Mostrar código-fonte de Polypodiopsida

{{About|o grupo de plantas conhecidas por fetos-verdadeiros||samambaia}}
{{Short description|Classe de plantas vasculares que inclui os conhecidos fetos-verdadeiros }}
{{Info/Taxonomia
| período_fóssil = {{período fóssil|Devoniano|0|earliest=320|[[Devoniano|Devoniano Médio]]–[[Holoceno|presente]]}}
| nome = Polypodiopsida<br><small>Pteridopsida</small>
| imagem=TePapa_Asplenium_cimmeriorum.jpg
| imagem_legenda=''[[Asplenium cimmeriorum]]''
| reino = [[Plantae]]
| clado1=[[Tracheophyta]]
| divisão=[[Polypodiophyta]]/[[Monilophyta]]
| classe = '''Polypodiopsida'''
| classe_autoridade = [[Cronquist]], [[Takht.]] & [[W.Zimm.]]
| subdivisão_nome = Subclasses e ordens{{sfn|Pteridophyte Phylogeny Group|2016}}
| subdivisão = 
* [[Equisetidae]]
** [[Equisetales]] (1 família extante)
* [[Ophioglossidae]]
** [[Psilotales]] (1 família extante)
** [[Ophioglossales]] (1 família extante)
* [[Marattiidae]]
** [[Marattiales]] (1 família extante)
* [[Polypodiidae]]
** [[Osmundales]] (1 família extante)
** [[Hymenophyllales]] (1 família extante)
** [[Gleicheniales]] (3 famílias extantes)
** [[Schizaeales]] (3 famílias extantes)
** [[Salviniales]] (2 famílias extantes)
** [[Cyatheales]] (8 famílias extantes
** [[Polypodiales]] (26 famílias extantes)
| sinónimos =
* [[Filicatae]] <small>[[Kubitski]] 1990</small>
* [[Filices]]
* [[Filicophyta]] <small>[[Endlicher]] 1836</small>
* [[Monilophyta]] <small>Cantino & Donoghue 2007</small>
* [[Pteridopsida]] <small>[[Ritgen]] 1828</small>
* [[Polypodiophyta]]
}}
[[File:Croziers, fronds, rhizomes of bracken fern.jpg|thumb|280px|[[Báculo]]s, [[fronde]]s e [[rizoma]]s de um feto. Nesta espécie, os caules crescem debaixo da terra, permitindo que a planta se espalhe horizontalmente.]]
[[File:Circinate_vernation.jpg|thumb|280px|[[Vernação circinada]] no [[rebento baculiforme]] de um feto.]]
[[File:Monarch fern sori.jpeg|thumb|280px|[[Soro]]s de [[feto-monarca]] (''[[Microsorum scolopendria]]''), com [[esporângio]]s.]]
[[File:Onoclea sensibilis 3 crop.JPG|thumb|280px|Gametófito ([[protalo]]) e [[esporófito]] (fronde ascendente) de ''[[Onoclea sensibilis]]''.]]
[[File:Dicksonia antarctica in Nunniong, Australia.jpg|thumb|280px|''[[Dicksonia antarctica]]'' ([[Polypodiidae]]).]]
[[File:Psilotum.jpg|thumb|280px|[[Psilotales]].]]
[[File:Equisetopsida.jpg|thumb|280px|[[Equisetales]].]]
[[File:Flickr - brewbooks - Angiopteris evecta - Mule's foot fern (1).jpg|thumb|280px|[[Marattiales]].]]
[[File:Osmunda regalis Moore50.png|thumb|280px|[[Osmundales]].]]
[[File:WP2-Hymenophyllum-Exkursion nach Berdorf (Luxemburgexkursion) 011.jpg|thumb|280px|[[Hymenophyllales]].]]
[[File:Dipteris conjugata 破傘蕨 001 (天問).jpg|thumb|280px|[[Gleicheniales]].]]
[[File:Tree Fern (48717210587).jpg|thumb|280px|[[Cyatheales]].]]
[[File:The ferns of Great Britain, and their allies the club-mosses, pepperworts, and horsetails (Pl. 2) (8515393495).jpg|thumb|280px|[[Polypodiales]].]]
'''Polypodiopsida''' (também '''Pteridopsida''') é uma [[classe (biologia)|classe]] de [[plantas vasculares]] (plantas com [[xilema]] e [[floema]]) da divisão [[Monilophyta]] que se reproduzem através de [[esporo]]s (pelo que não têm [[semente]]s nem [[flor]]es). Diferem dos [[musgos]] por serem vasculares, ou seja, terem tecidos especializados que conduzem água e nutrientes e por terem [[Ciclo de vida|ciclos de vida]] em que o [[esporófito]] ramificado é a fase dominante. O agrupamento inclui todos os [[feto leptosporangiado|fetos leptosporangiados]].<ref name="Smith et al. 2006">Smith, A. R., K. M. Pryer, et al. (2006). "A classification for extant ferns." Taxon 55(3): 705-731</ref> Na classificação do [[Grupo de Filogenia das Pteridófitas]] (o [[sistema PPG I]]), de 2016, os Polypodiopsida são constituídos por quatro subclasses, 11 ordens, 48 famílias, 319 géneros e um número estimado de 10&nbsp;578 espécies.{{sfn|Christenhusz|Byng|2016}}<ref name=CronTakhZimm66/>
==Descrição==
As espécies que integram a classe Polypodiopsida apresentam [[fronde]]s complexas, chamadas [[megafilo]]s, morfologicamente muito mais próximas da [[folha]]s das [[espermatófitas]] do que dos [[microfilo]]s das [[Lycopodiopsida]] ([[licopódio]]s). A maioria destas espécies são [[fetos leptosporangiados]] que produzem os [[rebento baculiforme|rebentos baculiformes]] típicos dos fetos, incialmente encaracolados, mas que se desenrolam e se expandem em [[fronde]]s.  A classe Polypodiopsida é aqui definida em sentido amplo, como no [[sistema PPG I]], nela se incluindo tanto as espécies [[leptosporangiada]]s (as [[Polypodiidae]]) quanto as [[eusporangiada]]s (nestas se incluindo as [[Equisetidae]], [[Ophioglossidae]] e [[Marattiidae]]). Com esta [[circunscrição taxonómica]] a classe agrupa cerca de 10&nbsp;578 espécies.{{sfn|Christenhusz|Byng|2016}}

Os membros deste agrupamento taxonómico aparecem pela primeira vez no registo fóssil há cerca de 360 milhões de anos, no final do período [[Devónico]], mas os [[Polypodiales]], o grupo que constitui 80% da diversidade das espécies extantes, só apareceu e se diversificou no [[Cretáceo]], contemporaneamente ao aparecimento das [[plantas com flor]] que vieram a dominar a flora mundial.

Os fetos não são de grande importância económica, mas alguns são utilizados na alimentação, na medicina, como [[biofertilizante]], como [[Planta ornamental|plantas ornamentais]] e para remediar solos contaminados. Têm sido objeto de investigação pela sua capacidade de remover alguns poluentes químicos da [[atmosfera]]. Algumas espécies, como a muito comum ''[[Pteridium aquilinum]]'' e o feto-aquático ''[[Azolla filiculoides]]'', são importantes [[planta infestante|plantas infestantes]] a nível mundial. Alguns géneros, como ''[[Azolla]]'', podem [[Fixação de azoto|fixar azoto]] e contribuem significativamente para a nutrição azotada dos [[Arrozal|arrozais]]. Pelas suas características, e pela produção dos rebentos em forma de báculo, estas plantas desempenham imoprtantes papéis no [[folclore]] e na arte.

Tendo uma [[alternância de gerações]] bem marcada, estas espécies apresentam um [[ciclo de vida]] caracterizado por [[esporófito]]s e [[gametófito]]s morfologicamente muito distintos, pelo que a sua descrição tem necessariamente de ser feita considerando estas duas fazes do ciclo de vida.
=== Esporófito ===
Os membros extantes de Polypodiopsida são plantas herbáceas [[Planta perene|perenes]], a vasta maioria sem qualquer [[Planta lenhosa|crescimento lenhoso]].<ref>{{Cite book |last=Mauseth |first=James D. |url=https://books.google.com/books?id=UEsBPPlxP7EC&pg=PA492 |title=Botany: an Introduction to Plant Biology |date=setembro 2008 |publisher=Jones & Bartlett Publishers |isbn=978-1-4496-4720-9 |page=492}}</ref> Quando existe crescimento lenhoso, este encontra-se restrito ao caule.<ref name="Levyns-1966">{{Cite book |last=Levyns |first=M. R. |title=A Guide to the Flora of the Cape Peninsula |publisher=Juta & Company |year=1966 |edition=2nd Revised |oclc=621340}}</ref> A sua folhagem pode ser [[caducifólia]] ou [[perene]],<ref>{{Cite book |last1=Fernández |first1=Helena |url=https://books.google.com/books?id=smtpBM7UgXEC&pg=PA175 |title=Working with Ferns: Issues and Applications |last2=Kumar |first2=Ashwani |last3=Revilla |first3=Maria Angeles |date=2010-11-11 |publisher=Springer |isbn=978-1-4419-7162-3 |page=175}}</ref> e algumas são semi-perenes, dependendo do [[clima]].<ref>{{Cite book |last=Hodgson |first=Larry |url=https://books.google.com/books?id=HDij6Fmk2MwC&pg=PA329 |title=Making the Most of Shade: How to Plan, Plant, and Grow a Fabulous Garden that Lightens Up the Shadows |date=2005-01-01 |publisher=Rodale |isbn=978-1-57954-966-4 |page=329}}</ref>

Tal como os esporófitos das [[Espermatófitas|plantas com sementes]], estas plantas são constituídas por [[caule]]s, [[fronde]]s (homólogas às [[folha]]s) e [[Raiz|raízes]]. Diferem dos [[espermatófitos]] pelo facto de se reproduzirem por [[esporo]]s em vez de terem [[flor]]es e produzirem [[semente]]s.<ref name="Levyns-1966" /> No entanto, estas plantas também diferem das [[briófita]]s produtoras de esporos na medida em que, como as plantas com sementes, serem plantas [[poliesporangiófita]]s, com esporófitos que se ramificam e produzem múltiplos [[esporângio]]s. Também, ao contrário das briófitas, os esporófitos destas plantas são de [[vida livre]] e dependem apenas brevemente do [[gametófito]] materno.

