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Predefinição:Habilitação e Reabilitação Auditiva

Histórico[editar | editar código-fonte]

A reabilitação audiológica é uma área recente no campo da audiologia. A Audiologia nasceu de colaboração interdisciplinar. Houve a prevalência de perda auditiva observada nas população após a II Guerra Mundial inspirou a criação do campo, como é conhecido hoje. O primeiro curso oferecido em uma universidade nos Estados Unidos para audiologistas, em 1946.

Na década de 60, deu-se início ao ensino da Fonoaudiologia no Brasil englobando áreas da audição e linguagem, e nos anos 70, tiveram início os movimentos pelo reconhecimento dos cursos e da profissão.

A audiologia educacional, um dos campos da fonoaudiologia, foi descrito no Brasil de forma resumida em 2007 por Bevilacqua e colaboradoras. Os audiologistas realizam avaliações diagnósticas dos distúrbios auditivos e vestibulares, selecionam e ajustam as próteses auditivas.

Conceito[editar | editar código-fonte]

A Habilitação e Reabilitação Auditiva ( ou abordagem aurioral) é uma abordagem que utiliza um método multissensorial que visa a comunicação, tendo como base a visão e audição, de forma a estimular o treinamento auditivo e junto a comunicação visual. 

Visa um treinamento Auditivo e um treinamento de leitura orofacial

Método Áudio + Visual de Linguagem Oral=  Método aurioral. 

Linguagem é uma forma de comunicação. Língua é um código social com regras, e fala é a voz utilizada na emissão de palavras.

É necessário que nesse processo o indivíduo utilize o aparelho auditivo, apesar da visão estar presente no processo, a aquisição da fala é de extrema importância.

A método aurioral é normalmente feito em crianças, podendo também ser adquirido na fase adulta.[1]

O treinamento auditivo  é dividido em quatro etapas, na primeira utiliza-se objetos concretos que produzem som, na segunda etapa é a fase de discriminação auditiva, onde a criança consegue entender sons com alto nível de redundância. Na terceira fase é o reconhecimento e na quarta é a compreensão, onde a criança consegue entender o significado das palavras e utiliza-las.

O treinamento de leitura orofacial consiste em recursos visuais na fala que facilitam o processo de aprendizagem na comunicação dos indivíduos surdos. O treinamento pode ser a partir da percepção de sílabas na fala de uma outra pessoa, até discursos gerais.O treinamento de leitura orofacial envolve duas etapas, a primeira é a exploração do ambiente com estimulação da atenção e da memória. A segunda etapa consiste em observar gestos corporais que acompanham a fala. Na terceira etapa são envolvida pistas que estão diretamente ligadas a mensagem, como a integração, visualização, discriminação e percepção, também envolvendo atenção e memória.

e fornecem terapia fonoaudiológica para a habilitação e reabilitação auditivas.

Princípios[editar | editar código-fonte]

Na abordagem aurioral existe principios básicos e fundamentais para que a terapia possa ser desenvolvida de forma apropiada, na literatura é encontrado sete princípios:

1- Detecção e Intervenção Precoce

O diagnóstico precoce é muito importante para o desenvolvimento da criança com deficiência auditiva, pois é nos primeiros anos de vida que há a maturação neurológica, tempo ideal para a estimulação auditiva, já que nos primeiros anos de vida existe uma prontidão para adquirir habilidades como a linguagem.

2 – Amplificação

A amplificação é o uso constante e correto do AASI ou do IC multicanal, pois é por meio destes que o deficiente auditivo poderá ouvir a fala e os sons ao seu redor.

3- Desenvolvimento da função auditiva        

O desenvolvimento da função auditiva acontece quando existe um ambiente acústico favorável, e a partir da introdução da criança em um mundo sonoro, com contextos significativos. Isso envolve não apenas o processo de terapias, mas também o dia a dia da criança, por meio da linguagem incidental, sendo um processo prazeroso e divertido.

É importante também todos os cuidados possíveis com as condições acústicas do ambiente, sempre que possível atenuar ruídos para tornar-se uma qualidade mais clara do som, e manter o AASI sempre o mais eficiente possível.

4- Integrar

Na abordagem aurioral é fundamental desenvolver o resíduo auditivo, e assim integrando a audição à personalidade da criança. A criança deve ser capaz de monitorar sua fala em desenvolvimento, ou seja, ouvir suas próprias emissões, a voz de outras pessoas e compará-las. Assim, deve ser trabalhado o saber ouvir, para que haja o uso adequado do resíduo auditivo e preste atenção aos sons e saiba os significados que transmitem, possibilitando o domínio das habilidades da comunicação verbal.

5- Comunicação

O princípio de comunicação se refere às atividades comunicativas, que se iniciam desde de o primeiro ano de vida, quando a mãe conversa com o bebê. Mesmo os cuidadores de bebês surdos, devem falar e estimular a comunicação, pois se os cuidadores forem bons falantes, a criança também será. A comunicação envolve o falar e ouvir, essencial para efetividade comunicativa. Quando os pais ouvem e compreendem os filhos praticam um incentivo ao desenvolvimento da linguagem, já que é um meio da criança perceber que sua atividade comunicativa tem função.

6-  Etapas das habilidades auditivas

As etapas das habilidades auditiva é o sexto princípio, nele o objetivo é fazer com que a criança com deficiência auditiva vivencie as mesmas etapas auditivas pelas quais as crianças ouvintes passam naturalmente, que são detecção auditiva, discriminação auditiva, reconhecimento auditivo e a compreensão. Estas etapas envolvem os sons ambientais e da fala, além dos processos psíquicos de atenção e memória, dos quais são fundamentais para o desenvolvimento.

