Mostrar código-fonte de Ilhas Malvinas

{{ver desambig|redir=Malvinas||Malvinas (desambiguação)}}{{Coord|display=title|51|45||S|59|00||W|type=isle_region:FK}}
{{Info/País
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|hino                    = ''[[God Save the King]]'' (oficial)<br />''Song of the Falklands''{{Nota de rodapé|''[[Song of the Falklands]]'', em [[Língua portuguesa|português]] ''Canção das Malvinas'', é utilizado como hino das ilhas em eventos esportivos.}}
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}}
As '''ilhas Malvinas''' ({{lang-en|''Falkland Islands''}}; {{lang-es|''Islas Malvinas''}}), também chamadas '''Ilhas Falkland''', constituem um [[arquipélago]] [[Reino Unido|britânico]] [[Territórios Ultramarinos Britânicos|ultramarino]], localizado no sul do [[oceano Atlântico]], na [[plataforma continental]] da [[Patagônia]]. As principais ilhas estão a cerca de 483 km a leste da costa do sul da [[América do Sul]], a uma latitude de cerca de 52°S. O arquipélago, com uma área de {{formatnum|12200}} km<sup>2</sup>, é composto pela [[Malvina Ocidental]], [[Malvina Oriental]] e outras 776 ilhas menores. Como um território britânico, as ilhas têm governo próprio e o [[Reino Unido]] assume a responsabilidade pela sua defesa e relações internacionais. A capital é a cidade de [[Stanley (cidade)|Stanley]], na Malvina Oriental.

Existe uma grande controvérsia sobre sua descoberta e posterior colonização pelos [[europeus]]. Em vários momentos teve assentamentos [[Império colonial francês|franceses]], [[Império Britânico|britânicos]], [[Império Espanhol|espanhóis]] e [[Argentina|argentinos]]. O Reino Unido reafirmou seu controle sobre o arquipélago em 1833, embora a Argentina mantenha sua reivindicação às ilhas. Em abril de 1982, forças argentinas [[Operação Rosário|ocuparam temporariamente o território]]. A administração britânica foi restaurada dois meses mais tarde, no final da [[Guerra das Malvinas]].

A [[Malvinense|população]] ({{formatnum|3662}} habitantes em 2021){{nota de rodapé|A estimativa não inclui os militares em serviço nas Ilhas Malvinas.<ref name=census2021/>}} é constituída principalmente por nativos, a maioria de ascendência [[Britânicos|britânica]]. Outras etnias incluem [[franceses]], [[Gibraltar|gibraltinos]] e [[escandinavos]]. A [[imigração]] vinda do Reino Unido, da ilha de [[Santa Helena (ilha)|Santa Helena]], no Atlântico Sul, e do [[Chile]] reverteu o [[declínio populacional]]. A língua predominante e oficial é o [[Língua inglesa|inglês]]. De acordo com uma lei de 1983 aprovada pelo [[Parlamento do Reino Unido]], os malvinenses são considerados [[cidadão]]s britânicos.

O arquipélago se encontra no limite das zonas climáticas [[Clima oceânico|oceânica subantártica]] e de [[tundra]], com as duas principais ilhas tendo cordilheiras que atingem 700 m de altura. Elas são o lar de grandes populações de [[aves]], embora muitas já não se reproduzam nas partes mais habitadas por causa da concorrência com [[Espécie introduzida|espécies introduzidas]]. As principais atividades econômicas são a [[pesca]], o [[turismo]] e a criação de [[ovinos]], com ênfase em exportações de [[lã]] de alta qualidade. A exploração de [[petróleo]], licenciada pelo Governo das Ilhas Malvinas, permanece controversa, como resultado de disputas marítimas com a Argentina.

== Etimologia ==
O nome [[Língua inglesa|anglófono]] do arquipélago, ''Falkland'', foi inspirado pelo "[[Falkland Sound]]" ({{lang-es|''Canal de San Carlos''}}), o [[estreito]] que separa as duas ilhas principais do arquipélago.{{sfn|Jones|2009|p = 73}} O nome "Falkland" foi dado ao canal por [[John Strong (marinheiro)|John Strong]], capitão de uma expedição inglesa que desembarcou nas ilhas em 1690. Strong nomeou o estreito em homenagem a [[Anthony Cary, 5º visconde de Falkland]], o tesoureiro da marinha que patrocinou a viagem.<ref>Ver:
* {{harvnb|Dotan|2010|p = 165}},
* {{harvnb|Room|2006|p = 129}}.</ref> Seu [[Título nobiliárquico|título]] de visconde tem origem na cidade de [[Falkland]], [[Escócia]], cujo nome vem de ''folkland'' (terra submetida ao direito-''folk'').{{sfn|Room|2006|p = 129}} O nome não foi aplicado às ilhas até 1765, quando o capitão britânico [[John Byron]], da [[Marinha Real]], reivindicou-as para o [[Monarquia do Reino Unido|rei]] [[Jorge III do Reino Unido|Jorge III]] como "Ilhas de Falkland". O termo "Falklands" é uma abreviatura padrão usada para se referir ao arquipélago.<ref>Ver:
* {{harvnb|Paine|2000|p = 45}},
* {{harvnb|Room|2006|p = 129}}.</ref>

O nome [[Língua espanhola|espanhol]], ''Islas Malvinas'', deriva do [[Língua francesa|francês]] ''Îles Malouines'' — o nome dado para as ilhas pelo explorador francês [[Louis-Antoine de Bougainville]] em 1764.{{sfn|Hince|2001|p = 121}} Bougainville, que fundou o primeiro assentamento humano das ilhas, nomeou a área em homenagem ao porto de [[Saint-Malo]] (o ponto de partida de seus navios e colonos).<ref>Ver:
* {{harvnb|Hince|2001|p = 121}},
* {{harvnb|Room|2006|p = 129}}.</ref> O porto, por sua vez, localizado na região da [[Bretanha]], no oeste da [[França]], recebeu esse nome por conta de [[São Malo]] (ou Maclou), o [[evangelista]] [[Cristianismo|cristão]] que fundou a cidade europeia.{{sfn|Balmaceda|2011|loc = Chapter 36}}

Na vigésima sessão da [[Assembleia Geral das Nações Unidas]], o Quarto Comitê determinou que em todas as línguas, exceto o espanhol, toda a documentação da ONU iria designar o território como ''Falkland Islands (Malvinas)''. Em espanhol, o território é designado como ''Islas Malvinas (Falkland Islands)''.{{sfn|Foreign Office|1961|p = 80}} A nomenclatura utilizada pelas Nações Unidas para fins de processamento estatísticos é ''Falkland Islands (Malvinas)''.<ref name="std_name">{{citar web | url=http://unstats.un.org/unsd/methods/m49/m49alpha.htm |título= Standard Country and Area Codes Classifications |publicado=United Nations Statistics Division |data=13 de fevereiro de 2013 |acessodata=3 de julho de 2013}}</ref>

== História ==
{{Artigo principal|História das Ilhas Malvinas}}

=== Início da colonização europeia ===
[[Imagem:Louis_Antoine_de_Bougainville_-_Portrait_par_Jean-Pierre_Franquel.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Louis Antoine de Bougainville]]]]

Embora exista a possibilidade de que tribos de [[Ameríndio|índios]] tenham existido nas ilhas em tempos pré-coloniais,<ref>{{citar periódico|autor =G. Hattersley-Smith |data=Junho de 1983 |título=Fuegian Indians in the Falkland Islands |periódico=Polar Record |volume=21 |número=135 |páginas=605–606 |publicado= Cambridge University Press |doi=10.1017/S003224740002204X |acessodata=1 de fevereiro de 2012 |url=http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract;jsessionid=C6D4151001DCF6AE8937B936C8FDCC62.journals?fromPage=online&aid=5400340 |issn = 0032-2474}}</ref> o arquipélago estava desabitado no momento de sua descoberta pelos europeus.{{sfn|Carafano|2005|p = 367}} As alegações quanto à data da descoberta das ilhas giram em torno do [[Século XVI]], mas não há consenso sobre se estes primeiros exploradores descobriram as Malvinas ou outras ilhas do Atlântico Sul.<ref name="M White">{{citar notícia |primeiro =Michael |último = White |título=Who first owned the Falkland Islands?|jornal=[[The Guardian]]  |url=http://www.guardian.co.uk/uk/blog/2012/feb/02/who-first-owned-falkland-islands?|data=2 de fevereiro de 2012|acessodata=3 de julho de 2013}}</ref>{{sfn|Goebel|1971|pp = xiv–xv}}{{nota de rodapé|Com base na sua análise sobre a descoberta das Ilhas Malvinas, o historiador neozelandês John Dunmore conclui que "vários países poderiam, portanto, fazer alguma reivindicação sobre o arquipélago sob o título de primeiros descobridores: [[Espanha]], [[Países Baixos]], [[Reino Unido]], [[Itália]] e até mesmo [[Portugal]]..."{{sfn|Dunmore|2005|p=93}}}} O primeiro desembarque registrado nas ilhas é atribuído ao capitão inglês John Strong, que, a caminho ao litoral do [[Peru]] e do [[Chile]] em 1690, descobriu o [[Canal de San Carlos]], mas isso segundo a visão [[Reino Unido|britânica]] sobre a história da ilha.<ref>Ver:
*{{harvnb|Gustafson|1988|p = 5}},
*{{harvnb|Headland|1989|p = 66}},
*{{harvnb|Heawood|2011|p = 182}}.</ref> Segundo a versão histórica contada pela [[Argentina]] defende que [[Fernão de Magalhães]] é o descobridor da ilha, já que a Argentina e o resto da América Latina pode ser considerada um fantoche da [[Espanha]] e de [[Portugal]] segundos a visão dos britânicos.<ref>{{Citar web |url=https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2012/03/120330_malvinas_falkland_entenda |titulo=Malvinas ou Falklands, a visão de Argentina e Grã-Bretanha |data=2012-03-30 |acessodata=2021-07-19 |website=BBC News Brasil |lingua=pt-BR}}</ref>

