Mostrar código-fonte de Kind of Blue

{{Info/Álbum
|Nome          = Kind of Blue
|Tipo          = álbum de estúdio
|Artista       = [[Miles Davis]]
|Capa          = A1437070184784091709.png
|Fundo         = 
|Lançado       = [[17 de agosto]] de [[1959]]
|Gravado       = [[2 de março]] e [[22 de abril]] de [[1959]]<br />[[30th Street Studio]], [[Nova Iorque]]
|Gênero        = [[Jazz modal]]
|Duração       = 45:44
|Gravadora     = [[Columbia Records|Columbia]]
|Produtor      = [[Teo Macero]], [[Irving Townsend]]
|Formato       = [[LP]]
|Último álbum  = '''''[[Porgy and Bess]]'''''<br />([[1959]])
|Este álbum    = '''''Kind of Blue'''''<br />([[1959]])
|Próximo álbum = '''''[[Sketches of Spain]]'''''<br /> ([[1960]])
}}
'''''Kind of Blue''''' é um [[álbum de estúdio]] do [[Música|músico]] [[estadunidense]] de [[jazz]] [[Miles Davis]], lançado em [[17 de agosto]] de [[1959]] pela [[Columbia Records]], tanto em [[Monaural|mono]] como em [[Estereofonia|estéreo]]. As sessões de gravação para o disco foram realizadas no [[30th Street Studio]], na cidade de [[Nova Iorque]], em 2 de março e 22 de abril daquele ano. Os encontros contaram com o conjunto [[sexteto]] de Davis, constituído pelo pianista [[Bill Evans]], o baterista [[Jimmy Cobb]], o baixista [[Paul Chambers]] e os saxofonistas [[John Coltrane]] e [[Cannonball Adderley|Julian "Cannonball" Adderley]]. Após o ingresso de Bill Evans no grupo, Miles deu continuidade às experimentações [[Modal jazz|modais]] de ''[[Milestones (álbum)|Milestones]]'', baseando o LP inteiramente em [[Modo musical|modalidade]] e colocando-o em contraste com seus trabalhos anteriores, de estilo [[hard bop]].

Pela crítica especializada, ''Kind of Blue'' tem sido aclamado como o mais bem-sucedido trabalho de Miles Davis e a obra de jazz mais vendida da [[História da música|história]]. Em 7 de outubro de 2008, o [[Disco de vinil|disco]] recebeu certificação de platina quádrupla pela [[Recording Industry Association of America|RIAA]] (Associação das Indústrias Fonográficas Americanas), com vendagem de mais de quatro milhões de cópias somente em seu país de origem. O LP é reconhecido, também pelas autoridades musicais, como a [[obra-prima]] do músico e o maior álbum já criado do gênero.

Para além, a abrangente influência de ''Kind of Blue'' na música tem levado especialistas a reconhecer este como um dos mais importantes álbuns de todos os tempos. Em 2002, foi um dos discos escolhidos para integrar o [[Registro Nacional de Gravações]] da [[Biblioteca do Congresso]] Americano. Em 2003, o trabalho foi classificado em 12º lugar pela revista ''[[Rolling Stone]]'' na sua [[Lista dos 500 melhores álbuns de sempre da Revista Rolling Stone|lista dos 500 melhores álbuns de sempre]]. Em 2007, ''Kind of Blue'' passou a figurar entre os [[lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame|200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame]]. Em 30 de setembro de 2008, uma edição especial de comemoração ao 50º aniversário de lançamento do LP foi distribuída pela Columbia/[[Legacy Recordings]].

== Antecedentes ==

Ao final de 1958, Davis empregou um dos melhores e mais produtivos conjuntos de Nova Iorque sob influência do estilo hard bop. Sua equipe, a partir daí, tornou-se estável, composta pelo [[Saxofone alto|saxofonista alto]] Cannonball Adderley, [[Saxofone tenor|saxofonista tenor]] John Coltrane, [[pianista]] Bill Evans, [[contrabaixista]] Paul Chambers e [[baterista]] Jimmy Cobb. Seu sexteto tocava uma mistura de [[música pop tradicional]] e originais de [[bebop]] de [[Charlie Parker]], [[Thelonious Monk]], [[Dizzy Gillespie]] e [[Tadd Dameron]]. Assim como acontecia no jazz de base bebop, as bandas de Miles costumavam [[Improvisação (música)|improvisar]] em mudanças de [[acorde]] nas canções.<ref>Kahn, pp. 86–87.</ref> Davis foi um dos muitos músicos de jazz de crescente insatisfação com o bebop à época, pois via as cada vez mais complexas progressões de acorde características do estilo como impeditivos à criatividade.<ref name=kindofblue67-68>{{citar livro|título= Kind of Blue: The Making of the Miles Davis Masterpiece|url = http://books.google.com/?id=6QArFwi9buUC&pg=PA67&vq=%22Modal+jazz,%22&dq=The+Making+of+Kind+of+Blue:+Miles+Davis+and+His+Masterpiece+bebop|others = foreword by [[Jimmy Cobb]]|ano= 2001|páginas=67–68|publicado= Da Capo Press|isbn=0-306-81067-0}}</ref>

Em 1953, o pianista [[George Russell (compositor)|George Russell]] lançou seu ''[[Lydian Chromatic Concept of Tonal Organization]]'',<ref name=lydian><span class="plainlinks">[[George Russell (compositor)|Russell, George]]. ''Lydian Chromatic Concept of Tonal Organization''. Nova Iorque: Russ-Hix Music Publishing<br />[[Catalogação bibliográfica|Registro de catálogo]] da Biblioteca do Congresso Americano:{{spaces|2}}[http://lccn.loc.gov/unk84111092 lccn.loc.gov/unk84111092].<br />Website ''Lydian Chromatic Concept of Tonal Organization'': [http://www.lydianchromaticconcept.com/ www.lydianchromaticconcept.com].<br />Website de George Russell: [http://www.georgerussell.com/ www.georgerussell.com]</span></ref> o qual oferecia uma alternativa à pratica de improvisação baseada em acordes e em suas mudanças harmônicas. Abandonando as tradicionais relações de [[Tom|tons]] maior e menor, o ''Lydian Chromatic Concept'' introduziu a ideia de unidade de acorde/[[Escala musical|escala]] e foi a primeira teoria a explorar a relação vertical entre esses dois fatores, assim como a única teoria original a surgir a partir do jazz. Essa abordagem abriu caminho para o surgimento do jazz modal.<ref name=modal>{{citar web |url=http://www.georgerussell.com/gr.html |título=George Russell&nbsp;— About George |publicado=Concept Publishing |acessodata=27 de julho de 2008}}</ref> Influenciado pelo pensamento de Russell, Miles concebeu sua primeira composição modal com a faixa-título de seu álbum ''Milestones'', de 1958. Satisfeito com os resultados, Davis preparou um disco completo baseado em modalidade.<ref name="Cantab"/> Evans, que já tinha estudado com Russell e, pouco tempo antes, deixado o sexteto de Miles para construir carreira própria, foi chamado de volta para um novo projeto de gravação, constituído pelas sessões que posteriormente viriam a originar ''Kind of Blue''.<ref name=kindofblue83>{{citar livro|autor = [[Ashley Kahn]]|título= Kind of Blue: The Making of the Miles Davis Masterpiece|url = http://books.google.com/?id=6QArFwi9buUC&pg=PA83&vq=Evans+was+caught+in+a+dilemma+from+the+outset&dq=The+Making+of+Kind+of+Blue:+Miles+Davis+and+His+Masterpiece+bebop|others = foreword by [[Jimmy Cobb]]|ano= 2001|página=83|publicado= Da Capo Press, USA|isbn=0-306-81067-0}}</ref>

