Mostrar código-fonte de Literatura do Brasil

{{Cultura do Brasil}}
A '''literatura brasileira''', considerando seu desenvolvimento baseada na [[língua portuguesa]], faz parte do espectro cultural lusófono, sendo um desdobramento da [[literatura em língua portuguesa]]. Faz parte também da [[Literatura Latino-americana|Literatura latino-americana]], a única em língua portuguesa. Ela surgiu a partir da atividade literária incentivada pelos [[jesuítas]] após o [[descobrimento do Brasil]] durante o século XVI.<ref>[http://www.algosobre.com.br/literatura/origens-da-literatura-no-brasil.html Algo Sobre - Origens da Literatura no Brasil]</ref> Bastante ligada, de princípio, à [[Literatura de Portugal|literatura metropolitana]], ela foi ganhando independência com o tempo, iniciando o processo durante o século XIX com os movimentos [[Romantismo no Brasil|romântico]] e [[Realismo no Brasil|realista]] e atingido o ápice com a [[Semana de Arte Moderna]] em 1922, caracterizando-se pelo rompimento definitivo com as literaturas de outros países, formando-se, portanto, a partir do [[Modernismo no Brasil|Modernismo]] e suas gerações as primeiras escolas de escritores verdadeiramente independentes. São dessa época grandes nomes como [[Manuel Bandeira]], [[Carlos Drummond de Andrade]], [[Guimarães Rosa]], [[João Cabral de Melo Neto]], [[Clarice Lispector]] e [[Cecília Meireles]].

A [[literatura]] produzida no [[Brasil]] tem papel de destaque na esfera [[Cultura do Brasil|cultural]] do país: todos os principais jornais do país dedicam grande parte de seus cadernos culturais à análise e crítica literária e o ensino da disciplina é obrigatório no [[Ensino secundário|Ensino Médio]].

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== Períodos ==
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|name = Literatura-tlbr
|title = Estilos de época na [[Literatura do Brasil|literatura brasileira]]
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|col1header = [[1500]]
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|col2header = [[1601]]
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|col3header = [[1768]]
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|col1 = [[Quinhentismo]]<br />[[Literatura de informação]]
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|col2 = [[Literatura barroca no Brasil|Barroco]]
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|col3 = [[Arcadismo no Brasil|Arcadismo]]
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|col5 = [[Realismo no Brasil|Realismo]]<br />[[Literatura do naturalismo|Naturalismo]]<br />[[Parnasianismo#No Brasil|Parnasianismo]]
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|col8 = [[Modernismo no Brasil|Modernismo]]
}}

=== Período colonial ===
[[Imagem:Carta-caminha.png|thumb|upright|Fac-símile da [[Carta de Pero Vaz de Caminha]] ao rei [[Manuel I de Portugal]].]]
{{Vertambém|Quinhentismo|Literatura barroca no Brasil|Arcadismo no Brasil|Neoclassicismo no Brasil}}
O primeiro documento existente que possa ser considerado literatura brasileira é a [[Carta de Pero Vaz de Caminha]], escrita por [[Pero Vaz de Caminha]] a [[Manuel I de Portugal]] e que continha uma descrição de como o território brasileiro parecia em 1500.<ref>{{Citar web |url=http://www.senado.gov.br/sf/senado/ilb/BrasildasLetras/mod1_01.html |título=A Certidão de Nascimento de um País |língua= |editor=[[Senado do Brasil]] |obra= |data= |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref> Revistas de viajantes e tratados descritivos sobre a "[[América Portuguesa]]" dominaram a produção literária nos dois primeiros séculos do Brasil, incluindo contos conhecidos de [[Jean de Léry]] e de [[Hans Staden]] — cuja história de seus encontros com povos [[tupis]] nas costas de [[Pernambuco]] e [[São Paulo (estado)|São Paulo]] foi extraordinariamente influente para as concepções europeias do chamado "[[Novo Mundo]]".<ref>"[[Histoire d'un voyage faict en la terre du Brésil|Histoire d'un voyage faict en la terre du Brési]]" (História de uma viagem feita na terra do Brasil), primeira edição (1578), Nova edição de ''Frank Lestrignant'',Presses du Languedoc/Max Chaleil Editeur,1992, ISBN 2-84062-002-2</ref><ref>STADEN, H. ''Duas viagens ao Brasil''. Porto Alegre: L&PM, 2010. p.162</ref>