O arquipélago permaneceu desabitado até o estabelecimento de Port Louis na [[Malvina Oriental]] em 1764 pelo capitão francês [[Louis Antoine de Bougainville]] e a fundação do assentamento de [[Port Egmont]] na [[Ilha Saunders (Malvinas)|Ilha Saunders]] (ou ''Trinidad'') pelo capitão britânico [[John MacBride]].{{nota de rodapé|Em 1764, Bougainville reivindicou as ilhas em nome do rei [[Luís XV da França]]. Em 1765, o capitão britânico John Byron reivindicou as ilhas em nome de [[Jorge III do Reino Unido|Jorge III da Grã-Bretanha]].{{sfn|Gustafson|1988|pp=9–10}}{{sfn|Dunmore|2005|pp=139–140}}}} Ainda está em debate entre os historiadores se os assentamentos europeus estavam cientes da existência um do outro.<ref>Ver:
*{{harvnb|Goebel|1971|pp = 226, 232, 269}},
*{{harvnb|Gustafson|1988|pp=9–10}}.</ref> Em 1766, a França abandonou a sua reivindicação sobre as Malvinas para a [[Império Espanhol|Espanha]], que rebatizou a colônia francesa para ''[[Puerto Soledad]]'' no ano seguinte.{{sfn|Segal|1991|p = 240}} Os problemas começaram quando a Espanha descobriu Port Egmont; uma guerra iminente, causada pela captura do porto pela Espanha em 1770, foi evitada pela sua restituição ao Reino Unido em 1771.{{sfn|Gibran|1998|p = 26}}

Ambos os assentamentos — britânico e espanhol — coexistiram no arquipélago até 1774, quando novas considerações econômicas e estratégicas dos britânicos os levaram a retirarem-se voluntariamente das ilhas, deixando apenas uma placa onde reivindicavam o arquipélago para o rei Jorge III.{{sfn|Gibran|1998|pp=26–27}} O espanhol [[Vice-Reino do Rio da Prata]] então tornou-se a única presença governamental no território. A [[Malvina Ocidental]] foi deixada abandonada e ''Puerto Soledad'' se tornou um campo de prisioneiros na maior parte de sua existência.{{sfn|Gibran|1998|p=27}} Durante as [[Invasões Britânicas|invasões britânicas do Rio da Prata]], durante as [[Guerras Napoleônicas]] na [[Europa]], o governador das ilhas do arquipélago foi [[Evacuação|evacuado]] em 1806; o restante da guarnição colonial espanhola seguiu seu exemplo em 1811, exceto por [[gaúchos]] e pescadores que permaneceram de forma voluntária no arquipélago.{{sfn|Gibran|1998|p = 27}}

=== Disputa entre Argentina e Reino Unido ===
[[Image:Port-Saint-Louis.jpg|thumb|Representação de Port Saint Louis ou ''[[Puerto Soledad]]'' por [[Antoine-Joseph Pernety|Dom Pernety]], 1769.]]

Depois disso, o arquipélago foi visitado apenas por navios de pesca; seu estatuto político era indiscutível até 1820, quando o coronel [[David Jewett]], um [[corsário]] estadunidense que trabalhava para as [[Províncias Unidas do Rio da Prata]], informou que os navios ancorados em [[Buenos Aires]] em 1816 eram uma reivindicação dos territórios espanhóis no Atlântico Sul.<ref>Ver:
*{{harvnb|Gibran|1998|p = 27}},
*{{harvnb|Marley|2008|p = 714}}.</ref>{{nota de rodapé|Segundo o analista legal argentino Roberto Laver, o Reino Unido ignorou as ações de Jewett porque o governo que ele representava "não era reconhecido tanto pela Grã-Bretanha quanto por qualquer outro poder estrangeiro na época" e "nenhum ato de ocupação seguiu após a reivindicação de posse".{{sfn|Laver|2001|p=73}}}} Uma vez que as ilhas não tinham habitantes permanentes, em 1823 Buenos Aires concedeu ao comerciante [[Luis Vernet]], nascido na [[Alemanha]], a permissão para realizar atividades de pesca e exploração de [[gado]] selvagem no arquipélago.{{nota de rodapé|Antes de sair das Falklands, Vernet carimbou sua subvenção no Consulado Britânico, repetindo isso quando Buenos Aires estendeu sua concessão em 1828.{{sfn|Cawkell|2001|pp=48–50}} O relacionamento cordial entre o consulado e Vernet levou-o a expressar "o desejo de que, no caso de os britânicos retornarem para as ilhas, o [[Governo do Reino Unido]] protegesse a sua propriedade".{{sfn|Cawkell|2001|p=50}}}} Vernet assentou-se nas ruínas de ''Puerto Soledad'' em 1826 e acumulou recursos nas ilhas até o empreendimento ser seguro o suficiente para trazer colonos e formar uma colônia permanente.<ref>Ver:
*{{harvnb|Gibran|1998|pp=27–28}},
*{{harvnb|Sicker|2002|p = 32}}.</ref> Buenos Aires passou a considerar Vernet o comandante militar e civil das ilhas em 1829{{sfn|Pascoe|Pepper|2008|pp=540–546}} e ele tentou regulamentar a pesca para parar as atividades de [[baleeiro]]s e [[Caça às focas|caçadores de focas]] estrangeiros.{{sfn|Gibran|1998|p = 27}} As atividades de Vernet duraram até uma disputa sobre os direitos de pesca e caça que levou a uma incursão do navio de guerra estadunidense [[USS Lexington (1825)|USS ''Lexington'']] em 1831,{{sfn|Pascoe|Pepper|2008|pp = 541–544}}{{nota de rodapé|Os registros do ''Lexington'' apenas relatam a destruição de armas e uma loja, mas Vernet fez um pedido de indenização para o [[Governo dos Estados Unidos]] declarando que todo o povoado foi destruído.{{sfn|Pascoe|Pepper|2008|pp=541–544}}}} quando [[Silas Duncan]], o então comandante da [[Marinha dos Estados Unidos]], tomou o assentamento de ''Puerto Soledad''.{{sfn|Peterson|1964|p = 106}}
[[Imagem:Edward_Gennys_Fanshawe,_Mount_William,_Falkland_Islands,_May_1849_(Portion_B).png|thumb|Representação da paisagem das Malvinas, em 1849; pintura do almirante Edward Fanshawe, da [[Marinha Real Britânica]].]]
[[Imagem:Falkland-Islands-Company.JPG|thumb|Prédio histórico da "[[Falkland Islands Company]]" em Stanley.]]

Buenos Aires tentou manter influência sobre o assentamento através da instalação de uma [[guarnição (força militar)|guarnição]], mas um [[motim]] em 1832 foi seguido no ano seguinte pela chegada de forças britânicas que reafirmaram o domínio do [[Reino Unido]].{{sfn|Graham-Yooll|2002|p = 50}} A [[Confederação Argentina]] (então liderada pelo governador de Buenos Aires, [[Juan Manuel de Rosas]]) protestou contra as ações britânicas{{sfn|Reginald|Elliot|1983|pp = 25–26}}{{nota de rodapé|Como discutido por Roberto Laver, não só Rosas não rompeu relações com a Grã-Bretanha por causa da natureza "essencial" do "apoio econômico britânico", como também ofereceu as Malvinas "como uma moeda de troca ... em troca do cancelamento da dívida da Argentina de milhões de libras com o banco britânico ''[[Baring Brothers]]''".{{sfn|Laver|2001|pp=122–123}} Em 1850, o governo de Rosas ratificou o [[Tratado Arana–Southern]], o que colocou "um fim às diferenças e restabeleceu relações perfeitas de amizade existentes" entre o Reino Unido e Argentina.{{sfn|Hertslet|1851|p=105}}}} e governos argentinos continuaram desde então a registrar protestos oficiais contra o Reino Unido.{{sfn|Gustafson|1988|pp = 34–35}}{{nota de rodapé|A Argentina protestou em 1841, 1849, 1884, 1888, 1908, 1927 e 1933, e faz protestos anuais nas [[Nações Unidas]] desde 1946.{{sfn|Gustafson|1988|p=34}}}} As tropas britânicas partiram depois de completar a sua missão, deixando a área como "um tipo de terra de ninguém".{{sfn|Graham-Yooll|2002|pp=51–52}} O vice de Vernet, o escocês [[Matthew Brisbane]], voltou às ilhas naquele ano para restaurar o assentamento, mas seus esforços terminaram depois que, em meio a tumultos em Port Louis, o gaúcho [[Antonio Rivero]] levou um grupo de "descontentes" a assassinar Brisbane e os líderes do assentamento; os sobreviventes se esconderam em uma caverna em uma ilha próxima até que os britânicos voltaram e restauraram a ordem.{{sfn|Graham-Yooll|2002|pp=51–52}} Em 1840, as Malvinas se tornaram uma colônia da coroa e colonos [[escoceses]] posteriormente estabeleceram uma comunidade pastoral oficial.{{sfn|Aldrich|Connell|1998|p = 201}} Quatro anos mais tarde, quase todos foram realocados para Port Jackson, considerado um local melhor para a sede do governo, enquanto o comerciante [[Samuel Lafone]] começou um empreendimento para incentivar a colonização britânica.<ref>Ver:
*{{harvnb|Bernhardson|2011|loc = Stanley and Vicinity: History}},
*{{harvnb|Reginald|Elliot|1983|pp = 9, 27}}.</ref>

Port Jackson logo foi renomeada para [[Stanley (cidade)|Stanley]] e tornou-se oficialmente a sede do governo local em 1845.{{sfn|Reginald|Elliot|1983|p = 9}} No início de sua história, Stanley tinha uma reputação negativa devido a perdas de carga e de transporte; apenas em emergências navios cruzavam o [[Cabo Horn]] para parar no porto da vila.{{sfn|Bernhardson|2011|loc = Stanley and Vicinity: History}} No entanto, a localização geográfica das Malvinas provou ser ideal para reparos de navios e para o "Wrecking Trade", a compra e venda de navios naufragados e de suas cargas.{{sfn|Strange|1987|pp =72–74}} Além deste comércio, o interesse comercial no arquipélago era mínimo devido às peles de baixo valor dos [[bovinos]] selvagens que vagueavam pelas pastagens das ilhas. O crescimento econômico começou somente após a "Falkland Islands Company", que comprou a empresa falida de Lafone em 1851,{{nota de rodapé|Havia tensões contínuas com a administração colonial sobre o fracasso de Lafone de estabelecer quaisquer colonos permanentes e sobre o preço da carne fornecida para o assentamento. Além disso, embora a sua concessão exigisse que Lafone trouxesse colonos provenientes do Reino Unido, a maioria dos colonos que ele trouxe eram gaúchos do [[Uruguai]].{{sfn|Strange|1987|p =84}}}} introduzir com sucesso [[ovelha]]s cheviot para a produção de lã, estimulando outras fazendas a seguir o exemplo.<ref name="Bernhardson 2011 loc = Stanley and Vicinity: History">Ver:
*{{harvnb|Bernhardson|2011|loc = Stanley and Vicinity: History}},
*{{harvnb|Reginald|Elliot|1983|p = 9}}.</ref> O alto custo de materiais importados, combinado com a falta de trabalho e os consequentes altos salários, significava que o comércio de reparação naval no arquipélago era pouco competitivo. Depois de 1870, o comércio de reparação naval declinou com a substituição de navios de vela por [[navios a vapor]], que foi acelerada pelo baixo custo do [[carvão]] na [[América do Sul]]; em 1914, com a abertura do [[Canal do Panamá]], o comércio acabou completamente.{{sfn|Strange|1987|pp =72–73}} Em 1881, as Malvinas tornaram-se financeiramente independentes do Reino Unido.{{sfn|Reginald|Elliot|1983|p = 9}} Por mais de um século, a "[[Falkland Islands Company]]" dominou o comércio e o emprego no do arquipélago; além disso, ela possuía a maior parte das habitações em Stanley, que se beneficiava com o comércio de lã com o Reino Unido.<ref name="Bernhardson 2011 loc = Stanley and Vicinity: History"/>
[[Imagem:Battle of the Falkland Islands, 1914.jpg|thumb|Confronto naval durante a [[Batalha das Malvinas]] em 1914; obra de William Lionel Wyllie]]