A parte [[fotossintética|fotossintetizante]] da planta (a parte ''verde'') é tecnicamente um [[megafilo]] que é frequentemente designado por ''[[fronde]]''. As novas folhas tipicamente desenvolvem-se pelo desenrolar de uma espiral apertada chamada [[rebento baculiforme]] ou  ''báculo'', expandindo-se lateralmente até formar as [[fronde]]s adultas.{{sfn|McCausland|2019}} Este desenrolar da folha é designado por [[vernação circinada]]. As folhas são divididas em dois tipos: esporófilos e tropófilos. Os [[esporófilo]]s, as frondes férteis, produzem os [[esporo]]s; os [[tropófilo]]s são frondes estéreis. Os esporos são formados em [[esporângio]]s, estruturas especializadas que são geralmente agrupadas para formar [[soro]]s. Os esporângios podem estar cobertos por um revestimento protetor chamado [[indúsio]]. A disposição dos esporângios é importante na classificação.<ref name="Levyns-1966" /> 

Nas espécies monomórficas, as frondes férteis e estéreis têm o mesmo aspeto morfológico e ambas são capazes de fazer [[fotossíntese]]. Nas espécies hemidimórficas, apenas uma parte da fronde fértil é diferente das frondes estéreis. Em espécies dimórficas (ou holomórficas), os dois tipos de frondes são [[Dimorfismo das frondes|morfologicamente distintos]].<ref>[https://2019.botanyconference.org/engine/search/index.php?func=detail&aid=758 Understanding the contribution of LFY and PEBP flowering genes to fern leaf dimorphism - Botany 2019]</ref> Em geral as frondes férteis são muito mais estreitas do que as frondes estéreis, e podem não ter qualquer tecido verde, como ocorre nas famílias [[Blechnaceae]] e [[Lomariopsidaceae]].

A anatomia das frondes pode ser desde simples até altamente dividida, ou mesmo apresenta [[crescimento indeterminado]] (como, por exemplo, nas famílias [[Gleicheniaceae]] e [[Lygodiaceae]]). As formas divididas são [[Pinação|pinadas]], com os segmentos das frondes completamente separados uns dos outros, ou [[pinatífida]]s (parcialmente pinadas), com os segmentos das frondes parcialmente conectados. Quando as frondes são ramificadas mais do que uma vez, também podem ser uma combinação das formas pinatífida e pinada. Se as [[Lâmina da folha|lâminas das frondes]] se dividem duas vezes, a planta apresenta [[Bipinado|frondes bipinadas]], e frondes tripinadas se se ramificam três vezes, e até frondes tetra- e pentapinadas.<ref>[https://www.fs.fed.us/wildflowers/beauty/ferns/structure.shtml Fern Structure - Forest Service]</ref><ref>[https://www.nzplants.auckland.ac.nz/en/about/ferns/structure/frond.html Fern Structure - Forest Service]</ref> Nos [[Feto arbóreo|fetos arbóreos]], o talo principal que liga as frondes ao caule (conhecido como [[estipe]]), tem frequentemente vários [[folíolo]]s. As estruturas folhosas que crescem a partir do estipe são conhecidas como [[pina]]s e são frequentemente divididas em [[pínula]]s mais pequenas.<ref>{{cite web |url=http://www.basicbiology.net/plants/ferns/fronds.php |title=Fern Fronds |publisher=Basic Biology |access-date=2014-12-06 |archive-date=19 Abril 2015 |archive-url=https://web.archive.org/web/20150419003216/http://basicbiology.net/plants/ferns/fronds.php |url-status=dead}}</ref>

Os caules dos fetos são muitas vezes designados vagamente por ''[[rizoma]]s'', apesar de crescerem debaixo da terra apenas nalgumas espécies. As espécies [[epífita]]s e muitas das espécies terrestres têm [[estolho]]s rastejantes acima do solo (por exemplo, na família [[Polypodiaceae]]), e muitos grupos têm troncos semi-lenhosos erectos acima do solo (por exemplo, na família [[Cyatheaceae]], os fetos arbóreos escamosos). Estes podem atingir até 20&nbsp;m de altura em algumas espécies (por exemplo, em ''[[Cyathea brownii]]'', na [[Ilha Norfolk]], e ''[[Cyathea medullaris]]'', na [[Nova Zelândia]]).<ref>{{cite book |first1=Mark F. |last1=Large |first2=John E. |last2=Braggins |date=2004 |title=Tree Ferns |publisher=Timber Press |isbn=0881926302 |url=https://archive.org/details/treeferns00mark |page= }}</ref>

As raízes são estruturas subterrâneas não fotossintéticas que absorvem água e nutrientes do [[solo]]. São sempre parte de [[sistema radicular fibroso|sistemas radiculares fibrosos]] e são estruturalmente muito semelhantes às raízes das [[plantas com sementes]].
=== Gametófito ===
Como em todas as [[plantas vasculares]], o esporófito é a fase dominante no [[alternância de gerações|ciclo de vida]]. Os [[gametófito]]s dos membros da classe Polypodiopsida, no entanto, são muito diferentes dos das plantas com sementes. São de [[vida livre]] e são morfologicamente semelhantes a [[hepáticas]], enquanto os das plantas com sementes se desenvolvem dentro da parede do esporo e são dependentes do esporófito parental para a sua nutrição. O gametófito destas plantas é tipicamente constituído pelas seguintes estruturas:
* [[Protalo]] &mdash; uma estrutura verde, fotossintética, com uma célula de espessura, geralmente em forma de coração ou rim, com 3-10&nbsp;mm de comprimento e 2-8&nbsp;mm de largura. O protalo produz [[gâmeta]]s por meio de:
** [[Anterídio]]s &mdash; pequenas estruturas esféricas que produzem [[espermatozoide]]s [[flagelado|flagelados]].
** [[Arquegónio]]s &mdash; estruturas em forma de frasco que produz um único [[Óvulo (botânica)|óvulo]] no fundo, alcançado pelo espermatozoide ao nadar pelo pescoço.
* [[Rizoide]]s &mdash; estruturas semelhantes a [[Raiz|raízes]] (não são verdadeiras raízes) que consistem em células únicas muito alongadas, que absorvem água e [[Sal mineral|sais minerais]] em toda a estrutura. Os rizoides fixam o protalo ao solo.
===Ciclo de vida ===
Os fetos são [[plantas vasculares]] que se diferenciam das [[licófitas]] por possuírem verdadeiras [[folha]]s (megafilos), que são frequentemente [[pinada]]s. Diferem das [[espermatófitas|plantas com sementes]] ([[gimnospermas]] e [[angiospermas]]) por se reproduzirem por meio de esporos e não possuírem [[flor]]es e [[semente]]s.

Como todas as [[embriófitas|plantas terrestres]], possuem um [[ciclo de vida]], denominado [[alternância de gerações]], caracterizado pela alternância de formas [[diploide]]s [[esporófito|esporofíticas]] e [[haploide]]s [[gametófito|gametofíticas]].

O esporófito diploide tem 2''n'' pares de [[cromossoma]]s, onde ''n'' varia de espécie para espécie. O gametófito haploide tem ''n'' cromossomas não emparelhados, ou seja, metade do número de croossomas do esporófito. O gametófito dos fetos é um organismo de [[vida livre]], enquanto o gametófito das gimnospérmicas e angiospérmicas é dependente do esporófito.

O ciclo de vida de um feto típico ocorre da seguinte forma:
# Uma fase diploide do esporófito produz [[esporo]]s haplóides por [[meiose]] (um processo de divisão celular que reduz o número de cromossomas para metade).
# Um esporo cresce e forma um gametófito haploide de vida livre por [[mitose]] (um processo de divisão celular que mantém o número de cromossomos). O gametófito consiste tipicamente de um [[protalo]] fotossintético.
# O gametófito produz [[gâmeta]]s (frequentemente tanto [[espermatozóide]]s como [[óvulo (botânica)|ovos]] no mesmo protalo) por mitose.
# Um espermatozoide móvel, [[flagelado]] fertiliza um óvulo que permanece preso ao protalo.
# O óvulo fertilizado é agora um [[zigoto]] diploide e cresce por mitose originando um esporófito diploide (a planta típica do feto).

Por vezes, um gametófito pode dar origem a algumas partes características do esporófito, como raízes ou esporângios, sem o resto do esporófito.<ref>[https://books.google.com/books?id=x494WF2PvbsC&pg=PA324 The Ferns (Filicales): Volume 1, Analytical Examination of the Criteria of Comparison: Treated Comparatively with a View to their Natural Classification]</ref>

==Taxonomia e filogenia==
=== Taxonomia ===
[[Carl Linnaeus]] (1753) reconheceu originalmente 15 géneros de fetos e seus aliados, classificando-os na classe [[Cryptogamia]] em dois grupos, [[Filices]] (por exemplo, ''[[Polypodium]]'') e [[Musci]] (musgos). Em 1806 este número tinha aumentado para 38 géneros,{{sfn|Swartz|1806}} e tem aumentado progressivamente desde então.<ref>{{harvtxt|Schuettpelz et al|2018}}</ref>

Os fetos eram tradicionalmente classificados na [[classe (biologia)|classe]] Filices, e mais tarde num [[filo|Divisão]] do Reino Vegetal chamado [[Pteridophyta]] ou [[Filicophyta]]. Pteridophyta não é mais reconhecido como um [[táxon]] válido porque é [[parafilético]]. Os fetos são também referidos como [[Polypodiophyta]] ou, quando tratados como uma subdivisão de [[Tracheophyta]] (plantas vasculares), Polypodiopsida, embora este nome por vezes se refira apenas aos [[fetos leptosporangiados]]. 

Nas classificações mais antigas, todas as [[plantas vasculares]] produtoras de [[esporo]]s eram informalmente denominadas [[pteridófitas]], tornando o termo sinónimo de fetos e [[aliados dos fetos]]. Isto pode ser confuso porque os membros da divisão Pteridophyta também foram denominados pteridófitas (''sensu stricto''). Seguindo essas classificações, tradicionalmente, três grupos distintos têm sido denominados fetos (no Brasil, samambaias): dois grupos de [[fetos eusporangiados]], constituídos pelas famílias [[Ophioglossaceae]] e [[Marattiaceae]]; e o grupo dos [[fetos leptosporangiados]], recentemente agrupados na subclasse [[Polypodiidae]], agrupando os restantes fetos. 

A família [[Marattiaceae]] é um grupo primitivo de fetos tropicais, com [[rizoma]]s grandes e carnudos, que são agora considerados como um [[táxon irmão]] dos fetos leptosporangiados. A família [[Ophioglossaceae]] (as [[línguas-de-serpente]]) é também um pequeno grupo de fetos primitivos, morfologicamente muito distintos dos restantes. Cada um destes agrupamentos é comprovadamente um [[clado]].