O primeiro poema da literatura do Brasil é ''[[Prosopopeia]]'', de [[Bento Teixeira]], publicado em 1601 e que conta em estilo épico, inspirado em [[Camões]], as façanhas da família Albuquerque, tendo sido dedicado ao então governador de Pernambuco, [[Jorge de Albuquerque Coelho]].<ref name=Monteiro>MONTEIRO, Clóvis - Esboços de história literária - Livraria Acadêmica - 1961 - Rio de Janeiro - pgs.55-57</ref>{{Efn|Rodolfo Garcia, no começo do volume 2 de ''Visitação do Santo Ofício às Partes do Brasil'', questiona que o poema seja uma obra brasileira, pois Bento Teixeira foi um autor português.{{sfn|Santana-Demann|2019|p=43}}}} Décadas depois de ''Prosopopeia'', no ano de 1648, é publicado o livro ''[[Historia Naturalis Brasiliae]]'', primeiro tratado de história natural do Brasil, de autoria do médico e naturalista holandês [[Guilherme Piso]], que o concebeu através da observação do jardim zoobotânico do [[Palácio de Friburgo]], residência de [[Maurício de Nassau]] durante o [[Nova Holanda|domínio holandês em Pernambuco]].<ref name="Friburgo">{{Citar web|url=http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=638:palacio-de-friburgo-recife-pe&catid=50:letra-p|título=Palácio de Friburgo, Recife, PE|publicado=Fundaj|acessodata=19 de abril de 2015}}</ref> Alguns exemplos literários a partir deste período são o [[poema épico]] de [[Basílio da Gama]] comemorando a conquista das [[Missões]] pelos portugueses e a obra de [[Gregório de Matos]], um advogado do século XVII de [[Salvador (Bahia)|Salvador]] que produziu uma quantidade considerável de [[poesia]] [[Sátira|satírica]], religiosa e secular. A obra de Matos tem fortes influências [[Barroco no Brasil|barrocas]], como os poetas espanhóis [[Luis de Góngora]] e [[Francisco de Quevedo]],<ref>{{Citation | url = https://web.archive.org/web/20070320064950/http://www.ufba.br/~gmg/ |título= Gregório de Matos e Guerra. Uma visita ao poeta |publicado= Centro de Estudos Baianos da [[Universidade Federal da Bahia]], Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia e Fundação Casa de Jorge Amado |local= BA, BR}}</ref> sendo distribuído em sua época através de manuscritos e oralmente, só sendo publicado a partir de 1882.{{sfn|Santana-Demann|2019|p=44}}

O [[Neoclassicismo no Brasil|neoclassicismo]] foi difundido no Brasil durante a metade do século XVIII, seguindo o estilo italiano. A literatura era muitas vezes produzida por membros de academias temporárias ou semipermanentes e a maior parte do conteúdo era do gênero pastoral. O mais importante centro literário no [[Brasil colonial]] era a próspera região de [[Minas Gerais]], conhecida por suas [[Ciclo do ouro|minas de ouro]], onde o movimento protonacionalista da [[Inconfidência Mineira]] tinha começado. Os poetas mais importantes desta época eram [[Cláudio Manuel da Costa]], [[Tomás António Gonzaga]], [[Alvarenga Peixoto]] e [[Manuel Inácio da Silva Alvarenga]], todos eles envolvidos em uma revolta contra o [[Império Português|poder colonial]]. Gonzaga e Costa foram exilados para a [[África]] como consequência de seus respectivos trabalhos.

<center><gallery>
Imagem:Gregório de Matos.jpg|[[Gregório de Matos]]
Imagem:Claudio_manuel_da_costa.png|[[Claudio Manuel da Costa]]
|[[Tomás Antônio Gonzaga]]
</gallery></center>

=== Romantismo ===
{{Artigo principal|Romantismo no Brasil}}
[[Imagem:Iracema hi.jpg|thumb|Representação de ''[[Iracema]]'', por [[José Maria de Medeiros]]]]

Neoclassicismo durou por um tempo anormalmente longo e acabou por sufocar a inovação e restringir a criação literária. Foi só em 1836 que o [[Romantismo no Brasil|romantismo]] começou ao influenciar a [[poesia brasileira]] em larga escala, principalmente por meio dos esforços do poeta [[expatriado]] [[Gonçalves de Magalhães]].<ref>{{citar web |url=http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=848&sid=140 |título=Gonçalves de Magalhães |editor=[[Academia Brasileira de Letras]] |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref> Vários jovens poetas, como [[Casimiro de Abreu]], começaram a fazer experiências com o novo estilo logo depois.<ref>{{citar web |url=http://educacao.uol.com.br/biografias/casimiro-de-abreu.jhtm |título=Casimiro de Abreu |editor=[[Uol]] |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref> Este período produziu algumas das primeiras [[obras-primas]] da literatura brasileira.

