Semiduplex

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O termo semiduplex é uma técnica desenvolvida a partir do conceito do planejamento em seção[1], que possibilita acesso a três diferentes apartamentos a partir de uma circulação coletiva chamados tipo A, B e C. O esquema que Niemeyer chamou de “semiduplex” foi utilizado no projeto do Conjunto Habitacional J.K., sendo um reflexo da geometria estratificada de experiências anteriores, como o projeto do Hotel Quintandinha (1950, não construído).

Dentro dos apartamentos do Conjunto JK, diferentes configurações internas mostravam organizações inovadoras, que desde o próprio nome já se mostravam como sendo diferenciadas: o “semiduplex”[2]

A partir desse tipo de geometria percebe-se a valorização das varandas proporcionando aos apartamentos uma para cada fachada. A varanda e um espaço de lazer e convívio dos moradores, e traz essa relação do ambiente intimo dentro de um apartamento e o contato externo com a paisagem.

Na seção transversal, as lajes de um lado da fachada aparecem deslocadas meio andar com respeito ao lado contrário. A circulação coletiva aparece a cada andar e meio, e dá acesso a dois apartamentos, cada um formado por três andares. A geometria obriga que os corredores apareçam em posições alternadas na seção transversal, ora do lado esquerdo do eixo central, ora do lado direito, estando estes desprovidos de luz natural.[3]

A seção foi popularizada na Europa, sendo introduzido por Candilis[4], com a sucessiva construção da torre de Van den Broek & Bakema em Hansaviertel (Berlim do Oeste, 1957).[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Pérez -Duarte Fernández, Alejandro (2014). «Int. Journal for Housing Scienc» (PDF). THE MODERN MOVEMENT OF HOUSING STRATEGIES IN LATIN AMERICA. Housing Science. Consultado em 9 de novembro de 2016 
  2. PÉREZ-DUARTE FERNÁNDEZ; SOUZA, ALEJANDRO; TALITA. «Niemeyer e o modelo do semi-duplex Uma inovadora proposta habitacional na década dos cinquentas». Revista VITRUVIUS. Consultado em 19 de outubro de 2016 
  3. a b «Definition». Planejamento em seção. 16 de abril de 2015. Consultado em 19 de outubro de 2016. Arquivado do original em 19 de outubro de 2016 
  4. «Le Team X, les bâtiments et les théories qui les font naître : Toulouse-le Mirail et la cellule de l'habitat»