Vários outros grupos de espécies foram considerados como integrando um grupo [[polifilético]] designado por [[aliados dos fetos]]: (1) os [[licopódios]] ([[Lycopodiales]]), as [[selaginela]]s ([[Selaginellales]]) e os [[isoetes]] ([[Isoetales]]); (2) os membros da família [[Psilotaceae]]; e (3) as cavalinhas da família [[Equisetaceae]]. Uma vez que este agrupamento é [[polifilético]], o termo ''aliados dos fetos'' deve ser abandonado, exceto num contexto histórico.{{sfn|Christenhusz|Chase|2014}} Estudos genéticos mais recentes demonstraram que os Lycopodiophyta estão mais distantemente relacionados com as restantes [[plantas vasculares]], tendo irradiado evolutivamente na base do clado das [[Tracheophyta]], enquanto os fetos e as cavalinhas estão tão intimamente relacionados com fetos leptosporangiados como os [[fetos ofioglossoides]] ([[Ophioglossales]], as [[línguas-de-serpente]]) e os [[fetos marattioides]] (da família [[Marattiaceae]]). De facto, os Psilotales e os Ophioglossales são comprovadamente um [[clado]], e as [[cavalinhas]] e [[Marattiaceae]] são indiscutivelmente outro clado.<ref name=CronTakhZimm66/>

A mais recente classificação do [[clado]] [[Monilophyta]] é baseada em múltiplos estudos de [[filogenia molecular]], publicados desde 1994, que clarificaram alguma da confusão existente na classificação dos fetos extantes. NA classificação anterior ao [[sistema PPG I]] (2016), a [[classe (biologia)|classe]] Polypodiopsida era uma das quatro classes de [[Monilophyta]] (considerada uma infradivisão, [[nível taxonómico]] não reconhecido pelo [[Código Internacional de Nomenclatura Botânica]]), sendo as outras classes as [[Marattiopsida]], as [[Equisetopsida]] e as [[Psilotopsida]].<ref name="Smith et al. 2006"/>

A classificação dos pteridófitos com base naqueles estudos moleculares, que geralmente se apoiam mutuamente, reflecte a melhor informação disponível atualmente, uma vez que os caracteres morfológicos tradicionais nem sempre são informativos na elucidação das relações evolutivas entre os fetos.{{sfn|Christenhusz|Chase|2014}} Com base nesses estudos, o seguinte filograma mostra uma provável relação entre as outras classes de plantas vasculares e os fetos leptosporangiados:

{{Barlabel|style=font-size:90%;line-height:100%
|size=13
|at1=4.5|label1=[[Feto eusporangiado|Fetos<br>eusporangiados]]|bar1=#caa
|at2=10|label2=[[Feto leptoesporangiado|Fetos<br>leptosporangiados]]|bar2=#aca
|cladogram={{clade
|label1=[[Tracheophyta]]
|1={{clade
   |1=[[Lycopodiophyta]] (licopódios e similares)
   |label2=[[Euphyllophytina|Eufilófitos]]
   |2={{clade
      |1=[[Spermatophyta]] (plantas com semente)
      |label2=[[Polypodiopsida]]
      |2={{cladex
         |1={{cladex
            |label1=[[Psilotopsida]]
            |1={{cladex
               |1=[[Psilotales]] (''[[Psilotum]]'' e ''[[Tmesipteris]]'') [[File:Psilotum.jpg|60px]] |barbegin1=#caa
               |2=[[Ophioglossales]] (ofioglossos) <!-- [[File:|60px]] --> |bar2=#caa
            }}
            |label2=[[Equisetopsida]]
            |2={{cladex
               |1=[[Equisetales]] (cavalinhas) [[File:Equisetopsida.jpg|40px]] |bar1=#caa
            }}
         }}
         |2={{cladex
            |label1=[[Marattiopsida]]
            |1={{cladex
               |1=[[Marattiales]][[File:Flickr - brewbooks - Angiopteris evecta - Mule's foot fern (1).jpg|60px]] |barend1=#caa
            }}
            |label2=[[Polypodiidae]]
            |2={{cladex
               |1=[[Osmundales]] [[File:Osmunda regalis Moore50.png|40px]] |barbegin1=#aca
               |2={{cladex
                  |1=[[Hymenophyllales]] [[File:WP2-Hymenophyllum-Exkursion nach Berdorf (Luxemburgexkursion) 011.jpg|60px]] |bar1=#aca
                  |2={{cladex
                     |1=[[Gleicheniales]] [[File:Dipteris conjugata 破傘蕨 001 (天問).jpg|60px]] |bar1=#aca
                     |2={{cladex
                        |1=[[Schizaeales]]|bar1=#aca
                        |2={{cladex
                           |1=[[Salviniales]] (heterospóricos aquáticos)|bar1=#aca
                           |2={{cladex
                              |1=[[Cyatheales]] (fetos-arbóreos) [[File:Tree Fern (48717210587).jpg|60px]] |bar1=#aca
                              |2=[[Polypodiales]] [[File:The ferns of Great Britain, and their allies the club-mosses, pepperworts, and horsetails (Pl. 2) (8515393495).jpg|40px]] |barend2=#aca}}
                           }}
                        }}
                     }}
                  }}
               }}
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         }}
      }}
   }}
}}
}}

No que respeita a Polypodiopsida, as relações filogenéticas apresentadas no [[cladograma]] anterior estão desenvolvidas até ao nível das ordens.{{sfn|Smith et al.2006}}<ref>{{cite journal |last1=Li |first1=F-W |last2=Kuo |first2=L-Y |last3=Rothfels |first3=CJ |last4=Ebihara |first4=A |last5=Chiou |first5=W-L |display-authors=etal |year=2011 |title=rbcL and matK Earn Two Thumbs Up as the Core DNA Barcode for Ferns |journal=PLOS ONE |volume=6 |issue=10|page=e26597 |doi=10.1371/journal.pone.0026597 |pmid=22028918 |pmc=3197659|bibcode=2011PLoSO...626597L |doi-access=free }}</ref><ref name=Grew13/> Esta divisão de Polypodiopsida em quatro [[clado]]s principais foi depois confirmada utilizando apenas a [[morfologia vegetal|morfologia]].{{sfn|Schneider et al|2009}}
=== Filogenia molecular ===
Tem havido alguma contestação aos recentes estudos moleculares, surgindo algumas reivindicações de que estes mostram uma vista distorcida e incompleta da ordem filogenética dos fetos, uma vez que os estudos não têm em consideração os representantes fósseis<ref>Rothwell, G. W. and K. C. Nixon (2006). "How does the inclusion of fossil data change our conclusions about the phylogenetic history of euphyllophytes." Int. J. Plant Sci 167(3): 737-749</ref>. No entanto, os estudos moleculares clarificaram relações entre famílias que se julgava serem não-monofiléticas antes do advento da informação molecular, e que foram mantidas em posições não-monofiléticas devido à falta de suficiente informação que permitisse fazer outra coisa<ref>Kramer, K. U. (1990). Notes on the Higher Level Classification of the Recent Ferns. The Families and Genera of Vascular Plants: Pteridophytes and Gymnosperms. K. Kubitzki, K. U. Kramer and P. S. Green. New York, Springer-Verlag. 1: 49-52</ref><ref name=RothNixo06/>

A reclassificação dos fetos através da utilização de múltiplos estudos moleculares, que geralmente se suportam mutuamente, não é diferente das classificações do passado, é simplesmente a definição das relações utilizando para tal toda a informação disponível. Não desencoraja o estudo mais aprofundado e a clarificação de grupos, e não significa que se, porventura, estudos posteriores provarem que a classificação está errada, esta não seja alterada.<ref name=Schu07/>

Smith et al. (2006) efectuaram a primeira classificação de pteridófitas de nível superior publicada na era [[filogenética molecular]], e consideraram os fetos como [[monilófitos]], da seguinte forma:{{sfn|Smith et al.2006}}
* [[Divisão (botânica)|Divisão]] [[Tracheophyta]] (traqueófitas) - plantas vasculares
** [[Subdivisão (botânica)|Subdivisão]] [[Euphyllophytina]] (eufilófitas)
*** Infradivisão [[Moniliformopses]] (as monilófitas)
*** Infradivisão [[Spermatophyta]] - plantas com sementes, ~260.000 espécies
** Subdivisão [[Lycopodiophyta]] (licófitas) - menos de 1% das plantas vasculares extantes

Os dados moleculares, que permanecem pouco restringidos para muitas partes da filogenia das plantas, foram complementados por observações morfológicas que apoiam a inclusão das [[Equisetaceae]] nos fetos, nomeadamente no que diz respeito à estrutura dos seus espermatozóides e às peculiaridades das suas raízes.{{sfn|Smith et al.2006}} 

Os fetos leptosporangiados são por vezes designados por ''fetos verdadeiros'',<ref>{{Cite book |last=Stace |first=Clive |author-link = Clive Stace |year=2010b |title=New Flora of the British Isles |edition=3rd |location=Cambridge, UK |publisher=Cambridge University Press |isbn=978-0-521-70772-5 |page=xxviii}}</ref> formando um grupo que inclui a maioria das plantas familiarmente conhecidas como fetos. 

A investigação moderna apoia ideias mais antigas baseadas na morfologia, segundo as quais as [[Osmundaceae]] divergiram no início da história evolutiva dos fetos leptosporangiados; em certos aspectos, esta família é intermédia entre os fetos eusporangiados e os fetos leptosporangiados.<ref name=RaiGraham2010>{{Cite journal |last1=Rai |first1=Hardeep S. |last2=Graham |first2=Sean W. |year=2010 |title=Utility of a large, multigene plastid data set in inferring higher-order relationships in ferns and relatives (monilophytes) |journal=American Journal of Botany |volume=97 |issue=9 |pages=1444–1456 |doi=10.3732/ajb.0900305  |pmid=21616899}}, p. 1450</ref> Estudos recentes apoiaram amplamente os grupos primários, mas questionaram suas relações, concluindo que ''no momento, talvez o melhor que pode ser dito sobre todas as relações entre as principais linhagens de monilófitas nos estudos atuais é que não as entendemos muito bem''.<ref name=rai-2010/>

Outros estudos confirmaram a inclusão das [[cavalinhas]] dentro das fetos ''sensu lato'', mas também sugeriram que permaneciam incertezas na sua colocação precisa.<ref name=Grew13/> Outras classificações elevaram as [[Ophioglossales]] ao posto de uma quinta classe, separando-as dos fetos ofioglossoides.<ref name=Grew13/>

Os membros de Polypodiopsida estão relacionados com outros grupos, como mostra o seguinte cladograma:{{sfn|Christenhusz|Chase|2014}}{{sfn|Cantino et al|2007}}{{sfn|Chase|Reveal|2009}}{{sfn|Pteridophyte Phylogeny Group|2016}}
{{clade |style=line-height:140%;font-size:100%;
|label1= [[Tracheophyta]] |sublabel1= (plantas vasculares) 
|1={{clade
   |1= [[Lycopodiophyta]] [[File:2021-03_Amsterdam_Island_-_lycopodium_clavatum_10.jpg|50px]]
   |label2= [[Euphyllophyta]] 
   |2={{clade
      |1=[[Polypodiopsida]] [[File:California_Arena_Point_fern.jpg|70px]]
      |label2= [[Spermatophyta]] |sublabel2=(plantas com sementes)
      |2={{clade
         |1=[[Gymnospermae]] [[File:Flore_des_serres_v15_147a.jpg|50px]]
         |2=[[Angiospermae]] [[File:160 Ranunculus repens.jpg|50px]]
         }}
      }}
   }}
}}

