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Movimento operário: diferenças entre revisões

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As queixas mais sérias dos operários das fábricas e das minas referiam-se a excessivas horas de trabalho, salários baixos,multas e o sistema de permuta segundo o qual os patrões pagavam em generos e não em dinheiro. Os homens, as mulheres e as crianças trabalhavam doze horas ou mais por dia e estavam geralmente exaustos quando regressavam a sua casa.Visto a certos patrões interessar que as máquinas trabalhassem continuamente, introduziram-se turnos noturnos em algumas indústrias. O número de dias trabalhados no ano aumentava. Por vezes o domingo era dia de trabalho também, apesar dos protesto da igreja. Nos distritos onde os aprendizes costumavam ter as segundas-feiras livres, os patrões faziam o possível por abolir esse Hábito. E, nos países católicos, os dias santos eram gradualmente reduzidos nas fábricas.
As queixas mais sérias dos operários das fábricas e das minas referiam-se a excessivas horas de trabalho, salários baixos,multas e o sistema de permuta segundo o qual os patrões pagavam em generos e não em dinheiro. Os homens, as mulheres e as crianças trabalhavam doze horas ou mais por dia e estavam geralmente exaustos quando regressavam a sua casa.Visto a certos patrões interessar que as máquinas trabalhassem continuamente, introduziram-se turnos noturnos em algumas indústrias. O número de dias trabalhados no ano aumentava. Por vezes o domingo era dia de trabalho também, apesar dos protesto da igreja. Nos distritos onde os aprendizes costumavam ter as segundas-feiras livres, os patrões faziam o possível por abolir esse Hábito. E, nos países católicos, os dias santos eram gradualmente reduzidos nas fábricas.


Tais condições produziram a resistência, que se expressou de diversas maneiras. A primeira manifestação da resistência foi o movimento " ludita ". Inspirados em Ned Ludd, os operários ingleses deram início à destruição de maquinas, identificadas como as responsáveis pela sua situação de miséria. A reação governamental foi violenta, com perseguições aos luditas, havendo até mesmo condenação a morte.
Tais condições produziram a resistência, que se expressou de diversas maneiras. A primeira manifestação da resistência foi o movimento " ludita ". Inspirados em Ned Ludd, os operários ingleses deram início à destruição de maquinas, identificadas como as responsáveis pela sua situação de miséria. A reação governamental foi violenta, com perseguições aos luditas, havendo até mesmo condenação a morte........


A partir de 1830, observa-se um segundo momento na luta operária: o movimento Cartista. Os operários ingleses haviam criado a " Associação dos Operários ", considerada ilegal pelo governo. Dessa Associação partiu em 1837, a publicação da " Carta do Povo", onde se propugnava o sufrágio universal masculino, o voto secreto, a remuneração dos parlamentares, uma representação mais igualitárias nas eleições, entre outros itens. O que se pretendia, em última análise, era permitir uma representação política do proletariado. Greves, passeatas, comícios, foram organizados para pressionar o Parlamento que, no entanto, recusou a " Carta do Povo ". O movimento se esvadiu, por volta de 1848, devido à repressão governamental.
A partir de 1830, observa-se um segundo momento na luta operária: o movimento Cartista. Os operários ingleses haviam criado a " Associação dos Operários ", considerada ilegal pelo governo. Dessa Associação partiu em 1837, a publicação da " Carta do Povo", onde se propugnava o sufrágio universal masculino, o voto secreto, a remuneração dos parlamentares, uma representação mais igualitárias nas eleições, entre outros itens. O que se pretendia, em última análise, era permitir uma representação política do proletariado. Greves, passeatas, comícios, foram organizados para pressionar o Parlamento que, no entanto, recusou a " Carta do Povo ". O movimento se esvadiu, por volta de 1848, devido à repressão governamental.

Revisão das 20h28min de 4 de junho de 2012

Para se estudar a história do movimento operário e sua identificação com os postulados do Socialismo, é necessário relembrar as condições de vida e de trabalho da classe operária a partir do momento da consolidação do capitalismo, istoé, a partir da Revolução Industrial.

Os operários jamais aceitaram passivamente as novas condições. As diferenças sociais tornavam-se mais agudas, passando a existir uma diferenciação até mesmo dos locais de moradia da burguesia e do proletariado.Uma das mais infelizes consequência sociais do primeiro sistema fabril foi a exploração de mulheres e crianças. Em Lião, em 1777, havia 3823 crianças ocupadas no fabrico de sedas, numa força total de trabalho de 9657.

As queixas mais sérias dos operários das fábricas e das minas referiam-se a excessivas horas de trabalho, salários baixos,multas e o sistema de permuta segundo o qual os patrões pagavam em generos e não em dinheiro. Os homens, as mulheres e as crianças trabalhavam doze horas ou mais por dia e estavam geralmente exaustos quando regressavam a sua casa.Visto a certos patrões interessar que as máquinas trabalhassem continuamente, introduziram-se turnos noturnos em algumas indústrias. O número de dias trabalhados no ano aumentava. Por vezes o domingo era dia de trabalho também, apesar dos protesto da igreja. Nos distritos onde os aprendizes costumavam ter as segundas-feiras livres, os patrões faziam o possível por abolir esse Hábito. E, nos países católicos, os dias santos eram gradualmente reduzidos nas fábricas.

Tais condições produziram a resistência, que se expressou de diversas maneiras. A primeira manifestação da resistência foi o movimento " ludita ". Inspirados em Ned Ludd, os operários ingleses deram início à destruição de maquinas, identificadas como as responsáveis pela sua situação de miséria. A reação governamental foi violenta, com perseguições aos luditas, havendo até mesmo condenação a morte........

