Mostrar código-fonte de Teatro Europeu da Segunda Guerra Mundial

{{Info/Conflito militar|nome=Parte da [[Segunda Guerra Mundial]]|imagem=Benito Mussolini and Adolf Hitler.jpg|legenda=Principais líderes europeus do [[Potências do Eixo|Eixo]], [[Benito Mussolini]] e [[Adolf Hitler]]|data=[[Batalha de Westerplatte|1 de setembro de 1939]] – [[Instrumento da Rendição Alemã|8 de maio de 1945]]{{refn|Embora a Alemanha tenha se rendido aos Aliados em 8 de maio, a luta continuou insignificante até 25 de maio.|group=nb}}<br>(5 anos, 8 meses e 1 semana)|local=[[Europa]] e regiões adjacentes|resultado=Vitória [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliada]]
*Colapso da [[Alemanha Nazista]]
*Capitulação das forças alemãs restantes ainda lutando na [[Europa]] em [[ofensiva de Praga|11 de maio]] após a rendição incondicional
*[[Declaração de Berlim]] assinada em 5 de junho de 1945
*Colapso da [[Itália Fascista]] e da [[República Social Italiana]]
*[[Fim da Segunda Guerra Mundial na Europa]]
*Início da [[Guerra Fria]]|combatente1='''[[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]]:'''{{indented plainlist|
* {{flag|União Soviética|1936}}{{refn|desde 1941|group="nb"}}
* {{flag|Estados Unidos|1912}}{{refn|desde 1941|group="nb"}}
* {{flag|Reino Unido}}
* {{flagcountry|Terceira República Francesa}}{{refn|até 1940|group="nb"}}
* {{flag|França Livre}}{{refn|desde 1940|group="nb"}}
* {{flag|Canadá|1921}}
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* {{flagcountry|Domínio da Nova Zelândia}}
* {{flagcountry|União Sul-Africana|1928}}
* {{flagcountry|Índia britânica}}
* {{flagcountry|Segunda República Polonesa|1928}}
* {{flagcountry|Reino da Iugoslávia}}
* {{flag|Iugoslávia Federal Democrática|name=Iugoslávia Democrática}}{{refn|desde 1943|group="nb"}}
* {{flagcountry|Reino da Grécia|state}}
* {{flag|Bélgica}}
* {{flag|Países Baixos}}
* {{flag|Noruega}}
* [[Ficheiro:Flag of Brazil (1889–1960).svg|borda|22px|]] [[Era Vargas|Brasil]]{{refn|desde 1942|group="nb"}}
* {{flagicon|Checoslováquia}} [[Checoslováquia]]
* {{flag|Luxemburgo}}
}}<hr>'''Ex-potências do Eixo'''{{indented plainlist|
* {{flagcountry|Reino da Itália}} {{small|([[Guerra Civil Italiana|desde 1943]])}}
* {{flagcountry|Reino da Romênia}} {{small|([[Golpe de Estado na Romênia em 1944|desde 1944]])}}
* {{flagcountry|Reino da Bulgária}} {{small|([[Golpe de Estado na Bulgária em 1944|desde 1944]])}}
* {{flag|Finlândia}} {{small|([[Guerra da Lapônia|desde 1944]])}}
}}<hr>{{flagcountry|Dinamarca}} {{small|([[Operação Weserübung|1940]])}}|combatente2='''[[Potências do Eixo|Eixo]]:'''{{indented plainlist|
*'''[[Pacto Tripartite]]'''{{refn|A designação oficial desses países sob os [[Tratado de Paris (1947)|Tratados de Paz de Paris de 1947]]
<ref>[https://books.google.com/books?id=EfoFEAAAQBAJ&pg=PA450 Claus Kreß, Robert Lawless, Oxford University Press, Nov 30, 2020, ''Necessity and Proportionality in International Peace and Security Law'', p. 450]</ref>|group="nb"}}
* {{flagcountry|Alemanha Nazista}}
* [[Ficheiro:Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg|borda|22px|]] [[Itália Fascista|Itália]]{{refn|até [[Armistício de Cassibile]] 8 de setembro de 1943|group="nb"}}
*'''Aliados da Alemanha Hitlerista'''{{refn|A designação oficial desses países sob os [[Tratado de Paris (1947)|Tratados de Paz de Paris de 1947]]<ref>[https://books.google.com/books?id=EfoFEAAAQBAJ&pg=PA450 Claus Kreß, Robert Lawless, Oxford University Press, Nov 30, 2020, ''Necessity and Proportionality in International Peace and Security Law'', p. 450]</ref>|group="nb"}}
* {{flagcountry|Reino da Romênia}}{{refn|até [[Golpe de Estado na Romênia em 1944]] 23 de agosto de 1944<br>segunda potência do Eixo na Europa a partir de 8 de setembro de 1943<ref>[https://books.google.com/books?id=VMk-DwAAQBAJ&pg=PA78 David Stahel, Cambridge University Press, 2018, ''Joining Hitler's Crusade'', p. 78]</ref>|group="nb"}}
* {{flagcountry|Reino da Hungria}}{{refn|Ocupação alemã de [[Operação Margarethe|19 de março de 1944]]|group="nb"}}
* {{flagcountry|Reino da Bulgária}}{{refn|até 17 de Agosto de 1944<ref>[https://books.google.com/books?id=G6iBAgAAQBAJ&pg=PA84 Robert Bideleux, Ian Jeffries, Routledge, Jan 24, 2007, ''The Balkans: A Post-Communist History'', p. 84]</ref>|group="nb"}}
* {{Flag|Finlândia}}{{refn|25 de Junho de 1941-[[Armistício de Moscou]] 19 de Setembro de 1944|group="nb"}}
}}'''[[Lista dos estados fantoches da Segunda Guerra Mundial|Estados Fantoches do Eixo]]'''{{indented plainlist|
* {{flagcountry|República Social Italiana|war}}{{refn|até 23 de Setembro de 1943|group="nb"}}
* [[Ficheiro:Flag of Slovakia (1939–1945).svg|borda|22px|]] [[República Eslovaca (1939–1945)|Eslováquia]]
* [[Ficheiro:Flag of Croatia (1941–1945).svg|borda|22px|]] [[Estado Independente da Croácia|Croácia]]
* [[Ficheiro:Flag of Philippe Pétain, Chief of State of Vichy France.svg|borda|22px|]] [[França de Vichy]]<ref group="nb" name="Vichy">Vichy oficialmente perseguiu uma política de [[neutralidade armada]] e conduziu ações militares contra incursões armadas de beligerantes do Eixo e dos Aliados. O cessar-fogo e a promessa de lealdade aos Aliados das tropas de Vichy no norte da África francesa durante a [[Operação Tocha]] convenceram o Eixo de que Vichy não era mais confiável para continuar esta política, então eles [[Caso Anton|invadiram e ocuparam ]] o Estado francês em novembro de 1942. Unidades colaboracionistas, como a [[Milice]], continuaram a lutar ao lado das tropas alemãs contra as [[Forças Francesas do Interior|Combatentes da Resistência Francesa]] até a [[libertação da França] ] em 1944.</ref>
}}|comandante1={{indented plainlist|
* {{flagicon|União Soviética|1936}} [[Joseph Stalin]]
* {{nowrap|{{flagicon|Estados Unidos|1912}} [[Franklin D. Roosevelt]]}} [[Morte por causas naturais|#]]
* {{flagicon|Reino Unido}} [[Winston Churchill]]
* {{flagicon|França|1830}} [[Édouard Daladier]]
* {{flagicon|França Livre}} [[Charles de Gaulle]]
* {{nowrap|{{flagicon|Polônia|1928}} [[Władysław Raczkiewicz]]}}
* {{flagicon|Reino da Iugoslávia}} [[Dušan Simović]]
* {{flagicon image|Flag of Yugoslavia (1943–1946).svg}} [[Josip Broz Tito]]
* {{flagicon|Reino da Grécia|state}} [[Emmanouil Tsouderos]]
* {{nowrap|{{flagicon|Canadá|1921}} [[William Lyon Mackenzie King|W. L Mackenzie King]]}}
* {{flagicon|Checoslováquia}} [[Edvard Beneš]]
* {{flagicon|Belgica}} [[Hubert Pierlot]]
* {{nowrap|{{flagicon|Países Baixos}} [[Pieter Sjoerds Gerbrandy]]}}
* {{flagicon|Noruega}} [[Johan Nygaardsvold]]
* {{flagicon|Brasil|1930}} [[Getúlio Vargas]]
* {{flagicon|Luxemburgo}} [[Pierre Dupong]]
* {{flagicon|Reino da Itália}} [[Pietro Badoglio]]
* {{flagicon|Reino da Romênia}} [[Miguel I da Romênia|Miguel I]]
* {{flagdeco|Reino da Bulgária}} [[Kimon Georgiev]]
* {{flagicon|Finlândia}} [[Carl Gustaf Emil Mannerheim|C.G.E. Mannerheim]]
}}<hr>
{{flagicon|Denmark}} [[Cristiano X da Dinamarca|Cristiano X]]|comandante2={{plainlist|
* {{flagicon|Alemanha Nazista}} [[Adolf Hitler]]{{KIA|Suicídio}}
* {{nowrap|[[Ficheiro:Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg|borda|22px|]] [[Ficheiro:War flag of the Italian Social Republic.svg|borda|22px|]] [[Benito Mussolini]]{{Executed}}}}
* {{flagicon|Reino da Romênia}} [[Ion Antonescu]]
* {{flagicon|Reino da Hungria}} [[Miklós Horthy]]
* {{flagicon|Reino da Bulgária}} [[Bóris III da Bulgária|Bóris III]] [[Morte por causas naturais|#]]
* [[Ficheiro:Flag of Slovakia (1939–1945).svg|borda|22px|]] [[Jozef Tiso]]