As principais características da literatura do então recém-nascido país era o exagero, o [[nacionalismo]], a celebração da natureza e a introdução inicial da [[linguagem coloquial]]. A literatura romântica logo se tornou muito popular. Romancistas como [[Joaquim Manuel de Macedo]], [[Manuel Antônio de Almeida]] e [[José de Alencar]]{{Efn|Santana-Dezmann descreve que José de Alencar, ao buscar representar as diversas regiões que formavam o Brasil da época, “...criou um novo estilo de linguagem ao adequá-la aos temas e aproximá-la do modo brasileiro de falar...” assim, colocando “em prática a independência estética em relação a Portugal...” e iniciando formalmente a literatura nacional.{{sfn|Santana-Demann|2019|p=54}}}} publicaram suas obras em forma de [[Série (literatura)|série]] em jornais e se tornaram celebridades nacionais.<ref name="José de Alencar">{{citar web |url=http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=889&sid=239 |título=José de Alencar |editor=Academia Brasileira de Letras |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref>

Por volta de 1850, uma transição começou centrada em torno de [[Álvares de Azevedo]]. O romance ''[[Noite na Taverna]]'' de Azevedo e sua poesia, recolhida postumamente em ''[[Lira dos Vinte Anos]]'', tornaram-se influentes e o escritor foi largamente influenciado pela obra de [[Lord Byron]]. Esta segunda geração romântica era obcecada com a morbidade e a morte.<ref>{{citar web |url=http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=789&sid=93 |título=Álvares de Azevedo |editor=Academia Brasileira de Letras |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref>

Ao mesmo tempo, poetas como [[Castro Alves]], que escreveu sobre os horrores da [[Escravidão no Brasil|escravidão]] (''[[O Navio Negreiro]]''),<ref>{{citar web |url=http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=828&sid=124 |título=Castro Alves |editor=Academia Brasileira de Letras |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref> começaram a escrever obras com uma agenda social progressista específica. As duas tendências coincidiram em uma das realizações mais importantes da era romântica: o estabelecimento de uma identidade nacional brasileira a partir de ascendência [[Povos indígenas do Brasil|indígena]] e da rica natureza do país. Estes traços apareceram pela primeira vez no poema épico ''[[I-Juca-Pirama]]'', de [[Gonçalves Dias]] , mas logo tornaram-se generalizados. A consolidação deste sub-gênero ([[indianismo]]) é encontrada em dois romances famosos de José de Alencar: ''[[O Guarani]]'', sobre uma família de colonos portugueses que tomaram índios como servos, mas depois foram mortos por uma tribo inimiga, e ''[[Iracema]]'', que conta a história de um náufrago português que vive entre os índios e se casa com uma linda mulher nativa. A obra ''Iracema'' é especialmente [[lírica]], abrindo com cinco parágrafos de pura poesia em [[prosa]] de estilo livre descrevendo a personagem-título.<ref name="José de Alencar"/>

<center><gallery>
Image:Gonçalves_Dias.jpg|[[Gonçalves Dias]]
Image:Álvares_de_Azevedo.jpg|[[Álvares de Azevedo]]
Image:Jose de Alencar.png|[[José de Alencar]]
Image:Castro_Alves.png|[[Castro Alves]]
Image:Luís_Nicolau_Fagundes_Varela.jpg|[[Fagundes Varela]]
</gallery></center>

=== Realismo ===
{{Artigo principal|Realismo no Brasil}}
[[Imagem:DomCasmurroMachadodeAssis.jpg|thumb|upright|Primeira edição de ''[[Dom Casmurro]]'', 1900.]]
O declínio do romantismo, juntamente com uma série de transformações sociais, ocorreu no país em meados do século XIX. Uma nova forma de [[prosa]] surge, incluindo a análise dos povos indígenas e a descrição do ambiente, nos autores regionalistas (como [[Franklin Távora]] e [[João Simões Lopes Neto]]) . Sob a influência do naturalismo e de escritores como [[Émile Zola]], [[Aluísio Azevedo]] escreveu ''[[O Cortiço]]'', com personagens que representam todas as classes e categorias sociais da época. O [[realismo brasileiro]] não foi muito original em um primeiro momento, mas assumiu uma importância extraordinária por causa de escritores como [[Machado de Assis]] e [[Euclides da Cunha]].<ref name="Machado de Assis">{{citar web |url=http://www.machadodeassis.org.br/ |título=Machado de Assis |editor=Academia Brasileira de Letras |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref><ref name="Euclides da Cunha">{{citar web |url=http://www.euclidesdacunha.org.br/ |título=Euclides da Cunha |editor=Academia Brasileira de Letras |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref>