Na primeira metade do século XX, as ilhas tiveram um papel importante nas reivindicações territoriais do Reino Unido para as ilhas subantárticas e para uma parte da [[Antártica]]. As Malvinas governaram estes outros territórios como suas [[Território dependente|dependência]]s de 1908 até a sua dissolução, em 1985.{{sfn|Day|2013|p = 129–130}} O arquipélago também desempenhou um papel menor nas duas guerras mundiais como uma base militar, auxiliando o controle do Atlântico Sul pelos britânicos. Na [[Batalha das Malvinas]], na [[Primeira Guerra Mundial]], em dezembro de 1914, uma frota da [[Marinha Britânica]] derrotou uma esquadra do [[Império Alemão]]. Na [[Segunda Guerra Mundial]], após a [[Batalha do Rio da Prata]] em dezembro de 1939, o [[HMS Exeter (68)|HMS ''Exeter'']] foi danificado e rumou para as Malvinas para reparos.{{sfn|Carafano|2005|p = 367}} Em 1942, um batalhão em rota para a [[Índia britânica|Índia]] foi transferido para as Malvinas como uma guarnição em meio aos temores de uma tomada do arquipélago pelo [[Império do Japão]].{{sfn|Haddelsey|Carroll|2014|loc = Prologue}} Após o fim da guerra, a economia das ilhas foi afetada pelo declínio dos preços da lã e pela incerteza política decorrente da disputa de [[soberania]] revivida entre Reino Unido e Argentina.{{sfn|Bernhardson|2011|loc = Stanley and Vicinity: History}}

=== Guerra das Malvinas ===
{{Artigo principal|Guerra das Malvinas|Relações entre Argentina e Reino Unido}}
[[Ficheiro:Amtrack-82.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Forças Armadas da Argentina|Forças militares argentinas]] patrulhando [[Stanley (cidade)|Port Stanley]] após a [[Operação Rosário|tomada da cidade]], em abril de 1982.]]
As tensões latentes entre o Reino Unido e a Argentina aumentaram durante a segunda metade do século XX, quando o presidente argentino [[Juan Perón]] afirmou a soberania argentina sobre o arquipélago.{{sfn|Zepeda|2005|p = 102}} A disputa intensificou-se durante a década de 1960, pouco depois das [[Nações Unidas]] aprovarem uma resolução sobre a [[descolonização]], o que a Argentina interpretou como favorável à sua posição.{{sfn|Laver|2001|p = 125}} Em 1965, a [[Assembleia Geral da ONU]] aprovou a [[Resolução 2065 da Assembleia Geral das Nações Unidas|Resolução 2065]], apelando que ambos os países conduzissem negociações bilaterais para chegar a uma solução pacífica sobre a disputa.{{sfn|Laver|2001|p = 125}} De 1966 até 1968, o Reino Unido discutiu de forma confidencial com a Argentina sobre a transferência das Malvinas, desde que a sua decisão fosse aceita pelos ilhéus.{{sfn|Thomas|1991|p = 24}} Um acordo foi alcançado sobre os laços comerciais entre o arquipélago e o continente em 1971 e, consequentemente, a Argentina construiu um campo de pouso temporário em Stanley em 1972.{{sfn|Reginald|Elliot|1983|p = 9}} Não obstante as negociações de soberania, uma dissidência malvinense, como expressa por seu forte ''[[lobby]]'' no [[Parlamento do Reino Unido]], e tensões entre o Reino Unido e Argentina efetivamente limitaram as negociações até o ano de 1977.{{sfn|Thomas|1991|pp = 24–27}}

Preocupada com as despesas de manutenção das ilhas em uma época de cortes orçamentais, o Reino Unido novamente considerou a transferência da soberania para a Argentina no início do governo de [[Margaret Thatcher]].<ref name="Guardian">{{citar notícia | url=http://www.theguardian.com/uk/2005/jun/28/falklands.past |título=UK held secret talks to cede sovereignty: ''Minister met junta envoy in Switzerland, official war history reveals'' |jornal=The Guardian |data=28 de junho de 2005 |acessodata=12 de junho de 2014 |primeiro1 =Richard |último1 = Norton-Taylor |primeiro2 = Rob |último2 = Evans }}</ref> Conversas substanciais sobre a soberania do arquipélago novamente terminaram em 1981 e a disputa aumentou com o passar do tempo.{{sfn|Thomas|1991|pp = 28–31}}

Em abril de 1982, o desacordo tornou-se [[Guerra das Malvinas|um conflito armado]], quando a [[Operação Rosário|Argentina invadiu as Ilhas Malvinas]] e [[Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul|outros territórios britânicos no Atlântico Sul]], ocupando-os brevemente até a chegada de uma força expedicionária britânica, que retomou os territórios em junho.<ref>Ver:
*{{harvnb|Reginald|Elliot|1983|pp = 5, 10–12, 67}},
*{{harvnb|Zepeda|2005|pp = 102–103}}.</ref> Após a guerra, o Reino Unido expandiu a sua presença militar, com a construção da [[RAF Mount Pleasant|base aérea Mount Pleasant]], da [[Força Aérea Britânica]], e com o aumento do tamanho da sua guarnição.{{sfn|Gibran|1998|pp = 130–135}} A guerra também deixou cerca de 117 [[campos minados]], com cerca de 20 mil [[mina terrestre|minas]] de vários tipos, incluindo antiveículos.<ref name = "BBC_Mines">{{citar notícia | url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/americas/8564061.stm |título=The Long Road to Clearing Falklands Landmines |autor =<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data=14 de março de 2010 |obra=BBC News |acessodata=29 de junho de 2014}}</ref> Devido ao grande número de vítimas acidentais, as tentativas iniciais de retirar as minas terminaram em 1983.<ref name = "BBC_Mines"/>{{nota de rodapé|Os campos minados foram cercadas e marcados; subsistem explosivos não detonados e artefatos explosivos improvisados.<ref name = "BBC_Mines"/> A detecção e a remoção de minas nas Malvinas tem sido difícil; cerca de 80% delas encontram-se em areia ou [[turfa]], onde a posição de minas pode mudar, o que torna os procedimentos de remoção complicados.<ref>{{citar periódico|último = Ruan |primeiro =Juan Carlos |último2 =Macheme |primeiro2 = Jill E. |data= Agosto de 2001 |título=Landmines in the Sand: The Falkland Islands |url=http://www.jmu.edu/cisr/journal/5.2/focus/falklands.htm |periódico=The Journal of ERW and Mine Action  |publicado= James Madison University |volume= 5|número=2 |issn=1533-6905 |acessodata=29 de junho de 2014}}</ref>}}
[[Imagem:Vulcan bomber 18 May 1982.JPG|thumb|[[Bombardeiro estratégico]] britânico [[Avro Vulcan]] indo para a [[ilha de Ascensão]] em 18 de maio de 1982.]]

Com base nas recomendações de [[Edward Shackleton]], as Malvinas diversificaram sua economia a partir de uma [[monocultura]] baseada em ovelhas para uma economia baseada no [[turismo]] e, com o estabelecimento da [[Zona Econômica Exclusiva]] das Malvinas, na pesca.{{sfn|Cawkell|2001|p= 147}}{{nota de rodapé|Em 1976, Lord Shackleton produziu um relatório sobre o futuro econômico das ilhas; no entanto, as suas recomendações não foram implementadas porque a Inglaterra procurou evitar o confronto com a Argentina sobre a soberania.{{sfn|Cawkell|2001|p=147}} Lord Shackleton foi novamente encarregado, em 1982, de produzir um relatório sobre o desenvolvimento econômico da ilhas. Seu novo relatório criticou as grandes empresas agrícolas e recomendou a transferência de propriedade de fazendas de proprietários ausentes aos proprietários de terras locais. Shackleton também sugeriu a diversificação da economia para pesca, exploração de petróleo e turismo; além disso, ele recomendou a criação de uma rede de estradas e medidas de conservação para preservar os recursos naturais do local.{{sfn|Cawkell|2001|p= 147}}}} A rede viária também tornou-se mais extensa e a construção da base de Mount Pleasant permitiu o acesso de [[Duração do voo|voos de longa distância]] ao arquipélago.{{sfn|Cawkell|2001|p= 147}} A exploração de petróleo também já começou, com indicações de possíveis depósitos comercialmente exploráveis na bacia das Malvinas.<ref>{{citar notícia |url=http://en.mercopress.com/2014/05/15/falklands-drilling-will-resume-in-second-quarter-of-2015-announced-premier-oil |título=Falklands Drilling Will Resume in Second Quarter of 2015, Announced Premier Oil |autor =<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data=15 de maio de 2014 |jornal=MercoPress |acessodata=29 de junho de 2014}}</ref>

