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Estresse hídrico: diferenças entre revisões

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A ocorrência de déficit hídrico em plantas cultivadas afeta o
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'''Estresse hídrico''' é o nome dado a uma situação em que a [[demanda]] de [[água]] por [[habitante]] acaba sendo maior que a capacidade de [[oferta]] de um [[corpo hídrico]].
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O déficit hídrico é uma situação comum à produção de muitas
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culturas, podendo apresentar um impacto negativo substancial
'''Estresse hídrico''' (no caso específico das [[plantas]]) - ocorre quando a [[planta]] é incapaz de absorver [[água]] suficiente para substituir a perda de água por [[transpiração]]. Para períodos longos de stress hídrico, a [[planta]] pode parar de crescer e eventualmente morrer.
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Sinclair, 1996); assim, existe um conflito entre a conservação
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[[Categoria:Água]]
para produção
de carboidratos (Taiz & Zeiger, 1991). A necessidade em se
resolver este conflito leva a planta a desenvolver mecanismos
morfofisiológicos, que as conduzem a economizar água para
uso em períodos posteriores (McCree & Fernández, 1989)
levando assim as plantas a tentarem atingir a produção de
sementes.
A deficiência hídrica provoca alterações no comportamento
vegetal cuja irreversibilidade vai depender do genótipo, da
duração, da severidade e do estádio de desenvolvimento da
planta. Segundo Levitt (1980) no entendimento das respostas
das plantas ao déficit hídrico é de fundamental importância se
quantificar a capacidade de armazenamento de água no solo e
analisar a influência dos mecanismos de adaptação das plantas
à redução da disponibilidade de água no solo pois, de acordo
com Kiehl (1979) a quantidade de água armazenada no solo
disponível às plantas varia com a textura e as características
físicas do solo, levando a planta a apresentar diferentes respostas
em seus mecanismos de resistência morfofisiológicos.
Uma das muitas atuações da pesquisa está em se direcionar
para um entendimento mais completo das respostas das plantas
ao déficit hídrico; para isto, necessita-se de um programa amplo,
multidisciplinar, que aborde os elementos de meteorologia, física
do solo, agronomia, fisiologia e o conhecimento do crescimento
e desenvolvimento das plantas, para que esses elementos possam
contribuir para uma solução comum no entendimento da resposta
das plantas ao déficit hídrico.
A freqüência e a intensidade do déficit hídrico constituem
os fatores mais importantes à limitação da produção agrícola
mundial. De acordo com Ortolani & Camargo (1987) sem se
considerar os efeitos extremos, esta limitação é responsável por
60 a 70% da variabilidade final da produção, razão por que, no
planejamento da agricultura irrigada, é de fundamental
importância o conhecimento das condições meteorológicas
durante o período de desenvolvimento das plantas,
principalmente quanto aos períodos de baixa precipitação e
elevada demanda na evapotranspiração. Na agricultura de
sequeiro, entretanto, a prioridade é associar a época de plantio
ao período mais adequado de disponibilidade de água às plantas,
principalmente em regiões de baixas latitudes.
Esta revisão tem como objetivo analisar efeitos do déficit
hídrico em variáveis morfofisiológicas das plantas e na sua
habilidade em adaptar-se às condições de déficit hídrico durante
o seu desenvolvimento.

Revisão das 16h10min de 25 de outubro de 2012

A ocorrência de déficit hídrico em plantas cultivadas afeta o crescimento e o desenvolvimento das culturas em todo o mundo. Desde os antigos povos sumérios, o homem tem procurado uma alternativa mais efetiva do aproveitamento da água para superar os efeitos do déficit hídrico às plantas. O déficit hídrico é uma situação comum à produção de muitas culturas, podendo apresentar um impacto negativo substancial no crescimento e desenvolvimento das plantas (Lecoeur & Sinclair, 1996); assim, existe um conflito entre a conservação da água pela planta e a taxa de assimilação de CO2

para produção

de carboidratos (Taiz & Zeiger, 1991). A necessidade em se resolver este conflito leva a planta a desenvolver mecanismos morfofisiológicos, que as conduzem a economizar água para uso em períodos posteriores (McCree & Fernández, 1989) levando assim as plantas a tentarem atingir a produção de sementes. A deficiência hídrica provoca alterações no comportamento vegetal cuja irreversibilidade vai depender do genótipo, da duração, da severidade e do estádio de desenvolvimento da planta. Segundo Levitt (1980) no entendimento das respostas das plantas ao déficit hídrico é de fundamental importância se quantificar a capacidade de armazenamento de água no solo e analisar a influência dos mecanismos de adaptação das plantas à redução da disponibilidade de água no solo pois, de acordo com Kiehl (1979) a quantidade de água armazenada no solo disponível às plantas varia com a textura e as características físicas do solo, levando a planta a apresentar diferentes respostas em seus mecanismos de resistência morfofisiológicos. Uma das muitas atuações da pesquisa está em se direcionar para um entendimento mais completo das respostas das plantas ao déficit hídrico; para isto, necessita-se de um programa amplo, multidisciplinar, que aborde os elementos de meteorologia, física do solo, agronomia, fisiologia e o conhecimento do crescimento e desenvolvimento das plantas, para que esses elementos possam contribuir para uma solução comum no entendimento da resposta das plantas ao déficit hídrico. A freqüência e a intensidade do déficit hídrico constituem os fatores mais importantes à limitação da produção agrícola mundial. De acordo com Ortolani & Camargo (1987) sem se considerar os efeitos extremos, esta limitação é responsável por 60 a 70% da variabilidade final da produção, razão por que, no planejamento da agricultura irrigada, é de fundamental importância o conhecimento das condições meteorológicas durante o período de desenvolvimento das plantas, principalmente quanto aos períodos de baixa precipitação e elevada demanda na evapotranspiração. Na agricultura de sequeiro, entretanto, a prioridade é associar a época de plantio ao período mais adequado de disponibilidade de água às plantas, principalmente em regiões de baixas latitudes. Esta revisão tem como objetivo analisar efeitos do déficit hídrico em variáveis morfofisiológicas das plantas e na sua habilidade em adaptar-se às condições de déficit hídrico durante o seu desenvolvimento.