==Gravação==

{{Quote box
 |quote = Só pode ter sido concebido no céu.
 |quoted = true
 |source = — Jimmy Cobb<ref name=ch34/>
 |bgcolor = #f0ffff
 |align = left
 |salign = center
 |width = 20%
 |border = 1px
 |fontsize = 90%
}}

''Kind of Blue'' foi gravado numa fita de três faixas em duas sessões realizadas no 30th Street Studio da Columbia Records, em [[Manhattan]]. Em 2 de março de 1959, as músicas "So What", "Freddie Freeloader" e "Blue in Green" foram gravadas para o [[Lado A e lado B|lado A]] do [[Disco de vinil|LP]] original e, em 22 de abril do mesmo ano, foi a vez das canções "All Blues" e "Flamenco Sketches", perfazendo o [[Lado A e lado B|lado B]]. A produção ficou a cargo de [[Teo Macero]], que já tinha estado na função durante a feitura dos dois discos anteriores de Davis, e [[Irving Townsend]].<ref name=LPnotes/>

Como era da propensão de Miles, não foi convocado quase nenhum ensaio e os músicos tinham pouca ideia acerca do que iriam gravar. Pelo descrito em notas de encarte originais de Evans, Davis só tinha fornecido à banda rascunhos de escala e de linhas melódicas sobre as quais deveria acontecer a improvisação.<ref name=ch34/> Quando os músicos se juntaram, Miles deu breves instruções a cada um e então iniciou as atividades de estúdio. Embora o trabalho impressione mesmo com pouca preparação, a persistente lenda de que ele foi gravado numa só passagem é falsa.<ref name=ch34/> Somente "Flamenco Sketches" rendeu uma tomada completa na primeira tentativa. Esse ''take'' contínuo foi lançado em 1997 como uma faixa bônus alternativa.<ref name=ch34/> Os cinco registros masterizados no lançamento original, contudo, foram os únicos a serem finalizados; um complemento ao fim de "Freddie Freeloader" foi gravado, mas não usado na versão primeira ou nos posteriores relançamentos antes do de 1997.<ref name=ch34>Khan, Ashley. ''Kind of Blue: The Making of the Miles Davis Masterpiece''. New York: Da Capo Press, 2000; p. 111.</ref> O pianista [[Wynton Kelly]], substituto após a partida de Bill Evans, não teria ficado satisfeito ao ver de volta ao posto o profissional que foi encarregado de substituir. Talvez para acalentar seus sentimentos, Davis pôs Kelly para tocar, no lugar de Evans, o número mais orientado ao [[blues]] no álbum, "Freddie Freeloader".<ref name=ch34/> O [[álbum ao vivo]] ''[[Miles Davis at Newport 1958]]'' documentou essa formação da banda. A gravação do [[Newport Jazz Festival]] em 3 de julho de 1958, contudo, reflete o grupo na sua concepção hard bop.<ref>Blumenthal, Bob. Liner Notes, ''Miles Davis at Newport 1958''; Columbia/Legacy CK85202, 2001, p. 4.</ref>

== Música ==

===Composição===

''Kind of Blue'' é baseado inteiramente em modalidade, em contraste aos trabalhos anteriores de Davis, caracterizados ao estilo hard bop de jazz e com complexa [[progressão harmônica]] e improvisação.<ref name="Cantab">{{citar web|url=http://upers.kuleuven.be/sites/upers.kuleuven.be/files/page/files/2011_1_7.pdf|título=Classical Music, Modal Jazz and the Making of Kind of Blue|publicado=[[Universidade de Cambridge]]|acessodata=9 de setembro de 2015}}</ref> Todo o álbum foi composto como uma série de "esboços modais", a partir da qual cada integrante recebeu um conjunto de escalas que definiram os parâmetros de sua improvisação e estilo.<ref name=1997notes>{{citar periódico|último = Palmer |primeiro = Robert |autorlink = Robert Palmer (autor/produtor) |título= Liner Notes to 1997 Reissue |obra= Kind of Blue (CD) |publicado= Sony Music Entertainment, Inc./Columbia Records |local= Nova Iorque |ano=1997 | postscript = <!--N-->}}</ref> Esse procedimento se opunha às medidas mais típicas de composição, como a provisão de [[partituras]] aos músicos ou, como era mais comum no jazz improvisado, o fornecimento de progressões harmônicas ou séries de [[Harmonia (música)|harmonia]].<ref name=kindofblue67-68/>

Jazz modal desse tipo não foi exclusivo a esta produção. O próprio Miles já havia usado anteriormente o mesmo método em ''Milestones'', no ''<nowiki>'</nowiki>58 Sessions'' e em ''[[Porgy and Bess (álbum de Miles Davis)|Porgy and Bess]]'', todos trabalhos lançados em 1958, os quais são característicos pela influência modal recebida de composições em [[terceira corrente]] do colaborador [[Gil Evans]].<ref name=kindofblue67-68/> Davis viu a abordagem de Russell como um meio de se desvencilhar das composições carregadas de acordes, comuns de seu tempo, as quais classificava como "''thick''". A composição modal, com sua dependência em escalas e modos, representou, de acordo com o próprio Miles,<ref name=kindofblue67-68/> "um retorno à [[melodia]]".<ref name=1997notes/> Numa entrevista de 1958 com [[Nat Hentoff]], do ''[[The Jazz Review]]'', Davis explanou acerca dessa forma de composição em contraste com a progressão harmônica predominante no bebop, afirmando que "sem acordes (...) você ganha muito mais liberdade e espaço para ouvir as coisas. Quando você vai por esse caminho, pode seguir em diante infinitamente. Você não precisa se preocupar com mudanças e pode fazer mais com a linha [melódica]. Transforma-se num desafio ver quão melodicamente inovador você pode ser. Quando se baseia em acordes, você sabe, ao fim dos 32 [[Compasso (música)|compassos]], que os acordes acabaram e que não há nada a fazer a não ser repetir o que acabou de fazer — com variações. Eu acho que um movimento no jazz está começando ao longe da tradicional sequência de acordes... haverá menos acordes, mas infinitas possibilidades do que fazer com eles".<ref name=kindofblue67-68/>

===Conteúdo===

De acordo com nota de Evans no encarte do LP, "Miles planejou tais definições poucas horas antes das datas de gravação".<ref name=LPnotes>Palmer (1997), pp. 4–7.</ref> Evans continua a declaração com uma explicação introdutória sobre os modos usados em cada música do álbum. "So What" consiste em dois modos: dezesseis escalas do primeiro, seguidas por oito do segundo, e então outras oito escalas do primeiro.<ref name=LPnotes/> "Freddie Freeloader" possui forma padronizada de [[blues de doze compassos]]. "Blue in Green" é composta por um ciclo de dez escalas seguindo uma curta introdução de quatro.<ref name=LPnotes/> "All Blues" é caracterizada como um blues de doze compassos em [[Tempo (música)|6/8 tempos]]. "Flamenco Sketches" configura-se com cinco escalas, cada uma executada "tão longamente quanto foi de desejo do solista, até que ele completasse a série".<ref name=LPnotes/>