* [[Ficheiro:Flag of Croatia (1941–1945).svg|borda|22px|]] [[Ante Pavelić]]
* {{flagicon|Finlândia}} [[Risto Ryti]]
* [[Ficheiro:Flag of Philippe Pétain, Chief of State of Vichy France.svg|borda|22px|]] [[Philippe Pétain]]
}}|for1=Mais de 18.950.000 soldados (total)<ref name="Frieser, Karl-Heinz 2013">Frieser, Karl-Heinz (2013)''The Blitzkrieg Legend''. Naval Institute Press</ref>{{sfn|MacDonald|2005|p=478}}{{sfn|Glantz|House|2015|pp=301–303}}|for2={{flagicon|Alemanha Nazista}} Mais de 18.000.000 soldados (total)<ref>Overmans, Rüdiger (2004). ''Deutsche militärische Verluste im Zweiten Weltkrieg'' (em Alemão). München: Oldenbourg. Pág 215.</ref><ref>O total de soldados alemães que se renderam no Ocidente, incluindo 3.404.950 que se renderam após o fim da guerra, é de 7.614.790. A isso deve-se acrescentar os 263.000-655.000 que morreram, dando um total aproximado de 8 milhões de soldados alemães que serviram na Frente Ocidental em 1944-1945.
{{harvnb|Ellis|1993|p=256}}</ref>{{sfn|Glantz|House|2015|pp=301–303}}<br>[[Ficheiro:Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg|borda|22px|]] 2.560.000 soldados (total)<ref>''Regio Esercito: The Italian Royal Army in Mussolini's Wars, 1935–1943'', Patrick Cloutier, p. 211.</ref>|baixas1=Mais de 9.007.590–10.338.576 mortos, mais de 5.778.680 capturados{{refn|Ellis:
* Dinamarqueses: sem números;
* Noruegueses: 2.000 mortos ou desaparecidos sem informações fornecidas sobre os feridos ou capturados;
* Holandeses: 2.890 mortos ou desaparecidos, 6.900 feridos, sem informações sobre os capturados;
* Belgas: 7.500 mortos ou desaparecidos, 15.850 feridos e 200.000 capturados;
* Franceses: 120.000 mortos ou desaparecidos, 250.000 feridos e 1.450.000 feitos prisioneiros;
* Britânicos: 11.010 mortos ou desaparecidos, 14.070 feridos (contados apenas os evacuados) e 41.340 feitos prisioneiros.
{{sfn|Ellis|1993|p=255}}<ref>{{harvnb|MacDonald|2005|p=478}}: "As baixas aliadas do dia D ao V–E totalizaram 766.294. As perdas americanas foram de 586.628, incluindo 135.576 mortos. Os britânicos, canadenses, franceses e outros aliados no oeste perderam pouco mais de 60.000 mortos".</ref>|group=nb}}{{refn|números de Ellis:
* Americanos: 109.820 mortos ou desaparecidos, 356.660 feridos e 56.630 capturados;
* Britânicos: 30.280 mortos ou desaparecidos, 96.670 feridos, 14.700 capturados;
* Canadense: 10.740 mortos ou desaparecidos, 30.910 feridos, 2.250 capturados;
* Franceses: 12.590 mortos ou desaparecidos, 49.510 feridos, 4.730 capturados;
* Pólo: 1.160 mortos ou desaparecidos, 3.840 feridos, 370 capturados.{{sfn|Ellis|1993|p=256}}Assim, de acordo com as informações de Ellis, os aliados ocidentais sofreram 783.860 baixas.
Divisão do Exército/Forças Aéreas dos EUA:
*De acordo com um estudo pós-guerra do Exército dos EUA usando registros de guerra, o exército e as forças aéreas do exército dos Estados Unidos sofreram 586.628 baixas na Europa Ocidental, incluindo 116.991 mortos em ação e 381.350 feridos, dos quais 16.264 morreram posteriormente devido aos ferimentos.{{sfn|''U.S. Army Casualties in World War II''|1951}}{{page needed|data=Julho 2022}} 
O total de baixas nos EUA chega a 133.255 mortos, 365.086 feridos, 73.759 capturados e 14.528 desaparecidos, dois mil dos quais foram posteriormente declarados mortos.|group=nb}}<ref name="Vadim Erlikman">Vadim Erlikman, ''Poteri narodonaseleniia v XX veke: spravochnik''. Moscou 2004. {{ISBN|5-93165-107-1}};
Mark Axworthy, ''Third Axis Fourth Ally''. Arms and Armour 1995, p. 216. {{ISBN|1-85409-267-7}}</ref>|baixas2=Mais de 5.406.110–5.798.110 mortos{{refn|43.110 alemães mortos ou desaparecidos, 111.640 feridos, nenhuma informação é fornecida sobre os que foram capturados. As perdas italianas totalizaram 1.250 mortos ou desaparecidos, 4.780 feridos e nenhuma informação é fornecida sobre os capturados.{{sfn|Ellis|1993|p=255}}|group=nb}}<ref name="history.army.mil">[http://www.history.army.mil/html/books/070/70-57/index.html George C Marshall, Biennial reports of the Chief of Staff of the United States Army to the Secretary of War : 1 July 1939&nbsp;– 30 June 1945] Washington, DC : Center of Military History, 1996. Page 202 {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20170501030519/http://www.history.army.mil/html/books/070/70-57/index.html |date=1 May 2017 }}. <!-- US Army historian Charles B. MacDonald (''The European Theater of Operations: The Last Offensive'', Center of Military History, United States Army, Washington D.C., 1993, pág 478) afirma que "excluindo os prisioneiros de guerra, todas as baixas alemãs no oeste do dia D ao dia V-E provavelmente igualaram ou excederam ligeiramente as perdas dos Aliados". Na nota de rodapé relacionada, ele escreve o seguinte: "Os únicos números específicos disponíveis são do OB WEST para o período de 2 de junho de 1941 a 10 de abril de 1945, como segue: Mortos, 80.819; feridos, 265.526; desaparecidos, 490.624; total, 836.969. (De no total, 4.548 baixas ocorreram antes do dia D.) Veja Rpts, Der Heeresarzt im Oberkommando des Heeres Gen St d H/Gen Qu, Az.: 1335 c/d (IIb) Nr.: H.A./263/45 g. Kdos. of 14 Abr 45 e 1335 c/d (Ilb) (sem data, mas antes de 1945). O primeiro está em OCMH X 313,uma fotocópia de um documento contido na pasta de armamento alemã H 17/207; o último na pasta 0KW/1561 (OKW Wehrmacht Verluste). Esses números são apenas para o exército de campo e não incluem a Luftwaffe e a Waffen-SS. Como os alemães raramente permaneciam no controle do campo de batalha em posição de verificar a situação dos desaparecidos, uma porcentagem considerável dos desaparecidos provavelmente foi morta. O atraso no relatório provavelmente impede que esses números reflitam as pesadas perdas durante a investida dos Aliados no Reno em março, e a data limite impede a inclusão das perdas no Ruhr Pocket e em outros estágios da luta na Alemanha central." --></ref><ref name="Overmans">
* Rüdiger Overmans, ''Deutsche militärische Verluste im Zweiten Weltkrieg''. Oldenbourg 2000. {{ISBN|3-486-56531-1}}, {{cite web |url=http://ww2stats.com/cas_ger_var_wvw.html |title=German military deaths to all causes EF |access-date=10 Jul 2018|url-status=dead|archive-url=https://web.archive.org/web/20130502201829/http://ww2stats.com/cas_ger_var_wvw.html|archive-date=2 Maio 2013  }}
* [[Richard Overy]] The Dictators: Hitler's Germany and Stalin's Russia (2004), {{ISBN|0-7139-9309-X}}{{page needed|date=Jul 2022}}
* Italy: 
** Ufficio Storico dello Stato Maggiore dell'Esercito. Commissariato generale C.G.V. . Ministero della Difesa – Edizioni 1986
* Romênia: {{harvnb|Krivosheev|2001|at=Tables 200–203}}.
* Hungria: {{harvnb|Krivosheev|2001|at=Tables 200–203}}.
* Húngaros feridos: {{harvnb|Clodfelter|2017|p=527}}.
* mortes voluntárias soviéticas: 
** Percy Schramm Kriegstagebuch des Oberkommandos der Wehrmacht: 1940–1945: 8 Bde. ({{ISBN|9783881990738}} ) Pages 1508 to 1511
* Prisioneiros alemães: {{harvnb|Krivosheev|2001|at=Table 198}}.</ref> 8.709.840 capturados<ref name="Overmans" />{{refn|O total de baixas alemãs entre setembro de 1939 e 31 de dezembro de 1944, na Frente Ocidental, tanto para o exército, Waffen SS, quanto para voluntários estrangeiros, chega a 128.030 mortos, 399.860 feridos. 7.614.790 foram mantidos em campos de prisioneiros de guerra no início de junho de 1945 (incluindo 3.404.950 que foram desarmados após a rendição da Alemanha).{{sfn|Ellis|1993|p=256}} See also: [[Disarmed Enemy Forces]]|group=nb}}}}{{Mais-fontes|data=junho de 2023}}{{Campanhainfo Segunda Guerra Mundial}}

