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IT-Médico: diferenças entre revisões

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Tipo de instalação elétrica que utiliza transformador de separação e supervisão de isolamento. É exigido em alguns ambientes de assistência médica especializada, como salas de cirurgia, tratamento intensivo (UTIs e CTIs) e serviços de hemodinâmica.
Tipo de instalação elétrica que utiliza transformador de separação e supervisão de isolamento. É exigido em alguns ambientes de assistência médica especializada, como salas de cirurgia, tratamento intensivo (UTIs e CTIs) e serviços de hemodinâmica.
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Existem algumas empresas fabricantes destes sistemas, como (ordem alfabética): Bender, Beta, Elomed, Schneider e outras. Entre estes, há quem é desenvolvedor e fabricante de sistemas IT-médico exclusivamente para hospitais e outros que fizeram adaptações de produtos utilizados na indústria.
Existem algumas empresas fabricantes destes sistemas, como (ordem alfabética): Bender, Beta, Elomed, Schneider e outras. Entre estes, há quem é desenvolvedor e fabricante de sistemas IT-médico exclusivamente para hospitais e outros que fizeram adaptações de produtos utilizados na indústria.
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Revisão das 17h03min de 6 de dezembro de 2013

Sistema IT-Médico

Tipo de instalação elétrica que utiliza transformador de separação e supervisão de isolamento. É exigido em alguns ambientes de assistência médica especializada, como salas de cirurgia, tratamento intensivo (UTIs e CTIs) e serviços de hemodinâmica.

Surgimento do sistema isolado e do sistema IT-médico

Sistema isolado com DSI.
Ficheiro:Sala de Cirurgia.jpg
Desenho esquematizando uma sala de cirurgia com o sistema IT que foi instalado em 25 salas do centro cirúrgico do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo.
Quadro de distribuição de energia elétrica de uma das salas de cirurgia do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo com o DSI instalado e, logo abaixo, o quadro com o transformador toroidal de separação. Ambos embutidos na parede. Foto feita em 2009 no centro cirúrgico. A direita é a porta de entrada da sala.

Nas décadas de 1920 e 1930, alguns estudos já propunham a adoção de sistemas isolados, mas somente a partir de 1971 esta idéia tornou-se uma proposta discutida amplamente nos EUA. Na revista IEEE Spectrum [1] de setembro de 1971, Friedlander sintetizou as propostas de instalações elétricas, inclusive da adoção do sistema isolado, em função da situação preocupante existente na época. No artigo, Friedlander abordou as iniciativas de alguns hospitais e concluiu que o treinamento de médicos e de engenheiros biomédicos atuantes em hospitais é a forma mais eficiente para se resolver os problemas detectados. Na sequência, em 1973, foi proposta pela National Fire Protection Association a NFPA 76B-T (o “T”, que abrevia tentative, indicava que a norma ainda estava em estudo), que propunha a adoção, em todo o país, de um sistema isolado de fornecimento de energia elétrica para salas de cirurgia [2], o qual ficou conhecido como sistema IT e está normatizado, atualmente, pela norma IEC 60364-7, “Electrical Installations of Buildings: Requirements for Special Installations or Locations – Medical Locations, Part 710.413.1.5, IT system” [3]. Esse sistema, que utiliza um transformador de separação, representado, de forma simplificada, na Fig.1, tem como principal função impedir que uma primeira falha interrompa o fornecimento de energia durante a cirurgia. Além disso, também visa a impedir que a primeira falha produza uma centelha elétrica capaz de inflamar os gases produzidos pela evaporação de anestésicos largamente utilizados na época - 1973.


No sistema TN-S, também descrito na IEC 60364-7, que utiliza condutor neutro e condutor fase, a primeira falha é o contato acidental do condutor fase com um ponto aterrado na sala de cirurgia. Este fato proporciona o desarme do disjuntor de proteção e, por consequência, o desligamento imediato da energia. No sistema IT, em que os condutores de alimentação não possuem tensão elétrica referenciada ao terra, um contato acidental de F1(ou F2) com o terra não provocaria nenhuma faísca. Mantido este contato, uma segunda falha, colocando F2 (ou F1) em contato com outro ponto aterrado, provocaria a faísca (um curto circuito) e o desligamento da alimentação feito pelos disjuntores de proteção. Para aumentar a segurança desse sistema IT foi adicionado ao transformador isolador um Dispositivo Supervisor de Isolamento (DSI), capaz de avisar, por meio de um alarme sonoro, quando a resistência elétrica entre F1, ou F2 e o aterramento fica abaixo de um valor selecionado, normalmente 50 kOhms. No Brasil, a NBR 5410 [4] descreve o sistema IT como Esquema IT de Aterramento, enquanto a NBR 13534 [5], que recomenda a adoção desse esquema para uso médico, chama-o de sistema IT-Médico, denominação essa que se julga mais apropriada.


Em um primeiro momento, o sistema IT foi considerado seguro também para proteger em relação ao choque elétrico, pois não havendo um condutor fase referenciado a um ponto aterrado, a corrente elétrica não fluiria entre o fase e o ponto aterrado. Entretanto, isso não corresponde à realidade, porque existem capacitâncias parasitas no transformador de separação, na distribuição dos condutores em seus eletrodutos e nos equipamentos médicos, além das próprias capacitâncias de filtros de linha dos equipamentos eletromédicos. Estas capacitâncias devem ser minimizadas, mas é muito difícil, talvez impossível eliminá-las [6]. O sistema IT-médico é uma grande evolução para a segurança dos pacientes sob cirurgia e em tratamento intensivo, mas ainda é cedo para desistir de melhorar a segurança.

Existem algumas empresas fabricantes destes sistemas, como (ordem alfabética): Bender, Beta, Elomed, Schneider e outras. Entre estes, há quem é desenvolvedor e fabricante de sistemas IT-médico exclusivamente para hospitais e outros que fizeram adaptações de produtos utilizados na indústria.
[7]

Referências

  1. G.D. Friedlander, “Electricity in hospital: elimination of lethal hazards”, IEEE Spectrum, vol. 8, Sep. 1971, pp. 40-51.
  2. J.G. Webster, A.M. Cook, “Clinical engineering: principles and practices”, Prentice-Hall, Inc. Chapter 7, Englewood Cliffs: New Jersey, USA, 1979, pp. 143-161.
  3. Electrical installations of buildings – requirements for special installations or locations – medical locations, Part 710.413.1.5, IT system, Geneva, Switzerland, IEC 60364-7-710 Ed. 1.0 b, 2002.
  4. Instalações elétricas de baixa tensão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT NBR 5410, segunda edição, 2004.
  5. Instalações elétricas de baixa tensão – requisitos específicos para instalações em estabelecimentos assistenciais de saúde, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT NBR 13534, 2008.
  6. L.E.S. Spalding, et al. Capacitâncias parasitas no sistema IT-médico em instalações hospitalares. Passo Fundo, RS. Ed. Berthier, 2010.
  7. http://www.elomed.com/produtos.php?id=9