Mostrar código-fonte de Simonianismo

Os '''simonianos''' eram uma seita [[gnóstica]] do {{séc|II}} que considerava [[Simão Mago]] como seu fundador e cujas doutrinas, chamadas '''simonianismo''', eram também baseadas nos ensinamentos dele. A seita floresceu na [[Síria (província romana)|Síria]], em vários distritos da [[Ásia Menor]] e em [[Roma]]. No {{séc|III}}, remanescentes da seita ainda existiam, como relatado por [[Orígenes]] na sua obra [[Contra Celso]] e sobreviveram até o {{séc|IV}}<ref>{{citar livro|nome=[[Orígenes]]|título=Contra Celsum|volume=I|capítulo=57| url=http://www.newadvent.org/fathers/04161.htm| língua=inglês}} e {{citar livro|nome=[[Orígenes]]|título=Contra Celsum|volume=VI|capítulo=11| url=http://www.newadvent.org/fathers/04166.htm| língua=inglês}}</ref>. Segundo ele:
{{citação2|Também Simão o samaritano, um mago, desejava roubar alguns [fiéis] com sua mágica. E naquele tempo ele de fato conseguiu com sua fraude, mas agora eu acredito que não seja possível encontrar 30 simonianos ao todo no mundo; e talvez eu tenha colocado um número muito mais alto do que realmente é. Mas na palestina há uns poucos, e nos resto do mundo, onde ele desejava espalhar sua própria glória, seu nome não é mais mencionado. E se é, só acontece por causa dos [[Atos dos Apóstolos]]. Sãos os cristãos que dizem o que é dito sobre ele e hoje é claro como a luz do dia que Simão não era nada divino|[[Orígenes]]|[[Contra Celso]]<ref>{{citar livro|nome=[[Orígenes]]|título=Contra Celsum|volume=I|capítulo=57| url=http://www.newadvent.org/fathers/04161.htm|língua=inglês}}</ref>}}
Quando [[Justino Mártir]] escreveu em sua ''[[Primeira Apologia]]''<ref>{{citar livro|nome=[[Justino Mártir]]|título=Primeira Apologia | url=http://www.newadvent.org/fathers/0126.htm| subtítulo=Magicians not trusted by Christians|volume =I|capítulo=26|língua=inglês}}</ref> em 152, a seita dos simonianos parecia ser formidável, pois ele cita quatro vezes o seu fundador, Simão Mago.<ref>{{citar livro|url=http://www.ccel.org/ccel/wace/biodict.html?term=Simon%20Magus|título=Dictionary of Christian Biography|volume=4|páginas=682|língua=inglês}}</ref><ref>{{citar livro|url=http://www.archive.org/details/dictionaryofapos02hast|título=Hastings' Dictionary of the Apostolic Church|volume=2|páginas=496|língua=inglês}}</ref>.

Os simonianos também foram mencionados por [[Hegesipo]], reutilizado depois por [[Eusébio de Cesareia]]<ref>{{citar livro|nome=[[Eusébio de Cesareia]]|título=História Eclesiástica|url=http://www.newadvent.org/fathers/250106.htm|volume = IV|capítulo=22|subtítulo=Hegesippus and the Events which he mentions|língua=inglês}}</ref>. Suas doutrinas foram citadas e contra-argumentadas por [[Ireneu de Lyon|Ireneu]] em seu ''[[Adversus Haereses]]''<ref>{{citar livro|nome=[[Ireneu de Lyon|Ireneu]]|título=Adversus Haereses| volume=I|capítulo=23| subtítulo=Doctrines and practices of Simon Magus and Menander| url=http://www.newadvent.org/fathers/0103123.htm| língua=inglês}}</ref>, por [[Hipólito]] em ''[[Philosophumena]]''<ref>{{citar livro|nome=[[Hipólito de Roma]]|título=Refutação de todas as heresias | url=http://www.newadvent.org/fathers/050106.htm |subtítulo=Capítulos sobre Simão Mago|volume =VI|capítulo=9-20|língua=inglês}} e {{citar livro|nome=[[Hipólito de Roma]]|título=Refutação de todas as heresias | url=http://www.newadvent.org/fathers/050110.htm |subtítulo=Simon Magus|volume =X|capítulo=8|língua=inglês}}</ref> e depois por [[Epifânio]]<ref>[[Epifânio de Salamis|Epifânio de Salamis (Epif)]]. ''[[Panarion]]'', 22</ref>. Orígenes também menciona que alguns da seita eram chamados de ''Heleniani''<ref>{{citar livro|nome=[[Orígenes]]|título=Contra Celsum|volume=V|capítulo=62| url=http://www.newadvent.org/fathers/04165.htm| língua=inglês}}</ref>.