Talvez o mais importante escritor do realismo brasileiro tenha sido [[Machado de Assis]] (1839-1908), filho de um pintor de paredes mulato e de uma mulher portuguesa, cuja única de educação, além de aulas de alfabetização, era a extensa leitura de livros emprestados. Ao trabalhar como [[tipógrafo]] em uma editora, Assis logo conheceu mais da literatura mundial e ainda conseguiu aprender um pouco de [[Língua inglesa|inglês]] e [[Língua francesa|francês]]. No início da carreira, ele escreveu vários romances famosos, como ''[[A Mão e a Luva]]'' e ''[[Ressurreição (Machado de Assis)|Ressurreição]]'', que, apesar de seu romantismo exagerado, já mostram seu humor vivaz e seu pessimismo para com as convenções da sociedade. Depois de ser apresentado ao realismo, Machado de Assis mudou seu estilo e seus temas, produzindo algumas das mais notáveis prosas já escritas em [[língua portuguesa]]. O estilo serviu como meio para seu humor corrosivo e seu intenso pessimismo, que estava distante das concepções de seus contemporâneos. Assis também era poeta.<ref name="Machado de Assis"/>

Entre as principais obras de Machado de Assis estão:
* ''[[Memórias póstumas de Brás Cubas]]'', a autobiografia fictícia de um homem recentemente falecido, escrito pelo próprio "do além". É totalmente antirromântica e ridiculariza a sociedade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] da época.
* ''[[Dom Casmurro]]'', pretende ser a autobiografia de um homem solitário que deixa sua esposa e seu único filho depois de desfrutar de anos de vida conjugal feliz. O romance é famoso no mundo lusófono pela análise de um caso (possível, mas nunca provado ou admitido) de adultério.
* ''[[Quincas Borba]]''
* ''[[O Alienista]]'', o conto sobre um psiquiatra que funda um hospital para doentes mentais em uma pequena cidade e mais tarde se envolve em investigações profundas sobre a natureza e a cura da doença mental, perturbando muito o estilo de vida da cidade.

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Image:Machado de Assis aos 57 anos.jpg|[[Machado de Assis]]
Image:Aluisio_Azevedo.jpg|[[Aluísio Azevedo]]
Image:Raul Pompeia.jpg|[[Raul Pompeia]]
Image:Olavobil.jpg|[[Olavo Bilac]]
Image:Raimundo_Correia.jpg|[[Raimundo Correia]]
</gallery></center>

=== Pré-modernismo ===
[[Imagem:Os Sertões livro 1902.jpg|thumb|upright|''[[Os Sertões]]'' (1902), obra de [[Euclides da Cunha]]]]
{{Artigo principal|Pré-modernismo}}
O período entre 1895 e 1922 é chamado de [[pré-modernismo]] por estudiosos brasileiros, porque, apesar de não haver uma predominância clara de qualquer estilo literário, existiam algumas manifestações iniciais do [[Modernismo no Brasil|modernismo]]. A era pré-moderna é curiosa, visto que a escola francesa do [[simbolismo]] não se popularizou, enquanto a maioria dos autores do realismo ainda mantiveram seus estilos e reputações anteriores (incluindo Machado de Assis e o poeta [[Olavo Bilac]]). Alguns autores dessa época, como [[Monteiro Lobato]], [[Lima Barreto (escritor)|Lima Barreto]], [[Simões Lopes Neto]] e [[Augusto dos Anjos]].<ref>[http://educaterra.terra.com.br/literatura/premodernismo/premodernismo_1.htm Literatura], Terra, ''Pré-modernismo - origens''. Página consultada em 5 de abril de 2008</ref>