Os créditos originais listam Davis como compositor de todas as faixas, mas muitos estudiosos e fãs acreditam que Bill Evans escreveu parte  ou a totalidade de "Blue in Green" e "Flamenco Sketches".<ref>Kahn, p. 299a.</ref> Bill assumiu a co-autoria com Miles por "Blue in Green" quando estava a regravá-la em seu disco ''[[Portrait in Jazz]]'', o que foi oficialmente confirmado em 2002.<ref>Kahn, p. 299b.</ref> A prática da apropriação autoral de uma música pelo líder da banda foi uma costume comum no cenário musical do jazz, e de mesmo modo o saxofonista [[Charlie Parker]] recebeu os créditos de Davis quando este compôs a música "[[Donna Lee]]" enquanto era empregado como [[sideman]] no [[quinteto]] daquele ao final dos anos 1940.<ref>Miles Davis with Quincy Troupe, ''Miles: The Autobiography'', Simon and Schuster, 2001, pp. 103–104.</ref> Tal composição posteriormente se tornou um popular [[jazz standard]]. Outro exemplo é a introdução a "So What", atribuída a Gil Evans, a qual recebeu estreita influência das escalas de abertura em ''[[Voiles]]'' (1910), do compositor clássico francês [[Claude Debussy]], o [[Prelúdios (Debussy)|segundo]] de sua primeira coletânea de prelúdios.<ref>Kahn, p. 178.</ref>

==Recepção e influência==

===Cena do jazz===

{{Críticas profissionais
 |cri1 = [[AllMusic]]
 |ava1 = {{rating|5|5}}<ref name="Erlewine">Erlewine, Stephen Thomas. [{{Allmusic|class=album|id=r104440|pure_url=yes}} Review: ''Kind of Blue'']. [[AllMusic]]. Visitado em 21 de julho de 2009.</ref>
 |cri2 = ''[[Entertainment Weekly]]''
 |ava2 = (A+)<ref name="Sandow">Sandow, Greg. [http://www.ew.com/ew/article/0,,315776_3,00.html Review: ''Kind of Blue'']. ''[[Entertainment Weekly]]''. Visitado em 20 de julho de 2009.</ref>
 |cri3 = ''[[The Penguin Guide to Jazz|Penguin Guide to Jazz]]''
 |ava3 = {{Rating|5|5}}<ref name="Cook">Cook, Richard. "Review: ''Kind of Blue''". ''[[The Penguin Guide to Jazz|Penguin Guide to Jazz]]'': 376. setembro de 2002.</ref>
 |cri4 = [[Pitchfork Media]]
 |ava4 = (10.0/10)<ref name="Schreiber">Schreiber, Ryan. [https://web.archive.org/web/20021005181357/http://www.pitchforkmedia.com/record-reviews/d/davis_miles/kind-of-blue.shtml Review: ''Kind of Blue'']. [[Pitchfork Media]]. Visitado em 21 de julho de 2009.</ref>
 |cri5 = [[PopMatters]]
 |ava5 = (10/10)<ref name="Friedman">Friedman, Lou. [http://www.popmatters.com/music/reviews/d/davismiles-kindofbluedd.shtml Review: ''Kind of Blue'']. [[PopMatters]]. Visitado em 20 de julho de 2009.</ref>
 |cri6 =''[[Q (magazine)|Q]]''
 |ava6 = {{rating|5|5}}<ref name="Qmag">Columnist. "[http://www.tower.com/details/details.cfm?wapi=106692819 Review: ''Kind of Blue''] {{Wayback|url=http://www.tower.com/details/details.cfm?wapi=106692819 |date=20080227113055 }}". ''[[Q (magazine)|Q]]'': 116. março de 1995.</ref>
 |cri7 = ''[[The Rolling Stone Album Guide]]''
 |ava7 = {{Rating|5|5}}<ref name="Hoard">Hoard, Christian. "[http://books.google.com/books?id=lRgtYCC6OUwC&pg=PA214&dq= Review: ''Kind of Blue'']". ''Rolling Stone'': 214–217. 2 de novembro de 2004.</ref>
 |cri8 = [[Sputnikmusic]]
 |ava8 = 5/5<ref name="Fisher">Fisher, Tyler. [http://www.sputnikmusic.com/album.php?reviewid=8031 Review: ''Kind of Blue'']. [[Sputnikmusic]]. Visitado em 20 de julho de 2009.</ref>
 |cri9 = ''[[The Rolling Stone Album Guide|The Rolling Stone Jazz Record Guide]]''
 |ava9 = {{rating|5|5}}<ref name=RSJRG>{{citar livro |último = Swenson |primeiro = J.  (Editor) |autorlink =  |ano= 1985 |título= The Rolling Stone Jazz Record Guide |publicado= Random House/Rolling Stone |local= USA | isbn = 0-394-72643-X |páginas= 58}}</ref>
}}

''Kind of Blue'' foi lançado em 17 de agosto de 1959, com o selo da Columbia Records, nos [[Estados Unidos]], nos formatos mono e estéreo.<ref>[http://www.discogs.com/search?type=all&q=Miles+Davis+-+Kind+Of+Blue+Vinyl+LP+US+1959&btn=Search Discogs – Kind of Blue search]. Discogs. Visitado em 27 de setembro de 2008.</ref> Desde então, o disco tem sido louvado enquanto maior trabalho de Davis, tanto em sucesso comercial quanto de crítica, bem como o mais bem-sucedido álbum de jazz de todos os tempos,<ref>[http://www.time.com/time/2006/100albums/0,27693,Kind_of_Blue,00.html The All-TIME 100 Albums – Kind of Blue]. Time Inc. Visitado em 30 de agosto de 2008.</ref><ref>[http://www.jazz.com/dozens/the-dozens-the-golden-anniversary-of-porgy-and-bess The Dozens – Jazz.com] {{Wayback|url=http://www.jazz.com/dozens/the-dozens-the-golden-anniversary-of-porgy-and-bess |date=20140107035926 }}. jazz.com. Visitado em 30 de agosto de 2008.</ref> a despeito de reivindicações atribuindo a primeira conquista de uma certificação oficial de ouro deste músico ao LP ''[[Bitches Brew]]'', de 1970.<ref>[http://www.miles-beyond.com/bitchesbrew.htm MILES BEYOND The Making of the Bitches Brew boxed set]. Paul Tingen. Visitado em 30 de agosto de 2008.</ref><ref>[http://www.popmatters.com/pm/review/16181/davismiles-mileselectricdvd Miles Electric: A Different Kind of Blue (DVD)]. PopMatters. Visitado em 30 de agosto de 2008.</ref><ref>{{citar web|url=http://www.columbiajazz.com/newsletter2/brew.html|título=Miles Davis' Bitches Brew|data=|publicado=Columbia|acessodata=30 de agosto de 2008|arquivourl=https://archive.today/20100121050728/http://www.columbiajazz.com/newsletter2/brew.html|arquivodata=21 de Janeiro de 2010|urlmorta=yes}}</ref> O estudioso de música Chris Morris cita ''Kind of Blue'' como "a destilação da arte de Davis".<ref name="Morris">Morris, Chris. [https://www.webcitation.org/5q9T2hGyM?url=http://ca.music.yahoo.com/read/review/12028436 Review: ''Kind of Blue'']. [[Yahoo! Music]]. Visitado em 20 de julho de 2009.</ref> A obra tem sido considerada, ainda, uma das mais influentes da história da música. Uma resenha da publicação ''All About Jazz'' a classificou como "um momento definidor da música do século XX".<ref>{{citar web|url=http://www.allaboutjazz.com/php/article.php?id=3786 |título=All About Jazz: Kind of Blue&nbsp;— Review  |publicado=All About Jazz |autor =Philip B. Pape |acessodata=19 de setembro de 2008}}</ref> Várias faixas do álbum se tornaram "jazz standards". Tal trabalho é consistentemente ranqueado entre os melhores lançamentos de todos os tempos em listas de diversos veículos e periódicos especializados.<ref>[http://www.acclaimedmusic.net/Current/A1860.htm "Miles Davis – Kind of Blue" (rankings, rating, etc.)] {{Wayback|url=http://www.acclaimedmusic.net/Current/A1860.htm |date=20170421064819 }} [[Acclaimed Music]]. Visitado em 11 de agosto de 2008.</ref> Num ensaio sobre a obra, o editor sênior do ''[[AllMusic]]''    [[Stephen Thomas Erlewine]] declara:

