Mostrar código-fonte de Sidônia da Saxônia

{{Info/Nobre
| nome         = Sidônia da Saxônia
| título       = Duquesa de Brunsvique-Luneburgo<br />Princesa de Calembergue-Gotinga
| imagem        = 1518 Sidonia.jpg
| legenda      = Tinta a óleo de autoria [[Lucas Cranach, o Velho]], c. 1535, parte da coleção do [[Museu de História da Arte em Viena]].
| reinado        = [[17 de maio]] de [[1545]] – [[1573]]
| tipo-reinado   = Período
| predecessor    = Isabel de Brandemburgo
| sucessor       = [[Doroteia da Lorena]]
| sucessão     = Duquesa de Brunsvique-Luneburgo
| cônjuge       = [[Érico II, Duque de Brunsvique-Luneburgo]]
| pai       = [[Henrique IV, Duque da Saxônia|Henrique IV da Saxônia]]
| casa        = [[Dinastia Wettin|Casa de Wettin]]
| mãe       = [[Catarina de Meclemburgo]]
| data de nascimento  = {{dni|8|3|1518|df=y|si}}
| nascimento_local  = [[Meissen|Mísnia]], [[Saxônia]], [[Alemanha]]
| morte_data   = {{morte|4|1|1575|8|3|1518|3|8|df=y}}
| morte_local  = [[Weissenfels]], [[Distrito da Burguenlândia]], [[Saxônia-Anhalt]], [[Alemanha]]
| sepultamento = Catedral de Santa Maria
| religião     = [[Luteranismo|Luterana]]
}}
'''Sidônia da Saxônia''' ({{lang-de|''Sidonie''}}; [[Meissen|Mísnia]], [[8 de março]] de [[1518]] – [[Weissenfels]], [[4 de janeiro]] de [[1575]]) foi uma princesa da [[Dinastia Wettin|Casa de Wettin]] e, pelo casamento, [[Ducado de Brunsvique-Luneburgo|Duquesa de Brunsvique-Luneburgo]] e Princesa de Calembergue-Gotinga.

== Vida ==

=== Família ===
Sidônia era filha do Duque [[Henrique IV, Duque da Saxônia|Henrique IV da Saxônia]] (1473-1541) e sua esposa [[Catarina de Meclemburgo|Catarina]] (1487-1561), filha do Duque Magnus II de Mecklemburgo. Era irmã do Eleitor Maurício da Saxônia, Augusto, Sibila da Saxônia (Duquesa de [[Ducado de Saxe-Lauemburgo|Saxe-Lauemburgo]], a partir de 1540, por casamento) e [[Emília da Saxônia]] (Margravina de [[Principado de Ansbach|Brandemburgo-Ansbach]], a partir de 1533, por casamento).

=== Casamento ===
Sidônia casou-se, em 17 de maio de 1545, com o [[Érico II, Duque de Brunsvique-Luneburgo|Duque Érico II de Brunsvique-Luneburgo]] (1528-1584), que era dez anos mais jovem que ela. A cerimônia de casamento foi realizada em [[Hann. Münden]] sem a habitual pompa e circunstância.

Inicialmente, eles se gostaram. Érico tinha sido noivo de [[Inês de Hesse]]. Quando o casamento foi negociado na corte de Cassel, no entanto, ele já havia conhecido Sidônia. Ele gostou dela, e rompeu o noivado com Inês, para casar-se com Sidônia. O Landegrave [[Filipe I de Hesse|Filipe de Hesse]] predisse: "Todos os tipos de coisas vão acontecer dentro deste casamento, depois que o mês dos beijos terminar."<ref>Christoph von Rommel: ''história de Hesse'', vol 4, p. 200</ref>

Dois anos após o casamento, em 1547, o Duque Érico começou seu governo, e reconverteu-se à fé [[Igreja Católica|católica,]] após a Reforma ter sido introduzida em seu Ducado, em 1542. Apesar das rogatibas de seu marido, Sidônia manteve sua fé [[Luteranismo|luterana]]. Eles tiveram problemas financeiros, o casamento permaneceu sem filhos e, logo, o seu relacionamento tomou um rumo muito infeliz.