== A Grande Declaração (''Apophasis'') ==
Em ''Philosophumena'' de Hipólito, a doutrina de Simão é relatada de acordo com sua obra ''A Grande Declaração'' e é evidente que o que nos chegou são as opiniões doutrinárias dos simonianos como elas haviam se desenvolvido no {{séc|II}}. Como o próprio Hipólito afirma em mais de um lugar<ref>{{citar livro|nome=[[Hipólito de Roma]]|título=Refutação de todas as heresias | url=http://www.newadvent.org/fathers/050104.htm |subtítulo=The Hebdomadarii; System of the Arithmeticians; Pressed into the Service of Heresy; Instances Of, in Simon and Valentinus; The Nature of the Universe Deducible from the Physiology of the Brains|volume =IV|capítulo=51|língua=inglês}} e {{citar livro|nome=[[Hipólito de Roma]]|título=Refutação de todas as heresias | url=http://www.newadvent.org/fathers/050106.htm |subtítulo=Pythagoras' Cosmogony; Similar to that of Empedocles|volume =VI| capítulo=20|língua=inglês}}</ref>, o simonianismo é uma forma mais primitiva do [[valentianismo]], com alguns resquícios de [[aristotelismo]] e [[estoicismo]].

=== Linhas gerais === 
O livro todo é uma mistura de influências [[helenismo|helênicas]] e [[hebreus|hebraica]]s no qual as mesmas [[alegoria]]s são aplicadas a [[Homero]], [[Hesíodo]] e [[Moisés]]. Começando com a afirmação de Moisés que {{citar bíblia|citação=Pois Jeová teu Deus é um fogo consumidor...|livro=Deuteronômio|capítulo=4|verso=24}}, Simão a combina com a filosofia de [[Heráclito]] onde o fogo é o primeiro princípio de tudo. Este primeiro princípio ele chamou de "Poder sem limites" e declarou que ele está dentro dos filhos dos homens, seres nascidos de carne e sangue. Mas o fogo não era tão simples como muitos imaginavam e Simão fez distinção entre suas propriedades escondidas e manifestas, mantendo que as primeiras era a causa das últimas. Como os Estoicos, ele concebeu este fogo como um ser inteligente. Deste ser não-gerado brotou o mundo como conhecemos, por meio do qual existiam seis raízes, cada uma com seus lados de dentro e de fora, organizadas assim {{en}}:

[[File:Simonian Aeonology.jpg|600px|center|thumb|Diagrama dos Aeons de Simão, por [[G.R.S. Mead]]]]

Esta seis raízes, ''Mente, Voz, Razão, Reflexo, Nome'' e ''Pensamento'' são também chamadas "Seis Poderes". Misturado com elas estava o grande poder, o "Poder sem Limites". Este é o que "permaneceu, permanece e permanecerá" (''"He who has stood, stands, and will stand"'' em inglês no diagrama). O sétimo poder ("Raíz") corresponde ao sétimo dia após os [[seis dias da criação]]. Este sétimo poder existia antes do mundo e é o "Espírito de Deus que pairava sobre as águas" ({{citar bíblia|livro=Gênesis|capítulo=1|verso=2|citação=...mas o espírito de Deus pairava por cima das águas}}). Ele existe potencialmente em cada um dos filhos dos homens e pode ser desenvolvido em cada um até sua própria imensidão. O pequeno pode se tornar grande, o ponto pode ser aumentado ao infinito<ref>Veja Hipólito em referências anteriores, iv. 51, v. 9, vi. 14</ref>. Contudo, caberia a cada um desenvolve-lo e é sobre esta responsabilidade que estaria implícita nas palavras {{citar bíblia|citação=...para não sermos condenados com o mundo|livro=I Coríntios| capítulo=11| verso=32}}. Pois se a imagem "Daquele que Permanece" não for atualizada em nós, ela não sobrevive à morte do corpo. ''"O machado"'', ele disse, ''"está perto das raízes da árvore: cada árvore que não produzir bons frutos é cortada e atirada ao fogo"''<ref>{{citar web|url=http://estudobiblico.org/pt/estudos-biblicos/interpretacao-biblica/497-a-planta-que-o-pai-nao-plantou|título=A planta que o Pai não plantou|subtítulo=Estudo Bíblico|acessodata=11/02/2015|língua=português}}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> (como {{citar bíblia |livro=Mateus |capítulo=3| verso=10|citação=O machado já está posto à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, é cortada e lançada no fogo}}).