{{Citação2|bq=s|cinza=s|''Kind of Blue'' não é somente um destaque na produção artística de Miles Davis, é um álbum que grandemente se sobrepõe a seus pares, considerado de maneira geral como o disco definitivo do jazz, um padrão de excelência universalmente reconhecido. Por que ''Kind of Blue'' possui tamanha mística? Talvez porque sua música nunca ostenta sua genialidade... É o pináculo do jazz modal &nbsp;— tonalidade e solos construídos a partir do tom geral, sem mudanças de acorde, dando à música uma qualidade sutilmente mutável... Pode ser um exagero dizer que se você não gosta de ''Kind of Blue'', você não gosta de jazz&nbsp;— mas é difícil imaginá-lo sendo qualquer coisa que não um item basilar de qualquer coleção de jazz.<ref name="Erlewine"/>|Stephen T. Erlewine}}

À época, contudo, a chegada de [[Ornette Coleman]] à cena do jazz por meio de sua residência no clube [[Five Spot]] de Nova Iorque, consolidada pelo lançamento do LP ''[[The Shape of Jazz to Come]]'', enfraqueceu o impacto inicial de ''Kind of Blue'', algo que irritou Miles fortemente.<ref>Kahn, p. 183.</ref> Mesmo que Davis e Coleman oferecessem alternativas às rígidas regras do bebop, o primeiro nunca conciliaria sua produção às inovações de [[free jazz]] do segundo, embora Miles viesse a incorporar músicos simpáticos às ideias de Ornette no seu quinteto da metade dos anos 1960, e viesse a oferecer sua própria versão de um tocar "livre" com seu [[jazz fusion]] na década de 1970.<ref>{{citar web|url=http://www.jazzextra.com/biographies/miles-davis.php|título=azz Extra – the biography of Miles Davis|data=14 de maio de 2007|publicado=Jazz Extra|acessodata=11 de agosto de 2008|arquivourl=https://archive.today/20070815172621/http://www.jazzextra.com/biographies/miles-davis.php|arquivodata=15 de Agosto de 2007|urlmorta=yes}}</ref> A influência de ''Kind of Blue'' foi construída, e todos os ''sidemen'' do álbum alcançaram sucesso em suas carreiras próprias. Evans formou um trio de jazz com o baixista [[Scott LaFaro]] e o baterista [[Paul Motian]]; Cannonball Adderley fronteou bandas com seu irmão [[Nat Adderley|Nat]]; Kelly, Chambers e Cobb continuaram como um grupo de excursão, gravando sob o nome de Kelly ou em suporte a Coltrane, [[Wes Montgomery]], entre entre outros; e Coltrane veio a se tornar um dos mais reverenciados e inovadores músicos de jazz de todos os tempos. Até mesmo mais significativamente que Davis, Coltrane adotou a abordagem modal e fez uso dela durante sua carreira de líder na década de 1960, fermentando sua produção musical com as ideias de Coleman no decorrer da dita década.<ref>{{citar livro |último = Porter |primeiro = Lewis |título= John Coltrane: His Life and Music |publicado= University of Michigan Press |ano= 1999 |páginas=281–283 | isbn = 0-472-08643-X }}</ref>

===Reconhecimento===

''Kind of Blue'' é considerado por muitos escritores e críticos de música como a melhor obra de jazz de todos os tempos. Em 1994, o disco foi ranqueado em primeiro lugar no ''[[All Time Top 1000 Albums]]'', de [[Colin Larkin]], descrito como "o maior álbum de jazz do mundo".<ref>{{citar livro|último =Larkin|primeiro =Colin|autorlink =Colin Larkin (writer)|título=
Guinness Book of Top 1000 Albums
|publicado=Gullane Children's Books|ano=1994|edição=1|isbn=978-0-85112-786-6|página=91}}</ref> O trabalho também tem recebido classificações ao topo ou próximo dele em várias listas multi-gênero de "melhores discos", como as da ''[[Time (revista)|Time]]'', ''[[Rolling Stone]]'', ''[[Rate Your Music]]'' e ''[[Tower Records|Tower]]''.<ref>[http://www.time.com/time/2006/100albums/ The All-TIME 100 Albums]. Time.com. Visitado em 19 de agosto de 2008.</ref><ref>[http://www.rollingstone.com/news/story/5938174/the_rs_500_greatest_albums_of_all_time The RS 500 Greatest Albums of All Time]. ''Rolling Stone''. Visitado em 19 de agosto de 2008.</ref><ref>[http://rateyourmusic.com/charts/top/album/all-time Rateyourmusic's "Top Albums of All-Time"]. Rate Your Music. Visitado em 19 de agosto de 2008.</ref><ref>[http://www.tower.com/kind-blue-miles-davis-cd/wapi/106692819 "Kind of Blue review notes"] {{Wayback|url=http://www.tower.com/kind-blue-miles-davis-cd/wapi/106692819 |date=20120716182842 }}. Tower.com. Visitado em 19 de agosto de 2008.</ref> Em 2002, a obra foi uma das cinquenta escolhidas pela Biblioteca do Congresso Americano para figurar no Registro Nacional de Gravações.<ref>[http://www.loc.gov/rr/record/nrpb/registry/nrpb-2002reg.html "Kind of Blue"], The Library of Congress. Visitado em 4 de agosto de 2014.</ref> Dispondo o LP no 12º lugar da sua lista dos 500 melhores álbuns de sempre, a revista ''Rolling Stone'' postulou: "Esta representativa obra-prima é uma das mais importantes, influentes e populares da história do jazz".<ref name="rs500">{{citar web|url=http://www.rollingstone.com/music/lists/500-greatest-albums-of-all-time-19691231/kind-of-blue-miles-davis-19691231|título=The RS 500 Greatest Albums of All Time: 12) Kind of Blue|obra=Rolling Stone|acessodata=11 de agosto de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110317190607/http://www.rollingstone.com/music/lists/500-greatest-albums-of-all-time-19691231/kind-of-blue-miles-davis-19691231|arquivodata=12 de agosto de 2015|deadurl=yes}}</ref> Em 16 de dezembro de 2009, a [[Câmara dos Representantes dos Estados Unidos]] encaminhou uma resolução em honra ao quinquagésimo aniversário de ''Kind of Blue'' "reafirmando o jazz como um tesouro nacional".<ref name="Jarenwattananon">Jarenwattananon, Patrick. [http://www.npr.org/blogs/ablogsupreme/2009/12/congress_kind_of_blue_blues.html The U.S. Congress and the 'Kind of Blue' Blues]. NPR. Visitado em 22 de dezembro de 2009.</ref> O disco foi incluído no livro ''[[1001 Albums You Must Hear Before You Die]]'', de 2005, caracterizado pelo ensaísta Seth Jacobson como "um momento histórico definitivo do gênero no século XX".<ref>{{citar livro |último =Dimery |primeiro =Robert |título=1001 Albums You Must Hear Before You Die |publicado=Octopus Publishing Group, London |ano=2009 |páginas=42–43 |url=http://books.google.co.uk/books?id=PIyEkArSW0EC&source=gbs_navlinks_s |isbn=9781844036240 |acessodata= 23 de setembro de 2012}}</ref>

