século XIV)


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Revisão das 00h10min de 27 de junho de 2013

iRAM é o nome de um produto da Gigabyte Technology, ou Gigabyte. É um dispositivo de armazenamento, que pode ser usado como um HD, de memória sólida, ou SSD. Ele tem custo menor do que o típico para esse tipo de dispositivos por usar memória DDR convencional.

O iRAM pode ser descrito como uma placa PCI que contém 4 slots para memória DDR, um controlador SATA e bateria recarregável.

Ele pode ser populada com chips de memória de até 1 Gb, o que permite atingir até 4 gigabytes. O controlador SATA é chamado "inteligente" pela companhia, de onde supõe-se vir o i do nome. Por último, a bateria recarregável garantiria uma autonomia de 15 horas para os dados contidos nas memórias RAM, que são voláteis. A bateria pode ser automaticamente recarregada quando o PC é ligado novamente à tomada. Um ponto também interessante é que, se o PC estiver desligado, mas conectado à tomada, a memória continuará a ser alimentada e, portanto, seu conteúdo não se perderá.

As análises de diversos artigos sugerem que, devido à taxa de transferência de memória ser muito alta, o sistema seria capaz de superar a banda disponível nas interfaces SATA atuais, de cerca de 150 Mbytes/s. Também nas próximas interfaces, chamadas SATA II, com 300 Mbytes/s, o desempenho máximo ainda não seria atingido.

Um ponto importante promissor para dispositivos como o iRAM é que, devido a inexistência de partes mecânicas, o desempenho em acesso aleatório pode ser muito melhor, uma vez que, em memória RAM, o tempo de acesso aleatório é muito semelhante ao tempo de acesso sequencial. Isto o tornaria mais adequado para armazenar bases de dados multiusuárias, onde o acesso aleatório é muito importante.

Existem rumores de um novo produto, chamado iRAM 2, no qual em vez de memórias DDR, estariam sendo usadas memórias DDR2 e interface SATA II, colocadas em uma caixa isolada, colocada externamente ao PC, ou colocada no local da atual unidade de disco flexível[1]. Apesar dos rumores, ainda não há informações sobre o produto no sitio da Gigabyte Technology.

Referências

  1. VR-Zone: Gigabyte i-RAM 2 Info acessado em 15 de agosto de 2006.

Mercado por fronteiras naturais, o Irã é uma fortaleza situada a 700 metros de altitude, em média. Conhecida como Pérsia, a região foi berço de vários impérios, cuja história alterna idades de ouro e períodos obscuros. Durante toda a Antiguidade, porém, um traço marcou os soberanos persas: a tolerância.

Entre os séculos VII a.C. e VII d.C., reis como Ciro e Xerxes governaram imensos territórios, sempre respeitando as crenças e tradições das populações locais. Essa atitude fez da cultura persa um patrimônio tão importante para a história da humanidade quanto aquele deixado por gregos e romanos. O próprio nome do país que hoje conhecemos como Irã é um exemplo das diferentes culturas que contribuíram para formar sua identidade. Na Antiguidade, os gregos chamavam a região de Pérsia. O idioma persa, porém, utilizava as palavras eran e aryan para designar o povo que habitava aquela zona. Essas expressões faziam referência à origem étnica de uma população considerada descendente dos arianos, povo indo-europeu que se estabeleceu na Ásia central por volta do fim do terceiro milênio a.C. A história daquilo que conhecemos como Pérsia clássica começa com a fundação do Império Aquemênida, em 559 a.C., pelo rei Aquemenes. Ao longo de pouco mais de dois séculos, essa dinastia conquistaria o mais vasto conglomerado de reinos jamais federados sob uma única autoridade. As fontes históricas sobre a história antiga da Pérsia são raras, dispersas e fragmentadas. A maior parte das informações sobre o período provém, essencialmente, de autores gregos (Heródoto, Ctésias, Políbio e Estrabão); da Bíblia (livros de Esdras, de Isaías e de Ester); dos arquivos dos administradores de províncias sob domínio persa, os sátrapas; e de inscrições em estelas e monumentos.

A falta de documentação se explica, em parte, pelo fato de que Ciro, o Grande, soberano que comandou o início da expansão persa, se preocupou mais em defender seus ideais e combater seus adversários do que em fazer propaganda de seu governo. Como até hoje não se sabe ao certo se Aquemenes existiu de fato ou se foi uma figura criada para dar legitimidade à dinastia aquemênida, Ciro é considerado o primeiro grande rei persa

Essa tolerancia e abertura para o mundo exterior fizeram com que os gregos e sua cultura gozassem de grande prestígio entre os persas. O fascínio pelo helenismo abriu caminho para que Alexandre, o Grande, conquistasse o império construído por Ciro e pusesse fim ao poder da primeira grande dinastia persa em 330 a.C.

Por maior que tenha sido a bravura dos cavaleiros macedônios, por mais moderna que tenha sido a estratégia militar de Alexandre e mais favorável a sua situação, esses elementos não teriam sido tão eficazes se a cultura helênica já não estivesse fortemente impregnada no oriente persa. Alexandre apenas acelerou os efeitos de um processo de decadência que já afetava o Império Aquemênida havia algum tempo.

Após a morte de Alexandre, um de seus generais, o macedônio Seleuco, fundou uma nova dinastia, o Império Selêucida, que governou a Pérsia até 170 a.C. Neste ano, o último governante grego foi derrotado por Mitríades, que colocou a região novamente sob o domínio de um reino nativo: o Império Parta. Finalmente, em 226 a.C., Ardacher I conquistou as províncias sob controle dos partas e fundou o Império Sassânida, dinastia que reivindicou a herança cultural e política dos aquemênidas e governou a Pérsia até 650, quando a região foi conquistada pelos muçulmanos.

A tradição de tolerância da antiga Pérsia se perdeu nos séculos posteriores. Os crimes palacianos da dinastia dos Afsharidas, no século XVIII, o reino de terror instituído no Irã pela polícia secreta do xá Rehza Pahlevi na década de 1970 e as perseguições de oponentes políticos promovidas pelo atual presidente Mahmud Ahmadinejad, no entanto, não devem ocultar o legado da Pérsia eterna, com sua imensa tolerância e efervescência cultural. Esse patrimônio impregnou a cultura ocidental de forma mais profunda do que se imagina, o que faz de nós tão herdeiros da Pérsia quanto da Grécia antiga. invasão do Irã pelos muçulmanos, iniciada apenas um ano após a morte de Maomé, pôs fim à tradição de tolerância religiosa dos persas, mas não acabou com a efervescência cultural na região. Ao longo da Idade Média, o planalto iraniano forneceu ao mundo alguns de seus maiores matemáticos: Al-Khuwaizmi criou a álgebra no século IX, Al-Sufi descobriu a galáxia de Andrômeda no século X, Al-Biruni desenvolveu as operações de análise combinatória e da regra de três no século XI, e Nasir al-Din al-Tusi criou a trigonometria no século XIII. Dentre outros importantes eruditos persas destacam-se o médico Avicena (século IX), o alquimista Jabir ibn Hayyan (século VIII) e os poetas Omar Khayyam, Firdousi (ambos do século X), Saadi (século XIII) e Hafiz (século XIV)

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