7- Avaliação

Durante todo processo terapêutico a criança deve estar sendo avaliada, tanto no aspecto da linguagem, do AASI, no grau da deficiência auditiva e do seu relacionamento familiar. Para a efetiva avaliação, é essencial ter em mente que cada criança é única, com suas individualidades e seu próprio desenvolvimento, de acordo com fatores internos e ambientais, de convivência e etc.

E por conta disso, é difícil estabelecer exatamente o que esperar de cada um, o que pode ser feito é ter possibilidades gerais de certos objetivos a serem alcançados pelo trabalho terapêutico.

Intervenção[editar | editar código-fonte]

Na intervencao o terapeuta segue passo a passo para planejar seu trabalho com a crianca:

  1. Avaliação da Criança
  2. Planejamento Terapêutico
  3. Metas Terapêuticas
  4. Identificar, selecionar, Colocar em uso
  5. Estrategias Terapêuticas
  6. Comunicação, fatores facilitadores
  7. Técnicas terapêuticas, destaques acústicos

Avaliação das habilidades auditivas e linguagem[editar | editar código-fonte]

O desenvolvimento das habilidades auditivas e linguagem procede da mesma maneira para crianças com audição normal e para as crianças com deficiência auditiva. Mas as crianças com deficiência auditiva que fazem uso ou não do implante ou uso do AASI devido à perda auditiva o desenvolvimento ocorre num ritmo mais lento. [1]

O desenvolvimento da Linguagem está diretamente ligada ao desenvolvimento das habilidades auditivas. A crianças desenvolvem a linguagem escutando as palavras ao seu redor, se a criança tiver uma perda auditiva, dificulta para ela captar e reconhecer essas palavras e aprender[2]. A perda auditiva quanto maior o grau maior é a dificuldade da percepção e discriminação da fala e maior é o défice de linguagem[3].

Para o desenvolvimento da audição e linguagem, é necessário que a criança aprenda um conjunto de habilidades essências como:

·        Detecção auditiva

·        Discriminação auditiva

·        Reconhecimento auditivo

·        Compreensão

A Detecção auditiva é capacidade da criança perceber os sons existentes ao seu redor. A capacidade de prestar atenção se o som está presente ou ausente. Para as crianças com perda auditiva, ela só é capaz de desenvolver essa capacidade de reconhecer com o parelho de ampliação e junto com a abordagem aurioral e ensinado pelo pais a prestar atenção a presença do som. A família é que representa para criança o primeiro mecanismo percepção do som por isso o papel mais importante da família é dar assistência à criança para dar atenção e responder numa conversa. (Simmons-martin,1981)

A Discriminação auditiva é a capacidade de perceber deferentes sons como identificar diferentes intensidades, passos, duração, sons que veio primeiro, mas isso só é desenvolvido após adquirir a habilidade de detecção.

O Reconhecimento auditivo é a capacidade/ etapa onde a criança consegue repetir ou reconhecer um conjunto especifico de sons, por exemplo “oink” para o porco e “moo-o’ para vaca. Isso já requer o desenvolvimento da memória da crianças, a detecção do som e discriminação de um som do outro. Nessa etapa não a compressão, isso ocorre porque a criança ainda não compreendeu o que o som significa, mas sim memorizou.

A Compreensão é a capacidade de compressão dos sons, é etapa final, a mais difícil e necessária para desenvolvimento da audição e linguagem. É a utilização de todas a habilidades anteriores para que a criança conseguir repetir algumas palavras e demostrar que intende o que o conjunto de sons significa.[1]

Linguagem

Para a aquisição da linguagem é essencial a interação entre a audição, o social, o motor e funções cognitivas vinda da infância e parentes. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aprendizagem da linguagem.[1]

O ideal seria que todas as crianças fossem submetidas a uma avaliação audiológica no período neonatal. Uma perda de audição não identificada pode ter consequências devastadoras sobre o desenvolvimento da palavra e da linguagem da criança, mas também sobre seu comportamento psíquico e social [4][3]

Devido ao benefício do uso implante ou AASI, e a métodos terapeutas a criança pode ser capaz de ouvir as palavras e desenvolver as habilidades auditivas, e assim conseguir escutar e compreender as palavras, e isso conduz a aprendizagem da linguagem.

Referências:[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d editor., Hull, Raymond H.,. Introduction to aural rehabilitation. [S.l.: s.n.] ISBN 9781597569095. OCLC 995048108 
  2. Oliveira, Patrícia Santos; Penna, Letícia Macedo; Lemos, Stela Maris Aguiar (dezembro de 2015). «Desenvolvimento da linguagem e deficiência auditiva: revisão de literatura». Revista CEFAC. 17 (6): 2044–2055. ISSN 1516-1846. doi:10.1590/1982-0216201517611214 
  3. a b «Problemas auditivos na infância interferem no desenvolvimento da linguagem - Deficiência Auditiva». Deficiência Auditiva. 28 de agosto de 2015 
  4. Parker, Charles Thomas; Garrity, George M (1 de janeiro de 2003). «Exemplar Abstract for Francisella philomiragia (Jensen et al. 1969) Hollis et al. 1990, Yersinia philomiragia Jensen et al. 1969 (Approved Lists 1980) and Francisella philomiragia philomiragia (Jensen et al. 1969) Mikalsen et al. 2007.». The NamesforLife Abstracts. Consultado em 24 de setembro de 2018