=== Legado ===

O peso inspirador de ''Kind of Blue'' ultrapassa o jazz, uma vez que músicos de gêneros como o [[rock]] e [[Música clássica|clássica]] têm sido por ele influenciados e críticas o têm considerado uma das maiores fontes de influência da história da música.<ref>[http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=10862796 Miles Davis: Kind of Blue – NPR]. NPR. Visitado em 19 de agosto de 2008.</ref><ref>[http://www.npr.org/programs/jazzprofiles/archive/miles_kob.html NPR's Jazz Profiles: Miles Davis ''Kind of Blue'']. NPR. Visitado em 19 de agosto de 2008.</ref> Diversos artistas de rock improvisatório dos anos 1960 buscaram referência na obra e em outros trabalhos de Davis, bem como nos álbuns modais de Coltrane, como ''[[My Favorite Things]]'', de 1961, e ''[[A Love Supreme]]'', de 1965. O guitarrista da [[The Allman Brothers Band]], [[Duane Allman]], por exemplo, declarou que seus solos em canções como "In Memory of Elizabeth Reed" "vêm [da inspiração] em Miles e Coltrane, e em ''Kind of Blue'' particularmente. Eu tenho escutado esse LP tantas vezes que nos últimos anos eu dificilmente ouço qualquer outra coisa".<ref>Palmer (1997), p. 9.</ref> O [[tecladista]] do [[Pink Floyd]], [[Richard Wright (músico)|Richard Wright]] disse, também, que as progressões de acorde do álbum influenciaram a estrutura dos acordes introdutórios de "[[Breathe (canção de Pink Floyd)|Breathe]]", canção presente no igualmente legendário ''[[The Dark Side of the Moon]]'', de 1973.<ref name=pinkfloyd>{{citar livro|autor = Andy Mabbett|título= The Complete Guide to the Music of Pink Floyd|ano= 1995|páginas=178–179|publicado= Omnibus Press, 14/15 Berners Street, London|isbn=0-7119-4301-X}}</ref> No seu livro ''Kind of Blue: The Making of a Miles Davis Masterpiece'', o escritor [[Ashley Kahn]] declarou: "ainda tido como representante do que de mais vivo e novo existia, quatro décadas após sua gravação, ''Kind of Blue'' é o mais importante disco de sua era, ou do jazz. Sua nebulosa introdução de piano é universalmente reconhecida".<ref name="Kahn-p19">Kahn, p. 19.</ref> O produtor [[Quincy Jones]], um dos amigos de longa data de Miles, confessou: "aquilo [''Kind of Blue''] será sempre a minha música [preferida], cara. Eu toco ''Kind of Blue'' todo dia — é o meu néctar dos deuses. Ele [o disco] ainda soa como se tivesse sido feito ontem".<ref name="Kahn-p19"/> O pianista [[Chick Corea]], um dos ajudantes de Davis, também foi impactado pela grandeza da produção, declarando: "uma coisa é somente tocar música, ou tocar uma lista delas, mas outra é praticamente criar uma nova linguagem musical, que é o que ''Kind of Blue'' fez."<ref>Kahn, p. 16.</ref>

Gary Burton destaca a consistente inovação presente ao longo do LP, afirmando: "não somente uma faixa manifestava um grande desenvolvimento inovativo, era o disco como um todo. Quando começam a surgir novos estilos de jazz, as primeiras tentativas [de inovação] são usualmente inconsistentes. Os primeiros trabalhos de Charlie Parker foram assim. Mas, em ''Kind of Blue'', todos [do sexteto] soavam como se estivessem plenamente imersos naquilo".<ref>Kahn, p. 179.</ref> Juntamente com ''[[Time Out]]'', trabalho de 1959 do [[the Dave Brubeck Quartet]], e ''[[Giant Steps]]'', LP de 1960 de Coltrane, ''Kind of Blue'' tem sido recomendado por especialistas como uma obra de introdução ao jazz, levando-se em conta, no tocante aos três discos, o forte apelo melódico e relaxante que faz a execução da improvisação algo fácil de ser seguido e entendido pelo ouvinte, sem sacrifício do caráter artístico ou da experimentação das produções.<ref>[http://www.allaboutjazz.com/php/article.php?id=15310 1959: A Great Year in Jazz]. All About Jazz. Visitado em 11 de agosto de 2008.</ref> Após o lançamento da edição de colecionador em homenagem ao quinquagésimo aniversário de lançamento, a publicação ''All About Jazz'' afirmou que "''Kind of Blue'' anunciou a chegada de uma nova e revolucionária música americana, um pós-bebop modal do jazz estruturado por escalas simples e improvisação melódica. O trompetista/líder de banda/compositor Miles Davis montou um sexteto de instrumentistas lendários para criar uma obra-prima de atmosfera sublime. Cinquenta anos depois de seu lançamento, ''Kind of Blue'' continua a transportar ouvintes a um reino próprio enquanto inspira músicos à concepção de novos sons — do jazz acústico ao ''[[Música ambiente|ambient]]'' pós-moderno — em qualquer gênero imaginável."<ref name=collectors>[http://www.allaboutjazz.com/php/news.php?id=21627 Jazz News: Miles Davis – Kind of Blue: 50th Anniversary Collectors Edition Coming in September] {{Wayback|url=http://www.allaboutjazz.com/php/news.php?id=21627 |date=20090110001615 }}. All About Jazz. Visitado em 20 de setembro de 2008.</ref> Numa entrevista, o renomado artista de [[hip-hop]] [[Q-Tip]] reafirmou a reputação e influência da obra quando discutia sua significância, ao dizer que "é como a [[Bíblia]] — você tem de ter um [exemplar] em casa."<ref>{{citar web|url=http://www.pitchforkmedia.com/node/146120|título=Kind of Blue 50th Anniversary Edition|autor=Andy Battaglia|data=8 de outubro de 2008|publicado=Pitchfork Media|acessodata=10 de setembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090301172948/http://www.pitchforkmedia.com/node/146120|arquivodata=1º de março de 2009}}</ref>

Os participantes do sexteto de ''Kind of Blue'' juntaram-se novamente em posteriores projetos de gravação nos anos 1960. Miles fez uma rara participação pós-1953 como ''sideman'' no ''[[Somethin' Else]]'' de Cannonball Adderley;<ref>{{citar web|url=http://www.npr.org/2011/06/17/4559170/cannonball-adderley-somethin-else|título=Cannonball Adderley: 'Somethin' Else'|autor=A. B. Spellman, Murray Horwitz|data=1º de agosto de 2001|publicado=National Public Radio|acessodata=10 de setembro de 2015}}</ref> Evans e Adderley colaboraram no LP ''[[Know What I Mean?]]'', de 1961.<ref>{{citar web|url=http://www.popmatters.com/review/146162-cannonball-adderley-with-bill-evans-know-what-i-mean/|título=Cannonball Adderley with Bill Evans: Know What I Mean?|autor=Will Layman|data=|publicado=25 de agosto de 2011|acessodata=10 de setembro de 2015}}</ref> Kelly e Chambers fizeram apoio a [[Hank Mobley]] no ''[[Soul Station]]'', de 1960,<ref>{{citar livro|autor=Ian Carr, Digby Fairweather, Brian Priestley|título=The Rough Guide to Jazz|editora=Rough Guides|ano=2004|página=552|isbn=978-1843532569}}</ref> e Evans e Chambers tocaram nas sessões para ''[[The Blues and the Abstract Truth]]'', de [[Oliver Nelson]], em 1961.<ref>{{citar livro|primeiro=Ted|último=Gioia|título=The Jazz Standards: A Guide to the Repertoire|editora=[[Oxford University Press]]|ano=2012|página=402|isbn=978-0199937394}}</ref> Os membros da seção rítmica, Kelly, Chambers e Cobb fizeram apoio a Coltrane em ''[[Coltrane Jazz]]'' e numa faixa do seu trabalho de destaque ''Giant Steps'', que também contou com a participação integral de Chambers. Esse trio continuou com Davis nas gravações de ''[[Someday My Prince Will Come (álbum)|Someday My Prince Will Come]]'' e nos ao vivo [[In Person Friday and Saturday Nights at the Blackhawk, Complete|no Blackhawk]] e [[Miles Davis at Carnegie Hall|no Carnegie Hall]].<ref>{{citar livro|primeiro=John|último=Szwed|título=So What: The Life of Miles Davis|editora=Simon and Schuster|ano=2004|página=459|isbn=978-0684859835}}</ref>