===Nomenclatura e subdivisão ===
A classificação de Smith et al. em 2006 tratou os fetos em quatro classes:{{sfn|Smith et al.2006}}{{sfn|Schuettpelz|2007|loc=Table I}}

* [[Equisetidae|Equisetopsida]] (Sphenopsida) 1 ordem, [[Equisetales]] ([[Cavalinha]]s) ~ 15 espécies
* [[Ophioglossidae|Psilotopsida]] 2 ordens ([[Psilotaceae]] e [[fetos ofioglossoides]]) ~92 espécies 
* [[Marattiidae|Marattiopsida]] 1 ordem, [[Marattiales]] ~ 150 espécies
* [[Polypodiidae (planta)|Polypodiopsida]] ([[Filicopsida]]) 7 ordens ([[fetos leptosporangiados]]) ~ 9.000 espécies

Para além disso, definiram 11 ordens e 37 famílias.{{sfn|Smith et al.2006}} Este sistema foi o resultado do consenso de vários estudos, tendo sido aperfeiçoado.<ref name=Grew13>{{cite journal |last=Grewe |first=Felix |title=Complete plastid genomes from Ophioglossum californicum, Psilotum nudum, and Equisetum hyemale reveal an ancestral land plant genome structure and resolve the position of Equisetales among monilophytes |journal=BMC Evolutionary Biology |year=2013 |volume=13 |issue=1 |pages=1–16 |doi=10.1186/1471-2148-13-8 |issn=1471-2148 |display-authors=etal |pmid=23311954 |pmc=3553075 |doi-access=free }}</ref><ref>{{cite journal |last=Karol |first=Kenneth G. |title=Complete plastome sequences of Equisetum arvense and Isoetes flaccida: implications for phylogeny and plastid genome evolution of early land plant lineages |journal=BMC Evolutionary Biology |year=2010|volume=10 |pages=321–336 |doi=10.1186/1471-2148-10-321 |issn=1471-2148 |pmid=20969798|pmc=3087542|issue=1|display-authors=etal |doi-access=free }}</ref> 

Anteriormente não era clara a relação entre [[Equisetopsida]], [[Psilotopsida]] e [[Marattiopsida]],<ref name=Lehtonen-2011/><ref name=rai-2010/><ref name=Pryer-2009/> mas estudos recentes mostraram que Equisetopsida é provavelmente [[grupo irmão]] de Psilotopsida. Contudo, com a publicação dos trabalhos do [[Pteridophyte Phylogeny Group]] (2016), Polypodiopsida passou a ser a única classe da divisão [[Monilophyta]], sendo as demais reclassificadas nas subclasses [[Marattiidae]], [[Ophioglossidae]] e [[Equisetidae]] (incluindo também a subclasse [[Polypodiidae]]). O esquema de classificação proposto pelo [[Pteridophyte Phylogeny Group]] ([[sistema PPG I]]) para a subclasse [[Polypodiidae]] (a mais diversa) é o seguinte:<ref name=Lehtonen-2011>{{cite journal 
|author=Samuli Lehtonen 
|year=2011 
|title=Towards Resolving the Complete Fern Tree of Life 
|journal=PLOS ONE |volume=6 |issue=10 |pages=e24851
|url=http://www.sci.utu.fi/sivustot/amazon/publications/articles/pdf_pub/Lehtonen_2011_PLoS1.pdf |doi=10.1371/journal.pone.0024851 |pmid=22022365 |pmc=3192703|bibcode=2011PLoSO...624851L 
|doi-access=free 
}}</ref>
{{Div col|4}}
*Ordem [[Osmundales]]
**Família [[Osmundaceae]]
*Ordem [[Hymenophyllales]]
**Família [[Hymenophyllaceae]] 
*Ordem [[Gleicheniales]]
**Família [[Gleicheniaceae]]
**Família [[Dipteridaceae]] 
**Família [[Matoniaceae]]
*Ordem [[Schizaeales]]
**Família [[Lygodiaceae]]
**Família [[Anemiaceae]] 
**Família [[Schizaeaceae]]
*Ordem [[Salviniales]]
**Família [[Marsileaceae]]
**Família [[Salviniaceae]] 
*Ordem [[Cyatheales]]
**Família [[Thyrsopteridaceae]]
**Família [[Loxomataceae]]
**Família [[Culcitaceae]]
**Família [[Plagiogyriaceae]]
**Família [[Cibotiaceae]]
**Família [[Cyatheaceae]] 
**Família [[Dicksoniaceae]]
**Família [[Metaxyaceae]]
*Ordem [[Polypodiales]]
**Família [[Lindsaeaceae]] 
**Família [[Saccolomataceae]]
**Família [[Dennstaedtiaceae]]
**Família [[Pteridaceae]] 
**Família [[Aspleniaceae]]
**Família [[Thelypteridaceae]]
**Família [[Woodsiaceae]]
**Família [[Blechnaceae]]
**Família [[Onocleaceae]]
**Família [[Dryopteridaceae]]
**Família [[Lomariopsidaceae]]
**Família [[Tectariaceae]]
**Família [[Oleandraceae]]
**Família [[Davalliaceae]]
**Família [[Polypodiaceae]]
**Família [[Hemidictyaceae]]
**Família [[Athyriaceae]]
**Família [[Didymochlaenaceae]]
**Família [[Hypodematiaceae]]
**Família [[Nephrolepidaceae]]
**Família [[Cystodiaceae]]
**Família [[Lonchitidaceae]]
**Família [[Cystopteridaceae]]
**Família [[Rhachidosoraceae]]
**Família [[Diplaziopsidaceae]]
**Família [[Desmophlebiaceae]]
{{Div col end}}

Posteriormente, [[Mark W. Chase]] e [[James L. Reveal]] consideraram tanto os licopódios quanto os fetos como subclasses de uma classe [[Equisetopsida]] ([[Embryophyta]]) que engloba todas as plantas terrestres. Esta classe é referida como [[Equisetopsida sensu lato|Equisetopsida]] ''[[sensu lato]]'' para a distinguir da utilização mais restrita para referir apenas as [[cavalinhas]], [[Equisetopsida]] ''sensu stricto''. Aqueles autores colocaram os licopódios na subclasse [[Lycopodiidae]] e os fetos, mantendo o termo [[monilófitas]], em cinco subclasses, Equisetidae, Ophioglossidae, Psilotidae, Marattiidae e Polypodiidae, dividindo a Psilotopsida de Smith em suas duas ordens e elevando-as à subclasse (Ophioglossidae e Psilotidae). [[Christenhusz]] ''et al.''{{efn|President, International Association of Pteridologists}} (2011) seguiram este uso de subclasses, mas recombinaram os [[Psilotopsida]] de Smith como [[Ophioglossidae]], dando novamente quatro subclasses de pteridófitos.{{sfn|Christenhusz et al|2011}}

[[Christenhusz]] e [[Mark Chase|Chase]] (2014) desenvolveram uma nova classificação de fetos e licopódios. Usaram o termo Polypodiophyta para os fetos, subdivididos como Smith ''et al.'' em quatro grupos (mostrados com equivalentes no sistema de Smith), com 21 famílias, aproximadamente 212 géneros e cerca de 10&nbsp;535 espécies;{{sfn|Christenhusz|Chase|2014}}
* [[Equisetidae]] (=[[Equisetopsida]]) - [[monotípica]] ([[Equisetales]], [[Equisetaceae]], ''[[Equisetum]]'') cavalinhas ~ 20 espécies)
* [[Ophioglossidae]] (=[[Psilotopsida]]) - 2 ordens monotípicas ~ 92 espécies
* [[Marattiidae]] (=[[Marattiopsida]]) - 1 ordem monotípica ([[Marattiales]], [[Marattiaceae]], 2 subfamílias) ~ 130 espécies
* [[Polypodiidae]] (=[[Polypodiopsida]]) - 7 ordens

Isto representou uma redução considerável no número de famílias em relação às 37 do sistema de Smith ''et al.'', uma vez que a abordagem foi mais a de ''[[lumping]]'' do que a de divisão. Por exemplo, um certo número de famílias foi reduzido a subfamílias. Posteriormente, foi formado um grupo de [[consenso científico|consenso]], o [[Pteridophyte Phylogeny Group]] (PPG), análogo ao [[Angiosperm Phylogeny Group]]), que publicou a sua primeira classificação completa em novembro de 2016. Reconhecem os fetos como uma classe, a classe Polypodiopsida, com quatro subclasses, tal como descrito por Christenhusz e Chase, e que estão filogeneticamente relacionadas como neste cladograma:<ref name=Palm04/>

{|class="wikitable"
|-
! colspan=1 |Christenhusz & Chase 2014{{sfn|Pteridophyte Phylogeny Group|2016}}
! colspan=1 |Nitta ''et al.'' 2022<ref>{{cite journal |last1=Nitta |first1=Joel H. |last2=Schuettpelz |first2=Eric |last3=Ramírez-Barahona |first3=Santiago |last4=Iwasaki |first4=Wataru |display-authors=et al. |year=2022 |title=An Open and Continuously Updated Fern Tree of Life |journal=Frontiers in Plant Science |volume=13 |page=909768 |doi=10.3389/fpls.2022.909768 |pmid=36092417 |pmc=9449725 |doi-access=free}}</ref> e [[Fern Tree of Life]]<ref>{{cite web |year=2022 |title=Tree viewer: interactive visualization of FTOL |url=https://fernphy.github.io/viewer.html |version=FTOL v1.3.0 |access-date=12 dezembro 2022}}</ref>
|- 
|style="vertical-align:top|
{{Clade |style=font-size:90%;line-height:80%
|label1=[[Polypodiopsida]]
|1={{clade
   |label1=[[Equisetidae]]
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      |label1=[[Ophioglossidae]]
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         |1=[[Psilotales]]
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         }}
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         |label1=[[Marattiidae]]
        |1=[[Marattiales]]
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Na classificação do [[Pteridophyte Phylogeny Group]], de 2016 (PPG I), as Polypodiopsida consistem em quatro subclasses, 11 ordens, 48 famílias, 319 géneros e um número estimado de 10&mdash;578 espécies. Assim, Polypodiopsida no sentido amplo (''sensu lato'') como usado pelo PPG (Polypodiopsida ''sensu'' PPG I) precisa ser distinguido do uso mais restrito (''sensu stricto'') de Smith ''et al.'' (Polypodiopsida ''sensu'' Smith et al.){{sfn|Pteridophyte Phylogeny Group|2016}} A classificação dos fetos permanece não resolvida e controversa, com pontos de vista concorrentes (''[[splitting vs lumping]]'') entre o sistema do PPG, por um lado, e o de Christenhusz e Chase, por outro, respetivamente. Em 2018, Christenhusz e Chase argumentaram explicitamente contra o reconhecimento de tantos géneros como é feito pelo sistema PPG I.{{sfn|Schuettpelz et al|2018}}{{sfn|Christenhusz |Chase|2018}}