Um escritor famoso e altamente influenciado pelo [[determinismo]], [[Euclides da Cunha]] sempre foi atormentado por seus problemas familiares (ele foi morto pelo amante de sua esposa) e teve que enfrentar a oposição política por causa de suas opiniões. Como jornalista ''[[freelancer]]'' que trabalhava para o jornal ''[[O Estado de S. Paulo]]'', Cunha cobriu a [[Guerra de Canudos]], uma revolta popular com alguns traços igualitários e [[Fundamentalismo cristão|cristãos fundamentalistas]] que ocorreu na [[Bahia]] entre 1895 e 1897. Suas histórias, juntamente com alguns [[ensaio]]s que ele escreveu sobre o povo e a geografia do [[Região Nordeste do Brasil|nordeste brasileiro]], foram publicados em um grosso volume chamado ''Os Sertões''. Em seu trabalho, Cunha apresentou a tese revolucionária de que o Estado brasileiro era uma entidade violenta e estrangeira, rejeitada (mas muitas vezes tolerada) pela grande maioria da população analfabeta, alguns dos quais preservavam crenças e comportamentos que não tinham mudado nos últimos mil anos. Ele descobriu, por exemplo, que o [[sebastianismo]] era, então, presente no nordeste brasileiro e que muitas rimas medievais, contos folclóricos e tradições portuguesas ainda eram mantidos pelas pessoas grosseiras dos "[[Sertão brasileiro|sertões]]". Esta população não aceitava o [[secularismo]] e o [[República Velha|governo republicano]]. Seu livro ''Os Sertões'' é composto por três partes chamadas "A Terra", "O Homem" e "A luta". Tal organização do livro reforça a ideia de que o ambiente onde um homem nasceu, os aspectos sociais deste lugar e essa cultura homem pode definir o que ele vai se tornar. Este princípio é conhecido como determinismo, uma forma de pensamento que influenciou profundamente a literatura brasileira em meados e final do século XIX e início do século XX.<ref name="Euclides da Cunha"/>

<center><gallery>
Image:Euclides_da_Cunha.jpg|[[Euclides da Cunha]]
Image:LimaBarreto.jpg|[[Lima Barreto (escritor)|Lima Barreto]]
Image:Augusto_Anjos.jpg|[[Augusto dos Anjos]]
</gallery></center>

=== Modernismo ===
{{Artigo principal|Modernismo no Brasil}}
O modernismo no Brasil começou com a [[Semana de Arte Moderna]], em 1922: ''Geração 1922'' era um apelido para os escritores [[Mário de Andrade]], [[Oswald de Andrade]], [[Manuel Bandeira]], [[Cassiano Ricardo]], [[Raul Bopp]], [[Guilherme de Almeida]], [[Antônio de Alcântara Machado]] e outros, os quais combinavam tendências nacionalistas com um interesse pelo modernismo europeu. Alguns novos movimentos como o [[surrealismo]] já eram importantes na [[Europa]] e começaram a se firmar no Brasil durante esse período.<ref>{{citar web |url=http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/semana/ |título=A Semana |editor=[[Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo]] |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref>

[[Mário de Andrade]] nasceu em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]. Ele trabalhou como professor e foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna. Andrade pesquisou o [[folclore brasileiro|folclore]] e a música popular brasileira e usou isso em seus livros, evitando o estilo europeu. Seu [[anti-herói]] brasileiro é ''[[Macunaíma]]'', um produto da mistura étnica e cultural. O interesse de Andrade pelo folclore e seu uso da linguagem coloquial eram extremamente influente, a ponto de que suas inovações, a princípio revolucionárias, passaram a dominar a literatura brasileira.<ref>{{citar web |url=http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?from_info_index=41&infoid=1357&sid=368 |título=A invenção de São Paulo |autor=Antonio Olinto |editor=Academia Brasileira de Letras |data=2006 |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref>

[[Oswald de Andrade]], outro participante da Semana de Arte Moderna de 1922, trabalhou como jornalista em São Paulo. Nascido em uma família rica, ele viajou para a Europa várias vezes. Da geração de 1922, Oswald de Andrade representa melhor as características rebeldes do movimento modernista. Ele é o autor do [[Manifesto Antropófago]] (1927), em que ele diz que é necessário que o Brasil, como um canibal, coma a cultura estrangeira e, durante a digestão, crie a sua própria cultura.<ref>{{citar web |url=http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm?fuseaction=biografias_texto&cd_verbete=4945 |título=Andrade, Oswald de (1890 - 1954) |editor=Enciclopédia Literatura Brasileira - [[Itaú Cultural]] |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref>