O '''Teatro de Operações Europeu da Segunda Guerra Mundial''' foi um dos dois principais [[Teatro de operações|teatros de combate]]{{Refn|O outro teatro principal de operações é a [[Guerra do Pacífico]].
|group=nb}} durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. Assistiu a intensos combates em toda a [[Europa]] por quase seis anos, começando com a [[invasão da Polônia]] pela [[Alemanha Nazista|Alemanha]] em 1º de setembro de 1939 e [[Fim da Segunda Guerra Mundial na Europa|terminando]] com os [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]] conquistando a maior parte da [[Europa Ocidental]], a [[União Soviética]] conquistando a maior parte da [[Leste Europeu|Europa Oriental]], incluindo a capital alemã [[Berlim]] e a [[Instrumento da Rendição Alemã|Rendição Alemã]] em [[Dia da Vitória na Europa|8 de maio de 1945]],{{Refn|Todas as forças alemãs deveriam cessar as operações às 23h01, horário da Europa Central, em 8 de maio de 1945, que já era 9 de maio em Moscou e outras partes da URSS; portanto [[Dia da Vitória na Europa|9 de maio]] foi considerado o fim da guerra na [[União Soviética]] e ainda é em seus estados sucessores|group=nb}} embora os combates continuassem em outras partes da Europa até [[Frente Iugoslava|25 de maio]]. Em 5 de junho de 1945, foi assinada a [[Declaração de Berlim]] proclamando a rendição incondicional da [[Alemanha Nazista|Alemanha]] às quatro potências vitoriosas. As [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|potências aliadas]] lutaram contra as [[potências do Eixo]] em duas frentes principais ([[Frente Oriental (Segunda Guerra Mundial)|Frente Oriental]] e [[Frente Ocidental (Segunda Guerra Mundial)|Frente Ocidental]]), mas havia outras frentes que variavam em escala, desde a [[Campanha da Itália|campanha italiana]], a 3ª maior campanha da [[Europa]], até a [[Invasão da Polônia|campanha polonesa]], bem como em uma [[Bombardeios estratégicos durante a Segunda Guerra Mundial|ofensiva de bombardeio estratégico]] e no [[Frente do Mediterrâneo (Segunda Guerra Mundial)|teatro adjacente do Mediterrâneo e do Oriente Médio]].

== Eventos anteriores ==
{{Artigo principal|Causas da Segunda Guerra Mundial}}
A [[Império Alemão|Alemanha]] foi derrotada na [[Primeira Guerra Mundial]], e o [[Tratado de Versalhes (1919)|Tratado de Versalhes]] impôs condições punitivas ao país, incluindo reparações financeiras significativas, perda de território (algumas apenas temporariamente), culpa de guerra, enfraquecimento e limitação militar e enfraquecimento econômico. A [[República de Weimar|Alemanha]] foi humilhada diante do mundo e teve que pagar enormes reparações de guerra. Muitos alemães culparam o colapso econômico de seu país no pós-guerra nas condições do tratado e esses ressentimentos contribuíram para a instabilidade política que possibilitou que [[Adolf Hitler]] e seu [[Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães|Partido Nazista]] chegassem ao poder.

Após [[Adolf Hitler|Hitler]] tirar a Alemanha da [[Sociedade das Nações|Liga das Nações]], [[Benito Mussolini|Mussolini]] da [[Itália Fascista|Itália fascista]] e Hitler formaram o eixo Roma-Berlim, sob um tratado conhecido como [[Pacto de Aço]]. Mais tarde, o [[Império do Japão]], sob o governo de [[Hideki Tōjō|Hideki Tojo]], também se juntaria como [[potências do Eixo]]. O Japão e a Alemanha já haviam assinado o [[Pacto Anticomintern]] em 1936, para combater a ameaça percebida do [[comunismo]] da [[União Soviética]]. Outras [[Potências do Eixo|potências menores também se juntaram ao Eixo]] durante a guerra.

== Deflagração da guerra na Europa ==
{{Artigo principal|Invasão da Polônia|Guerra de Mentira}}
A [[Alemanha Nazista|Alemanha]] e a [[União Soviética]] eram inimigas juradas, mas após o [[Acordo de Munique]], que efetivamente entregou a [[Checoslováquia]] (um aliado francês e soviético e a única [[Presidencialismo|democracia presidencial]] remanescente na [[Europa Central]]) à Alemanha, as realidades políticas permitiram que a União Soviética assinasse um pacto de não agressão (o [[Pacto Molotov-Ribbentrop]]), incluindo uma cláusula secreta dividindo a [[Segunda República Polonesa|Polônia]], [[Lituânia]], [[Letónia|Letônia]], [[Estónia|Estônia]] e [[Finlândia]] entre as duas esferas de influência.

A guerra em grande escala na Europa começou na madrugada de 1º de setembro de 1939, quando a Alemanha usou as chamadas táticas de [[Blitzkrieg]] e força militar para [[Invasão da Polônia|invadir a Polônia]], à qual tanto o [[Reino Unido]] quanto a [[Terceira República Francesa|França]] haviam prometido proteção e garantias de independência. Em 3 de setembro de 1939, a Grã-Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha, e outros aliados logo o seguiram. A Força Expedicionária Britânica foi enviada para a França; no entanto, nem as tropas francesas nem britânicas [[Guerra de Mentira|deram qualquer assistência significativa aos poloneses]] durante toda a invasão, e a [[Fronteira Alemanha–França|fronteira germano-francesa]], exceto a [[Ofensiva do Sarre|Ofensiva de Sarre]], permaneceu quase calma. Este período da guerra é comumente conhecido como a [[Guerra de Mentira|Guerra Falsa]].

Em 17 de setembro, as [[Invasão soviética da Polónia|forças soviéticas se juntaram à invasão da Polônia]], embora permanecendo [[País neutro|neutras]] em relação às potências ocidentais. O [[Governo polonês no exílio|governo polonês]] evacuou o país para a [[Romênia]]. A Polônia caiu em cinco semanas, com suas últimas grandes unidades operacionais se rendendo em 6 de outubro após a [[Batalha de Kock (1939)|Batalha de Kock]]. Com o fim da Campanha polonesa de setembro, Hitler ofereceu paz à Grã-Bretanha e à França com base no reconhecimento do domínio continental europeu alemão. Em 12 de outubro, o Reino Unido recusou formalmente.

Apesar da rápida campanha no leste, ao longo da fronteira franco-alemã, a guerra se estabeleceu em um período tranquilo. Este período relativamente sem confronto e principalmente sem luta entre as grandes potências durou até a Alemanha lançar uma invasão em 10 de maio de 1940.

== Alemanha e a URSS dividem o Norte da Europa ==
{{Artigo principal|Guerra de Inverno|Campanha da Noruega|Operação Weserübung}}
Vários outros países, no entanto, foram arrastados para o conflito neste momento. Depois de 28 de setembro de 1939, o governo soviético apresentou [[Ultimato|ultimatos]] aos governos da Estônia, Letônia e Lituânia ameaçando uma invasão militar, obrigando as três pequenas nações a concluir pactos de assistência mútua que davam aos soviéticos o direito de estabelecer bases militares ali. A União Soviética [[Antecedentes da Guerra de Inverno|emitiu exigências semelhantes]] à Finlândia em outubro de 1939, mas estas foram rejeitadas, levando à invasão soviética da Finlândia em 30 de novembro, iniciando a [[Guerra de Inverno]] .
[[Ficheiro:Winter_war.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Soldados finlandeses durante a [[Guerra de Inverno]]]]
A União Soviética não cumpriu seu objetivo de anexar a Finlândia. <ref>{{Citar web|ultimo=Massari|primeiro=Ivano|url=https://www.warhistoryonline.com/war-articles/winter-war-finland.html|titulo=The Winter War – When the Finns Humiliated the Russians|data=18 ago 2015|acessodata=20 dez 2021|publicado=War History Online}}</ref> No [[Tratado de Paz de Moscou]] de abril de 1940, a Finlândia cedeu 9% de seu território, incluindo partes da [[Carélia]] e [[Salla]] . Os finlandeses ficaram amargurados por terem perdido mais terras na paz do que nos campos de batalha e pela percepção da falta de simpatia mundial.