=== Eden ===
O livro tem também uma fascinante interpretação fisiológica do [[Jardim do Éden]] que evidencia um certo conhecimento anatômico por parte se Simão ou seus seguidores. Aqui o Paraíso é o útero e o rio que corre para fora do Éden, o cordão umbilical.

{{citação2|O umbigo [o cordão umbilical], ele diz, é dividido em quatro canais, pois de cada lado do umbigo [cordão] estão colocados dois dutos de ar para levar a respiração e duas veias para levar o sangue. Mas, ele continua, o umbigo [cordão] saindo do Éden é conectado ao feto nas regiões epigástricas, no que é comumente chamado por todos de umbigo... e as duas veias por onde o sangue flui e é transportado da região Edênica através do que é chamado de portas do fígado [''porta hepatis''], que alimenta o feto. E os dutos de ar, que dissemos que eram canais para respiração, abraçando a bexiga em cada um dos lados da pelvis, são unidos por um grande duto que é chamado de aorta dorsal.... O todo (do feto) é embrulhando num envelope, chamado âmnio e é alimentado pelo umbigo e recebe a respiração do duto dorsal, como já disse|Simão Mago|A Grande Declaração}}

Os cinco [[Tanakh|livros de Moisés]] são representados como os cinco sentidos:
# [[Gênesis]]: Concepção e Visão
# [[Êxodo]]: Nascimento e Audição
# [[Levítico]]: Respiração e Olfato
# [[Livro dos Números|Números]]: Fala e Paladar
# [[Deuteronômio]]: Síntese e Tato

=== Fragmento ===
Como o lado feminino do ser original aparece o "pensamento" ou "concepção" (''Ennoia''), que é "mãe" de todos os [[Aeon (gnosticismo)|Aeons]]. Há uma passagem mística sobre a unidade de todas as coisas, que lembra o [[Tablete Esmeralda]].

{{Citação2|A vocês, portanto, Eu digo o que eu digo e escrevo o que escrevo. E o que foi escrito é isto.

Dos Aeons universais há dois ramos, sem começo e nem fim, brotando de uma única Raiz, que é o Poder invisível, inapreensível Silêncio. Destes ramos, um é manifestado de cima, que é o Grande Poder, a Mente Universal organizando todas as coisas, masculino, e o outro, de baixo, o Grande Pensamento, feminino, produzindo todas as coisas.

Assim, emparelhando-se com o outro, eles se uniram e manifestaram a Distância do Meio, o Ar incompreensível, sem começo e nem fim. Nele está o Pai que sustenta todas as coisas e que nutre todas as coisas que tem começo e fim.

Este é Aquele que permaneceu, permanece e permanecerá, um poder masculino-feminino como o preexistente Poder sem Limites, que não tem começo e nem fim, existindo em unicidade. Pois é deste que o Pensamento na unicidade ocorreu e se tornou dois.

Então ele era um; por ter tido ela em si, ele era um, não porém o primeiro, embora pré-existindo, mas sendo manifestado de si para si, ele se tornou segundo. E ele não era chamado de Pai antes de (Pensamento) chamá-lo de Pai.

Produzindo, portanto, a si próprio sozinho, ele manifestou para si seu próprio Pensamento, assim também o Pensamento que estava manifestado não fez o Pai, mas contemplando-o escondeu-o - o Poder - nela, e é masculino-feminino, Poder e Pensamento.

Daí eles se emparelharam se tornando um, pois não há diferença entre Poder e Pensamento. Das coisas acima se descobriu o Poder, das de baixo, Pensamento.