===Davis em retrospecto===

Posteriormente na carreira, do período elétrico em diante, Davis desprezou repetidamente seus trabalhos anteriores, como as músicas de ''[[Birth of the Cool]]'' ou de ''Kind of Blue''. Na visão de Miles, ter permanecido estático estilisticamente foi um erro.<ref>{{citar livro |título=Miles Davis – Birth of the Cool Complete Score Book |último =Davis |primeiro =Miles |autorlink =Miles Davis |autor2 =Jeff Sultanof  |ano=2002 |publicado=Hal Leonard |local=US |isbn= 0634006827 |páginas=2–3}}</ref>
	
{{Citação2|bq=s|cinza=s|"So What" ou ''Kind of Blue'', isso foi feito naquela era, na hora certa, no dia certo, e deu certo. Mas acabou [...] O que eu costumava tocar com Bill Evans, todos aqueles diferentes modos e acordes substitutos, nós então tínhamos a energia e nós gostávamos daquilo. Mas eu não tenho sentimento algum por aquilo mais — é como um peru requentado.|Entrevista com [[Ben Sidran]], 1986.<ref>Citação de ''Miles Davis and Bill Evans: Miles and Bill in Black & White'', por Ashley Kahn, ''[[JazzTimes]]'', setembro de 2001.</ref>}}
	
Quando [[Shirley Horn]] insistiu, em 1990, que Davis reconsiderasse e voltasse a tocar suas baladas e faixas modais do período de ''Kind of Blue'', ele objetou: "Nah, isso faz doer meu lábio."<ref>Entrevista com Shirley Horn. Após 1990. Citada em ''Miles Davis and Bill Evans: Miles and Bill in Black & White'', por Ashley Kahn, ''JazzTimes'', setembro de 2001.</ref>

== Alinhamento de faixas ==

{{Lista de faixas
 |topo = Lado A
 |coluna_extra = Compositor(es)
 |título1 = So What |duração1 = 9:04 |extra1=Miles Davis
 |título2 = Freddie Freeloader |duração2 = 9:34 |extra2=Miles Davis
 |título3 = Blue in Green |duração3 = 5:27 |extra3=Miles Davis, Bill Evans
}}
{{Lista de faixas
 |topo = Lado B
 |duração_total = 
 |coluna_extra = Compositor(es)
 |título1 = All Blues |duração1 = 11:33 |extra1=Miles Davis
 |título2 = Flamenco Sketches |duração2 = 9:26 |extra2=Miles Davis, Bill Evans
}}
{{Lista de faixas
 |topo = Faixa bônus — reedição de 1997
 |duração_total = 
 |coluna_extra = Compositor(es)
 |título6 = Flamenco Sketches (alternative take) |duração6 = 9:32 |extra6=Miles Davis, Bill Evans
}}

===Edição de colecionador===

{{Info/Álbum
 |nome           = Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition
 |tipo           = box
 |imagem         = Kind of Blue - 50th Anniversary Collector's Edition.png
 |borda          = 
 |alt            = 
 |artista        = [[Miles Davis]]
 |lançado        = {{Data de início|2008|09|30}}
 |gravado        = 26 de maio de 1958&nbsp;– 9 de abril de 1960
 |estúdio        = 
 |gênero         = 
 |duração        = <!-- {{Duração|m=MM|s=SS}} -->
 |idioma         = 
 |formato        = 
 |gravadora      = [[Columbia Records|Columbia]]/[[Legacy Recordings|Legacy]]
 |produtor       = Michael Cuscuna, Cal Lampley
 |último álbum   = ''[[The Complete On the Corner Sessions]]<br />(2007)
 |próximo álbum  = 
 |miscelâneo     = 
}}
{{Críticas profissionais
 | state = collapsed
 |cri1 = ''[[All About Jazz]]''
 |ava1 = (favorável)<ref name="Stockton">Stockton, Jeff. [http://www.allaboutjazz.com/php/article.php?id=31837 Review: ''Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition'']. ''[[All About Jazz]]''. Visitado em 7 de fevereiro de 2010.</ref>
 |cri2 = ''[[Blender (revista)|Blender]]''
 |ava2 = {{Rating|4.5|5}}<ref name="Chinen">Chinen, Nate. [http://www.blender.com/guide/reissue/55398/kind-blue-50th-anniversary-collector146s-edition.html Review: ''Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition'']. ''[[Blender (revista)|Blender]]''. Visitado em 7 de fevereiro de 2010.</ref>
 |cri3 = ''[[The Guardian]]''
 |ava3 = {{Rating|4|5}}<ref name="Fordham">Fordham, John. [http://www.guardian.co.uk/music/2008/nov/21/miles-davis-anniversary Review: ''Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition'']. ''[[The Guardian]]''. Visitado em 7 de fevereiro de 2010.</ref>
 |cri4 = ''[[The Independent]]''
 |ava4 = {{Rating|5|5}}<ref name="Gill">{{citar web|url=http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/music/reviews/album-miles-davis-deluxe-kind-of-blue-reissue-columbia-971248.html|título=Album: Miles Davis, Deluxe Kind of Blue Reissue (Columbia)|autor=Andy Gill|data=24 de outubro de 2008|publicado=[[The Independent]]|acessodata=7 de fevereiro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081205081454/http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/music/reviews/album-miles-davis-deluxe-kind-of-blue-reissue-columbia-971248.html|arquivodata=5 de dezembro de 2008}}</ref>
 |cri5 = ''[[Paste]]''
 |ava5 = (98/100)<ref name="Johnson">Johnson, Martin. [http://www.pastemagazine.com/articles/2008/10/miles-davis-kind-of-blue-50th-anniversary-collecto.html Review: ''Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition'']. ''[[Paste]]''. Visitado em 7 de fevereiro de 2010.</ref>
 |cri6 = ''[[The Phoenix (newspaper)|The Phoenix]]''
 |ava6 = {{Rating|4|4}}<ref name="Garelick">Garelick, Jon. [http://thephoenix.com/Boston/Music/73379-MILES-DAVIS-KIND-OF-BLUE/ Review: ''Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition'']. ''[[The Phoenix (newspaper)|The Phoenix]]''. Visitado em 7 de fevereiro de 2010.</ref>
 |cri7 = ''[[Record Collector]]''
 |ava7 = {{Rating|5|5}}<ref name="Rigby">Rigby, Paul. [http://www.recordcollectormag.com/reviews/review-detail/3017 Review: ''Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition'']. ''[[Record Collector]]''. Visitado em 7 de fevereiro de 2010.</ref>
 |cri8 = ''[[Rolling Stone]]''
 |ava8 = {{Rating|5|5}}<ref name="Kemp">Kemp, Mark. [http://www.rollingstone.com/reviews/album/23659089/review/23637765/kind_of_blue_50th_anniversary_collectors_edition_box_set Review: ''Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition'']. ''[[Rolling Stone]]''. Visitado em 7 de fevereiro de 2010.</ref>
 |cri9 = ''[[Uncut]]''
 |ava9 = {{Rating|5|5}}<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20101206085504/http://www.uncut.co.uk/music/miles_davis/reviews/12442|título=Review: Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition|autor=Neil Spencer|data=|publicado=[[Uncut]]|acessodata=7 de fevereiro de 2010|arquivourl=http://www.uncut.co.uk/music/miles_davis/reviews/12442|arquivodata=6 de dezembro de 2010}}</ref>
}}
'''''Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition''''' é uma [[Box set|caixa coletânea]] de relançamento de ''Kind of Blue'' em dois [[Compact Disc|discos compactos]], comercializada a partir de 30 de setembro de 2008 sob o selo da Columbia Records e distribuição da Legacy Records.<ref name=50th>[{{Allmusic|class=album|id=r1424187|pure_url=yes}} "Kind of Blue 50th Anniversary Collector's Edition"]. All Music. Visitado em 23 de novembro de 2008.</ref> Diferentemente do que anuncia o título, contudo, a edição precede o quinquagésimo aniversário tanto da gravação quanto do lançamento original.