Os confrontos culminaram na sua suspeita de que seu marido queria envenená-la. Um mercador [[República de Gênova|genovês]] entrou em contato com o irmão de Sidônia, Augusto, no ano de 1555, e informou-lhe que o Duque Érico tinha lhe encomendado o veneno, sob o fundamento de que "Érico era um cristão e sua esposa seria Luterana, era melhor que uma mulher fosse destruída do que 20.000 pessoas."<ref name="Não_nomeado-yFJt-1">Karl von Weber, [https://books.google.com/books?id=ojcNAAAAIAAJ a Partir de quatro séculos: Comunicações do principal arquivo nacional,.]</ref> Érico voltou para uma moça com quem passou a viver no Castelo de Calenberg, a partir de 1563. Sidônia teve o acesso ao castelo recusado, que também foi baseado no fundamento de que ela tinha ameaçado: "se ela vier à minha casa, eu corto fora o nariz da vadia, e lhe furo um olho."<ref name="Não_nomeado-yFJt-1"/>

=== Acusações de feitiçaria ===
Sidônia esteve, de 1564 em diante, praticamente em prisão domiciliar e ela protestou vigorosamente ao seu irmão e ao Imperador, que enviou conselhos que tentaram, sem sucesso, entrar num acordo com o Duque Érico. Em 1564, Érico ficou muito doente e suspeitou que foi envenenado. Quatro mulheres suspeitas de bruxaria foram queimadas como bruxas, em [[Neustadt am Rübenberge]]. Em 1570, a mediação do Imperador, o Eleitor da Saxônia e Duque [[Júlio, Duque de Brunsvique-Volfembutel|Júlio de Brunsvique-Volfembutel]], resultou em uma solução de litígios entre Sidônia e seu marido, na qual Sodônia receberia o Castelo de Calemberga. Érico, no entanto, não cumpriu o acordo.

Em 30 de março de 1572, o Duque Érico reuniu alguns dos seus conselheiros, nobres e deputados das cidades de [[Hannover|Hanôver]] e [[Hameln|Hamelin]], no Castelo de Landestrost, em [[Neustadt am Rübenberge|Neustadt]]. Ele acusou Sidônia de feitiçaria e de atentado contra sua vida. Ele apresentou provas obtidas mediante tortura das quatro mulheres que ele tinha executado por bruxaria. Sidônia dirigiu-se ao Imperador [[Maximiliano II do Sacro Império Romano-Germânico|Maximiliano II]] e pediu uma revisão. Ela secretamente deixou Calenberg e viajou para [[Viena]]. O imperador Maximiliano, então, decretou que a investigação deveria ser realizada na corte imperial. No entanto, ele remeteu o caso para os Duques Júlio de Brunsvique-Volfembutel e [[Guilherme, Duque de Brunsvique-Luneburgo|Guilherme, O Jovem.]]

Em 17 de dezembro de 1573, o caso foi apresentado em [[Halberstadt]], para a corte e um grande público. Todas as testemunhas retrataram seus depoimentos contra Sidônia e, em 1 de janeiro de 1574, a Duquesa foi absolvida de todas as acusações.

=== O Mosteiro de Weissenfels ===
De Viena, Sidônia viajou para [[Dresden|Dresda]], em outubro de 1572, até seu irmão e a esposa dele. Ao invés do Castelo de Calenberg e a prata que o Duque Érico tinha retido dela, ela recebeu, depois de vários acordos, uma indenização e uma pensão vitalícia. O Eleitor Augusto deu a ela o [[Ordem das Clarissas|Mosteiro das Clarissas]], em [[Weissenfels]], com todos os rendimentos e juros. Sidônia viveu lá até sua morte, em 1575.

Devido à resistência de Sidônia, o Duque Júlio de Brunsvique não teve êxito em resolver amigavelmente a acusação de Érico contra Sidônia. Em 1573, Sidônia escreveu ao Duque Júlio: 
''O Duque Érico está dificultando, porque ele vomitou as acusações, tirando, como falamos, não as roupas, mas a honra, que é o maior e mais precioso tesouro que uma mulher pobre possui neste mundo.''<ref>Karl Weber: ''[https://books.google.com/books?id=ojcNAAAAIAAJ Durante quatro séculos: as comunicações entre os principais arquivos do estado ...'', Volume 2, p. 63'']''</ref>

De acordo com a sua vontade, Sidônia foi enterrada na Catedral de Santa Maria, em [[Freiberga]]. Ela deixou importantes somas de dinheiro para seus negociadores do julgamento de Halberstadt.