Neste período, a [[ficção científica do Brasil]], cujas origens são identificadas no [[século XIX]],<ref>[http://revistapesquisa.fapesp.br/2011/06/23/o-futuro-do-presente-no-pret%C3%A9rito/ Revista Pesquisa FAPESP] - ''O futuro do presente no pretérito.'' Carlos Haag, Edição 184,
Junho de 2011. Acessado em 03/08/2018.</ref> teve representantes como [[Jerônymo Monteiro]], apontado como o primeiro autor nacional especializado no [[Gênero literário|gênero]].<ref>{{citar periódico|ultimo=Lucchetti|primeiro=Marco Aurélio|data=maio de 2014|titulo=Um panorama da ficção científica brasileira|url=https://web.archive.org/web/20180918071645/http://jornaldocinema.com.br/NUMERO%2019/panorama.html|jornal=Jornal do Cinema |publicado=Cineclube Cauim |acessodata=|número=19}}</ref><ref>{{Citar revista |ultimo=Fraia |primeiro=Emlio |data=Março de 2005 |jornal=[[Revista Trip]] |titulo=Conheça Jeronymo Monteiro, o doutor Frankenstein da ficção científica nacional, e mais quatro escritores do apocalipse |editora=Trip Editora e Propaganda SA |ISSN=1414-350X |citação=O escritor Jeronymo Monteiro, morto em 1970, inventou a ficção científica no Brasil.}}</ref>

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Image:Mario_de_andrade_1928b.png|[[Mário de Andrade]]
Image:Oswald_de_andrade_1920.jpg|[[Oswald de Andrade]]
Imagem:Manuel Bandeira 1938.jpg|[[Manuel Bandeira]]
Imagem:Raul Bopp cropped.jpg|[[Raul Bopp]]
Image:Jose_lins_1918.jpg|[[José Lins do Rego]]
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=== Pós-modernismo e Regionalismo ===
[[Imagem:MPL 031.jpg|direita|thumb|Trechos pendurados de ''[[Grande Sertão: Veredas]]'', a [[obra-prima]] de [[Guimarães Rosa]], durante uma exposição no [[Museu da Língua Portuguesa]], em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]].]]
O que define o modernismo brasileiro são duas características principais: o experimentalismo na linguagem e uma consciência social melhorada, ou uma mistura dos dois, como era o caso de [[Oswald de Andrade]], que foi brevemente atraído para o [[Comunismo|movimento comunista]]. A reação do modernismo, então, assume a forma de uma mistura entre a sua característica mais saliente, a utilização de uma linguagem literária mais formal (como foi o caso da assim chamada "geração de 1945", cujas características eram, em primeiro lugar, a poesia altamente física de [[João Cabral de Melo Neto]], que se opunha ao modernismo poético de [[Carlos Drummond de Andrade]] e, em segundo lugar, os [[soneto]]s de [[Vinicius de Moraes]]), seguida por doses variadas, de acordo com o autor, de [[subjetivismo]], [[conservadorismo]] político e [[catolicismo]] militante.

Dois importantes escritores brasileiros desta "escola" e que têm publicações após a década de 1950 são [[Clarice Lispector]], cujos romances e contos [[Existencialismo|existencialistas]] estão cheios de fluxo de consciência e [[epifania]]s, e [[João Guimarães Rosa]], cuja linguagem experimental mudou a face da literatura brasileira para sempre. Seu romance ''[[Grande Sertão: Veredas]]'' tem sido comparado a ''[[Ulisses (livro)|Ulisses]]'', de [[James Joyce]], ou a ''[[Berlin Alexanderplatz (romance)|Berlin Alexanderplatz]]'', de [[Alfred Döblin]].<ref>{{citar web |url=http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=681&sid=96 |título=João Guimarães Rosa |editor=Academia Brasileira de Letras |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref>

Com extensa obra, [[Graciliano Ramos]] também marcou a literatura brasileira. Suas obras sobre a situação do sertanejo e sobre o processo de urbanização precária nos pequenos centros urbanos marcam, ao lado de outros escritores, a geração de 1930, que embora vinculado ao modernismo, estavam mais associados a uma vertente regionalista, com temáticas renovadas e espírito crítico.

Seguindo na esteira do subjetivismo conservador inaugurado pelos romancistas católicos [[Octávio de Faria]], [[Lúcio Cardoso]], [[Cornélio Pena]] e [[Gustavo Corção]], [[Nelson Rodrigues]] fez sua carreira como [[dramaturgo]] e jornalista esportivo. Suas [[peça teatral|peças]] e [[conto]]s faziam uma [[crônica (gênero)|crônica]] dos costumes sociais brasileiros dos anos 1950 e 1960, os adultérios e as patologias sexuais em geral, sendo uma das principais a fixação dele. Sua escrita esportiva descreve a evolução do futebol, uma das paixões nacionais do Brasil.<ref>{{citar web |url=http://www.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/acervo/nelson-rodrigues/biografia-de-nelson-rodrigues/ |título=Biografia de Nelson Rodrigues |editor=Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref> Rodrigues era considerado conservador e de [[Direita política|direita]], além de ser fortemente crítico dos jovens de [[Esquerda política|esquerda]] que se opunham à [[Regime militar no Brasil|ditadura militar]] após o [[golpe de 1964]]. Por um tempo, Nelson Rodrigues foi pró-ditadura, até sofrer o destino trágico de ter um de seus filhos torturados e encarcerados por pertencer a uma organização guerrilheira clandestina.<ref>{{citar web |url=http://bravonline.abril.com.br/materia/tarado-e-reacionario |título=Tarado e Reacionário |autor=Marcella Franco e Valmir Santos |editor=[[Bravo! (revista)|BRAVO!]] |data=Janeiro de 2012 |acessodata=10 de novembro de 2013}}</ref>