O trabalho de desminagem reiniciou em 2009, de acordo com as obrigações do Reino Unido nos termos do [[Tratado de Ottawa]] e o [[monte Sapper]] foi limpo de minas em 2012, o que permitiu o acesso a um importante marco histórico pela primeira vez em 30 anos.<ref>{{citar notícia |url=http://www.telegraph.co.uk/news/picturegalleries/worldnews/9169829/The-Falkland-Islands-30-years-after-the-war-with-Argentina.html?frame=2178743 |título=The Falkland Islands, 30 Years After the War with Argentina |autor =<!--Staff writer(s); no by-line.--> |jornal=Daily Telegraph |acessodata=29 de junho de 2014}}</ref><ref>{{citar notícia |url=http://en.mercopress.com/2011/12/08/falklands-land-mine-clearance-set-to-enter-a-new-expanded-phase-in-early-2012 |título=Falklands' Land Mine Clearance Set to Enter a New Expanded Phase in Early 2012 |autor =Grant Munro |data=8 de dezembro de 2011 |jornal=MercoPress |acessodata=29 de junho de 2014}}</ref> Argentina e o Reino Unido restabeleceram [[Relações entre Argentina e Reino Unido|relações diplomáticas]] em 1990; no entanto, as relações têm se deteriorado por nenhum acordo sobre os termos de futuras discussões de soberania ter sido alcançado.<ref>Ver:
*{{harvnb|Lansford|2012|p = 1528}},
*{{harvnb|Zepeda|2005|pp = 102–103}}.</ref> As disputas entre os governos levaram alguns analistas a prever "um crescente conflito de interesses entre Argentina e Reino Unido ... por causa da recente expansão da indústria da pesca nas águas que rodeiam as Malvinas".{{sfn|Zepeda|2005|p = 103}}

== Geografia ==
[[Imagem:Falkland islands 250m.jpg|thumb|esquerda|upright=1.3|[[Imagem de satélite]] das Ilhas Malvinas]]

As Ilhas Malvinas têm uma área de cerca de {{Formatnum:12000}} km<sup>2</sup> e um litoral com aproximadamente {{formatnum:1300}} km de extensão.<ref>Ver:
* {{harvnb|Guo|2007|p = 112}},
* {{harvnb|Sainato|2010|p = 157}}.</ref> As duas ilhas principais — [[Malvina Ocidental]] e [[Malvina Oriental]] — e cerca de outras 776 ilhas menores constituem o arquipélago.{{sfn|Sainato|2010|p = 157}} As ilhas são predominantemente montanhosas e acidentadas,{{sfn|Central Intelligence Agency|2011|loc = "Falkland Islands (Malvinas)&nbsp;– Geography"}} com a grande exceção das planícies da [[Lafonia]] (a [[península]] que forma a parte sul da Malvina Oriental).{{sfn|Trewby|2002|p = 79}} As Malvinas são fragmentos da [[crosta continental]] resultantes do desmembramento do [[supercontinente]] da [[Gondwana]] e da abertura do [[Oceano Atlântico|Atlântico]], que começou há 130 milhões de anos. As ilhas estão localizadas no Atlântico Sul, na [[plataforma continental]] da [[Patagônia]], a cerca de 500&nbsp;km a leste do litoral sul da [[Argentina]].{{sfn|Klügel|2009|p = 66}}

As Malvinas estão situadas aproximadamente na [[latitude]] {{nowrap|51°40′}}&nbsp;– {{nowrap|53°00′ S}} e [[longitude]] {{nowrap|57°40′}}&nbsp;– {{nowrap|62°00′ W}}.{{sfn|Guo|2007|p = 112}} As duas ilhas principais do arquipélago são separadas pelo [[Canal de San Carlos]]{{sfn|Hemmerle|2005|p = 318}} e os seus profundos recuos costeiros formam portos naturais<ref>Ver:
* {{harvnb|Blouet|Blouet|2009|p = 100}},
* {{harvnb|Central Intelligence Agency|2011|loc = "Falkland Islands (Malvinas)&nbsp;– Geography"}}</ref> A Malvina Oriental é a sede de [[Stanley (cidade)|Stanley]] (a capital e maior cidade),{{sfn|Guo|2007|p = 112}} da base aérea Mount Pleasant da [[Força Aérea Real]] e do ponto mais alto do arquipélago: o [[Monte Usborne]] ({{lang-es|''Cerro Alberdi''}}), com 705 m de altura.{{sfn|Hemmerle|2005|p = 318}} Fora desses assentamentos significativos está a área coloquialmente conhecida como "Camp", que é derivado do termo espanhol para a região rural (campo).{{sfn|Hince|2001|loc= "Camp"}}

O clima das ilhas é [[Clima oceânico|oceânico]], frio, com muito vento e úmido.{{sfn|Klügel|2009|p = 66}} A variabilidade do tempo diária é típica em todo o arquipélago.{{sfn|Gibran|1998|p = 16}} A chuva é comum por mais de metade do ano, com média de 610 mm em Stanley e queda esporádica de [[neve]] ocorre quase todo o ano.{{sfn|Central Intelligence Agency|2011|loc = "Falkland Islands (Malvinas)&nbsp;– Geography"}} A temperatura fica, geralmente, entre 21,1 e -11,1&nbsp;°C em Stanley, mas pode variar de 9&nbsp;°C no início do ano para -1&nbsp;°C em julho.{{sfn|Gibran|1998|p = 16}} Fortes ventos vindos do oeste e céus nublados são comuns.{{sfn|Central Intelligence Agency|2011|loc = "Falkland Islands (Malvinas)&nbsp;– Geography"}} Apesar das numerosas tempestades registradas mensalmente, as condições climáticas são normalmente calmas.{{sfn|Gibran|1998|p = 16}}
{{panorama|Hill Cove Panorama.jpg|1900px|Panorama de Byron Sound ({{lang-es|''Bahia San Francisco de Paula''}}), a partir de Hill Cove.}}

=== Biodiversidade ===
[[Imagem:Necksaundersisland2.jpg|thumb|Colônia de [[Pinguim-saltador-da-rocha|pinguins-saltadores-da-rocha]] na [[Ilha Saunders (Malvinas)|Ilha Saunders]] (''Trinidad'')]]
As Ilhas Malvinas são uma parte [[Biogeografia|biogeográfica]] da [[Flora antártica|zona antártica]],{{sfn|Jónsdóttir|2007|pp = 84–86}} com fortes ligações com a flora e a fauna da [[Patagônia]], na América do Sul.<ref name="epk">{{citar web |url=http://www.epd.gov.fk/wp-content/uploads/Falkland%20Islands%20State%20of%20the%20Environment%20Report%202008_final_sm.pdf |título=Falkland Islands State of the Environment Report 2008 |autor1=Helen Otley |autor2=Grant Munro |autor3=Andrea Clausen |autor4=Becky Ingham |publicado=Environmental Planning Department Falkland Islands Government |data=Maio de 2008 |acessodata=25 de março de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110720195504/http://www.epd.gov.fk/wp-content/uploads/Falkland%20Islands%20State%20of%20the%20Environment%20Report%202008_final_sm.pdf# |arquivodata=20 de julho de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> As aves terrestres compõem a maioria da avifauna das Malvinas; 63 espécies se reproduzem nas ilhas, incluindo 16 espécies [[Endemismo|endêmicas]].{{sfn|Clark|Dingwall|1985|p = 131}} Também é abundante a diversidade de [[artrópodes]].{{sfn|Clark|Dingwall|1985|p = 132}} A flora das Malvinas é composta por 163 espécies [[Planta vascular|vasculares]] nativas.{{sfn|Clark|Dingwall|1985|p = 129}} O único [[mamífero]] terrestre nativo do arquipélago, a [[raposa-das-falkland]], foi caçado até a [[extinção]] pelos colonizadores europeus.{{sfn|Hince|2001|p = 370}}

As ilhas são frequentadas por [[mamíferos marinhos]], como o [[elefante-marinho-do-sul]] e o [[lobo-marinho-sul-americano]], além de vários tipos de [[cetáceos]]; o arquipélago também abriga o raro ''[[Phalcoboenus australis]]''. Peixes endêmicos em torno das ilhas são principalmente do gênero das ''[[Galaxias]]''.{{sfn|Clark|Dingwall|1985|p = 132}}

Devido aos fortes [[vento]]s que sopram constantemente sobre o arquipélago, associado à presença de [[solo]]s pobres e rasos, as Malvinas não têm [[árvore]]s nativas. Existe somente uma vegetação resistente ao vento predominantemente composta por uma variedade de [[subarbusto]]s.{{sfn|Jónsdóttir|2007|p = 85}}

Praticamente toda a área das ilhas é usada como pasto para [[ovelha]]s.<ref name="CIA">{{citar web |url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/fk.html |título=Falkland Islands (Islas Malvinas) |publicado=Central Intelligence Agency |acessodata=10 de julho de 2013}}</ref> Entre as [[espécies introduzidas]] estão [[rena]]s, [[lebre]]s, [[coelho]]s, [[raposa-cinzenta-argentina|raposas-cinzentas-argentinas]], [[porco]]s, [[cavalo]]s, [[Rato-marrom|ratos-marrons]] e [[gato]]s.{{sfn|Bell|2007|p = 544}} O impacto prejudicial que várias destas espécies têm causado a flora e fauna nativas levou as autoridades a tentar conter, eliminar ou exterminar [[espécies invasoras]], como raposas, coelhos e ratos. Os animais terrestres endêmicos foram os mais afetados pelas espécies introduzidas.{{sfn|Bell|2007|pp = 542–545}} A extensão do impacto humano sobre as Malvinas não é clara, uma vez que há poucos dados de longo prazo sobre a mudança do ''[[habitat]]''.<ref name="epk" />

== Demografia ==
[[Imagem:FAL-2016-Stanley, Falkland Islands–Christ Church Cathedral.jpg|thumb|esquerda|[[Catedral de Stanley]], o maior povoado do território.]]
[[Imagem:Falkland-Islanders.jpg|thumb|esquerda|Os moradores locais são predominantemente de [[ascendência]] [[País de Gales|galesa]] e [[Escoceses|escocesa]].{{sfn|Laver|2001|p = 9}}]]