{|class="wikitable" style= "font-size: 87%"
|+ Comparação das subdivisões dos fetos em algumas classificações
|-
! Smith ''et al.'' (2006){{sfn|Smith et al.2006}} !! Chase & Reveal (2009){{sfn|Chase|Reveal|2009}} !! Christenhusz ''et al.'' (2011){{sfn|Christenhusz et al|2011}} !! Christenhusz & Chase (2014, 2018){{sfn|Christenhusz|Chase|2014}}{{sfn|Christenhusz et al|2018}} !! PPG I (2016){{sfn|Pteridophyte Phylogeny Group|2016}}
|-
|'''fetos'''<br/>(sem [[nível taxonómico]]) ||'''monilófitas'''<br/>(sem [[nível taxonómico]]) ||'''fetos (monilófitas)'''<br/>(sem [[nível taxonómico]]) ||'''fetos (Polypodiophyta)'''<br/>(sem [[nível taxonómico]]) ||&nbsp;'''Classe Polypodiopsida'''
|-
|Classe Equisetopsida ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Equisetidae ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Equisetidae ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Equisetidae ||&nbsp;Subclasse [[Equisetidae]]
|-
|Classe Psilotopsida ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Ophioglossidae<br/>&nbsp;&nbsp;Subclasse Psilotidae ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Ophioglossidae ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Ophioglossidae ||&nbsp;Subclass [[Ophioglossidae]]
|-
|Classe Marattiopsida ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Marattiidae ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Marattiidae ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Marattiidae ||&nbsp;Subclasse [[Marattiidae]]
|-
|Classe Polypodiopsida ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Polypodiidae ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Polypodiidae ||&nbsp;&nbsp;Subclasse Polypodiidae ||&nbsp;Subclasse [[Polypodiidae (planta)|Polypodiidae]]
|}

=== Evolução ===
Os taxa semelhantes a fetos (''[[Wattieza]]'') aparecem pela primeira vez no registo fóssil no período [[Devónico]] médio, há cerca de 390&nbsp;[[Mya (unidade)|milhões de anos]]. No [[Triássico]], surgiram as primeiras evidências de fetos relacionados com várias famílias modernas. A grande radiação de fetos ocorreu no final do [[Cretáceo]], quando muitas famílias modernas de fetos apareceram pela primeira vez.{{sfn|UCMP|2019}}{{sfn|Stein et al|2007}}{{sfn|Berry|2009}}{{sfn|Bomfleur et al|2014}} Os fetos evoluíram para lidar com as condições de pouca luz presentes sob a copa das [[angiospérmicas]].

Notavelmente, o [[Fotorrecetor (proteina)|proteina fotorrecetora]] [[neocromo]], essencial para a adaptação a condições de baixa [[luminosidade]], foi obtida nas ordens [[Cyatheales]] e [[Polypodiales]]  através de [[transferência horizontal de genes]] de [[antocerota]]s, uma linhagem de [[briófitos]].<ref>{{cite journal |last1=Li |first1=F.-W. |last2=Villarreal |first2=J. C. |last3=Kelly |first3=S. |last4=Rothfels |first4=C. J. |last5=Melkonian |first5=M. |last6=Frangedakis |first6=E. |last7=Ruhsam |first7=M. |last8=Sigel |first8=E. M. |last9=Der |first9=J. P. |last10=Pittermann |first10=J. |last11=Burge |first11=D. O. |last12=Pokorny |first12=L. |last13=Larsson |first13=A. |last14=Chen |first14=T. |last15=Weststrand |first15=S. |last16=Thomas |first16=P. |last17=Carpenter |first17=E. |last18=Zhang |first18=Y. |last19=Tian |first19=Z. |last20=Chen |first20=L. |last21=Yan |first21=Z. |last22=Zhu |first22=Y. |last23=Sun |first23=X. |last24=Wang |first24=J. |last25=Stevenson |first25=D. W. |last26=Crandall-Stotler |first26=B. J. |last27=Shaw |first27=A. J.|author28-link=Michael Deyholos |last28=Deyholos |first28=M. K. |last29=Soltis |first29=D. E. |last30=Graham |first30=S. W. |last31=Windham |first31=M. D. |last32=Langdale |first32=J. A. |last33=Wong |first33=G. K.-S. |last34=Mathews |first34=S. |last35=Pryer |first35=K. M. |display-authors=3 |title=Horizontal transfer of an adaptive chimeric photoreceptor from bryophytes to ferns |journal=Proceedings of the National Academy of Sciences |date=6 Maio 2014 |volume=111 |issue=18 |pages=6672–6677 |doi=10.1073/pnas.1319929111|pmid=24733898 |pmc=4020063 |bibcode=2014PNAS..111.6672L |doi-access=free }}</ref>

Devido ao genoma muito grande observado na maioria dos fetos, suspeitou-se que poderiam ter passado por [[Paleopoliploidia|duplicações de todo o genoma]], mas a [[sequenciação de ADN]] mostrou que o tamanho do seu genoma é causado pela acumulação de ADN móvel como [[Elemento transponível|transposões]] e outros elementos genéticos que infectam os genomas e são copiados vezes sem conta.<ref>[https://www.science.org/content/article/genes-seeds-arose-early-plant-evolution-ferns-reveal Genes for seeds arose early in plant evolution, ferns reveal]</ref><ref name=LiBrouCarr18/>

== Distribuição e habitat ==
Os fetos estão amplamente distribuídos, com a maior riqueza nos trópicos e a menor nas zonas árcticas. A maior diversidade ocorre nas florestas tropicais.{{sfn|EB|2019}} A [[Nova Zelândia]], onde feto é um símbolo nacional, tem cerca de 230 espécies, distribuídas por todo o país. Os fetos são plantas comuns nas florestas da [[Europa]].
=== Ecologia ===
As espécies de fetos vivem numa grande variedade de [[habitat]]s, desde elevações remotas de [[montanha]], a rochas secas do [[deserto]], massas de água ou campos abertos. Os fetos, em geral, podem ser considerados como especialistas em habitats marginais, tendo frequentemente sucesso em locais onde vários factores ambientais limitam o sucesso das [[plantas com flor]].

Existem quatro tipos particulares de habitats onde os fetos se encontram: florestas húmidas e sombrias; fendas em rochas, especialmente quando abrigadas do sol pleno; zonas húmidas ácidas, incluindo pântanos e lagoeiros; e árvores tropicais e das [[floresta de nuvens|florestas de nuvens]], onde muitas espécies são [[epífita]]s (cerca de um quarto a um terço de todas as espécies de fetos).{{sfn|Schuettpelz|2007|loc=Part I}}

Alguns fetos encontram-se entre as espécies de infestantes mais graves do mundo, incluindo o feto da espécie ''[[Pteridium aquilinum]]'' (conhecido localmente por ''bracken'') que cresce nas terras altas da Escócia, ou o feto-dos-mosquitos (''[[Azolla]]'') que cresce em lagos tropicais, formando ambas as espécies grandes colónias que se espalham agressivamente. 

Especialmente os fetos epífitos revelaram-se [[hospedeiro]]s de uma enorme diversidade de [[invertebrados]]. Presume-se que os [[Asplenium|fetos de ninho de pássaro]] contêm, por si só, até metade da [[biomassa]] de invertebrados num hectare de [[floresta tropical húmida]].<ref>{{Cite web|url=https://www.science.org/content/article/ferns-brimming-life|title=Ferns Brimming With Life|date=2 Junho 2004|website=Science &#124; AAAS}}</ref>

Muitos fetos dependem de associações com [[Micorriza|fungos micorrízicos]]. Por exemplo, o feto trepador ''[[Lygodium palmatum]]'', do leste da [[América do Norte]], só cresce em solos húmidos e intensamente [[ácido]]s, enquanto que o feto vesiculoso ''[[Cystopteris bulbifera]]'', com uma área de [[distribuição natural]] que se sobrepõe, só se encontra em [[calcário]]s.

Os esporos são ricos em [[lípidos]], [[proteínas]] e [[calorias]], pelo que alguns vertebrados os comem. Verificou-se que o rato ''[[Apodemus sylvaticus]]'' come os esporos de ''[[Culcita macrocarpa]]'', e o dom-fafe (''[[Pyrrhula murina]]'') e o morcego-de-cauda-curta-da-Nova Zelândia (''[[Mystacina tuberculata]]'') também comem esporos de fetos.<ref>{{cite news|url=http://news.bbc.co.uk/earth/hi/earth_news/newsid_8523000/8523825.stm|title=A mouse that eats ferns like a dinosaur|last=Walker|first=Matt|date=19 fevereiro 2010|publisher=BBC Earth News|access-date=2010-02-20}}</ref>
==Galeria==
<gallery class=center mode=packed widths=250>
File:CowellFerns.JPG|Em vegetação rasteira sob ''[[Sequoia sempervirens]]'', Califórnia.
File:FernBedInForest.jpg|Coberto de fetos sob um [[dossel florestal]], Virgínia.
File:Samambaia fern.jpg|Feto a crescer numa fissura de uma parede rebocada.
File:Harts Tongue Fern on the Great Orme - geograph.org.uk - 345785.jpg|''[[Asplenium]]'' sp. num [[wikt:gryke|gryke]] de um [[pavimento calcário]].
File:... epiphytic fern (49095803342).jpg|Fetos [[Epífita|epífitos]] na Índia.
File:Canning_rv_azolla_10_gnangarra.jpg|''[[Azolla]]''  sp. recobrindo o [[Canning River]], [[Western Australia]].
</gallery>
== Etnobotânica ==
===Usos económicos===
Os fetos não são tão importantes do ponto de vista económico como as plantas com sementes, mas têm uma importância considerável em algumas sociedades. Alguns fetos são utilizados como alimento, incluindo as cabeças dos rebentos baculiformes de ''[[Pteridium aquilinum]]'', ''[[Matteuccia struthiopteris]]'' ([[feto-de-avestruz]]) e ''[[Osmundastrum cinnamomeum]]'' ([[feto-de-canela]]). A espécie ''[[Diplazium esculentum]]'' é também utilizado como alimento nos trópicos (por exemplo, no ''[[budu pakis]]'', um prato tradicional do [[Brunei]]).<ref>{{cite book|title=Indigenous Fermented Foods of Southeast Asia|year=2015}}</ref>

Os [[tubérculos]] do ''para'', ''[[Ptisana salicina]]'' (feto-rei), são um alimento tradicional na [[Nova Zelândia]] e na [[Oceânia|Sul do Pacífico]]. Os tubérculos de feto foram utilizados como alimento desde há 30&nbsp;000 anos na Europa.<ref>Van Gilder Cooke, Sonia (23 outubro 2010). [https://www.newscientist.com/article/dn19597-stone-age-humans-liked-their-burgers-in-a-bun.html "Stone Age humans liked their burgers in a bun".] ''[[New Scientist]]'',  p. 18.</ref><ref>Revedin, Anna et al. (18 outubro 2010). [http://www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1006993107 "Thirty thousand-year-old evidence of plant food processing".] ''[[PNAS]]''.</ref> 