== Ascendência ==
{{Ahnentafel-compact5|1. '''Sidônia da Saxônia'''|2. [[Henrique IV, Duque da Saxônia]]|3. [[Catarina de Mecklemburgo]]|4. [[Alberto III, Duque da Saxónia|Alberto III, Duque da Saxônia]]|5. [[Sidônia de Poděbrady]]|6. [[Magno II, Duque de Mecklemburgo]]|7. [[Sofia da Pomerânia, Duquesa de Meclemburgo|Sofia da Pomerânia]]|8. [[Frederico II, Eleitor da Saxônia]]|9. Margarida da Áustria, Eleitora da Saxônia|10. [[Jorge de Poděbrady|Rei Jorge de Poděbrady]]|11. [[Cunegunda de Sternberg]]|12. [[Henrique IV, Duque de Mecklemburgo]]|13. [[Doroteia de Brandemburgo, Duquesa de Mecklemburgo|Princesa Doroteia de Brandemburgo]]|14. [[Érico II, Duque da Pomerânia]]|15. [[Sofia da Pomerânia-Słupsk]]|16. [[Frederico I, Eleitor da Saxônia]]|17. [[Catarina de Brunsvique-Luneburgo]]|18. [[Ernesto, Duque da Áustria]]|19. Cimburga da Mazóvia|20. Vítor de Kunštát e Poděbrady|21. Ana de Wartenberg|22. Lord Smil de Sternberg|23. Bárbara de Pardubice|24. [[João IV, Duque de Mecklemburgo]]|25. [[Catarina de Saxe-Lauemburgo, Duquesa de Mecklemburgo]]|26. [[Frederico I de Brandemburgo]]|27. [[Isabel da Baviera, Eleitora de Brandemburgo]]|28. [[Vartislau IX, Duque da Pomerânia]]|29. [[Sofia de Saxe-Lauemburgo, Duquesa da Pomerânia|Sofia de Saxe-Lauemburgo-Ratzeburg]]|30. [[Bogislau IX, Duque da Pomerânia]]|31. [[Maria da Mazóvia]]|boxstyle_5=background-color: #9fe;|boxstyle_4=background-color: #bfc;|boxstyle_3=background-color: #ffc;|boxstyle_2=background-color: #fb9;|boxstyle_1=background-color: #fcc;}}

{{Referências}}

* Martin Schemel: ''Um Cristão sermão fúnebre, para o corpo de sua Alteza a Princesa e Senhora Sidonie, nascido Duquesa da Saxônia, e a Princesa de Brunswick e Lüneburg, dada na Catedral de Freiburg por Martin Schemel, o reverendo em Weißenfels etc.'', Schwertel, 1575.
* Helga-Maria Kuhn: ''... isso me serve muito bem aqui. Os anos finais da Duquesa Sidonie 1573-1575 em Weißenfels'', em: Astrid Fick (ed.): ''As Irmãs Pobres do Mosteiro em Weißenfels. Para sua 700 anos de história'', Weißenfels, 2001, pp. &#x20;39-41.
* Joachim Lehr: ''caça às bruxas em Hanôver-Calenberg e Calenberg-Göttingen'', Lehrte 2005, {{ISBN|978-3-9803642-5-6}}.
* Andrea Lilienthal: ''A Princesa e o poder. Guelph duquesas, no Século 16. Elizabeth, Sidonie, Sophie.'', ''Fontes e descrições da história da Baixa Saxónia'', Volume 127, Hahnsche Livraria, em Hanôver, 2007.
* Inge Mager: ''Elizabeth de Brandenburg - Sidonie da Saxônia. Duas mulheres destino no contexto da Reforma do Calenberg-Göttingen'', em: ''450 anos de Reforma, na Calenberg território'', Laatzen, 1992, pp. &#x20;23-32.

== Ligações externas ==
* [http://www.ruebenberge.de/mythen/hexenverbrennung.html A caça às bruxas no coração de Neustadt am Rübenberge? A pesquisa sobre os julgamentos de bruxas durante o estado de Eric II]

{{Commonscat|Sidonie of Saxony}}

[[Categoria:Nascidos em 1518]]
[[Categoria:Mortos em 1575]]
[[Categoria:Duquesas de Brunsvique-Luneburgo]]
[[Categoria:Casa de Wettin]]
[[Categoria:Pessoas da Saxónia]]
[[Categoria:Bruxos]]
[[Categoria:Alemães do século XVI]]
[[Categoria:Mulheres do século XVI]]