As Ilhas Malvinas são uma sociedade homogênea, visto que a maioria dos habitantes descendem de [[imigrante]]s [[escoceses]] e [[galeses]] que se instalaram no território em 1833.{{sfn|Laver|2001|p = 9}}{{nota de rodapé|Roberto Laver argumenta que isto é provavelmente o resultado de políticas governamentais que reduziram com sucesso o número de populações não-britânicas que também habitavam o arquipélago. Laver afirma que "ordenanças de naturalização" nas primeiras décadas da colônia britânica "mostram uma grande variedade de colonos de lugares na Europa, América do Norte e Central, e um casal da Argentina".{{sfn|Laver|2001|p=9}}}} O [[censo]] de 2006 listou alguns moradores malvinenses como descendentes de [[franceses]], [[gibraltinos]] e [[escandinavos]].<ref name="2006Census">{{citar web |url=http://www.falklands.gov.fk//documents/Census%20Report%202006.pdf |arquivourl=https://web.archive.org/web/20101216182057/http://www.falklands.gov.fk//documents/Census%20Report%202006.pdf# |arquivodata=16 de dezembro de 2010 |título=Falkland Islands Census Statistics, 2006 |publicado=Falkland Islands Government |acessodata=4 de junho de 2010 |urlmorta=yes }}</ref> Esse censo indicou que um terço dos moradores nasceram no arquipélago, sendo que residentes estrangeiros foram [[Assimilação cultural|assimilados]] pela cultura local.<ref>{{citar notícia |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/6683677.stm |título=Falklands questions answered |jornal=BBC News |data=4 de junho de 2007 |acessodata=22 de julho de 2013}}</ref> Uma lei aprovada pelo [[Parlamento do Reino Unido]] em 1983 deu [[cidadania]] britânica para os moradores das ilhas.{{sfn|Laver|2001|p = 9}}

Um [[declínio populacional]] significativo afetou o arquipélago no século XX, quando muitos dos jovens habitantes partiram das ilhas em busca de um [[estilo de vida]] moderno e melhores oportunidades de trabalho.<ref>Ver:
* {{harvnb|Gibran|1998|p=18}},
* {{harvnb|Laver|2001|p=173}}.</ref> Nos últimos anos, o declínio da população da ilha se estabilizou graças a imigrantes provenientes do Reino Unido, de [[Santa Helena (ilha)|Santa Helena]] e do [[Chile]].{{sfn|Minahan|2013|p = 139}} No censo de 2012, a maioria dos moradores classificaram a sua [[nacionalidade]] como [[malvinense]] (59%), seguido de [[Britânicos|britânica]] (29%), [[Santa Helena (ilha)|santa helena]] (9,8%) e [[Chilenos|chilena]] (5,4%).<ref name="census2012">{{citar web |url=http://www.falklands.gov.fk/assets/Headline-Results-from-Census-2012.pdf |título=Falkland Islands Census 2012: Headline results |data=10 de setembro de 2012 |publicado=Falkland Islands Government |acessodata=19 de dezembro de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130520184434/http://www.falklands.gov.fk/assets/Headline-Results-from-Census-2012.pdf# |arquivodata=20 de maio de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> Um pequeno número de [[argentinos]] também vivem nas ilhas.<ref name="mercopress">{{citar notícia | url=http://en.mercopress.com/2013/06/28/falklands-referendum-voters-from-many-countries-around-the-world-voted-yes |título=Falklands Referendum: Voters from many countries around the world voted Yes |jornal=MercoPress |data=28 de junho de 2013 |acessodata=22 de julho de 2013}}</ref>

As Ilhas Malvinas têm uma baixa [[densidade populacional]].{{sfn|Royle|2006|p =181}} De acordo com o censo de 2012, a população das Malvinas chegava a {{formatnum:2932}} pessoas, excluindo os militares que servem no arquipélago e os seus dependentes.{{nota de rodapé|Na época do censo de 2012, 91 moradores malvinenses estavam no exterior.<ref name = census2012/>}} Um relatório de 2012 estimava um total de {{formatnum:1300}} militares e 50 [[funcionários públicos]] britânicos do [[Ministério da Defesa (Reino Unido)|Ministério da Defesa]] presentes nas Malvinas.<ref name="FI Guardian"/> Stanley (com {{formatnum:2121}} habitantes) é o local mais populoso do arquipélago, seguido de Mount Pleasant (com 369 residentes) e Camp (351 residentes).<ref name="census2012" /> A distribuição etária das ilhas é enviesada pela idade de trabalho (20–60 anos). Os homens são mais numerosos que as mulheres (53–47%) e esta discrepância é mais proeminente no grupo de 20–60 anos de idade.<ref name="2006Census" /> No censo de 2006 a maioria dos habitantes da ilha se identificaram como [[Cristianismo|cristãos]] (67,2%), seguido por aqueles que se recusaram a responder ou que não tinha [[Irreligião|nenhuma filiação religiosa]] (31,5%). O 1,3% restante (39 pessoas) eram adeptos de outras religiões.<ref name="2006Census" />

A educação nas Ilhas Malvinas, que segue o modelo do sistema educacional do Reino Unido, é gratuita e obrigatória para os residentes com idade entre 5 e 16 anos.<ref name="EDU">{{citar web |url=http://www.falklands.gov.fk/our-people/daily-life/education/|publicado=Falkland Islands Government |título=Education |acessodata=29 de maio de 2014}}</ref> A [[educação primária]] está disponível em Stanley, na [[RAF Mount Pleasant|base Mount Pleasant]] (para crianças de funcionários) e em vários assentamentos rurais. O [[ensino secundário]] está disponível apenas em Stanley. Os alunos a partir de 16 anos de idade podem estudar em colégios no [[Reino Unido]]. O governo das Ilhas Malvinas paga para que alunos mais velhos frequentem instituições de [[ensino superior]], geralmente nas [[Ilhas Britânicas]].<ref name="EDU" />

== Governo e política ==
{{Vertambém|Lista de governadores das Ilhas Malvinas}}
[[Imagem:Government House, Falkland Islands.jpg|thumb|A Casa de Governo, em Stanley, é a residência oficial do governador]]
[[Imagem:Mount_Pleasant_Airport_-_Donald_Morrison.jpg|thumb|[[RAF Mount Pleasant|Base aérea Mount Pleasant]], da [[Força Aérea Real]] do [[Reino Unido]]]]

As Ilhas Malvinas compõem um [[Territórios Ultramarinos Britânicos|território britânico ultramarino]] com governo próprio.{{sfn|Cahill|2010|loc = "Falkland Islands"}} Nos termos da Constituição de 2009, as ilhas têm [[autonomia]] interna completa; o Reino Unido é responsável pelas [[relações internacionais]], mantendo o poder "para proteger os interesses do Reino Unido e para assegurar a boa governança global do território".<ref name="Constitution">{{citar notícia |título=New Year begins with a new Constitution for the Falklands |url=http://en.mercopress.com/2009/01/01/new-year-begins-with-a-new-constitution-for-the-falklands |jornal=MercoPress |data=1 de janeiro de 2009 |acessodata=9 de julho de 2013}}</ref> O [[Monarquia do Reino Unido|Monarca do Reino Unido]] é o [[chefe de Estado]] e o [[Poder Executivo|poder executivo]] é exercido em nome do monarca pelo [[Lista de governadores das Ilhas Malvinas|governador]], que por sua vez nomeia o chefe executivo das ilhas no conselho de membros da [[Assembleia Legislativa das Ilhas Malvinas]].<ref name="constitutiontext">{{citar web |url=http://www.legislation.gov.uk/uksi/2008/2846/pdfs/uksi_20082846_en.pdf|título=The Falkland Islands Constitution Order 2008 |publicado=The Queen in Council |data=5 de novembro de 2008 |acessodata=9 de julho de 2013}}</ref> Tanto o governador quanto o chefe executivo servem como [[chefe de governo]].{{sfn|Buckman|2012|p= 394}} A governadora Alison Blake foi nomeada em junho de 2022;<ref>{{Citar web|url=https://en.mercopress.com/2022/07/23/as-of-saturday-falklands-have-the-first-woman-governor-ms-alison-blake-cmg|titulo=As of Saturday, Falklands have the first woman Governor, Ms Alison Blake CMG|acessodata=2024-09-08|website=MercoPress|lingua=en}}</ref> o chefe executivo, Andy Keeling, foi nomeado em 2021.<ref>{{Citar web|url=https://en.mercopress.com/2021/03/23/andy-keeling-new-chief-executive-to-arrive-in-the-falklands-next-week|titulo=Andy Keeling: New Chief Executive to arrive in the Falklands next week|acessodata=2022-09-10|website=MercoPress|lingua=en}}</ref> O ministro britânico responsável pelas Ilhas Malvinas desde 2012, Hugo Swire, administra a política externa britânica sobre o arquipélago.<ref>{{citar web |título=Minister of State at the Foreign & Commonwealth Office|url=https://www.gov.uk/government/ministers/minister-of-state--14 |publicado= United Kingdom Government|data=27 de junho de 2014|acessodata=2 de julho de 2014}}</ref>

O governador atua no Conselho Executivo das ilhas, composto pelo chefe do executivo, o diretor financeiro e três membros eleitos da Assembleia Legislativa (com o Governador como presidente).<ref name="constitutiontext" /> A Assembleia Legislativa, uma legislatura [[Unicameralismo|unicameral]], consiste do chefe executivo, do diretor de finanças e de oito membros (cinco de Stanley e três de Camp) eleitos para mandatos de quatro anos por [[sufrágio universal]].<ref name="constitutiontext" /> Todos os políticos nas Ilhas Malvinas são independentes; não há [[partidos políticos]] no arquipélago.{{sfn|Central Intelligence Agency|2011|loc = "Falkland Islands (Malvinas)&nbsp;– Government"}} Desde a eleição geral de 2013, os membros da Assembleia Legislativa recebem um salário e trabalham em tempo integral, além de serem obrigados a desistir de todos os postos de trabalho que exerciam anteriormente.<ref>{{citar notícia |título=Falklands lawmakers: "The full time problem" |url=http://en.mercopress.com/2013/10/28/falklands-lawmakers-the-full-time-problem |jornal=MercoPress |data=28 de outubro de 2013 |acessodata=1 de julho de 2014}}</ref>