A edição de colecionador conta, no primeiro CD, com a obra original ''Kind of Blue'' completa, além da tomada alternativa de "Flamenco Sketches", um raro início falso para "Freddie Freeloader" e uma seleção de diálogos de estúdio registrados durante as gravações do disco. No segundo, há mais materiais musicais raros das sessões com o sexteto, incluindo alguns do encontro de 26 de maio de 1958, os quais já haviam sido lançados em ''[[The Complete Columbia Recordings of Miles Davis with John Coltrane|The Complete Columbia Recordings: 1955–1961]]'' e em ''[[1958 Miles]]''. Também no segundo CD, há a primeira versão disponibilizada legalmente de uma gravação de performance ao vivo estendida da música "So What" num concerto de 1960 em [[Haia]].<ref name=collectors/>

Há, ainda, um [[DVD|disco digital versátil]] com um [[documentário]] que aborda a concepção e gravação de ''Kind of Blue''. Em adição, o DVD conta com vídeos do programa de TV ''Robert Herridge Theater: The Sound of Miles Davis'', que foi ao ar originalmente em 2 de abril de 1959, estrelado por Miles Davis e John Coltrane. A caixa guarda também uma cópia do álbum em vinil, um pôster e um livro de capa dura com dimensões de embalagem de vinil e sessenta páginas.<ref name=collectors/>

Todas as faixas foram compostas por Miles Davis, exceto quando destacado em contrário.

{{Lista de faixas
 |topo = Disco 1
 |título1 = So What |duração1 = 9:22
 |título2 = Freddie Freeloader |duração2 = 9:46
 |título3 = Blue in Green <small>(Miles Davis e Bill Evans)</small>|duração3 = 5:37
 |título4 = All Blues |duração4 = 11:33
 |título5 = Flamenco Sketches <small>(Miles Davis e Bill Evans)</small>|duração5 = 9:26
 |título6 = Flamenco Sketches (Alternative take) |duração6 = 9:32
 |título7 = Freddie Freeloader (Studio Sequence) |duração7 = 0:53
 |título8 = Freddie Freeloader (False start) |duração8 = 1:27
 |título9 = Freddie Freeloader (Studio Sequence 2) |duração9 = 1:30
 |título10 = So What (Studio Sequence) |duração10 = 1:55
 |título11 = So What (Studio Sequence 2) |duração11 = 0:13
 |título12 = Blue in Green (Studio Sequence) |duração12 = 1:58
 |título13 = Flamenco Sketches (Studio Sketches) |duração13 = 0:45
 |título14 = Flamenco Sketches (Studio Sketches 2) |duração14 = 1:12
 |título15 = All Blues (Studio Sketches) |duração15 = 0:18
}}
{{Lista de faixas
 |topo = Disco 2
 |título1 = On Green Dolphin Street <small>([[Bronisław Kaper]] e [[Ned Washington]])</small>|duração1 = 9:50
 |título2 = Fran-Dance |duração2 = 5:49
 |título3 = Stella by Starlight <small>([[Victor Young]] e Ned Washington)</small>|duração3 = 4:46
 |título4 = Love for Sale <small>([[Cole Porter]])</small>|duração4 = 11:49
 |título5 = Fran-Dance (Alternative Take)|duração5 = 5:53
 |título6 = So What (Live) |duração6 = 17:29
}}

==Créditos==

Créditos de acordo com ''Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition''.<ref>{{citar web|url=http://www.allmusic.com/album/release/kind-of-blue-50th-anniversary-collectors-edition-mr0002761415/credits|título=Kind of Blue: 50th Anniversary Collector's Edition|data=|publicado=AllMusic|acessodata=10 de setembro de 2015}}</ref>

===Músicos===

* [[Miles Davis]] – [[trompete]] ([[líder de banda]])
* [[Cannonball Adderley|Julian "Cannonball" Adderley]] – [[Saxofone|saxofone alto]] (exceto "Blue in Green")
* [[John Coltrane]] – [[Saxofone|saxofone tenor]]
* [[Bill Evans]] – [[piano]] (exceto "Freddie Freeloader"), [[Encarte de álbum|notas de encarte]]
* [[Wynton Kelly]] – piano em "Freddie Freeloader"
* [[Paul Chambers]] – [[contrabaixo]]
* [[Jimmy Cobb]] – [[Bateria (instrumento musical)|bateria]]

===Produção===

* [[Teo Macero]] – [[Produtor musical|produção]]
* [[Irving Townsend]] – produção
* Don Hunstein – [[fotografia]]
* Jay Maisel – imagem de capa
* Fred Plaut – [[engenharia de áudio]]
* Mark Wilder – engenharia de [[remix]]agem
* [[Nat Hentoff]] – notas de encarte
* Michael Cuscuna – produção de relançamento

==Desempenho nas tabelas musicais==

[[Billboard|Billboard Music Charts]] (América do Norte)
* 1977: Jazz Albums&nbsp;– N.º 37<ref name="Billboard">{{citar web|url=http://www.allmusic.com/artist/miles-davis-mn0000423829/awards|título=Miles Davis — Awards|data=|publicado=AllMusic|acessodata=10 de setembro de 2015}}</ref>
* 1987: Top Jazz Albums&nbsp;– N.º 10<ref name="Billboard" />
* 2001: Top Internet Albums&nbsp;– N.º 14<ref name="Billboard" />

==Certificações==

{|class="wikitable sortable"
! País ([[Certificações de vendas de discos no mundo|Empresa]])
! Certificação
! Vendas
|-
| {{AUS}} ([[Australian Recording Industry Association|ARIA]])
| {{Certificação|Platina|}}<ref>{{Citar certificação|país=Austrália|artista=Miles Davis|título=Kind of Blue|tipo=álbum|anocert=2003|acessodata=5 de setembro de 2015}}</ref>
| 70 000^
|-
| {{BEL}} ([[Belgian Entertainment Association|BEA]])
| {{Certificação|Ouro|}}<ref>{{Citar certificação|país=Bélgica|artista=Miles Davis|título=Kind of Blue|tipo=álbum|anocert=2003|acessodata=5 de setembro de 2015}}</ref>
| 25 000*
|-
| {{EUA}} ([[Recording Industry Association of America|RIAA]])
| {{Certificação|Platina|4}}<ref>{{Citar certificação|país=Estados Unidos|artista=Miles Davis|título=Kind of Blue|tipo=álbum|acessodata=5 de setembro de 2015}}</ref>
| 4 000 000^
|-
| {{ITA}} ([[Federazione Industria Musicale Italiana|FIMI]])
| {{Certificação|Platina|}}<ref>{{Citar certificação|país=Itália|artista=Miles Davis|título=Kind of Blue|tipo=álbum|acessodata=5 de setembro de 2015}}</ref>
| 100 000*
|-
| {{UK}} ([[British Phonographic Industry|BPI]])
| {{Certificação|Platina|}}<ref>{{Citar certificação|país=Reino Unido|artista=Miles Davis|título=Kind of Blue|tipo=álbum|acessodata=5 de setembro de 2015}}</ref>
| 300 000^
|-
| colspan="3" | <small>*Estimativas de vendas com base apenas na certificação<br />^Estimativas de remessa com base apenas na certificação</small>
{{fim}}