No restante da [[Escandinávia]], a Alemanha [[Operação Weserübung|invadiu a Dinamarca e a Noruega]] em abril de 1940 e, em resposta, a Grã-Bretanha ocupou as Ilhas Faroe (um território dinamarquês) e invadiu e ocupou a Islândia (uma nação soberana com o rei da Dinamarca como seu monarca). A Suécia [[Suécia durante a Segunda Guerra Mundial|conseguiu manter-se neutra]].

As Repúblicas Bálticas foram ocupadas pelo [[Exército Vermelho|exército soviético]] em junho de 1940 e formalmente anexadas à União Soviética em agosto de 1940.

== A guerra chega ao Ocidente ==
{{Artigo principal|Frente Ocidental (Segunda Guerra Mundial)|Batalha de França|Batalha da Grã-Bretanha|Blitz}}
[[Ficheiro:Bundesarchiv_Bild_183-L05487,_Paris,_Avenue_Foch,_Siegesparade.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Tropas alemãs em Paris após a [[Batalha de França|Queda da França]]]]
Em 10 de maio, a [[Guerra de Mentira|Guerra Falsa]] terminou com uma ampla [[Batalha dos Países Baixos|invasão alemã]] dos Países Baixos neutros da [[Bélgica]], [[Países Baixos|Holanda]] e [[Luxemburgo]], e na [[Terceira República Francesa|França]] contornando as fortificações francesas da [[Linha Maginot]] ao longo da fronteira com a Alemanha. Depois de invadir a Holanda, Bélgica e Luxemburgo, a Alemanha se voltou contra a França, entrando no país pelas [[Ardenas]] em 13 de maio - os franceses deixaram esta área menos defendida, acreditando que seu terreno era intransitável para tanques e outros veículos. A maioria das forças aliadas estava em [[Flandres (Bélgica)|Flandres]], antecipando uma repetição do [[Plano Schlieffen]] da [[Primeira Guerra Mundial]], e foram isoladas do continente francês. Como resultado disso, bem como das comunicações e táticas alemãs superiores, a [[Batalha de França|Batalha da França]] durou apenas seis semanas; muito mais curto do que praticamente todo o pensamento dos Aliados antes da guerra poderia ter concebido. Em 10 de junho, [[Reino de Itália (1861–1946)|a Itália]] declarou guerra à França e ao [[Reino Unido]], mas não obteve nenhum sucesso significativo nesta campanha. O governo francês fugiu de Paris e logo a [[Armistício de 22 de junho de 1940|França se rendeu]] em 22 de junho. Para aumentar ainda mais a humilhação do povo francês e do próprio país, Hitler providenciou para que o documento de rendição fosse assinado na Floresta de Compiègne, no mesmo vagão ferroviário onde a rendição alemã havia sido [[Armistício de Compiègne|assinada em 1918]]. A rendição dividiu a França em duas partes principais; a parte norte sob controle alemão e a parte sul sob controle francês, com base em [[Vichy]] e conhecida como [[França de Vichy]], um estado de garupa amigo da Alemanha. Muitos soldados franceses, assim como de outros países ocupados, fugiram para a Grã-Bretanha. O General [[Charles de Gaulle|De Gaulle]] proclamou-se o líder legítimo da [[França Livre]] e jurou continuar a lutar. Após a inesperada vitória rápida, Hitler promoveu 12 generais ao posto de [[marechal de campo]] durante a Cerimônia de Marechal de Campo de 1940.

[[Viatcheslav Molotov|Vyacheslav Molotov]], o Ministro da Política Externa da [[União Soviética|URSS]], que estava vinculado ao [[Pacto Molotov-Ribbentrop|tratado de não agressão soviético-alemão]], parabenizou os alemães: "Entregamos as mais cordiais felicitações do governo soviético por ocasião do esplêndido sucesso da Wehrmacht alemã. Os tanques de [[Heinz Guderian|Guderian]] irromperam no mar perto de [[Abbeville]], movidos a combustível soviético, as bombas alemãs, que arrasaram [[Roterdão|Roterdã]] até o chão, estavam cheias de [[Trinitrocelulose|piroxilina]] soviética, e as balas, que atingiram os soldados britânicos [[Operação Dínamo|que se retiravam de Dunquerque]], foram lançadas de Liga soviética [[Cuproníquel|de cuproníquel]] ...".<ref>[http://www.hro.org/editions/karta/nr1/lozinsk.htm] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20051227160411/http://www.hro.org/editions/karta/nr1/lozinsk.htm|date=27 December 2005}}</ref>  

Mais tarde, em 24 de abril de 1941, a URSS deu pleno reconhecimento diplomático ao governo de Vichy situado na zona não ocupada da França. <ref>[http://home.pacific.net.au/~andy/bs/bs1-2.htm The Isolation of the Revolution] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20060826035936/http://home.pacific.net.au/~andy/bs/bs1-2.htm|date=2006-08-26}}</ref>

Assim, a queda da França deixou a [[Grã-Bretanha]] e a [[Commonwealth]] sozinhas. O primeiro-ministro britânico, [[Neville Chamberlain]], renunciou durante a batalha e foi substituído por [[Winston Churchill]]. Grande parte do exército britânico [[Operação Dínamo|escapou da captura]] do porto de [[Dunquerque]], no norte da França, onde centenas (se não milhares) de minúsculos barcos civis foram usados para transportar tropas das praias para os navios de guerra que os esperavam. Há muito debate sobre se as divisões Panzer alemãs poderiam ter derrotado esses soldados sozinhas se eles tivessem avançado, já que as divisões de tanques estavam sobrecarregadas e exigiriam uma extensa reforma; em qualquer caso, Hitler optou por seguir o conselho do líder das forças aéreas alemãs [[Hermann Göring]] e permitir que a [[Luftwaffe]] sozinha atacasse as forças aliadas até que a infantaria alemã pudesse avançar, dando aos britânicos uma janela para a evacuação. Mais tarde, muitas das tropas evacuadas formariam uma parte importante e o centro do exército que desembarcou na [[Normandia]] no [[Desembarques da Normandia|Dia D.]]

Os britânicos rejeitaram várias tentativas alemãs secretas de negociar a paz. A Alemanha concentrou sua força aérea no norte da França ocupada pelos alemães para preparar o caminho para uma possível invasão, codinome [[Operação Leão Marinho|''Operação Seelöwe'']] ("Leão Marinho"), considerando que a [[Supremacia aérea|superioridade aérea]] era essencial para a invasão. As operações da Luftwaffe contra a [[Força Aérea Real|Royal Air Force]] ficaram conhecidas como a [[Batalha da Grã-Bretanha]]. Inicialmente, a Luftwaffe concentrou-se em destruir a RAF no solo e no ar. Mais tarde, eles passaram a bombardear grandes e grandes cidades industriais britânicas na [[Blitz]], em uma tentativa de atrair os caças da RAF e derrotá-los completamente. Nenhuma das abordagens teve sucesso em reduzir a RAF ao ponto em que a superioridade aérea pudesse ser obtida, e os planos de invasão foram suspensos em setembro de 1940.

Durante a Blitz, todos os principais locais industriais, catedrais e políticos da Grã-Bretanha foram fortemente bombardeados. Londres sofreu particularmente, sendo bombardeada todas as noites durante vários meses. Outros alvos incluíam [[Birmingham]] e [[Coventry]], e cidades estrategicamente importantes, como a base naval de [[Plymouth]] e o porto de [[Kingston upon Hull]]. Sem forças terrestres em conflito direto na Europa, a guerra aérea atraiu a atenção mundial, mesmo quando as unidades navais lutaram na [[Batalha do Atlântico]] e várias incursões de comandos britânicos atingiram alvos na Europa ocupada. Churchill disse sobre o pessoal da RAF que lutou na batalha: "Nunca no campo do conflito humano tantos devem tanto a tão poucos".

== Guerra aérea ==
{{Artigo principal|Bombardeios estratégicos durante a Segunda Guerra Mundial}}
[[Ficheiro:Supermarinespitfire.JPG|miniaturadaimagem|[[Força Aérea Real|RAF]] [[Supermarine Spitfire|Supermarine Spitfires]], usados extensivamente ao lado do Hawker Hurricance durante a [[Batalha da Grã-Bretanha]]]]
A guerra aérea no teatro europeu começou em 1939.