Devido à sua ligação com o Reino Unido, as Malvinas são parte dos [[Territórios especiais da União Europeia|países e territórios ultramarinos]] da [[União Europeia]].<ref>{{citar web| url=http://ec.europa.eu/europeaid/where/octs_and_greenland/index_en.htm|título= EU relations with Overseas Countries and Territories|data=4 de junho de 2014 |autor = EuropeAid |publicado=European Commission |acessodata=15 de julho de 2014}}</ref> O [[sistema jurídico]] das ilhas, supervisionado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e ''Commonwealth'', é amplamente baseado no [[direito inglês]]{{sfn|Sainato|2010|pp = 157–158}} e a constituição conecta o território aos princípios da [[Convenção Europeia dos Direitos Humanos]].<ref name="Constitution" /> Os moradores também têm o direito de recorrer ao [[Tribunal Europeu dos Direitos Humanos]] e ao [[Conselho Privado do Reino Unido]].<ref>{{citar web |url = https://www.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/217278/british-overseas-territories.pdf |título= A New Approach to the British Overseas Territories |publicado= Ministry of Justice |ano= 2012 |página= 4 |local= Londres |acessodata= 25 de agosto de 2013}}</ref> A aplicação da lei é de responsabilidade do Royal Falkland Islands Police (RFIP){{sfn|Sainato|2010|pp = 157–158}} e a defesa militar das ilhas é fornecida pelo Reino Unido.{{sfn|Central Intelligence Agency|2011|loc = "Falkland Islands (Malvinas)&nbsp;– Transportation"}} Uma guarnição militar britânica está estacionada nas ilhas e o governo das Malvinas financia uma [[Companhia (militar)|companhia]] de [[infantaria ligeira]] adicional de responsabilidade das Forças de Defesa das Ilhas Malvinas.<ref name="timesfidf">{{citar notícia | url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/us_and_americas/article7052002.ece |título= Falklands Defence Force better equipped than ever, says commanding officer |data=6 de março de 2010 |autor = Martin Fletcher |jornal=The Times|acessodata=18 de março de 2011}}</ref> As [[águas territoriais]] das ilhas estendem-se por 370 km a partir de suas costas, com base na [[Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar]]; esta fronteira coincide com a [[fronteira marítima]] da [[Argentina]].<ref>{{citar web| url=https://www.dur.ac.uk/ibru/resources/south_atlantic/ |título= Argentina and UK claims to maritime jurisdiction in the South Atlantic and Southern Oceans |autor = International Boundaries Research Unit |publicado=Durham University |acessodata=26 de junho de 2014}}</ref>

=== Disputa da soberania ===
[[Ficheiro:UshuaiaFalklandsWarVictimsMonument.jpg|thumb|esquerda|Monumento aos mortos na [[Guerra das Malvinas]], em [[Ushuaia]], [[Terra do Fogo]], [[Argentina]]. A inscrição diz: "O povo de Ushuaia a quem… com o seu sangue regou as raízes da nossa soberania sobre as Malvinas. Voltaremos!!!"]]

Tanto a [[Argentina]] quanto o [[Reino Unido]] reivindicam a soberania sobre o arquipélago. A posição dos britânicos é a de que os malvinenses não indicaram um desejo de mudança e que não há problemas pendentes para resolver sobre as ilhas.{{sfn|Lansford|2012|p = 1528}}<ref>{{citar notícia |url=http://www.guardian.co.uk/uk/2009/mar/28/falkland-islands-sovereignty-argentina |primeiro =Nicholas |último = Watt|título=Falkland Islands sovereignty talks out of the question, says Gordon Brown |jornal=The Guardian |data=27 de março de 2009 |acessodata=24 de agosto de 2013}}</ref> O Reino Unido baseia a sua posição na administração contínua que faz das ilhas desde 1833 (exceto em 1982, durante a Guerra das Malvinas) e no "direito à [[autodeterminação]], tal como estabelecido na [[Carta das Nações Unidas]]", dos ilhéus.<ref>{{citar web |url=https://www.gov.uk/government/policies/supporting-the-falkland-islanders-right-to-self-determination|título=Supporting the Falkland Islanders' right to self-determination |publicado=United Kingdom Foreign & Commonwealth Office and Ministry of Defence|obra=Policy |data=12 de março de  2013|acessodata=29 de maio de 2014}}</ref>

A Argentina sustenta que os malvinenses não têm direito à autodeterminação, alegando que, em 1833, o Reino Unido expulsou as autoridades e os colonos argentinos das Malvinas com uma ameaça de uso de "força maior" e, depois, os argentinos foram impedidos de voltar para as ilhas.<ref name="RIS" /><ref>{{citar periódico|autor =Michael Reisman|data=Janeiro de 1983|título=The Struggle for The Falklands|periódico=Yale Law Journal|volume=93|número=287|página=306 |publicado= Faculty Scholarship Series |acessodata=23 de outubro de 2013 |url=http://heinonline.org/HOL/Page?handle=hein.journals/ylr93&div=24&collection=journals&set_as_cursor=41&men_tab=srchresults }}</ref> O governo argentino postula que adquiriu as Malvinas da [[Espanha]] quando [[Guerra da Independência da Argentina|alcançou a independência em 1816]] e que o Reino Unido ocupou ilegalmente o território em 1833.<ref name="RIS">{{citar web |url=http://www.cancilleria.gov.ar/es/la-cuestion-de-las-islas-malvinas |titulo=La Cuestión de las Islas Malvinas|língua=espanhol |autor=Secretaría de Relaciones Exteriores|publicado=Ministerio de Relaciones Exteriores y Culto (República Argentina) |acessodata=10 de outubro de 2013}}</ref>

Em 2009, o então [[Primeiro-ministro do Reino Unido|primeiro-ministro britânico]], [[Gordon Brown]], teve uma reunião com a [[Presidente da Argentina|presidente argentina]], [[Cristina Fernández de Kirchner]], e disse que não haveria mais negociações sobre a soberania das Malvinas.<ref>{{citar notícia |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/politics/7969463.stm |título=No talks on Falklands, says Brown |jornal=BBC News |data=28 de março de 2009 |acessodata=24 de agosto de 2013}}</ref> Em março de 2013, as Ilhas Malvinas realizaram [[Referendo sobre a soberania das Ilhas Malvinas em 2013|um referendo]] sobre seu estatuto político e 99,8 por cento dos eleitores apoiaram a manutenção do domínio britânico.<ref>{{citar notícia |url=http://www.bbc.co.uk/news/uk-21731760 |título=Falklands referendum: Islanders vote on British status |jornal=BBC News |data=10 de março de 2013 |acessodata=24 de agosto de 2013}}</ref><ref>{{citar notícia |url=http://www.reuters.com/article/2013/03/12/us-falklands-referendum-idUSBRE92B02T20130312 |primeiro1 =Marcos |último1 = Brindicci |primeiro2 = Juan |último2 = Bustamante |título=Falkland Islanders vote overwhelmingly to keep British rule |publicado=Reuters |data=12 de março de 2013 |acessodata=24 de agosto de 2013}}</ref> A Argentina não reconhece as Ilhas Malvinas como um parceiro nas negociações;<ref>{{citar notícia |url=http://en.mercopress.com/2013/01/31/timerman-rejects-meeting-falklands-representatives-only-interested-in-bilateral-round-with-hague |título=Timerman rejects meeting Falklands representatives; only interested in 'bilateral round' with Hague |jornal=MercoPress |data=31 de janeiro de 2013 |acessodata=26 de janeiro de 2014}}</ref> por conseguinte, rejeitou o referendo sobre a soberania do arquipélago.<ref>{{citar notícia |autor = Laura Smith-Spark|url=http://www.cnn.com/2013/03/10/world/americas/falklands-referendum/ |título=Falkland Islands hold referendum on disputed status |publicado=CNN|data=11 de março de 2013 |acessodata=26 de janeiro de 2014}}</ref>

== Economia ==
[[Imagem:Aerial_photo_Port_Stanley_edit.jpg|thumb|[[Stanley (cidade)|Stanley]] é o centro financeiro da economia das Ilhas Malvinas.{{sfn|Royle|2001|p = 171}}]]
[[Imagem:Camp-Settlement.jpg|thumb|Fazenda na área rural das Malvinas]]

A economia das Malvinas é classificada como a 222ª maior do mundo por [[PIB]] ([[Paridade do poder de compra|PPC]]), mas o arquipélago ocupa a 10ª posição por PIB (PPC) ''per capita''.<ref name="CIA" /> A taxa de [[desemprego]] foi de 4,1% em 2010 e a [[inflação]] foi calculada em 1,2% em 2003.<ref name="CIA" /> Com base em dados de 2010, as ilhas têm um [[Índice de Desenvolvimento Humano]] (IDH) muito elevado (0,874),{{sfn|Avakov|2013|p = 47}} e um [[coeficiente de Gini]] moderado para a desigualdade de renda, de 34,17.{{sfn|Avakov|2013|p = 54}} A moeda local é a [[libra das Malvinas]], que está [[Câmbio fixo|indexada]] à [[libra esterlina]] britânica.<ref>{{citar notícia |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/country_profiles/4087743.stm |título=Regions and territories: Falkland Islands |jornal=BBC News |data=12 de junho de 2012 |acessodata=26 de junho de 2014}}</ref>

O [[desenvolvimento econômico]] foi impulsionado pelo reabastecimento de navios e pela criação de [[ovinos]] para a produção de [[lã]] de alta qualidade.<ref>Ver:
* {{harvnb|Calvert|2004|p = 134}},
* {{harvnb|Royle|2001|p = 170}}.</ref> Na década de 1980, apesar de [[fibras sintéticas]] atrapalharem o setor de criação de ovinos, o governo estabeleceu uma importante fonte de receita com o estabelecimento de um [[zona econômica exclusiva]] e com a venda de licenças de pesca para "qualquer pessoa que pretenda pescar dentro desta zona".{{sfn|Royle|2001|p = 170}} Desde o fim da [[Guerra das Malvinas]], em 1982, a atividade econômica das ilhas tem sido cada vez mais focada na exploração de [[Campo de petróleo|campos]] de [[petróleo]] em seu [[mar territorial]] e no [[turismo]].{{sfn|Hemmerle|2005|p = 319}}

A cidade portuária de [[Stanley (cidade)|Stanley]] recuperou o foco econômico das ilhas, com um aumento da população, com trabalhadores migrantes de Camp.{{sfn|Royle|2001|pp = 170–171}} O medo da dependência de licenças de pesca e ameaças, como sobrepesca, pesca ilegal e flutuações de preços no mercado de peixes, têm aumentado o interesse na exploração de petróleo como uma fonte alternativa de receita; os esforços de exploração ainda procuram "reservas exploráveis".{{sfn|Royle|2001|p = 171}} Os projetos de desenvolvimento em educação e esportes foram financiados pelo governo das Malvinas, sem a ajuda do Reino Unido.{{sfn|Royle|2001|p = 170}}