Os tubérculos de feto eram utilizados pelos [[guanches]] para fazer ''[[gofio]]'' nas [[ilhas Canárias]]. Os [[rizoma]]s da espécie ''[[Polypodium glycyrrhiza]]'', o [[feto-de-alcaçuz]], eram mastigados pelos nativos do Noroeste do Pacífico pelo seu sabor.<ref>{{Cite book |last=Moerman |first=Daniel E. |url=https://books.google.com/books?id=iYhjlKR7GZEC |title=Native American Food Plants: An Ethnobotanical Dictionary |date=2010-10-27 |publisher=Timber Press |isbn=978-1-60469-189-4 |pages=190 |language=en}}</ref>

Os fetos não são geralmente conhecidos como venenosos para os seres humanos,<ref name="edible plant">{{cite book | title=The Official Pocket Edible Plant Survival Manual | publisher=Freedom and Liberty Foundation Press | last=Pelton |first=Robert | year=2011 | page=25 | id=[[Barnes & Noble|BNID]] [http://www.barnesandnoble.com/w/?ean=2940013382145 2940013382145]}}</ref> mas algumas espécies de fetos são [[carcinogénica]]s, e a [[British Royal Horticultural Society]] aconselhou o não consumo de qualquer espécie por razões de saúde, tanto dos seres humanos como dos animais domésticos.<ref>{{cite web|title=Dol Sot Bibimbap|url=http://apps.rhs.org.uk/advicesearch/Profile.aspx?pid=445|access-date=2011-12-19|archive-url=https://web.archive.org/web/20111111190952/http://apps.rhs.org.uk/advicesearch/profile.aspx?PID=445|archive-date=2011-11-11|url-status=dead}}</ref>

Os fetos do género ''[[Azolla]]'', vulgarmente conhecidos como fetos-aquáticos ou fetos-mosquitos, são plantas flutuantes muito pequenas que não se assemelham a fetos. Os fetos mosquitos são utilizados como fertilizante biológico nos arrozais do Sudeste Asiático, tirando partido da sua capacidade de [[fixação de azoto|fixar azoto]] do ar em compostos que podem depois ser utilizados por outras plantas.

Os fetos revelaram-se resistentes a insectos fitófagos. O gene que expressa a [[proteína Tma12]] num feto comestível, ''[[Tectaria macrodonta]]'', foi transferido para plantas de algodão, que se tornaram resistentes a infestações por [[mosca- branca]] da família [[Aleyrodidae]].<ref>{{Cite journal|title=Expression of an insecticidal fern protein in cotton protects against whitefly|first1=Anoop Kumar|last1=Shukla|first2=Santosh Kumar|last2=Upadhyay|first3=Manisha|last3=Mishra |first4=Sharad|last4=Saurabh|first5=Rahul |last5=Singh|first6=Harpal|last6=Singh|first7=Nidhi|last7=Thakur|first8=Preeti|last8=Rai|first9=Paras|last9=Pandey|first10=Aradhana L.|last10=Hans|first11=Subhi|last11=Srivastava |first12=Vikram|last12=Rajapure |first13=Sunil Kumar|last13=Yadav |first14=Mithlesh Kumar |last14=Singh |first15=Jitendra |last15=Kumar|first16=K.|last16=Chandrashekar |first17=Praveen C. |last17=Verma |first18=Ajit Pratap|last18=Singh|first19=K. N.|last19=Nair|first20=Smrati|last20=Bhadauria |first21=Muhammad |last21=Wahajuddin |first22=Sarika|last22=Singh|first23=Sharad |last23=Sharma|first24=null|last24=Omkar |first25=Ram Sanmukh |last25=Upadhyay|first26=Shirish A. |last26=Ranade|first27=Rakesh|last27=Tuli|first28=Pradhyumna Kumar|last28=Singh |display-authors=3 |date=26 outubro 2016 |journal=Nature Biotechnology |volume=34 |issue=10 |pages=1046–1051 |doi=10.1038/nbt.3665 |pmid=27598229 |s2cid=384923}}</ref>

Muitos fetos são cultivados em [[horticultura]] como plantas de paisagem, para [[folhagem|folhagem cortada]] e como [[planta de interior]], especialmente o feto-de-Boston (''[[Nephrolepis exaltata]]'') e outros membros do género ''[[Nephrolepis]]''. O [[feto-ninho-de-pássaro]] (''[[Asplenium nidus]]'') também é popular, assim como os fetos do género ''[[Platycerium]]''. Os fetos perenes (também conhecidos como resistentes) plantados em jardins no hemisfério norte também têm um número considerável de seguidores.<ref>{{Cite web |title=Ferns: A Classic Shade Garden Plant |url=https://extension.sdstate.edu/ferns-classic-shade-garden-plant |access-date=2023-05-30 |website=extension.sdstate.edu}}</ref>


Vários fetos, como as espécies ''[[Pteridium aquilinum]]''<ref name=CABIPteridium>{{cite web|date=2018 |title=Datasheet: ''Pteridium aquilinum'' (bracken) |url=https://www.cabi.org/isc/datasheet/45596 |publisher=CAB International |access-date=11 fevereiro 2019 }}</ref> e os membros do género ''Azolla'',<ref name=CABIAzolla>{{cite web|date=2018 |title=Datasheet: ''Azolla filiculoides'' (water fern) |url=https://www.cabi.org/isc/datasheet/8119 |publisher=CAB International |access-date=11 fevereiro 2019 }}</ref> são [[Erva daninha|ervas daninhas]] nocivas ou [[Espécie invasora|espécies invasoras]]. Outros exemplos incluem o feto-trepador japonês (''[[Lygodium japonicum]]''), o feto-sensível ('''Onoclea sensibilis'') e o feto-gigante (''[[Salvinia molesta]]''), uma das piores ervas daninhas aquáticas do mundo.<ref>{{Cite web |title={{!}} Center for Aquatic and Invasive Plants {{!}} University of Florida, IFAS |url=https://plants.ifas.ufl.edu/plant-directory/salvinia-molesta/ |access-date=2023-05-30 |website=plants.ifas.ufl.edu}}</ref><ref>{{Cite book|last=Moran|first=Robbin|title=A Natural History of Ferns|year=2004|publisher=Timber Press |isbn=0-88192-667-1}}</ref> 

O importante combustível fóssil [[carvão]] é constituído por restos de plantas primitivas, incluindo fetos.<ref>{{Cite web |title=Fossils, Kentucky Geological Survey, University of Kentucky |url=https://www.uky.edu/KGS/fossils/fossil-pennsylvanianPlants.php |access-date=2023-05-30 |website=www.uky.edu}}</ref>
=== Usos científicos e culturais ===
[[File:Nature print, Alois Auer.jpg|thumb|280px|Fetos na [[era vitoriana]]: o quadro intitulado ''Blätter des Manns Walfarn'' de [[Alois Auer]], Viena: Tipografia Imperial, 1853]]
[[File:Barnsley fern plotted with VisSim.PNG|thumb|280px|[[Feto de Barnsley]] um [[fractal]] criado utilizando um [[jogo do caos]] com recuros a um [[sistema de funções iteradas]].<ref name=Fractals/>]]

O estudo dos fetos e de outras pteridófitas é designado por '''pteridologia'''. Um '''pteridólogo'''' é um especialista no estudo das pteridófitas num sentido mais lato que inclui as [[licófitas]]s mais distantemente relacionadas.

A [[pteridomania]] foi uma moda da [[era vitoriana]] que envolvia o colecionismo de fetos e motivos de fetos na [[arte decorativa]], incluindo cerâmica, vidro, metal, têxteis, madeira, impressão, papel impresso e escultura. Nos tempos dessa moda motivos relacionados com fetos apareciam em tudo, desde presentes de batismo de crianças a lápides e memoriais. A moda de cultivar fetos dentro de casa levou ao desenvolvimento da [[caixa Ward]], um armário envidraçado que excluiria os poluentes do ar e manteria a humidade necessária.<ref>{{cite journal |first=Peter D. A. |last=Boyd |title=Pteridomania - the Victorian passion for ferns | version=Revised: web version |journal=Antique Collecting |volume=28 |issue=6 |pages=9–12 |date=2 janeiro 2002 |url=http://www.peterboyd.com/pteridomania.htm |access-date=2 outubro 2007 }}</ref>

O [[feto de Barnsley]] é um [[fractal]] com o nome do [[matemático]] britânico [[Michael Barnsley]], que o descreveu pela primeira vez no seu livro ''Fractals Everywhere''. Uma estrutura [[Auto-similaridade|auto-similar]] é descrita por uma função matemática, aplicada repetidamente em diferentes escalas para criar um padrão de frondes.<ref name=Fractals>[https://books.google.com/books?id=oh7NoePgmOIC Fractals Everywhere], Boston, MA: Academic Press, 1993, {{ISBN|0-12-079062-9}}</ref>

A forma seca dos fetos foi utilizada noutras artes, como um [[estêncil]] ou diretamente pintada para utilização num desenho. A obra botânica ''[[The Ferns of Great Britain and Ireland]]'' (''Os fetos da Grã-Bretanha e Irlanda'') é um exemplo notável deste tipo de impressão da natureza. O processo, patenteado pelo artista e editor [[Henry Bradbury]], consiste em imprimir um espécime numa placa de chumbo macio. A primeira publicação a demonstrar este processo foi ''The Discovery of the Nature Printing-Process'' de [[Alois Auer]].

Os bares conhecidos por ''[[fern bar]]'' eram populares na América do Norte nas décadas de 1970 e 1980.

Os fetos aparecem no folclore, por exemplo, em lendas sobre flores ou sementes míticas.{{sfn|May|1978}} No [[folclore eslavo]], acredita-se que os fetos florescem uma vez por ano, durante a noite do [[Dia de Ivan Kupala]]. Apesar de ser alegadamente muito difícil de encontrar, quem vir uma flor de feto é considerado feliz e rico para o resto da vida. Do mesmo modo, a tradição finlandesa afirma que quem encontrar a semente de um feto em flor na noite da [[festa junina]] será guiado e poderá viajar invisivelmente para os locais onde os fetos eternamente flamejantes, chamados ''[[aarnivalkea]]'', assinalam a presença de tesouros escondidos. Estes locais estão protegidos por um feitiço que impede qualquer pessoa, exceto o detentor da semente de feto, de saber a sua localização.<ref>{{cite web |url=http://www.saunalahti.fi/~marian1/gourmet/season5a.htm |title=Traditional Finnish Midsummer celebration |publisher=Saunalahti.fi |access-date=2013-09-07 }}</ref>

Na religião [[neopaganismo|neopagã]] conhecida por [[Wicca]], pensa-se que os fetos têm propriedades mágicas, por exemplo, um feto seco pode ser atirado para as brasas de uma fogueira para exorcizar os maus espíritos, ou pensa-se que o fumo de um feto a arder afasta as cobras e outras criaturas semelhantes.<ref name="Cunningham">{{cite book |last=Cunningham |first=Scott |author-link=Scott Cunningham |title=Cunningham's Encyclopedia of Magical Herbs |date=1999 |publisher=Llewellyn |page=102}}</ref>

Os fetos são o emblema nacional da [[Nova Zelândia]] e figuram no seu passaporte e no design da sua companhia aérea nacional, a [[Air New Zealand]], e da sua equipa de râguebi, os [[All Blacks]].