A partir de 1830, observa-se um segundo momento na luta operária: o movimento Cartista. Os operários ingleses haviam criado a " Associação dos Operários ", considerada ilegal pelo governo. Dessa Associação partiu em 1837, a publicação da " Carta do Povo", onde se propugnava o sufrágio universal masculino, o voto secreto, a remuneração dos parlamentares, uma representação mais igualitárias nas eleições, entre outros itens. O que se pretendia, em última análise, era permitir uma representação política do proletariado. Greves, passeatas, comícios, foram organizados para pressionar o Parlamento que, no entanto, recusou a " Carta do Povo ". O movimento se esvadiu, por volta de 1848, devido à repressão governamental.

A partir daí, o interesse operário se dirigiu para a formaçao das " Trade Unions ", ou seja, Associação de trabalhadores, com objetivos inicialmente assistenciais. Destas " trade unions " surgirão , no final do século, os sindicatos. Num primeiro momento os sindicatos tiveram uma preocupação nitidamente assistencialista e, posteriormente, procuraram formalizar objetivos que garantiriam uma transformação social mais ampla.

No final do século XIX, pode-se vislumbrar a aproximação do movimento operário ao movimento socialista.

O socialismo, entendido como uma contestação ao individualismo liberal, corporifica-se como uma resposta aos problemas sociais criado pela industrialização a às crisesd que começavam a acontecer dentro do sistema capitalista.

Os primeiros socialistas foram. posteriormente , denominados de utópicos. Sob este rótulo encontram-se diversas teorias formuladas principalmente na França e na Inglaterra.

Acredita-se que o conceito de Socialismo deve conter os seguintes elementos: a superação dos meios de produção enquanto propriedade privada; a superação do regime de produção de mercadorias e enfraquecimento do dinheiro; a abolição da troca( e da propriedade privada), do consumo de mercadorias, pelo menos dentro da comuna; o controle dos produtos sobre o produto do seu trabalho e sobre suas relações de trabalho, as quais incluem, entre outras coisas, o poder imediato de ter acesso sobre os meios de produção e o consumo de mercadorias; o poder do indíviduo sobre si mesmo, seu relacionamento mútuo, o que , entre outras coisas, exclui como não necessário um aparato repressivo à sociedade.


Em 1848, a publicação do Manifesto Comunista, elaborado por Karl Marx e Friedrich Engels, abriu um novo caminho no pensamento socialista, o chamado socialismo científico.

As bases do pensamento marxista encontraram-se fundamentalmente em três correntes: a dialética hegeliana, a economia política inglesa e o socialismo.

A dialética desenvolvida pelo filósofo alemão Hegel, afirma que " cada conceito possui em si o seu contrário, cada afirmação, a sua negação. O mundo não é um conjunto de coisas prontas e acabadas, mas sim o resultado do movimento gerado pelo choque desses antagonismo e dessas contradições. A afirmação traz em si o germe de sua própria negação; depois de se desenvolver, essa negação entra em choque com a afirmação e este choque vai gerar um terceiro elemento mais evoluído, que Hegel chamou de " síntese" ou " negação da negação".Spindel, Arnaldo.

Hegel , no entanto, era um filósofo idealista e, por consequência, Marx irá " virar pelo avesso " a sua teoria, ao afirmar que não eram as idéias que criavam a realidade, e sim as circunstâncias materiais. Em outros termos, Marx afirmou o materialismo como base dialética.

A partir do conceito de materialismo dialético, Marx e Engels criaram uma nova teoria da História: o materialismo histórico. Para eles, a História se desenvolve, dialeticamente, a partir das relações de produção existente em cada momento. As relações de produção seriam a infra-estrutura sobre a qual se sustenta a super estrutura política, jurídica e ideológica

A grande crítica que Marx e Engels fazem ao capitalismo diz respeito ao caráter exploratório deste modo de produçaõ sobre os proletários. Para Marx, em 4 ou 5 horas de trabalho, os operários produziam todas as mercadorias necessárias para comporem o seu sálario. Trabalhavam, pois, 9 ou 10 horas sem nada receber. Todo o fruto do trabalho executado nestas 9,10 horas era, apropriado pelo burguês. É o que Marx chamará de " mais-valia " e que , segundo ele, demonstra sobejamente a exploração que os operários sofrem pelos patrões.

O socialismo, no século XIX, manifesta-se não apenas no campo teórico. A prática encontra-se espelhadas nos congressos, especialmente aqueles conhecidos como " Internacionais ". A I Internacional reuniu-se de 1864 a 1876. Em 1872 os anarquistas( anarquismo normamente é compreendido de forma errônea. Generalizou-se entre as pessoas a idéia de que anarquismo significa bagunça, vandalismo e outras coisas semelhantes, idéia esta que não se articula bem com o conceito e com o movimento que se está procurando analisar. A palavra anarquismo é de origem grega, significando: an= negação; arquia =governo. ) foram expulsos da I Internacional, cujo conselho foi transferido para New York, onde se decidiu pelo seu fechamento, em 1876.

A II Internacional se reúne em 1891. Nesse intervalo, na Alemanha ocorrera importante modificação: seguidores de Marx, como Bebel e Karl Liebknecht, reunidos em 1875, no Congresso de Gotha, deram origem à Social-Democrática, negando determinados pontos básicos do pensamento de Marx e dele recebendo duras críticas. Mas o Partido Social-Democrata, apesar das resistências, inclusive do governo alemão, cresceu, transformando-se mesmo no maior partido político do país.