O [[setor primário]] da economia responde pela maior parte do produto interno bruto das ilhas, sendo que a indústria de pesca sozinha contribui com 50–60% do PIB anual do arquipélago; a [[agricultura]] também contribui significativamente para o PIB e emprega cerca de um décimo da população.<ref>{{citar web |url=http://www.falklands.gov.fk/self-sufficiency/the-economy/|publicado=Falkland Islands Government |título=The Economy|acessodata=26 de junho de 2014}}</ref> Um pouco mais de um quarto da [[força de trabalho]] trabalha para o governo local, que é o maior empregador das Malvinas.<ref name="FI Guardian">{{citar notícia |url=http://www.theguardian.com/news/datablog/2013/jan/03/falkland-islands-data-charts |título=The Falkland Islands: Everything You Ever Wanted to Know in Data and Charts |jornal=The Guardian |data=3 de janeiro de 2013 |acessodata=12 de junho de 2014}}</ref> O turismo, parte do [[setor de serviços]], tem sido estimulado pelo aumento do interesse na exploração da [[Antártica]] e pela criação de ligações aéreas diretas com Reino Unido e [[América do Sul]].<ref>Ver:
* {{harvnb|Bertram|Muir|Stonehouse|2007|p = 144}},
* {{harvnb|Prideaux|2008|p = 171}}.</ref> Os turistas, em sua maioria em [[Cruzeiro (viagem)|navios de cruzeiro]], são atraídos pela vida selvagem e pelo [[meio ambiente]] das ilhas, bem como por atividades como a pesca e o [[mergulho]] em [[naufrágio]]s; a maioria se hospeda em alojamentos em Stanley.<ref>Ver:
* {{harvnb|Prideaux|2008|p = 171}},
* {{harvnb|Royle|2006|p = 183}}.</ref> As principais [[exportações]] das ilhas incluem lã, peles, carne de [[veados]], [[peixes]] e [[lulas]]; suas principais importações são [[combustíveis]], materiais de construção e [[vestuário]].<ref name="CIA" />

== Cultura ==
[[Imagem:Hope-Place.jpg|thumb|[[Gaúchos]] do continente da [[América do Sul]], como estes dois homens em Hope Place, [[Malvina Oriental]], influenciaram o [[dialeto]] local]]

A cultura das Malvinas é "baseada na [[cultura britânica]] que foi trazida com os colonos das [[Ilhas Britânicas]]", embora também tenha sido influenciada pelas culturas da [[América Hispânica|América do Sul Hispânica]].{{sfn|Minahan|2013|p = 139}} Alguns termos e nomes de lugares utilizados pelos antigos habitantes [[gaúchos]] das ilhas ainda são aplicados na fala local.{{sfn|Wagstaff|2001|p = 21}} A língua predominante e [[Língua oficial|oficial]] das Malvinas é o [[Língua inglesa|inglês]], sendo que o [[dialeto]] local é o [[inglês britânico]]; no entanto, os habitantes também falam [[Língua espanhola|espanhol]] e outros idiomas.{{sfn|Minahan|2013|p = 139}} De acordo com o [[naturalista]] Will Wagstaff, "as Ilhas Malvinas são um lugar muito social e parar para um bate-papo é um modo de vida".{{sfn|Wagstaff|2001|p = 21}}

O arquipélago tem dois jornais semanais: ''Teaberry Express'' e ''The Penguin News'',{{sfn|Wagstaff|2001|p = 66}} e transmissões de [[rádio (telecomunicações)|rádio]] e [[televisão]] em geral apresentam a programação do [[Reino Unido]].{{sfn|Minahan|2013|p = 139}} Wagstaff descreve a culinária local como "muito britânica e com muita utilização da [[verdura]]s, cordeiro, carne de carneiro, carne e peixes". Comum entre as refeições são "bolos caseiros e biscoitos com chá ou café".{{sfn|Wagstaff|2001|pp = 63–64}} As atividades sociais são, de acordo com Wagstaff, "típicas de uma pequena cidade britânica, com uma variedade de clubes e organizações que cobrem muitos dos aspectos da vida comunitária".{{sfn|Wagstaff|2001|p = 65}}

== Ver também ==
* [[Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da América]]
* [[Lista de territórios dependentes]]
* [[Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul]]
* [[Relações entre Argentina e Reino Unido|Relações entre o Reino Unido e a Argentina]]
* [[Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha]]
* [[Territórios britânicos ultramarinos]]