Da mesma maneira também aquele que foi manifestado a partir deles embora seja um é porém encontrado como dois, o masculino-feminino tendo o feminino dentro de si. Assim Mente está em Pensamento - coisas inseparáveis uma da outra que embora sejam um uma são porém duas|Simão Mago|A Grande Declaração<ref>{{citar livro | autor= [[G.R.S. Mead|MEAD, G.R.S.]]| título = Simon Magus | ano = 1892|url=http://www.gutenberg.org/files/12892/12892-h/12892-h.htm|língua=inglês}}</ref>.}}

== Práticas ==
Os simonianos foram acusados de usar mágica e [[teurgia]], encantamentos e poções do amor; tratar a [[idolatria]] com indiferença, reputando-a nem como boa nem como má<ref>{{citar livro|nome=[[Orígenes]]|título=Contra Celsum|volume=VI|capítulo=11| url=http://www.newadvent.org/fathers/04166.htm| língua=inglês}}</ref>, proclamar que todo sexo era amor perfeito e, de maneira geral, de viver vidas muito desordenadas e imorais. [[Eusébio de Cesareia|Eusébio]]<ref>{{citar livro|nome=[[Eusébio de Cesareia]]|título=História Eclesiástica| url=http://www.newadvent.org/fathers/250102.htm|volume =II|capítulo=13|subtítulo=Simon Magus|língua=inglês}}</ref> afirma que os simonianos são a mais imoral e depravada seita do mundo. De modo geral, dizia-se que eles não acreditavam que nada em si era bom ou mau por natureza: não eram boas obras que faziam dos homens santos no próximo mundo, mas a graça impingida por Simão e Helena naqueles que os seguiam <ref>{{citar livro|nome=[[Orígenes]]|título=De Principiis|volume=IV|capítulo=17| url=http://www.newadvent.org/fathers/04124.htm| língua=inglês}}</ref>

Até o fim, acreditava-se que os simonianos veneravam Simão Mago sob a imagem de [[Zeus]] e Helena sob a de [[Atena]]. Porém, Hipólito adiciona que "Se algum, vendo as imagens de Simão ou Helena, os chamar por estes nomes, ele é retirado por mostrar ignorância nos mistérios". Daí fica evidente que os simonianos não permitiam que se adorassem diretamente os seus fundadores. Na [[literatura Clemetina|texto Clementino]] ''Reconhecimentos'', Helena é chamada de [[Luna]]<ref>{{citar livro|nome=[[Clemente de Roma]]| título=Reconhecimentos|subtítulo=Simon Magus: His History / Simon Magus: His Profession|volume=II|capítulo=8 e 9| url=http://www.newadvent.org/fathers/080402.htm|língua=inglês}}</ref>, o que pode significar que as imagens seria representações do sol e da lua.

Tudo isso, porém, são informações que nos chegaram por relatos de segunda mão dados por oponentes dos simonianos. É discutível se estes detratores iriam fielmente e acuradamente relatar a verdade sobre Simão e seus seguidores, ainda que eles tivessem informação suficiente para isso.

=== Testemunho da Verdade ===
{{principal|Testemunho da verdade}}
Fora destas fontes [[Pais da Igreja|patrísticas]], os simonianos foram brevemente mencionados no ''[[Testemunho da verdade]]''(58,1-60,3)<ref name= TV>{{citar livro|sobrenome=Robinson|nome=James M.|subtítulo=The Testimony of Truth (Trad. por Søren Giversen e Birger A. Pearson)|url=http://www.gnosis.org/naghamm/testruth.html| título=The Nag Hammadi Library, revised edition|editora=Harper Collins|local=São Francisco|ano=1990|língua=inglês|id=  ISBN 0-06-066929-2}}</ref> da [[Biblioteca de Nag Hammadi]], uma coleção de manuscritos gnósticos descobertos em 1945 no [[Egito]]. O autor aparentemente os incluiu numa longa lista de heréticos<ref>{{citar livro | sobrenome = Meyer | nome = Marvin | título = The Nag Hammadi Scriptures | editora = Harper Collins | ano = 2007 | id = isbn 978-0060523787 | páginas = 624 | subtítulo = The Testimony of Truth | língua = inglês}}</ref>:
{{citação2|Eles [não] concordam entre si. Pois os '''Si[mo]nianos''' se casam e tem filhos, mas os ...anos se abstém de suas... natureza ... uma paixão ... as gotas de ... os unge ... que nós ...

<small>[''Uma linha faltando'']</small>

... eles concordam entre si ... ele ... eles ...

<small>[''Da linha 14 até o final da página, faltando'']</small>

... julgamento(s) ... para eles, por causa de ... eles ... os heréticos ... cisma(s) ... e os homens ... são homens ... eles irão pertencer ao mundo dos governantes-terrenos das trevas ...

<small>[''Uma linha faltando'']</small>

... do mundo ...