<!-- == Histórico de lançamentos ==

''Kind of Blue'' foi originalmente lançado em [[Gramofone|vinil de gramofone]] de doze polegadas, em estéreo e mono. Foram disponibilizados, contudo, diversos relançamentos da obra, incluindo prensagens adicionais durante a era do vinil. Em algumas edições, o selo trocava a ordem das duas faixas do lado B, "All Blues" e "Flamenco Sketches". O trabalho foi [[Masterização de áudio|remasterizado]] diversas vezes durante a era do CD, incluindo o relançamento no disco ''Jazz Masterpieces'', de 1986, pela Columbia Records, e,<ref name=discogs>[http://www.discogs.com/search?type=all&q=Miles+Davis+-+Kind+Of+Blue&btn=Search Discogs.com – Search: Miles Davis – Kind Of Blue]. Discogs. Visitado em 11 de agosto de 2008.</ref> mais notavelmente, as remasterizações de 1992, que corrigiu a velocidade do lado A, lançada com [[Altura (música)|altura]] levemente desajustada na versão original,<ref>{{citation |url=http://www.stereophile.com/thefifthelement/206fifth/ |título=The Fifth Element #34 |publicado=Stereophile |data=fevereiro de 2006 |acessodata=1º de setembro de 2010}}</ref> e a de 1997, que adicionou uma tomada alternativa para "Flamenco Sketches".<ref name=discogs /> Em 2005, um lançamento em [[DualDisc]] incluiu o álbum original, uma remasterização digital em [[Som surround|som surround 5.1]] e [[Modulação por código de pulsos|LPCM stereo]], além do documentário de 25 minutos ''Made in Heaven'', sobre a feitura e influência de ''Kind of Blue''.<ref>''[http://www.amazon.com/Kind-Blue-Miles-Davis/dp/B00067189O Kind Of Blue (Dual Disc)]'', Sony, 2005.</ref> O título também já foi disponibilizado num raro CD de ouro 24-quilates como versão de colecionador.<ref name=discogs />

A obra também foi lançada em vários outros formatos, com muitos de seus exemplares tendo se tornado itens raros e sendo possivelmente achados somente em segunda mão.

* [[Tape deck de rolo]] de duas faixas (nos EUA), Columbia GCB 60, do qual "Freddie Freeloader" e "Flamenco Sketches" foram omitidas para manter um preço baixo ao produto. Esse lançamento foi comercializado abertamente por menos de um ano e descontinuado algum tempo depois de julho de 1961, após ''Sketches of Spain'' ser lançado em quatro faixas. Em termos sonoros, na maioria das vezes essa versão é tida como de melhor qualidade que a contrapartida de quatro faixas que a substituiu. Notícias de que a versão de duas faixas teria sido a única a ser lançada em velocidade de ajuste correto foram provadas falsas.<ref name="ReferenceA">From Columbia tape catalogs at the time</ref> Nenhuma versão entre as até então distribuídas esteve em correta velocidade.<ref name=speedissues>Speed issues are explained in the booklet with the post-1997 remaster: the same speed master was used in all cases.</ref>
* Tape deck de rolo de quatro faixas (nos EUA), Columbia CQ 379, com as cinco faixas completas da obra. Esse lançamento substituiu o de duas faixas e permaneceu no catálogo da Columbia durante alguns anos. Algumas outras faixas foram disponibilizadas em outros tapes de rolo  durante ou logo após o período do lançamento original, sob os créditos de "Vários Artistas". Nenhum desses lançamentos teve a configuração de velocidade correta.<ref name=speedissues/> "All Blues" foi incluída num álbum ''Greatest Hits''.<ref name="ReferenceA"/>
* Armed Forces Radio & Television Service 16-inch transcription discs. Note these are monophonic and the tune on side P-6925 marked "Flamenco Sketches" actually holds "All Blues".<ref>From two 16-inch AFRTS records this contributor owns, won on eBay.</ref> None issued were at the correct speed.<ref name=speedissues/>
* [[Fita cassete]] Philips. Tanto na forma do trabalho original, anterior ao lançamento do remasterizado ''Jazz Masterpiece'', quanto neste segundo, de 1987. Nenhum deles foi lançado com o ajuste de velocidade correto.<ref name=speedissues/>
* MiniDisc, Columbia CM 40579 (nos EUA). Somente como a gravação masterizada anteriormente a 1997, mas não com a remasterização do ''Jazz Masterpiece''. Essa versão do título ficou indisponível ao fim dos anos 1990, quando a produção da série ''Jazz Masterpiece'' cessou. Nenhuma esteve em velocidade correta.<ref name=speedissues/> -->

{{Referências|col=2}}

==Bibliografia==
{{refbegin}}
* {{citar periódico|último =Blumenthal  |primeiro = Bob|título= Liner Notes |obra= Miles Davis at Newport 1958 |publicado= Columbia/Legacy CK85202|ano= 2001| postscript =<!--None-->}}
* {{citar livro|autor = Brackett, Nathan; Hoard, Christian |título= The New Rolling Stone Album Guide | others = Completely Revised and Updated 4th Edition|publicado= [[Simon & Schuster|Simon and Schuster]]|ano= 2004| isbn = 0-7432-0169-8}}
* {{citar livro |último = Cook & Morton |primeiro = Richard, Brian |título= The Penguin Guide to Jazz on CD | others = 6th edition |publicado= [[Penguin Books]] |ano= 2002 | isbn = 0-14-051521-6 }}
* {{citar livro |último = Kahn |primeiro =Ashley |título=Kind of Blue: The Making of the Miles Davis Masterpiece|ano=2001 |publicado=foreword by [[Jimmy Cobb&#124;Cobb, Jimmy]], Da Capo Press |isbn=0-306-81067-0 |postscript= <!--None-->}}
* {{citar periódico|último = Palmer |primeiro = Robert |autorlink = Robert Palmer (author/producer) |título= Liner Notes to 1997 Reissue |obra= Kind of Blue (CD) |publicado= Sony Music Entertainment, Inc./Columbia Records |local= New York, NY |ano=1997 | postscript = <!--None-->}}
{{refend}}

== Ligações externas ==
* {{Link|en|2=http://www.milesdavis.com/ |3=Miles Davis: website oficial}}
* {{Link|en|2=http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=10862796 |3='Kind of Blue' na Rádio Pública Nacional dos EUA}}

{{Miles Davis}}
{{John Coltrane}}

{{Portal3|Música|Jazz}}
{{Categorização AD e AB de outras wikis}}

{{artigo bom}}

{{DEFAULTSORT:Kind Blue}}
[[Categoria:Álbuns de Miles Davis]]
[[Categoria:Álbuns de 1959]]
[[Categoria:Álbuns de jazz]]
[[Categoria:Álbuns conceituais]]
[[Categoria:Música instrumental]]
[[Categoria:Álbuns lançados pela Columbia Records]]
[[Categoria:Álbuns lançados pela Sony Music]]
[[Categoria:Homenageados no Hall da Fama do Grammy]]
[[Categoria:Álbuns instrumentais]]