As expectativas pré-guerra de que "o bombardeiro sempre passará" presumiam que ondas de bombardeiros atingindo as cidades inimigas causariam pânico em massa e o rápido colapso do inimigo. Como resultado, a [[Força Aérea Real|Royal Air Force]] construiu uma grande força de bombardeiros estratégicos. Em contraste, a doutrina da força aérea alemã nazista era quase totalmente dedicada a apoiar o exército. Portanto, os bombardeiros alemães eram menores do que seus equivalentes britânicos, e a Alemanha nunca desenvolveu um bombardeiro pesado totalmente bem-sucedido equivalente ao [[Avro Lancaster]] britânico ou ao [[Boeing B-17 Flying Fortress]] americano, com apenas o [[Heinkel He 177]] A de tamanho semelhante colocado em produção e operacionalizado. para tais funções com a ''Luftwaffe'' nos últimos anos da guerra.

Os ataques iniciais de bombardeiros alemães contra o Reino Unido foram direcionados aos aeródromos da RAF na [[Batalha da Grã-Bretanha]]; de 7 de setembro de 1940 a 10 de maio de 1941, os alvos foram vilas e cidades britânicas em "[[Blitz|The Blitz]]".

Após o abandono de qualquer ideia de invasão do Reino Unido, a maior parte da força da Luftwaffe foi desviada para a [[Frente Oriental (Segunda Guerra Mundial)|guerra contra a União Soviética,]] deixando as cidades alemãs vulneráveis aos bombardeios aéreos britânicos e posteriormente americanos. A Grã-Bretanha foi usada pelos [[Estados Unidos]] e outras forças aliadas como base para iniciar os [[Desembarques da Normandia|Desembarques do Dia D]] em junho de 1944 e a [[Libertação da França|libertação da Europa Ocidental ocupada pelos nazistas]]. No entanto, os ataques alemães continuaram nas cidades britânicas, embora em uma escala menor e menos destrutiva pelo resto da guerra, e mais tarde a [[V-1|bomba voadora V1]] e os mísseis balísticos [[V-2]] foram usados contra a Grã-Bretanha. No entanto, o saldo da tonelagem de bombas lançadas mudou muito a favor da RAF, à medida que o [[Comando de Bombardeiros da RAF]] ganhava força.

O bombardeio britânico durante o dia resultou em muitas perdas e poucos resultados; como resultado, os britânicos operavam à noite enquanto construíam sua força estratégica com bombardeiros maiores. Em 1942, o Comando de Bombardeiros podia colocar 1.000 bombardeiros sobre uma cidade alemã.

Durante os ataques iniciais da [[Operação Barbarossa]], a [[Luftwaffe]] eliminou a maioria das [[Força Aérea Soviética|forças aéreas]] [[União Soviética|soviéticas]]. Os soviéticos só recuperariam sua ala aérea mais tarde na guerra com a ajuda dos Estados Unidos.

A partir de 1942, os esforços do Comando de Bombardeiros foram complementados pela [[Oitava Força Aérea dos Estados Unidos|Oitava Força Aérea]] das [[Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos]], unidades das Forças Aéreas do Exército dos EUA sendo enviadas para a Inglaterra para se juntar ao ataque à Europa continental em 4 de julho de 1942. O Comando de Bombardeiros invadiu à noite e as forças dos EUA durante o dia. A "Operação Gomorra" [[Operação Gomorra|invade Hamburgo]] (24 de julho de 1943 - 29 de julho de 1943) causou uma tempestade de fogo que levou à destruição maciça e à perda de vidas.

Em 14 de fevereiro de 1945, um [[Bombardeamento de Dresden|ataque a Dresden]] produziu um dos incêndios mais devastadores da história. Uma tempestade de fogo foi criada na cidade e entre 18 000 e 25 000 pessoas foram mortas.<ref>Bojan Pancevski [https://www.telegraph.co.uk/news/newstopics/onthefrontline/3123512/Dresden-bombing-death-toll-lower-than-thought.html Dresden bombing death toll lower than thought], ''[[The Daily Telegraph]]'', 3 October 2008.</ref><ref>Kate Connolly, [https://www.theguardian.com/world/2008/oct/03/secondworldwar.germany Panel rethinks death toll from Dresden raids], ''[[The Guardian]]'', 3 October 2008.</ref><ref name="Landeshauptstadt Dresden">{{Citar web|ultimo=Landeshauptstadt Dresden|url=http://www.dresden.de/media/pdf/presseamt/Erklaerung_Historikerkommission.pdf|titulo=Erklärung der Dresdner Historikerkommission zur Ermittlung der Opferzahlen der Luftangriffe auf die Stadt Dresden am 13./14. Februar 1945|data=1 Out 2008|acessodata=13 Fev 2010|publicado=Landeshauptstadt Dresden}}</ref> Apenas o ataque de Hamburgo, o [[Bombardeamento de Tóquio|bombardeio de Tóquio]] de 9 a 10 de março de 1945 e os ataques nucleares a [[Hiroshima]] (6 de agosto de 1945) e [[Nagasaki]] (9 de agosto de 1945) mataram mais pessoas em um único ataque.

== Mediterrâneo e outros países europeus ==
{{Artigo principal|Frente do Mediterrâneo (Segunda Guerra Mundial)|Frente Iugoslava}}
[[Ficheiro:Jugoslavija_i_Evropa_maj_1943.jpg|miniaturadaimagem|Território libertado [[Partisans iugoslavos|pelos guerrilheiros]] na [[Frente Iugoslava|Iugoslávia, maio de 1943]]]]
O [[Frente do Mediterrâneo (Segunda Guerra Mundial)|teatro do Mediterrâneo e do Oriente Médio]] foi um importante [[teatro de operações]] durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. O vasto tamanho deste teatro incluiu a luta entre os Aliados e o Eixo na [[Campanha da Itália|Itália]], nos [[Campanha dos Balcãs (Segunda Guerra Mundial)|Bálcãs]], [[Europa meridional|no sul da Europa]], [[Colônia da Coroa de Malta|em Malta]], [[Campanha Norte-Africana|no norte da África]] e no [[Médio Oriente|Oriente Médio]].

Antes da guerra, [[Invasão italiana da Albânia|a Itália invadiu a Albânia]] e a anexou oficialmente. O regime de Mussolini declarou guerra à Grã-Bretanha e à França em 10 de junho de 1940 e [[Guerra Greco-Italiana|invadiu a Grécia]] em 28 de outubro. No entanto, as forças italianas não conseguiram igualar o sucesso nazista no noroeste da Europa; na verdade, não foi até [[Batalha da Grécia|a intervenção alemã]] que a Grécia foi invadida pelas potências do Eixo. Enquanto a campanha grega estava em andamento, as forças alemãs, apoiadas pelos italianos, húngaros e búlgaros, [[Invasão da Iugoslávia|invadiram simultaneamente a Iugoslávia]]. Depois que o continente foi conquistado, a Alemanha invadiu [[Creta]] no que é conhecido como a [[Batalha de Creta]]. Com os Bálcãs seguros, a [[Operação Barbarossa|Alemanha e seus aliados atacaram a União Soviética]] na maior operação terrestre da história. A campanha dos Bálcãs atrasou esta invasão,  e movimentos de resistência subseqüentes na Albânia, [[Frente Iugoslava|Iugoslávia]] e Grécia amarraram valiosas forças do Eixo. Isso forneceu um alívio muito necessário e possivelmente decisivo para os soviéticos. 

Os combates no sul da Europa não recomeçaram até que as forças do Eixo fossem derrotadas no norte da África. Após a derrota do Eixo na África, [[Invasão Aliada da Itália|as forças aliadas invadiram a Itália]] e durante uma campanha prolongada abriram caminho para o norte através da Itália. A invasão da Itália resultou na mudança de lado da nação para os Aliados e na expulsão de Mussolini. Mas, apesar desse golpe, os fascistas e as forças de ocupação alemãs mantiveram a [[República Social Italiana|posse da metade norte da Itália]]. Na parte norte da Itália, os ocupantes alemães instalaram Mussolini como chefe do novo governo [[Republicanismo|republicano]] [[Fascismo|fascista]], a República Social Italiana ou RSI, para mostrar que as forças do Eixo ainda estavam no poder ali e uma força a ser combatida. Mas Mussolini e seus fascistas eram agora governantes fantoches sob seus patronos alemães.

No lado oposto do [[Mar Adriático]], o [[Partisans iugoslavos|Exército de Libertação Nacional Aliado (e principalmente pró-soviético) da Iugoslávia]], que obteve alguns suprimentos e assistência dos Aliados ocidentais, [[Frente Iugoslava|lutou contra as potências do Eixo]]. No final de 1944, juntou-se ao avanço do Exército Soviético e começou a expulsar as forças alemãs remanescentes dos Bálcãs.