<small>[''Uma linha faltando'']</small>

... eles tem ... os arcontes ... poder ...

<small>[''Uma linha faltando''] </small>

... julga[-los] ... Mas os ... palavra(s) de ...

<small>[''Da linha 20 até o final da página, faltando'']</small>

... falar, enquanto eles ... se tornar ... em um [inapagável] fogo ... eles são punidos.|Testemunho da verdade<ref name= TV/>}}

O tradutor Birger A. Pearson diz que esta passagem provavelmente lida com as práticas de seitas gnósticas [[libertinismo|libertinas]], mas pelo estado fragmentário do texto é impossível saber a que grupos eles se referem. O ascético e decidido autor pode ter não ter tido nenhum outro problema com os simonianos exceto eles se casarem e terem filhos. Porém, Epifânio acusou os simonianos de "se entregarem aos mistérios da obscenidade e - argumentando mais seriamente - nos líquidos corporais ({{lang-la|emissionum virorum, feminarum menstruorum}}) que deveriam ser coletados para uso em mistérios de uma forma imunda; e que esses seriam os mistérios da vida e a mais perfeita ''[[gnosis]]''<ref>Epif 58.</ref>.

== Legado ==
{{principal|Dositeanismo|Menandrianismo}}
Duas outras seitas tinham uma conexão muito próxima com os simonianos, os [[Dositeanismo|dositeanos]] e os [[Menandrianismo|menandrianos]], provavelmente ramos do simonianismo. Seus nomes são heranças de seus fundadores, [[Dositeu]] e [[Menandro (gnóstico)|Menandro]], respectivamente.

Acredita-se que [[Dositeu]], um [[samaritano]], tenha originalmente sido professor e depois pupilo de Simão Mago. Até pelo menos o começo do {{séc|VII}}, [[Eulógio de Alexandria]]<ref>Em [[Fócio I de Constantinopla|Fócio]], "Bibliotheca cod.", 230</ref> se opôs aos dositeanos que consideravam Dositeu como o grande profeta previsto por Moisés. Dositeu morreu de [[:wikt:inanição|inanição]]<ref>{{citar livro|nome=[[Clemente de Roma]]| título=Reconhecimentos|subtítulo=Simon Magus, at the Head of the Sect of Dositheus|volume=II|capítulo=11| url=http://www.newadvent.org/fathers/080402.htm|língua=inglês}}; {{citar livro|nome=[[Orígenes]]|título=Contra Celsum|volume=I|capítulo=57| url=http://www.newadvent.org/fathers/04161.htm| língua=inglês}}; Epif. XX.</ref>.

Assim como Simão, Menandro - seu pupilo e, após sua morte, seu mais importante sucessor - também proclamou a si mesmo como sendo o enviado de Deus, o [[Messias]]. Da mesma forma, ele ensinou sobre a criação do mundo por anjos enviados pela[[Ennoia]] (Sophia). Ele afirmava também que os homens receberam a imortalidade e a ressurreição pelo seu batismo e praticava as artes mágicas. A seita fundada por ele, os Menandrianos, continuaram a existir por um considerável período de tempo.

{{Referências|col=2}}

== Ligações externas ==
* {{1913CE|Simonians}}
* {{1911}}
* {{citar web|url=http://www.1911encyclopedia.org/Simon_Magus|título=Encyclopedia Britannica|subtítulo=Simon Magus|acessodata=30/08/2010|língua=inglês|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070519201003/http://www.1911encyclopedia.org/Simon_Magus|arquivodata=2007-05-19|urlmorta=yes}}
* {{citar web|url=http://www.gnosis.org/naghamm/testruth.html|título=The Testimony of Truth|subtítulo=Tradução para o inglês por Søren Giversen e Birger A. Pearson|acessodata=30/08/2010|língua=inglês}}
* {{citar web|url=http://www.ccel.org/ccel/schaff/hcc2.v.xiii.x.html|título=Schaff's History of the Christian Church, volume II, chapter XI|subtítulo=Simon Magus and the Simonians|acessodata=30/08/2010|língua=inglês}}
* {{citar web|url=http://www.jewishencyclopedia.com/view.jsp?artid=798&letter=S|título=Jewish Encyclopedia|subtítulo=Simon Magus|acessodata=30/08/2010|língua=inglês}}

{{gnosticismo}}

[[Categoria:Seitas gnósticas]]