===Organismos confundidos com fetos===
Algumas [[plantas com flor]], entre as quais [[Arecaceae|palmeiras]] e membros da [[Apiaceae|família da cenoura]], têm folhas [[pinadas]] que lembram um pouco as frondes dos pteridófitos. No entanto, essas plantas têm sementes totalmente desenvolvidas contidas em [[fruto]]s, em vez dos esporos microscópicos d.

Várias plantas que não são fetos (e até animais) são chamadas ''fetos'' e são por vezes confundidas com fetos. Estes incluem:
* Espargo-feto - Esta expressão pode aplicar-se a uma das várias espécies do género [[monocotiledóneas|monocotiledóneas]] do género ''[[Asparagus]]'' que são plantas com flor.
* Feto-doce - arbusto florífero do género ''[[Comptonia|Comptonia]]''.
* Feto-do-ar - um grupo de [[Animalia|animais]] chamados [[hidrozoários]] que estão distantemente relacionados com as [[medusas]] e os [[corais]]. São colhidas, secas, tingidas de verde e depois vendidas como uma planta que pode viver do ar. Embora possa parecer um feto, é apenas o esqueleto deste [[Colónia (biologia)|animal colonial]].
* Feto-rosa - ''[[Chamaebatiaria millefolium]]'', um arbusto da família das rosas com folhas parecidas com frondes de fetos.
* Árvore-feto - ''[[Jacaranda mimosifolia]]'', uma [[árvore ornamental]] da ordem [[Lamiales]].
* Árvore-folha-de-feto - ''[[Filicium decipiens]]'', uma [[árvore ornamental]] da ordem [[Sapindales]].

== Notas ==
{{Notelist}}
==Referências==
{{Reflist|refs=
<ref name=CronTakhZimm66>{{Cite journal |last1=Cronquist |first1=Arthur |last2=Takhtajan |first2=Armen |last3=Zimmermann |first3=Walter |date=Abril 1966 |title=On the Higher Taxa of Embryobionta |journal=Taxon |volume=15 |issue=4 |pages=129–134 |jstor=1217531 |author-link1=Arthur Cronquist |author-link2=Armen Takhtajan |doi=10.2307/1217531 }}</ref>

<ref name=Lehtonen-2011>{{cite journal 
|author=Samuli Lehtonen 
|year=2011 
|title=Towards Resolving the Complete Fern Tree of Life 
|journal=PLOS ONE |volume=6 |issue=10 |pages=e24851
|url=http://www.sci.utu.fi/sivustot/amazon/publications/articles/pdf_pub/Lehtonen_2011_PLoS1.pdf |doi=10.1371/journal.pone.0024851 |pmid=22022365 |pmc=3192703|bibcode=2011PLoSO...624851L 
|doi-access=free 
}}</ref>

<ref name=LiBrouCarr18>{{Cite journal |last1=Li |first1=Fay-Wei |last2=Brouwer |first2=Paul |last3=Carretero-Paulet |first3=L. |date=2018 |title=Fern genomes elucidate land plant evolution and cyanobacterial symbioses |journal=Nature Plants |volume=4 |issue=7 |pages=460–472 |doi=10.1038/s41477-018-0188-8 |pmid=29967517 |pmc=6786969 |display-authors=etal }}</ref>

<ref name=Palm04>{{Citation |last1=Palmer |first1=Jeffrey |date=2004 |title=The Plant Tree of Life: an Overview and Some Points of View |journal=American Journal of Botany |volume=91 |issue=10 |pages=1437–45 |doi=10.3732/ajb.91.10.1437 |pmid=21652302 |doi-access=free }}</ref>

<ref name=Pryer-2009>{{cite book
|title=The Timetree of Life
|author1=Kathleen M. Pryer |author2=Eric Schuettpelz |chapter=Ferns
|chapter-url=http://www.pryerlab.net/publication/fichier1177.pdf
|editor1=S. Blair Hedges |editor2=Sudhir Kumar |publisher=Oxford Biology|year=2009 }}</ref>

<ref name=rai-2010>{{cite journal 
|author1=Hardeep S. Rai |author2=Sean W. Graham |year=2010
|title=Utility of a large, multigene plastid data set in inferring higher-order relationships in ferns and relatives (Monilophytes)
|journal=American Journal of Botany|volume=97|issue=9|pages=1444–1456
|doi=10.3732/ajb.0900305|pmid=21616899}}</ref>

<ref name=RothNixo06>{{Cite journal |last1=Rothwell |first1=G. W. |last2=Nixon |first2=K. C. |date=2006 |title=How does the inclusion of fossil data change our conclusions about the phylogenetic history of euphyllophytes |journal=  International Journal of Plant Sciences|volume=167 |issue=3 |pages=737–749 |doi=10.1086/503298 |s2cid=86172890 }}</ref>

<ref name=Schu07>{{Citation |mode=cs1 |last1=Schuettpelz |first1=Eric |date=2007 |contribution=Fern Phylogeny Inferred from 400 Leptosporangiate Species and Three Plastid Genes |title=The Evolution and Diversification of Epiphytic Ferns |type=Doctoral dissertation |publisher=Duke University |contribution-url=http://dukespace.lib.duke.edu/dspace/bitstream/10161/181/1/D_Schuettpelz_Eric_a_052007.pdf |access-date=2019-12-04 }}</ref>
}}