Outros autores de destaque desta geração foram, em obras de ficção: [[Autran Dourado]], [[Murilo Rubião]], [[Josué Montello]], [[Herberto Sales]], [[Otto Lara Resende]], [[Adonias Filho]], [[Nestor de Holanda]], [[Osman Lins]], [[Campos de Carvalho]], [[Gerardo Mello Mourão]], [[Fernando Sabino]], [[Antonio Callado]], [[Dalton Trevisan]], [[Carlos Heitor Cony]], [[José J. Veiga]].

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Ficheiro:Clarice Lispector, 1972 (cropped).tif|[[Clarice Lispector]]
Ficheiro:JoaoCabral.JPG|[[João Cabral de Melo Neto]]
Ficheiro:Joaoguimaraesrosa1.jpg|[[João Guimarães Rosa]]
Ficheiro:Vinicius.jpg|[[Vinícius de Moraes]]
Ficheiro:Nelson Rodrigues 1967.jpg|[[Nelson Rodrigues]]
</gallery>
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Ficheiro:Mário Quintana, 1966.tif|[[Mário Quintana]]
Ficheiro:Jorge Amado, 1972.tif|[[Jorge Amado]]
Ficheiro:Graciliano Ramos, 1940.tif|[[Graciliano Ramos]]
Ficheiro:Cecília Meireles, sem data.tif|[[Cecília Meireles]]
Ficheiro:Carlos Drummond de Andrade, 1970.tif|[[Carlos Drummond de Andrade]]
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=== Contemporaneidade ===
A literatura brasileira contemporânea tem [https://www.academia.edu/65223865/A_literatura_brasileira_contemporânea_o_que_é múltiplos aspectos] mas, em geral, é focada na vida urbana e em algumas de suas características: a solidão, a violência, as questões políticas e o controle da mídia. Escritores como [[Rubem Fonseca]] e [[Sérgio Sant'Anna]] escreveram livros importantes com estes temas na década de 1970, abrindo novos caminhos na literatura nacional até então. Destacam-se na prosa de ficção, [[João Antônio Ferreira Filho|João Antônio]], [[José Cândido de Carvalho]], [[Moacyr Scliar]], [[João Ubaldo Ribeiro]], [[Silviano Santiago]], [[Alberto Mussa]], [[Ricardo Lísias]], [[Miguel M. Abrahão]], [[Paulo Coelho]], [[Julián Fuks]], [[Luiz Vilela]], [[Nélida Piñon]], [[Ariano Suassuna]], [[Pedro Nava]], [[Raduan Nassar]], [[Ignacio de Loyola Brandão]], [[Caio Fernando Abreu]], [[João Gilberto Noll]], [[Luis Fernando Verissimo]], [[Cristóvão Tezza]], [[Antônio Torres]], [[Zulmira Ribeiro Tavares]], [[Milton Hatoum]], [[João Almino]], [[Ana Miranda]], [[Bernardo Carvalho]], [[Luiz Ruffato]], [[Marçal Aquino]], [[Sérgio Rodrigues (escritor)|Sérgio Rodrigues]], [[Augusto Cury]], [[Bernardo Kucinski]], [[Edney Silvestre]], [[Veronica Stigger]], [[Alberto Mussa]], [[Adriana Lisboa]], [[Tatiana Salem Levy]] e [[Lygia Fagundes Telles]], que, em 2016, aos 92 anos, tornou-se a primeira mulher brasileira a ser indicada ao [[Nobel de Literatura]].<ref>{{Citar periódico|data=2016-02-03|titulo=Lygia Fagundes Telles é indicada ao Nobel de Literatura|jornal=Pop & Arte|url=http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/02/lygia-fagundes-telles-e-indicada-ao-nobel-de-literatura.html}}</ref>