{{Notas}}

{{Referências}}

=== Bibliografia ===
{{dividir em colunas}}
{{refbegin|30em}}
* {{citar livro |sobrenome=Aldrich |nome=Robert |sobrenome2=Connell |nome2=John |titulo=The Last Colonies|ano=1998 |editora=Cambridge University Press |local=Nova Iorque |isbn=978-0-521-41461-6 |ref=harv }}
* {{citar livro |sobrenome=Avakov |nome=Alexander |titulo=Quality of Life, Balance of Powers, and Nuclear Weapons |ano=2013 |editora=Algora Publishing |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-0-87586-963-6 }}
* {{citar livro |sobrenome=Balmaceda |nome=Daniel |titulo=Historias Inesperadas de la Historia Argentina |ano=2011 |editora=Editorial Sudamericana |local=Buenos Aires |ref=harv |idioma=espanhol |isbn=978-950-07-3390-8 }}
* {{citar livro |sobrenome=Bell |nome=Brian | editor= Beau Riffenburgh |capítulo= Introduced Species |titulo=Encyclopedia of the Antarctic |ano=2007 | volume = 1 |editora=Routledge |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-0-415-97024-2 }}
* {{citar livro |sobrenome=Bernhardson|nome=Wayne|titulo=Patagonia: Including the Falkland Islands |ano=2011 |editora=Friesens |local=Altona, Manitoba |ref=harv |isbn=978-1-59880-965-7 }}
* {{citar livro |sobrenome=Bertram |nome=Esther |sobrenome2=Muir |nome2= Shona |sobrenome3= Stonehouse | nome3= Bernard |titulo=Prospects for Polar Tourism |capítulo= Gateway Ports in the Development of Antarctic Tourism |ano=2007 |editora=CAB International |local=Oxon, Inglaterra |isbn=978-1-84593-247-3 |ref=harv }}
* {{citar livro |sobrenome=Blouet |nome=Brian |sobrenome2=Blouet | nome2= Olwyn |titulo=Latin America and the Caribbean |ano=2009 |editora=John Wiley and Sons |local=Hoboken, Nova Jérsei |isbn=978-0-470-38773-3 |ref=harv }}
* {{citar livro |sobrenome=Buckman |nome=Robert |titulo=Latin America 2012|ano=2012|editora=Stryker-Post Publications |local=Ranson, West Virginia |ref=harv |isbn=978-1-61048-887-7}}
* {{citar livro |sobrenome=Cahill |nome=Kevin |titulo=Who Owns the World: The Surprising Truth About Every Piece of Land on the Planet |ano=2010 |editora=Grand Central Publishing |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-0-446-55139-7 }}
* {{citar livro |sobrenome=Calvert |nome=Peter |titulo=A Political and Economic Dictionary of Latin America |ano=2004 |editora=Europa Publications |local=Londres |ref=harv |isbn=978-0-203-40378-5 }}
* {{citar livro |sobrenome=Carafano |nome=James Jay |capítulo= Falkland/Malvinas Islands |titulo=Britain and the Americas: Culture, Politics, and History |ano=2005 | editor = Will Kaufman | editor2= Heidi Slettedahl Macpherson |editora=ABC–CLIO |local=Santa Barbara, Califórnia |ref=harv |isbn=978-1-85109-431-8 }}
* {{citar livro |sobrenome=Cawkell |nome=Mary |titulo=The History of the Falkland Islands |ano=2001 |editora=Anthony Nelson Ltd. |local=Oswestry, Inglaterra |ref=harv |isbn=978-0-904614-55-8 }}
* {{citar livro |autor=Central Intelligence Agency |autorlink=Central Intelligence Agency |titulo=The CIA World Factbook 2012 |ano=2011 |editora=Skyhorse Publishing, Inc. |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-1-61608-332-8 }}
* {{citar livro |sobrenome=Clark |nome=Malcolm |sobrenome2=Dingwall |nome2=Paul |titulo=Conservation of Islands in the Southern Ocean |ano=1985 |editora=[[International Union for Conservation of Nature|IUCN]]|local=Cambridge, Inglaterra |ref=harv |isbn=978-2-88032-503-9 }}
* {{citar livro |sobrenome=Day |nome=David|titulo=Antarctica: A Biography |edição= Reprint |ano=2013 |editora=Oxford University Press |local=Oxford, Inglaterra |ref=harv |isbn=978-0-19-967055-0 }}
* {{citar livro |sobrenome=Dotan |nome=Yossi |titulo=Watercraft on World Coins: America and Asia, 1800–2008 | volume=2 |ano=2010 |editora=The Alpha Press |local=Portland, Oregon |ref=harv |isbn=978-1-898595-50-2 }}
* {{citar livro |sobrenome=Dunmore |nome=John |autorlink = John Dunmore |titulo=Storms and Dreams |ano=2005 |editora=Exisle Publishing Limited |local=Auckland, Nova Zelândia |ref=harv |isbn=978-0-908988-57-0 }}
* {{citar livro |autor=Foreign Office |titulo=Report on the Proceedings of the General Assembly of the United Nations |ano=1961 |editora=H.M. Stationery Office |local=Londres|ref=harv }}
* {{citar livro |sobrenome=Gibran |nome=Daniel |titulo=The Falklands War: Britain Versus the Past in the South Atlantic |ano=1998 |editora=McFarland & Company, Inc. |local=Jefferson, North Carolina |ref=harv |isbn=978-0-7864-0406-3 }}
* {{citar livro |sobrenome=Goebel |nome=Julius |titulo=The Struggle for the Falkland Islands: A Study in Legal and Diplomatic History |ano=1971 |editora=Kennikat Press |local=Port Washington, Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-0-8046-1390-3 }}
* {{citar livro |sobrenome=Graham-Yooll |nome=Andrew |titulo=Imperial Skirmishes: War and Gunboat Diplomacy in Latin America |ano=2002 |editora=Signal Books Limited |local=Oxford, Inglaterra |ref=harv |isbn=978-1-902669-21-2 }}
* {{citar livro |sobrenome=Guo |nome=Rongxing |titulo=Territorial Disputes and Resource Management |ano=2007 |editora=Nova Science Publishers, Inc. |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-1-60021-445-5 }}
* {{citar livro |sobrenome=Gustafson|nome=Lowell |titulo=The Sovereignty Dispute Over the Falkland (Malvinas) Islands |ano=1988 |editora=Oxford University Press |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-0-19-504184-2 }}
* {{citar livro |sobrenome=Haddelsey |nome=Stephen |sobrenome2=Carroll |nome2=Alan |titulo=Operation Tabarin: Britain's Secret Wartime Expedition to Antarctica 1944–46|ano=2014 |editora=The History Press |local=Stroud, Inglaterra |ref=harv | isbn=978-0-7509-5511-9}}
* {{citar livro |sobrenome=Headland |nome=Robert |titulo=Chronological List of Antarctic Expeditions and Related Historical Events |ano=1989 |editora=Cambridge University Press |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-0-521-30903-5 }}
* {{citar livro |sobrenome=Heawood |nome=Edward |titulo=A History of Geographical Discovery in the Seventeenth and Eighteenth Centuries |ano=2011 |edição= Reprint | editor = F. H. H. Guillemard |editora=Cambridge University Press |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-1-107-60049-2 }}
* {{citar livro |sobrenome=Hemmerle |nome=Oliver Benjamin | editor= R. W. McColl |capítulo=Falkland Islands |titulo=Encyclopedia of World Geography | volume=1 |ano=2005 |editora=Golson Books, Ltd. |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-0-8160-5786-3 }}
* {{citar livro |sobrenome=Hertslet |nome=Lewis |titulo=A Complete Collection of the Treaties and Conventions, and Reciprocal Regulations, At Present Subsisting Between Great Britain and Foreign Powers, and of the Laws, Decrees, and Orders in Council, Concerning the Same |ano=1851 |editora=Harrison and Son |local=Londres |ref=harv |volume=8 }}
* {{citar livro |sobrenome=Hince |primeiro=Bernadette |titulo=The Antarctic Dictionary |ano=2001 |editora=CSIRO Publishing |local=Collingwood, Melbourne |ref=harv |isbn=978-0-9577471-1-1 }}
* {{citar livro |sobrenome=Jones |nome=Roger |titulo=What's Who? A Dictionary of Things Named After People and the People They are Named After |ano=2009 |editora=Matador |local=Leicester, Inglaterra |ref=harv |isbn=978-1-84876-047-9 }}
* {{citar livro |sobrenome=Jónsdóttir|nome=Ingibjörg | editor= Jorge Rabassa| editor2= Maria Laura Borla|capítulo= Botany during the Swedish Antarctic Expedition 1901–1903 |titulo=Antarctic Peninsula and Tierra del Fuego|ano=2007 |editora=Taylor & Francis |local=Leiden, Netherlands |ref=harv |isbn=978-0-415-41379-4 }}
* {{citar livro |sobrenome=Klügel |nome=Andreas | editor= Rosemary Gillespie| editor2= David Clague|capítulo= Atlantic Region |titulo=Encyclopedia of Islands |ano=2009 |editora=University of California Press |local=Berkeley |ref=harv |isbn=978-0-520-25649-1 }}
* {{citar livro |sobrenome=Lansford |nome=Tom |titulo=Political Handbook of the World 2012 |ano=2012 | editor = Thomas Muller | editor2= Judith Isacoff | editor3 = Tom Lansford |editora=CQ Press |local=Los Angeles, Califórnia |ref=harv |isbn=978-1-60871-995-2 }}
* {{citar livro |sobrenome=Laver |nome=Roberto |titulo=The Falklands/Malvinas Case |ano=2001 |editora=Martinus Nijhoff Publishers |local=The Hague |ref=harv |isbn=978-90-411-1534-8 }}
* {{citar livro |sobrenome=Marley |nome=David |titulo=Wars of the Americas |ano=2008 |editora=ABC-CLIO |local=Santa Barbara, Califórnia |edição= 2nd |ref = harv |isbn=978-1-59884-100-8}} * {{citar livro |sobrenome=Minahan |nome=James |titulo=Ethnic Groups of the Americas |ano=2013 |editora=ABC-CLIO |local=Santa Barbara, Califórnia |ref=harv |isbn=978-1-61069-163-5 }}
* {{citar livro |sobrenome=Paine |nome=Lincoln |titulo=Ships of Discovery and Exploration |ano=2000 |editora=Mariner Books |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-0-395-98415-4 }}
* {{citar enciclopédia |sobrenome=Pascoe |nome=Graham |sobrenome2=Pepper |nome2= Peter |capítulo= Luis Vernet |enciclopédia= The Dictionary of Falklands Biography (Including South Georgia): From Discovery Up to 1981 | editor = David Tatham |editora=David Tatham |local=Ledbury, Inglaterra |ano=2008 |ref=harv |isbn=978-0-9558985-0-1 }}
* {{citar livro |sobrenome=Peterson |nome=Harold |titulo=Argentina and the United States 1810–1960 |ano=1964 |editora=University Publishers Inc. |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-0-87395-010-7 }} * {{citar livro |sobrenome=Prideaux |nome=Bruce |titulo=Falkland Islands |enciclopédia= The Encyclopedia of Tourism and Recreation in Marine Environments | editor = Michael Lück |editora=CAB International |local=Oxon, Inglaterra |ano=2008 |ref=harv |isbn=978-1-84593-350-0 }}
* {{citar livro |sobrenome=Reginald |nome=Robert |sobrenome2=Elliot | nome2= Jeffrey |titulo=Tempest in a Teapot: The Falkland Islands War |ano=1983 |editora=Whitehall Co. |local=Wheeling, Illinois |isbn=978-0-89370-267-0 |ref=harv }}
* {{citar livro |sobrenome=Room |nome=Adrian |titulo=Placenames of the World |edição=2nd |ano=2006 |editora=McFarland & Company, Inc. |local=Jefferson, North Carolina |ref=harv |isbn=978-0-7864-2248-7 }}
* {{citar livro |sobrenome=Royle |nome=Stephen |titulo=A Geography of Islands: Small Island Insularity |ano=2001 |editora=Routledge |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-0-203-16036-7 }} *{{citar livro |sobrenome=Royle |nome= Stephen |titulo=The Falkland Islands |ano=2006 |enciclopédia= Extreme Tourism: Lessons from the World's Cold Water Islands | editor = Godfrey Baldacchino |editora=Elsevier |local=Amsterdã |ref=harv | isbn=978-0-08-044656-1}}
* {{citar livro |sobrenome=Sainato |nome=Vincenzo | editor= Graeme Newman | editor2= Janet Stamatel | editor3= Hang-en Sung |capítulo=Falkland Islands |titulo=Crime and Punishment around the World | volume=2 |ano=2010 |editora=ABC-CLIO |local=Santa Barbara, Califórnia |ref=harv |isbn=978-0-313-35133-4 }}
* {{citar livro |sobrenome=Segal |nome=Gerald |titulo=The World Affairs Companion |ano=1991 |editora=Simon & Schuster/Touchstone |local=Nova Iorque |ref=harv |isbn=978-0-671-74157-0 }}
* {{citar livro |sobrenome=Sicker |nome=Martin |titulo=The Geopolitics of Security in the Americas |ano=2002 |editora=Praeger Publishers |local=Westport, Connecticut |ref=harv |isbn=978-0-275-97255-4 }}
* {{citar livro |sobrenome=Strange |nome=Ian |titulo=The Falkland Islands and Their Natural History |ano=1987 |editora=David & Charles |local=Newton Abbot, Inglaterra |ref=harv |isbn=978-0-7153-8833-4}}
* {{citar livro |sobrenome=Thomas |nome=David |titulo=The View from Whitehall |enciclopédia= Toward Resolution? The Falklands/Malvinas Dispute| editor = Wayne Smith |editora=Lynne Rienner Publishers |local=Boulder, Colorado |ano=1991 |ref=harv |isbn=978-1-55587-265-6}}
* {{citar livro |sobrenome=Trewby |nome=Mary |titulo=Antarctica: An Encyclopedia from Abbott Ice Shelf to Zooplankton |ano=2002 |editora=Firefly Books |local=[[Richmond Hill (Ontário)|Richmond Hill]], Ontário |ref=harv |isbn=978-1-55297-590-9 }}
* {{citar livro |sobrenome=Wagstaff |nome=William |titulo=Falkland Islands: The Bradt Travel Guide |ano=2001 |editora=Bradt Travel Guides, Ltd. |local=Buckinghamshire, Inglaterra |ref=harv |isbn=978-1-84162-037-4}}
* {{citar livro |sobrenome=Zepeda |nome=Alexis |capítulo= Argentina |titulo=Britain and the Americas: Culture, Politics, and History |ano=2005 | editor = Will Kaufman | editor2= Heidi Slettedahl Macpherson |editora=ABC–CLIO |local=Santa Barbara, Califórnia |ref=harv |isbn=978-1-85109-431-8 }}
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=== Bibliografia complementar ===
{{Refbegin|2}}
* L.L. Ivanov ''et al''. [[wikisource:en:The Future of the Falkland Islands and Its People|''The Future of the Falkland Islands and Its People''.]] Sofia: Manfred Wörner Foundation, 2003. 96 pp.&nbsp;ISBN 954-91503-1-3 ([[wikisource:es:El Futuro de las Islas Falkland y de Su Pueblo|Capítulo principal]] en español)
* Carlos Escudé y Andrés Cisneros, dir. [https://archive.is/20070528111721/http://www.cema.edu.ar/ceieg/arg-rree/historia_indice00.htm ''Historia general de las relaciones exteriores de la República Argentina''.] Obra desarrollada y publicada bajo los auspicios del Consejo Argentino para las Relaciones Internacionales (CARI).  Buenos Aires: GEL/Nuevohacer, 2000. ISBN 950-694-546-2 (en castellano)
* Graham Pascoe and Peter Pepper. [https://web.archive.org/web/20120216085223/http://falklandshistory.org/gettingitright.pdf Getting it right: The real history of the Falklands/Malvinas.] May 2008. ([https://web.archive.org/web/20110221054539/http://www.falklandshistory.org/spanish4.pdf Versión en español])
* D.W. Greig, [http://www.austlii.com/au/journals/AUYrBkIntLaw//1978/2.pdf Sovereignty and the Falkland Islands Crisis.]  ''Austrialian Year Book of International Law''.  Vol. 8 (1983).  pp.&nbsp;20–70. ISSN: 0084-7658
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== Ligações externas ==
{{commonscat|Falkland Islands}}
* {{link|en|http://www.falklands.gov.fk|Página Oficial do Governo das Ilhas Malvinas}}
* {{Link|en|http://www.falklandislands.com/|Portal Oficial do Turismo nas Ilhas Malvinas}}
* {{link|en|http://www.penguin-news.com/|Jornal Penguin News}}
* {{link|pt|http://www.panoramio.com/user/120756/tags/Malvinas|Fotografias das Ilhas Malvinas}}
* {{link|en|http://www.jim-mclaren.co.uk|Página com fotografias das Ilhas Malvinas}}
* {{Link|en|http://www.ukota.org/|Associação dos Territórios Ultramarinos Britânicos}}

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