O Seminarista

 Nota: Se procura a adaptação cinematográfica deste romance, veja O Seminarista (filme).

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O Seminarista é um romance de Bernardo Guimarães, publicado em 1872.

Nessa obra dramática, o autor investe contra o celibato religioso e o autoritarismo das famílias do século XIX, que impediam o jovem de seguir um caminho escolhido.

1º capitulo

No começo deste capitulo e narrado o local a onde a historia se passa por alguns instantes, descreve a casa de Umbelina que uma casa simples mais bem arruma.

Resumo da obra

O Seminarista narra uma historia ocorrida no interior de Minas Gerais. A obra se inicia com Eugênio dizendo a Margarida que iria viajar para Congonhas onde estudaria para ser padre, Margarida lhe pediu que fosse ela a primeira pessoa que ele iria confessar. Eugênio jurou que assim seria e pediu sua presença na primeira missa dele. Sua suposta vocação para padre foi percebida pelos seus pais que vendo ele aos doze anos ensinar Margarida as primeiras letras e sua índole calma e pacata disseram não poder desprezar tão bela vocação clerical. Com muita tristeza, Eugênio despediu-se dos seus familiares e de seu amor infantil, Margarida, e chorando seguiu para o seminário. No seminário ficava isolado, abatido, tudo o fazia lembrar a liberdade do campo e Margarida, mas no geral, Eugênio era um exemplo de boa conduta e aplicação. O tempo passou, no seminário o exemplar Eugênio teve um momento difícil; foi encontrado entre seus pertences versos onde ele se declarava a sua amada Margarida, os mestres viram nisso um escândalo. O diretor o chamou a sua sala e disse que o iria expulsar, Eugenio implorou que ele não fizesse isso, o diretor voltou atrás, mas como castigo Eugênio ficaria uma semana em jejum e ao fim desse período se confessaria. Eugênio foi obrigado a esquecer sua amada, usou todos os métodos que pôde, ocupou todo seu tempo, dedicou-se com demasia a essa tarefa, o que o fez emagrecer, modificar seu caráter e andar como um fantasma pelo seminário. Já tendo 16 anos, os últimos quatro passados no seminário, O SEMINARISTA foi visitar a família, teve festa para recebê-lo, mas por chegar tarde, Margarida e sua mãe só o foram visitar na manhã seguinte. Quando se deparou com Margarida, Eugênio corou e empalideceu ao mesmo tempo, não conseguiu falar direito, estava completamente constrangido. Passado o dia da visita, Eugênio foi à casa de Margarida, logo se entenderam e saíram a passeio, mas quando Margarida tocava na palavra padre ele estremecia, a palavra que ele gostava, agora causava-lhe horror. Eugênio e Margarida juraram ficar juntos, o seminarista não queria ser padre e resolveu falar com seus pais. Disse Eugênio a sua mãe que não desejava ser padre, ela disse que essa atitude era fruto da amizade com Margarida e ameaçou mandá-lo de volta ao seminário antes de findar as férias. Proibido de visitar Margarida, Eugênio disse aos pais que iria a vila, obtendo permissão saiu em direção a esta, mas desviou de seu destino e foi para casa de Margarida onde tinha uma festa. Lá chegando, despertou em Luciano, moço apaixonado por Margarida, enormes ciúmes, quase brigaram, a mãe de Margarida, D. Umbelina, intercedeu. Depois da festa Eugênio foi para a vila, ali ficou por dias e depois seu pai foi buscá-lo.

O pai condenou a atitude do filho que reagiu dizendo não querer ser padre, seu pai disse que o mandaria de volta ao seminário. Antes de ir pediu permissão à sua mãe para que fosse se despedir de Margarida, ela negou, Eugênio então fugiu à noite, encontrou-se com Margarida e jurou que não seria padre e que iria voltar. No seminário, Eugênio estava cada vez mais fraco, a beira da morte, os padres pediram ao pai do garoto que casasse a moça por quem ele estava apaixonado. Margarida se recusou a casar, então os pais de Eugênio expulsaram mãe e filha de sua propriedade. Eugênio chegou aos 20 anos a paixão tinha adormecido, mas houve uma noticia que o deixou gélido e pasmo que o fez sentir por Margarida um misto de amor e ódio, o padre disse-lhe que ela havia se casado e referiu o acontecimento a uma provação celestial. Após saírem da fazenda, Margarida e sua mãe foram para casa de uma parenta, passado algum tempo Margarida perdeu a mãe, não bastasse isso ficou sabendo que Eugênio virara padre, o que lhe deu ânsias que lhe apertaram o coração. Pensando que iria morrer, pediu a sua tia que chamasse um padre para ela se confessar, sua tia foi à procura do padre. Na tarde do mesmo dia o padre Eugênio chegou à cidade e começou a receber os cumprimentos de todo o vilarejo. Já ao anoitecer chegou um rapazinho chamando-o para confessar uma moça que se achava a morte. Chegando a casa foi recebido por uma velha senhora. Empalideceu ao ver Margarida, entreolharam-se, vendo Margarida boa não viu necessidade de confessar, ela insistiu, o padre Eugênio prometeu voltar noutro dia. O padre iria quebrar a promessa, mas voltou a casa de Margarida, que não aparentava estar a morrer e lhe abraçou com voluptuosidade. No dia seguinte, domingo, iria dizer sua primeira missa. Eugênio disse a si mesmo que se tornaria um padre sacrílego,u padre infame como tantos outros. Após uma breve oração, uma pobre velha pediu que ele encomendasse um cadáver que estava na igreja. O cadáver era a finada Margarida, ele, ao vê-la, cambaleou. Chegada a hora da missa, na escada, arrancou todos os paramentos sacerdotais e saiu correndo pela porta burro