Entre os poetas mais aclamados nos círculos literários brasileiros estão [[Manoel de Barros]], [[Adélia Prado]] e [[Ferreira Gullar]], que, assim como Gerardo Mello Mourão<ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/cultura/morre-gerardo-mello-mourao-que-concorreu-ao-nobel-4210872|titulo=Morre Mello Mourão que concorreu ao Nobel|data= 2007|publicado=Portal G1 - Pop & Arte|acessodata=3 de outubro de 2021}}</ref> e Lygia Fagundes Telles,<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/02/lygia-fagundes-telles-e-indicada-ao-nobel-de-literatura.html |título= Lygia Fagundes Telles é indicada ao Nobel de Literatura|autor=|data= 3 de fevereiro de 2016|publicado=Portal G1 - Pop & Arte|acessodata=5 de fevereiro de 2016}}</ref> também foram indicados ao Nobel de Literatura.<ref>{{citar web |url=http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/2011/10/05/ferreira-gullar-e-candidato-ao-nobel-de-literatura-que-sera-anunciado-na-quinta-6.jhtm |título=Ferreira Gullar é candidato ao Nobel de Literatura, que será anunciado na quinta (6) |editor=[[Uol]] |data=5 de outubro de 2011 |acessodata=10 de novembro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131110081338/http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/2011/10/05/ferreira-gullar-e-candidato-ao-nobel-de-literatura-que-sera-anunciado-na-quinta-6.jhtm |arquivodata=2013-11-10 |urlmorta=yes }}</ref> Destacam-se ainda poetas como [[Ana Cristina Cesar|Ana Cristina César,]] [[Maria Lúcia Alvim]], [[Maria da Conceição Paranhos]], [[Paulo Henriques Britto]] e Roberval Pereyr.
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Imagem:Lygia_Fagundes_Telles.jpg|[[Lygia Fagundes Telles]]
Imagem:Joao_Ubaldo_Ribeiro.jpg|[[João Ubaldo Ribeiro]]
Imagem:Moacir_Scliar.jpg|[[Moacyr Scliar]]
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Imagem:Ariano Suassuna.jpg|[[Ariano Suassuna]]
Imagem:Ferreira Gullar crop.png|[[Ferreira Gullar]]
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== Ver também ==
* [[Artes do Brasil]]
* [[Cultura do Brasil]]
* [[Academia Brasileira de Letras]]
* [[Lista de membros da Academia Brasileira de Letras]]
* [[Literatura LGBT do Brasil]]

{{Referências|col=2}}

== Notas ==
<references group="lower-alpha"/>

== Bibliografia ==

* {{Citar livro|url=https://www.google.com.br/books/edition/Hy_Brasil/4GOuDwAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=0|título=Hy Brasil|subtítulo=a construção de uma nação|ultimo=Santana-Dezmann|primeiro=Vanete|data=2019|editora=Viseu|local=Maringá|páginas=115|lingua=pt-BR|ref=harv|edição=1|isbn=978-8530009403|oclc=1353609067}}

== Ligações externas ==
* [http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/ Banco de dados de história literária e biblioteca digital]
* [http://www.biblio.com.br/conteudo/Biografias.asp Biografias dos maiores autores de nossa língua]
* [https://web.archive.org/web/20070608201601/http://www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/literatura Texto integral de obras da literatura em língua portuguesa]
* [http://www.cervantesvirtual.com/portal/fbn/biografias.shtml Biografias de Autores (Fundação Biblioteca Nacional)]
* [http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia/poesia/home/index.cfm Panorama da Poesia e Crônica (Itaú Cultural)]
* [http://www.ufmg.br/boletim/bol1755/8.shtml Antologia AFRODESCENDENTE Obra reúne 100 escritores de todo o país, desde o período colonial, com análises de 61 pesquisadores.]Livro: Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica Organizado por Eduardo de Assis Duarte Editora UFMG 2008 páginas, em quatro volumes.
* {{es}} Arce, Emilia Isabel. "[https://www.lib.utexas.edu/etd/d/2009/arcee64124/arcee64124.pdf La institucionalización del rol materno durante gobiernos autoritarios: respuestas de escritoras argentinas y brasileñas a la construcción patriarcal de género y nación.]" ([http://www.webcitation.org/6PeLcmCzp Arquivo]) (tesis doutoral). [[Universidade do Texas em Austin]]. mai 2009.
*[http://portuguesesdepapel.com Portugueses de papel] Um banco de dados com personagens portugueses de romances brasileiros
*[https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2013/04/14/interna_diversao_arte,360305/enquete-com-especialistas-elegeu-os-melhores-livros-e-autores-do-pais.shtml Enquete com especialistas elegeu os melhores livros e autores do país]. Correio Braziliense.

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