== Bibliografia ==
=== Livros ===
* {{cite book|last1=Christenhusz|first1=Maarten M. J.|last2=Fay|first2=Michael|last3=Byng|first3=James W.|author-link1=Maarten Christenhusz|author-link2=Michael Francis Fay|author-link3=James W. Byng|title=The Global Flora: Special Edition: GLOVAP Nomenclature Part 1|url=https://books.google.com/books?id=DX60DwAAQBAJ|date=2018|publisher=Plant Gateway Ltd.|isbn=978-0-9929993-6-0|ref={{harvid|Christenhusz et al|2018}}}}
* {{cite book|last=Linnaeus|first=Carl|author-link=Carl Linnaeus|title=Species Plantarum: exhibentes plantas rite cognitas, ad genera relatas, cum differentiis specificis, nominibus trivialibus, synonymis selectis, locis natalibus, secundum systema sexuale digestas|url=https://www.biodiversitylibrary.org/bibliography/669#/summary|year=1753|volume=1|chapter=Cryptogamia: Filices Musci|chapter-url=https://www.biodiversitylibrary.org/item/13830#page/503/mode/1up|pages=1061–1100, 1100–1130|publisher=Impensis Laurentii Salvii|location=Stockholm}}, ''see also'' [[Species Plantarum]]
* Lord, Thomas R. (2006). ''Ferns and Fern Allies of Pennsylvania''. Indiana, PA: Pinelands Press. [http://www.paferns.com/ Ferns and Fern Allies of Pennsylvania - Thomas Reeves Lord]
* Moran, Robbin C. (2004). ''A Natural History of Ferns''. Portland, OR: Timber Press. {{ISBN|0-88192-667-1}}.
* {{cite book|last1=Ranker|first1=Tom A.|last2=Haufler|first2=Christopher H.|title=Biology and Evolution of Ferns and Lycophytes|url=https://books.google.com/books?id=js9JnwEACAAJ|date=2008|publisher=[[Cambridge University Press]]|isbn=978-0-521-87411-3}}
* {{cite book |last=Swartz |first=Olof |author-link=Olof Swartz |title=Synopsis filicum: earum genera et species systematice complectens: adjectis lycopodineis, et descriptionibus novarum et rariorum specierum: cum tabulis aeneis quinque |date=1806 |publisher=Impensis Bibliopolii novi academici |location=[[Kiliae]] |url=https://www.biodiversitylibrary.org/bibliography/81948#/summary }}
=== Artigos científicos ===
* {{cite journal |last=Berry |first=Chris |title=The Middle Devonian plant collections of Francois Stockmans reconsidered. |journal=[[Geologica Belgica]] |date=2009 |volume=12 |issue=1–2 |pages=25–30 |url=https://popups.uliege.be/1374-8505/index.php?id=2633&file=1 }}
* {{cite journal |last1=Bomfleur |first1=B. |last2=McLoughlin |first2=S. |last3=Vajda |first3=V. |title=Fossilized Nuclei and Chromosomes Reveal 180 Million Years of Genomic Stasis in Royal Ferns |url=http://nrm.diva-portal.org/smash/get/diva2:719316/FULLTEXT01 |journal=[[Science (journal)|Science]] |date=20 Março 2014 |volume=343 |issue=6177 |pages=1376–1377 |doi=10.1126/science.1249884 |pmid=24653037 |bibcode=2014Sci...343.1376B |s2cid=38248823 |ref={{harvid|Bomfleur et al|2014}} }}
* {{cite journal|last1=Cantino|first1=Philip D.|last2=Doyle|first2=James A.|last3=Graham|first3=Sean W.|last4=Judd|first4=Walter S.|author-link4=Walter S. Judd|last5=Olmstead|first5=Richard G.|last6=Soltis|first6=Douglas E.|author-link6=Douglas Soltis|last7=Soltis|first7=Pamela S.|author-link7=Pamela Soltis|last8=Donoghue|first8=Michael J.|author-link8=Michael Donoghue|title=Towards a Phylogenetic Nomenclature of Tracheophyta|journal=[[Taxon (journal)|Taxon]]|date=1 agosto 2007|volume=56|issue=3|pages=822|doi=10.2307/25065865|ref={{harvid|Cantino et al|2007}}|jstor=25065865}}
* {{cite journal
|last1=Chase|first1=Mark W.|author-link1=Mark W. Chase|last2=Reveal|first2=James L.|author-link2=James L. Reveal |year=2009|title=A phylogenetic classification of the land plants to accompany APG III|journal=[[Botanical Journal of the Linnean Society]]|volume=161|issue=2|pages=122–127|doi=10.1111/j.1095-8339.2009.01002.x|doi-access=free}}
* {{cite journal | last1 = Christenhusz | first1 = Maarten J. M. | last2 = Byng | first2 = J. W. | author-link1 = Maarten Christenhusz | author-link2 = James W. Byng | year = 2016 | title = The number of known plants species in the world and its annual increase | journal = [[Phytotaxa]] | volume = 261 | pages = 201–217 | url = http://biotaxa.org/Phytotaxa/article/download/phytotaxa.261.3.1/20598 | doi = 10.11646/phytotaxa.261.3.1 | issue = 3 | publisher = Magnolia Press | doi-access = free }}
* {{cite journal|last1=Christenhusz|first1=M. J. M.|author-link1=Christenhusz|last2=Zhang|first2=X. C.|last3=Schneider|first3=H.|title=A linear sequence of extant families and genera of lycophytes and ferns|journal=[[Phytotaxa]]|date=18 fevereiro 2011|volume=19|issue=1|pages=7|doi=10.11646/phytotaxa.19.1.2|ref={{harvid|Christenhusz et al|2011}}|doi-access=free}}
* {{cite journal | last1 = Christenhusz | first1 = Maarten J. M. |author-link1=Christenhusz| last2 = Chase | first2 = Mark W. |author-link2=Mark W. Chase| year = 2014 | title = Trends and concepts in fern classification | journal = [[Annals of Botany]] | volume = 113 | issue = 4| pages = 571–594 | doi=10.1093/aob/mct299 | pmid=24532607 | pmc=3936591}}
* {{cite journal |last1=Christenhusz |first1=Maarten J. M. |last2=Chase |first2=Mark W. |author-link1=Maarten Christenhusz|author-link2=Mark W. Chase|title=PPG recognises too many fern genera |journal=[[Taxon (journal)|Taxon]] |date=1 Junho 2018 |volume=67 |issue=3 |pages=481–487 |doi=10.12705/673.2|doi-access=free }}
* {{Cite journal | last1 = May | first1 = Lenore Wile| title = The economic uses and associated folklore of ferns and fern allies | journal = [[The Botanical Review]] | year = 1978| volume = 44 | issue = 4 | pages = 491–528| doi = 10.1007/BF02860848| s2cid = 42101599}}
* {{cite journal | last1 = Melan | first1 = M. A. | last2 = Whittier | first2 = D. P. | year = 1990 | title = Effects of Inorganic Nitrogen Sources on Spore Germination and Gametophyte Growth in Botrychium Dissectum | journal = Plant, Cell and Environment | volume = 13 | issue = 5| pages = 477–82 | doi=10.1111/j.1365-3040.1990.tb01325.x}}
* {{cite journal | last1 = Pryer | first1 = Kathleen M. | last2 = Schneider | first2 = Harald | last3 = Smith | first3 = Alan R. | last4 = Cranfill | first4 = Raymond | last5 = Wolf | first5 = Paul G. | last6 = Hunt | first6 = Jeffrey S. | last7 = Sipes | first7 = Sedonia D. | year = 2001 | title = Horsetails and ferns are a monophyletic group and the closest living relatives to seed plants | journal = Nature | volume = 409 | issue = 6820| pages = 618–622 | doi=10.1038/35054555 | pmid=11214320| bibcode = 2001Natur.409..618S | s2cid = 4367248 }}
* {{cite journal | last1 = Pryer | first1 = Kathleen M. | last2 = Schuettpelz | first2 = Eric | last3 = Wolf | first3 = Paul G. | last4 = Schneider | first4 = Harald | last5 = Smith | first5 = Alan R. | last6 = Cranfill | first6 = Raymond | year = 2004 | title = Phylogeny and evolution of ferns (monilophytes) with a focus on the early leptosporangiate divergences | journal = American Journal of Botany | volume = 91 | issue = 10 | pages = 1582–1598 | doi = 10.3732/ajb.91.10.1582 | pmid = 21652310 }}
* {{cite journal|last1=Pteridophyte Phylogeny Group|title=A community-derived classification for extant lycophytes and ferns|journal=Journal of Systematics and Evolution|date=novembro 2016|volume=54|issue=6|pages=563–603|doi=10.1111/jse.12229|s2cid=39980610|doi-access=free}}
* {{cite journal|last1=Schneider|first1=Harald|last2=Smith|first2=Alan R.|last3=Pryer|first3=Kathleen M.|title=Is Morphology Really at Odds with Molecules in Estimating Fern Phylogeny?|journal=[[Systematic Botany]]|date=1 Julho 2009|volume=34|issue=3|pages=455–475|doi=10.1600/036364409789271209|s2cid=85855934|ref={{harvid|Schneider et al|2009}}}}
* {{Cite thesis |last = Schuettpelz |first = Eric |title = The evolution and diversification of epiphytic ferns |url = http://dukespace.lib.duke.edu/dspace/bitstream/10161/181/1/D_Schuettpelz_Eric_a_052007.pdf |year = 2007 |publisher = [[Duke University]] |type = [[PhD thesis]] |contribution = Table 1 }}
* {{cite journal |last1=Schuettpelz |first1=Eric |last2=Rouhan |first2=Germinal |last3=Pryer |first3=Kathleen M. |last4=Rothfels |first4=Carl J. |last5=Prado |first5=Jefferson |last6=Sundue |first6=Michael A. |last7=Windham |first7=Michael D. |last8=Moran |first8=Robbin C. |last9=Smith |first9=Alan R. |title=Are there too many fern genera? |journal=[[Taxon (journal)|Taxon]] |date=1 Junho 2018 |volume=67 |issue=3 |pages=473–480 |doi=10.12705/673.1|ref={{harvid|Schuettpelz et al|2018}}|doi-access=free }}
* {{cite journal | last=Smith | first=Alan R. | author2=Kathleen M. Pryer | author3=Eric Schuettpelz | author4=Petra Korall | author5=Harald Schneider | author6=Paul G. Wolf | year=2006 | title=A classification for extant ferns | url=https://www.idigbio.org/wiki/images/9/95/Smith_et_al_2006.pdf | journal=[[Taxon (journal)|Taxon]] | volume=55 | issue=3 | pages=705–731 | doi=10.2307/25065646 | jstor=25065646 | ref={{harvid|Smith et al.2006}} }}
* {{cite journal | last1 = Stein | first1 = W. E. | last2 = Mannolini | first2 = F. | last3 = Hernick | first3 = L. V. | last4 = Landling | first4 = E. | last5 = Berry | first5 = C. M. | year = 2007 | title = Giant cladoxylopsid trees resolve the enigma of the Earth's earliest forest stumps at Gilboa | journal = [[Nature (journal)|Nature]] | volume = 446 | issue = 7138| pages = 904–907 | doi=10.1038/nature05705 | pmid=17443185| bibcode = 2007Natur.446..904S| s2cid = 2575688 |ref={{harvid|Stein et al|2007}}}}
* {{cite journal|author=Radoslaw Janusz Walkowiak|title=Classification of Pteridophytes - Short classification of the ferns.|journal=IEA Paper|date=2017|url=https://internationalequisetologicalassociation.yolasite.com/resources/Classification%20of%20Pteridophytes.pdf|doi=10.13140/RG.2.2.29934.20809}}
* {{cite journal |last1=Underwood |first1=L. M. |title=The early writers on ferns and their collections.— I. Linnaeus, 1707-1778 |journal=[[Torrey Botanical Society|Torreya]] |date=1903 |volume=3 |issue=10 |pages=145–150 |jstor=40594126 |issn=0096-3844}}
== Ver também ==
{{div col|colwidth=30em}}
* [[British Pteridological Society]]
* ''[[Chirosia betuleti]]'' 
* [[Fern spike]]
* [[Fern sports]]
* [[Caxemira (estampa)]] (''[[Paisley (design)|Paisley]] ou ''[[buta]]'')
* [[Pteridophyta]]
* [[Bandeira do feto prateado]]
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== {{Links}} ==
{{Wikispecies|Pteridophyta}}
{{Commons category|Polypodiopsida}}
*{{cite web |last1=McCausland |first1=Jim |title=Rediscover ferns |url=https://www.sunset.com/garden/flowers-plants/rediscover-ferns |website=Garden plants |publisher=Sunset Magazine |access-date=22 novembro 2019 |date=22 fevereiro 2019 |archive-date=30 outubro 2021 |archive-url=https://web.archive.org/web/20211030104351/https://www.sunset.com/garden/flowers-plants/rediscover-ferns }}
* {{cite web |title=Pteridopsida: Fossil Record |url=http://www.ucmp.berkeley.edu/plants/pterophyta/pteridofr.html |website=Plants: Pteridopsida |publisher=[[University of California Museum of Paleontology]] |access-date=23 novembro 2019 |ref={{harvid|UCMP|2019}} }}
* {{cite web |title=Classifying and identifying ferns |url=https://www.sciencelearn.org.nz/resources/1104-classifying-and-identifying-ferns |website=Science Learning Hub |publisher=[[The University of Waikato]] |access-date=24 novembro 2019 |language=en |date=3 setembro 2018 |ref={{harvid|SLH|2018}} }}
* {{cite encyclopedia|last1= Mickel|first1= John T.|last2= Wagner|first2= Warren H.|last3= Gifford|first3= Ernest M.|display-authors= etal|title= Fern|url= https://www.britannica.com/plant/fern|encyclopedia= [[Encyclopædia Britannica]]|access-date= 24 novembro 2019|date= 4 fevereiro 2019|ref= {{harvid|EB|2019}}}} 
* {{cite web |last1=Hassler |first1=Michael |last2=Schmitt |first2=Bernd |title=Checklist of Ferns and Lycophytes of the World |url=https://worldplants.webarchiv.kit.edu/ferns/ |website=World Ferns |publisher=[[Botanical Garden of the Karlsruhe Institute of Technology]] |access-date=25 novembro 2019 |date=2 novembro 2019 |archive-date=2 setembro 2017 |archive-url=https://web.archive.org/web/20170902225743/http://worldplants.webarchiv.kit.edu/ferns/ |url-status=dead }}
* {{cite web |last1=Pryer |first1=Kathleen M. |last2=Smith |first2=Alan R. |last3=Rothfels |first3=Carl |title=Polypodiopsida |url=http://tolweb.org/Polypodiopsida/20615 |website=[[Tree of Life]] |date=2009 |ref={{harvid|Pryer et al|2006}} }}
* [https://web.archive.org/web/20160304060354/http://www.anbg.gov.au/fern/taxa/classification.html ''A classification of the ferns and their allies''.]
* [https://web.archive.org/web/20160117055319/http://www.jaknouse.athens.oh.us/ferns/bookfern.html ''A fern book bibliography''.]
* [https://web.archive.org/web/20080509142839/http://www1.akira.ne.jp/~unzen/pteridophyta.html Register of fossil Pteridophyta]
* [http://delta-intkey.com/britfe/ Watson, L. and M. J. Dallwitz (2004 onwards). ''The Ferns (Filicopsida) of the British Isles''.] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20160303183034/http://delta-intkey.com/britfe/ |date=3 março 2016 }}
* [http://www.peterboyd.com/pteridomania2.htm ''Ferns and Pteridomania in Victorian Scotland''.]
* [https://web.archive.org/web/20120512162340/http://www.cas.vanderbilt.edu/bioimages/pages/non-seed-plants.htm Non-seed plant images at ''bioimages.vanderbilt.edu'']
* [http://www.amerfernsoc.org/ American Fern Society]
* [http://www.eBPS.org.uk/ British Pteridological Society]

{{Taxonbar|from=Q80005}}
{{Bases de dados taxonómicos}}
{{Classificação dos pteridófitos}}
{{Classificação Plantas}}
{{Botânica}}

[[Categoria:Pteridopsida]]