Em abril de 1945, as forças alemãs estavam recuando em todas as frentes no norte da Itália e ocuparam a Iugoslávia, após ataques contínuos dos Aliados. A campanha e os combates no teatro do Mediterrâneo e do Oriente Médio terminaram em 29 de abril. Em 2 de maio, na Itália, o marechal de campo [[Heinrich von Vietinghoff]], comandante-chefe de todas as forças alemãs no país, rendeu-se ao marechal de campo [[Harold Alexander]], comandante supremo de todas as forças aliadas na área do Mediterrâneo. No entanto, numa antevisão da [[Guerra Fria]] os combates continuaram na Grécia onde eclodiu uma [[Guerra Civil da Grécia|guerra civil]] e durou até ao final de 1949 quando as tropas do governo grego, auxiliadas pelos EUA e Grã-Bretanha, derrotaram a guerrilha comunista apoiada pelo Marechal Tito e URSS.

== Frente Oriental ==
{{Artigo principal|Frente Oriental (Segunda Guerra Mundial)}}

=== Retirada Soviética Inicial ===
[[Ficheiro:Yalta_Conference_(Churchill,_Roosevelt,_Stalin)_(B&W).jpg|miniaturadaimagem|Os "[[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Três Grandes]]" líderes aliados na [[Conferência de Ialta]] de 1945. Da esquerda para a direita: [[Winston Churchill]] (Reino Unido), [[Franklin D. Roosevelt]] (EUA) e [[Josef Stalin|Joseph Stalin]] (URSS)]]
Em 22 de junho de 1941, a Alemanha lançou a invasão da União Soviética, codinome [[Operação Barbarossa]].<ref>Amnon Sella.</ref> Essa invasão, a maior já registrada na história, deu início ao conflito mais sangrento da história mundial; a Guerra Eixo-Soviética, também conhecida como [[Frente Oriental (Segunda Guerra Mundial)|Frente Oriental]]. É geralmente aceito como sendo o conflito mais letal da história da humanidade, com mais de 30 milhões de mortos como resultado. Envolveu mais combate terrestre do que todos os outros teatros da Segunda Guerra Mundial juntos.

Na mesma noite da invasão, as tropas soviéticas receberam uma diretiva assinada pelo [[Marechal da União Soviética|marechal]] [[Semion Timoshenko|Timoshenko]] e pelo general do exército [[Gueorgui Júkov|Georgi Zhukov]] que ordenava: "não responda a nenhuma provocação" e "não empreenda nenhuma ação sem ordens específicas". As primeiras semanas da invasão foram devastadoras para o [[Exército Vermelho|exército soviético]]. Enormes números de soldados soviéticos foram cercados em bolsões e caíram nas mãos dos alemães nazistas. Além das tropas alemãs, também estiveram envolvidas na campanha tropas italianas, húngaras, romenas e finlandesas. A Finlândia inicialmente declarou neutralidade; no entanto, com tropas alemãs e soviéticas em seu solo, a Finlândia estava preparada para unir forças com a Alemanha quando a União Soviética atacou a Finlândia em 25 de junho. O seguinte conflito de 1941 a 1944 é algumas vezes referido como a [[Guerra da Continuação|Guerra de Continuação]], como na continuação da [[Guerra de Inverno]]. A [[Espanha Franquista|Espanha]], sob o ditador fascista [[Francisco Franco]], imediatamente ofereceu assistência militar ao esforço do Eixo enviando voluntários conhecidos como a [[Divisão Azul]] para a frente oriental.

A Operação Barbarossa sofria de várias falhas fundamentais. O mais grave deles foi a situação logística do ataque. A vastidão das distâncias na União Soviética significava que a Alemanha só poderia avançar até certo ponto antes de ultrapassar suas cadeias de abastecimento. No momento em que o ataque alemão parou diante da cidade de [[Moscovo|Moscou]] em 5 de dezembro de 1941, ele literalmente não poderia ir mais longe. Simplesmente não havia suprimentos suficientes chegando à frente para conduzir operações defensivas adequadas, muito menos um ataque adequado. Um erro crucial por parte da Alemanha foi que o cronograma para Barbarossa foi planejado com a suposição de que os soviéticos entrariam em colapso antes do início do inverno.

Durante sua longa retirada, os soviéticos empregaram uma política de [[Terra queimada|terra arrasada]]. Eles queimaram plantações e destruíram serviços públicos ao se retirarem antes do avanço da Alemanha, o que contribuiu para os problemas logísticos que a Alemanha experimentou. Mais importante para eles, os soviéticos também conseguiram uma remoção maciça e sem precedentes de seus recursos industriais da zona de guerra ameaçada para áreas protegidas mais a leste.

A extensão da campanha além do que a Alemanha esperava significou que o [[Wehrmacht|exército alemão]] sofreu centenas de milhares de baixas em condições de inverno e de contra-ataques de unidades soviéticas.

Mesmo com o avanço interrompido devido à falta de suprimentos e ao início do inverno, a Alemanha conquistou uma vasta quantidade de território, incluindo dois quintos da economia soviética. Desalojá-los provou ser difícil e acabou custando caro à União Soviética.

Alguns meses após o início da invasão, as tropas alemãs chegaram aos acessos ao sul de [[São Petersburgo|Leningrado]] e [[Cerco|sitiaram]] a cidade (conhecida como o [[Cerco a Leninegrado|Cerco de Leningrado]]), que também foi bloqueada pelo norte pelas forças finlandesas. [[Carl Gustaf Emil Mannerheim|Mannerheim]] da Finlândia parou no [[rio Svir]] e se absteve de atacar a cidade. Hitler havia ordenado que a cidade de Leningrado deveria "desaparecer da superfície da terra", com toda a sua população exterminada. Em vez de invadir a cidade, a Wehrmacht recebeu ordens de bloquear Leningrado para matar a cidade de fome, enquanto a atacava com bombardeiros e artilharia. Cerca de um milhão de civis morreram no cerco de Leningrado - 800 000 de fome. O cerco durou 872 dias. A única via terrestre para a cidade era possível durante o inverno, através do congelado [[Lago Ladoga]], entre as linhas alemã e finlandesa.

=== Campanha de verão de 1942 e Stalingrado ===
{{Artigo principal|Caso Azul|Batalha de Stalingrado}}
[[Ficheiro:Bundesarchiv_Bild_183-B24543,_Hauptquartier_Heeresgruppe_Süd,_Lagebesprechung.jpg|miniaturadaimagem|[[Adolf Hitler]] com os generais [[Friedrich Paulus]], Adolf Heusinger e [[Fedor von Bock]] em [[Poltava|Poltawa]], [[Ucrânia]] ocupada pelos alemães, junho de 1942]]
Depois de suportar o inverno russo de 1941-1942, o exército alemão se preparou para novas operações ofensivas. Um dos maiores problemas enfrentados pela máquina de guerra nazista na Segunda Guerra Mundial foi a escassez de [[petróleo]]. Por esta razão,  A Alemanha decidiu desistir de capturar Moscou por enquanto, e a [[Caso Azul|ofensiva de verão de 1942]] decidiu se concentrar na guerra no sul da URSS, tendo como alvo os campos de petróleo do [[Cáucaso]]. Enquanto isso, os soviéticos [[Segunda Batalha de Carcóvia|tinham seus próprios planos]].

O início da campanha soviética se transformou em um desastre estratégico quando seu flanco sul foi quase destruído. As unidades soviéticas sobreviventes foram empurradas centenas de quilômetros para o leste e o avanço da Wehrmacht foi quase incontestado. Mas em um grande erro, Hitler dividiu o Grupo de Exércitos Sul em dois subgrupos, o Grupo de Exércitos A que atacaria o Cáucaso e o Grupo de Exércitos B que avançaria em direção à cidade de Stalingrado (atual [[Volgogrado]]).

A indecisão de Hitler, a dissidência entre os oficiais alemães nazistas de alto escalão e as linhas de abastecimento excessivamente estendidas contribuíram para a eventual derrota e retirada das forças armadas do Eixo na [[Batalha de Stalingrado|prolongada batalha nas ruas de Stalingrado]]. A Alemanha ocupou mais de 90% da cidade, mas em uma tentativa de derrotar os defensores soviéticos restantes, quase todos os soldados alemães na área foram canalizados para as ruínas da cidade. Meses de amargo combate corpo a corpo nas ruínas da cidade esgotaram as forças alemãs, deixando apenas forças romenas e húngaras para proteger os flancos do grupo de exército de Stalingrado.  Na [[Operação Urano]], os soviéticos derrotaram essas forças do Eixo enquanto realizavam uma operação de cerco maciço. As tropas do Eixo que permaneceram na cidade ficaram presas - sem suas linhas de abastecimento e famintas, em meio a um inverno rigoroso - receberam ordens de Hitler para lutar até o último homem.

Com fome de comida, combustível, munições e roupas, o bolso foi gradualmente reduzido, com a última parcela se rendendo em 2 de fevereiro de 1943. Em uma tentativa cínica de impedir a rendição, Hitler promoveu [[Friedrich Paulus]], comandante do 6º Exército a [[Marechal de campo|Marechal de Campo]] porque nenhum alemão daquele posto havia se rendido antes. Pesadas perdas afetaram ambos os lados na [[Batalha de Stalingrado]], uma das batalhas mais caras da história. Cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram nesta batalha, incluindo 100 000 civis na cidade.

=== Batalhas depois de Stalingrado ===
Depois de Stalingrado, a iniciativa havia passado da Alemanha, mas ainda não havia sido tomada pelos soviéticos. Um [[Terceira Batalha de Carcóvia|contra-ataque desesperado]] na primavera de 1943 pelas forças do marechal de campo [[Erich von Manstein]] interrompeu temporariamente o avanço soviético. A [[Batalha de Kursk]] foi a última grande ofensiva do exército alemão na frente oriental. Os soviéticos tinham inteligência do que estava por vir e prepararam defesas maciças em grande profundidade no saliente de Kursk. Eles pararam os ataques blindados alemães após uma penetração máxima de pouco mais de {{Convert|30|mi|km}}. Depois de Kursk, o Exército Vermelho levou a melhor e geralmente ficou na ofensiva pelo resto da guerra. A grande escala da União Soviética permitiu superar altas perdas de mão de obra e equipamentos. O sucesso soviético levou a uma iniciativa aliada mais bem-sucedida na Frente Ocidental da Europa, porque a Alemanha nazista estava atolada em uma custosa guerra defensiva no leste, defendendo seu território ocupado cada vez menor.
[[Ficheiro:World-War-II-military-deaths-in-Europe-by-theater-year.png|miniaturadaimagem|317x317px|[[Mortos na Segunda Guerra Mundial|Mortes militares da Segunda Guerra Mundial]] na Europa e situação militar no outono de 1944]]
Empurrando o inimigo para fora do território soviético em junho de 1944, conduzindo a [[Operação Bagration]] em larga escala, o Exército Soviético procedeu ao desmantelamento das potências do Eixo Oriental – Romênia, Bulgária e Hungria – para libertar outros países vizinhos do Exército Alemão e para impor governos liderados pelos comunistas nas nações "libertadas". Algumas dessas nações se juntaram aos Aliados e forneceram tropas para combater a Alemanha nazista, que era efetivamente a única potência remanescente do Eixo na Europa até o final de 1944. A Finlândia manteve sua independência pela segunda vez, mas rompeu com o Eixo, à custa de [[Guerra da Lapônia|ter que lutar contra seu antigo aliado]] e ceder mais território à URSS.

Em fevereiro de 1945, os soviéticos [[Ofensiva no Vistula–Oder|levaram a guerra ao coração da Alemanha]], terminando finalmente com a [[Batalha de Berlim|captura de Berlim]] pelo Exército Vermelho. O fim da guerra na Europa deixou a União Soviética no controle de grandes áreas da [[Europa Central]] e do Sudeste, além de suas conquistas de 1941 na [[Europa Oriental]].

=== Efeitos da Frente Oriental ===
Mais cidadãos soviéticos morreram durante a Segunda Guerra Mundial do que os de todos os outros países europeus juntos. A [[Nazismo|ideologia nazista]] considerava os [[eslavos]] como "[[Untermensch|subumanos]]" e [[Einsatzgruppen|as forças alemãs]] cometeram assassinatos em massa com alvos étnicos. Civis foram presos e queimados vivos ou baleados em esquadrões em muitas cidades conquistadas pelos nazistas. Pelo menos 27 milhões de civis e militares morreram durante a guerra.

8 milhões de soldados do [[Exército Vermelho]] morreram enfrentando os alemães e seus aliados na Frente Oriental. As próprias forças do Eixo perderam mais de 6 milhões de soldados, seja em combate ou por ferimentos, doenças, fome ou exposição; muitos outros foram capturados como prisioneiros de guerra, cerca de 10% deles morreram na retaguarda.<ref>{{Citar web|url=http://www.soldat.ru/doc/casualties/book/|titulo=Россия и СССР в войнах XX века - Потери вооруженных сил|data=22 Jul 2010|lingua=ru|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100722001916/http://www.soldat.ru/doc/casualties/book/|arquivodata=2010-07-22|urlmorta=dead}}</ref>

Os suprimentos [[Lend-Lease]] do Reino Unido e dos Estados Unidos tiveram um impacto muito importante nas forças militares soviéticas. Comboios de suprimentos navegavam para portos soviéticos que eram patrulhados por [[U-Boot|submarinos]] nazistas. As atividades aliadas antes do Dia D podem ter amarrado apenas algumas divisões em combates reais, mas muitas mais foram forçadas a proteger costas solitárias contra ataques que nunca aconteceram ou a equipar armas antiaéreas em toda [[Europa ocupada pela Alemanha Nazista|a Europa controlada pelos nazistas]].

== Invasão aliada da França ocupada ==
{{Artigo principal|Frente Ocidental (Segunda Guerra Mundial)}}
[[Ficheiro:De_Gaulle-OWI.jpg|miniaturadaimagem|General [[Charles de Gaulle]], líder da [[França Livre]] em oposição ao regime de [[França de Vichy|Vichy]] de [[Philippe Pétain|Pétain]]]]
Simultaneamente com a [[Invasão Aliada da Itália|queda de Roma,]] veio a tão esperada [[Operação Overlord|invasão da França]]. A [[Operação Overlord]] colocou mais de 180 000 soldados em terra na [[Desembarques da Normandia|Normandia]] em 6 de junho de 1944, criando uma cabeça de praia que acabaria resultando em mais de 3 milhões de soldados aliados na frente ocidental da Alemanha. Seguiu-se uma longa campanha de trituração de seis semanas, à medida que as forças [[Exército dos Estados Unidos|americanas]], [[Exército Britânico|britânicas]] e [[Comando das Forças Terrestres Canadenses|canadenses]] foram lentamente construídas na cabeça de ponte e as forças alemãs lentamente desgastadas. [[Operação Cobra|Quando a fuga finalmente aconteceu]], foi espetacular, com as tropas aliadas capturando rapidamente quase toda a Normandia em poucos dias. Muitas forças alemãs que lutavam na Normandia ficaram presas na [[Bolsa de Falaise]].

O bombardeio incessante da infraestrutura e das cidades da Alemanha causou tremendas baixas e transtornos. Internamente, Hitler sobreviveu a uma série de tentativas de assassinato internas nazistas. O mais grave foi o [[Atentado de 20 de Julho|complô de 20 de julho de 1944]]. Orquestrada por [[Claus Schenk Graf von Stauffenberg|Claus von Stauffenberg]] e envolvendo, entre outros, [[Erwin Rommel]] e [[Alfred Delp]], a trama pretendia colocar uma bomba-relógio em posição de matar Hitler, mas uma série de fatores não programados e falhas de operação levaram ao seu fracasso. [[Adolf Hitler]] ficou apenas levemente ferido.

A [[Operação Overlord]] foi complementada por uma invasão do sul da França em 15 de agosto de 1944, codinome [[Operação Dragão]]. Em setembro de 1944, três Grupos de Exércitos Aliados estavam alinhados contra as formações alemãs no oeste. Havia otimismo de que a guerra na Europa poderia acabar no final de 1944.<ref>{{Citar livro|título=D-Day 1944 : The Making of Victory|ultimo=Tucker-Jones|primeiro=Anthony|editora=The History Press|ano=2019|localização=Cheltenham, United Kingdom|língua=en|isbn=978-0750988032}}</ref>

Foi feita uma tentativa de forçar a situação com a [[Operação Market Garden]] (17 de setembro de 1944 - 25 de setembro de 1944). Os Aliados tentaram capturar pontes com um ataque aéreo, para abrir caminho para a Alemanha e libertar o norte da [[Países Baixos|Holanda]]. Como estavam presentes forças alemãs mais pesadas do que a inteligência havia previsto, a 1ª Divisão Aerotransportada britânica foi quase completamente destruída e a operação falhou.

O clima de 1944 combinado com uma situação ruim para os Aliados levou a uma situação estagnada na frente ocidental. Os americanos continuaram a atacar os defensores na [[Batalha da Floresta de Hürtgen|Batalha da Floresta de Hurtgen]] (19 de setembro de 1944 - 10 de fevereiro de 1945). Enquanto a Alemanha permaneceu na defesa, os Aliados tiveram dificuldade em avançar rapidamente.

Isso mudou quando a Alemanha montou uma grande contra-ofensiva em 16 de dezembro de 1944. A ofensiva das Ardenas, também chamada de [[Batalha das Ardenas|Batalha do Bulge]], recuou e [[Cerco de Bastogne|cercou algumas pequenas unidades americanas]]. As forças aliadas acabaram tendo sucesso em repelir a Alemanha, no que acabou sendo seu último grande avanço na guerra. A batalha terminou oficialmente em 27 de janeiro de 1945.

O obstáculo final para os Aliados era o [[Rio Reno|Reno]]. Foi cruzado em março de 1945, e o caminho estava aberto para o centro da Alemanha. As últimas grandes forças alemãs no oeste foram cercadas e encurraladas no [[Vale do Ruhr|Ruhr]].

== Fim da guerra na Europa ==
{{Artigo principal|Fim da Segunda Guerra Mundial na Europa|Dia da Vitória na Europa|Dia da Vitória (9 de maio)|Frente Ocidental (Segunda Guerra Mundial)}}
[[Ficheiro:Winston_Churchill_waves_to_crowds_in_Whitehall_in_London_as_they_celebrate_VE_Day,_8_May_1945._H41849.jpg|miniaturadaimagem|[[Winston Churchill]] acena para a multidão em Londres no [[Dia da Vitória na Europa]].]]
Em 27 de abril de 1945, quando as forças aliadas se aproximaram de [[Milão]], Mussolini foi capturado por [[Resistência italiana|guerrilheiros italianos]]. Ele estava tentando fugir da Itália para a [[Suíça]] e viajava com um batalhão antiaéreo alemão. Em 28 de abril, Mussolini e vários dos outros fascistas capturados com ele foram levados para [[Dongo]] e [[Morte de Benito Mussolini|executados por um pelotão de fuzilamento]]. Os corpos foram então levados para Milão e pendurados sem cerimônia em frente a um posto de gasolina.

Hitler, sabendo da [[Morte de Benito Mussolini|morte de Mussolini]], percebeu que o fim finalmente havia chegado. Ele permaneceu em [[Berlim]], a decadente capital nazista, mesmo quando a cidade foi cercada e encurralada pelos soviéticos e a [[Batalha de Berlim]] se enfureceu. Em 30 de abril, Adolf Hitler, com sua esposa [[Eva Braun]], [[Morte de Adolf Hitler|suicidaram-se]] em seu [[Führerbunker|bunker]] para evitar a captura pelas tropas soviéticas. Em sua [[Testamento político de Adolf Hitler|última vontade e testamento]], Hitler nomeou o Grande Almirante [[Karl Dönitz]] como o novo líder alemão. Mas a Alemanha durou apenas 7 dias sob o "[[Governo Flensburg]]" de Dönitz. Ele [[Instrumento da Rendição Alemã|se rendeu incondicionalmente aos Aliados]] em 8 de maio de 1945, mas as [[Wehrmacht|forças alemãs]] continuaram a lutar em outros lugares em territórios ainda ocupados pela [[Alemanha Nazista|Alemanha]] até 11 de maio de 1945.

Em 5 de junho de 1945, os Aliados assinaram a [[Declaração de Berlim]], que assumiu formalmente a autoridade suprema da Alemanha e declarou a rendição incondicional da Alemanha, trazendo o fim da [[Alemanha Nazista]]. <ref>{{Citar web|url=https://avalon.law.yale.edu/wwii/ger01.asp|titulo=Avalon Project - Declaration Regarding the Defeat of Germany and the Assumption of Supreme Authority by Allied Powers; June 5, 1945|acessodata=2022-12-25|website=avalon.law.yale.edu}}</ref>

== Veja também ==

* [[Frente do Mediterrâneo (Segunda Guerra Mundial)|Teatro Mediterrâneo e Oriente Médio da Segunda Guerra Mundial]]
* [[Guerra do Pacífico]]

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! colspan="3" |''[[wikisource:Atlas of the World Battle Fronts in Semimonthly Phases to August 15 1945|Atlas Das Frentes De Batalha Do Mundo]]''
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|[[Ficheiro:1943-07-01GerWW2BattlefrontAtlas.jpg|110x110px]]1943-07-01
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|}
{{Portal3|Segunda Guerra Mundial}}

{{referencias}}

=== Notas ===
<references group="nb" />

=== Trabalhos citados ===
{{Refbegin|30em|indent=y}}
* {{cite encyclopedia|last=Clodfelter|first=Micheal|url=https://books.google.com/books?id=8urEDgAAQBAJ&pg=PA465|title=The Toll of World War II|date=2017|publisher=McFarland & Company|location=Jefferson, North Carolina|isbn=978-0-7864-7470-7|encyclopedia=Warfare and Armed Conflicts: A Statistical Encyclopedia of Casualty and Other Figures, 1492–2015|edition=Fourth}}
* {{cite book|title=The World War II Databook: The Essential Facts and Figures for all the combatants|last=Ellis|first=John|date=1993|publisher=BCA|isbn=978-1-85410-254-6}}
* {{cite book|title=Population Changes in Europe Since 1939|last=Frumkin|first=Gregory|date=1951|location=Geneva}}
* {{cite book|url=https://books.google.com/books?id=WS2ArgEACAAJ&pg=PA301|title=When Titans Clashed: How the Red Army Stopped Hitler|last1=Glantz|first1=David M.|last2=House|first2=Jonathan M.|date=2015|publisher=University Press of Kansas|series=Modern War Studies|isbn=978-0-7006-2121-7|edition=Second}}
* {{cite book|title=The Second World War|last=Keegan|first=John|date=1989|publisher=Hutchinson|isbn=0-09-174011-8}}
* {{cite book|title=Soviet Casualties and Combat Losses|last=Krivosheev|first=G. I.|date=1997|publisher=Greenhill|isbn=1-85367-280-7}}
* {{cite book|title=Rossiia i SSSR v voinakh XX veka: Poteri vooruzhennykh sil; statisticheskoe issledovanie.|last=Krivosheev|first=G. I.|date=2001|publisher=OLMA Press|isbn=5-224-01515-4|lingua=ru}}
* {{cite book|title=The Last Offensive: The European Theater of Operations|last=MacDonald|first=C.|date=2005|publisher=University Press of the Pacific}}
* {{cite report|ref={{sfnRef|''U.S. Army Casualties in World War II''|1951}}|author=Office of the Adjutant General, U.S. Army|date=25 Jun 1953|title=U.S. Army Battle Casualties and Non-battle Deaths in World War II: Final Report|id=CSCAP (OT) 87|url=http://www.ibiblio.org/hyperwar/USA/ref/Casualties/Casualties-1.html|via=HyperWar Foundation}}
* {{cite book|title=Why the Allies Won|last=Overy|first=Richard|date=1995|publisher=Pimlico|isbn=0-7126-7453-5|author-link=Richard Overy}}
{{Refend}}

== Leitura adicional ==

* {{Citar livro|título=The Second World War|ultimo=Churchill|primeiro=Winston}} 6 volumes, 1948–1953
* {{Citar livro|título=The Second World Wars: How the First Global Conflict Was Fought and Won|ultimo=Hanson|primeiro=Davis Victor|data=2017|editora=Basic Books|autorlink=Victor Davis Hanson}}
* {{Citar livro|url=|título=World War II in Europe, Africa, and the Americas, with General Sources: A Handbook of Literature and Research|data=1997|editora=Greenwood Press|editor-sobrenome=Lee|localização=Westport, Connecticut / London|isbn=0-313-29325-2}}
* {{Citar livro|título=A War to Be Won: Fighting the Second World War|ultimo=Murray|primeiro=Williamson|ultimo2=Millett|primeiro2=Allan R.|data=2000|editora=Harvard University Press|isbn=0-674-00163-X}}
* {{Citar livro|url=https://archive.org/details/lightningwarblit0000powa|título=Lightning War: Blitzkrieg in the West, 1940|ultimo=Powaski|primeiro=Ronald E.|editora=John Wiley|ano=2003|isbn=978-0-471-39431-0|autorlink=Ronald E. Powaski|url-access=}}
* {{Citar livro|título=Lightning War: Blitzkrieg in the West, 1940|ultimo=Powaski|primeiro=Ronald E.|editora=Book Sales|ano=2016|isbn=978-0-7858-2097-0|autorlink=Ronald E. Powaski}}
* {{Citar livro|título=A World at Arms: A Global History of World War II|ultimo=Weinberg|primeiro=Gerhard L.|data=2005|editora=Cambridge University Press|isbn=0-521-44317-2}}
{{Segunda Guerra Mundial}}{{Controle de autoridade}}
[[Categoria:Segunda Guerra Mundial]]
[[Categoria:Teatros e campanhas da Segunda Guerra Mundial]]
[[Categoria:Teatro Europeu na Segunda Guerra Mundial]]