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Museu da Cidade do Recife - Forte das Cinco Pontas[editar | editar código-fonte]

Museu da Cidade do Recife - Forte das Cinco Pontas
Jadson Barros/Testes
Inauguração 1982
Proprietário atual Prefeitura da Cidade do Recife
Visitantes 52.306 (2017)
Diretor Maria de Betânia Corrêa de Araújo
Website http://museudacidadedorecife.org/
Geografia
País Brasil
Cidade Recife
Localidade Pernambuco

Instalado no Forte das Cinco Pontas em 1982, o Museu da Cidade do Recife abriga um acervo de documentos de extrema importância para a preservação da história urbana, cultural e social do Recife. É constituído por um significativo conjunto iconográfico proveniente de vários arquivos municipais, reunidos inicialmente pelo Departamento de Estatística, Propaganda e Turismo (DEPT), órgão criado em 1939 na administração do prefeito Antônio Novaes Filho. Além dos documentos iconográficos, a instituição conta com um importante acervo arqueológico e cartográfico. O Museu da Cidade do Recife é um espaço para visitação, pesquisa, realização de eventos e atividades culturais. Faz parte da Fundação de Cultura da Prefeitura do Recife.

O FORTE DE SÃO TIAGO DAS CINCO PONTAS[editar | editar código-fonte]

O Forte das Cinco Pontas (“Vijfhoek”, pentágono em holandês) foi construído no Recife, em 1630, por ordem de Frederik Hendrik (1584-1647), Frederico Henrique de Nassau, Príncipe de Orange e Capitão General das cinco províncias, que, somadas a outras duas, formavam os Países Baixos. O principal objetivo para a construção do Forte foi garantir a permanência do suprimento de água das cacimbas de Ambrósio Machado, localizadas no extremo Sul da Ilha de Antônio Vaz (hoje bairro de São José), e impedir a ação de piratas, que usavam uma falha nos arrecifes, conhecida como “Barreta dos Afogados”, para atacar e roubar barcos – a maior parte das embarcações transportava açúcar para o porto do Recife. A fortaleza foi batizada com o nome do Príncipe de Orange (Frederik Hendrik), mas devido à forma pentagonal passou a ser denominada de Forte das Cinco Pontas. O nome permanece até nossos dias, mesmo após a reforma promovida pelos portugueses ainda no século XVII, quando foi transformada numa estrutura de quatro pontas.

O projeto de construção é atribuído ao engenheiro holandês Tobias Commersteijn e a direção das obras foi de Peter Van Buerer. Nesse período, sua estrutura era formada de madeira, terra batida e barro, e suas muralhas não passavam de 12 pés de altura (3,7 metros aproximadamente).

Em 1654, as forças de resistência comandadas por João Fernandes Viera, André Vidal de Negreiros, Felipe Camarão e Francisco Barreto de Menezes, venceram as forças flamengas e ocuparam o forte. Nesse período, foi iniciada a primeira grande reforma na edificação, reconstruída em pedra e cal e apenas com quatro pontas. A obra foi concluída em 1684 e rebatizada de Forte de São Tiago.

Praça D'armas do Forte das Cinco Pontas

Com a expansão da cidade, a fortaleza perdeu seu sentido de defesa e passou a ter novos usos, dentre eles, durante os séculos XVIII e XIX, funcionou como depósito geral e prisão; no início do século XX, tornou-se quartel militar, sendo tombado como patrimônio nacional em 1938. Durante o final da década de 1970, sofreu outra grande reestruturação, desta vez para sediar as instalações do Museu da Cidade do Recife, que se encontra no local desde 1982.

EXPOSIÇÕES[editar | editar código-fonte]

O Recife década de 1940 - 19 abril 2012 a abril de 2014

A exposição apresenta os costumes, os aspectos da cidade e o indivíduo que abraça a modernização. Os edifícios construídos, os primeiros conjuntos habitacionais, as influências advindas de outros locais, as indústrias na cidade e o passeio na via pública apontando direções para o pensamento e construção da cidadania.

Recife Em (Cantos) - 25 de abril de 2014 a março de 2015

Traçando um panorama da evolução da cidade desde a fundação, em 1537, até os dias atuais, com mapas, ilustrações, fotografias, objetos arqueológicos (como fragmentos de cachimbos holandeses, telhas e azulejos portugueses) e vídeos. No acervo dedicado ao século XX, foram exibidas fotografias da época da inauguração de algumas praças assinadas por Burle Marx, são elas: a Praça de Casa Forte, Praça Euclides da Cunha (Madalena), Praça da República e Jardim do Campo das Princesas (Santo Antonio), Praça do Derby, Ministro Salgado Filho (Ibura) e Praça Faria Neves (Dois Irmãos).

Capibaribe Meu Rio - 20 de março de 2015 a março de 2016

Chamando a atenção dos pernambucanos para se apropriarem do Rio Capibaribe, o Museu da Cidade do Recife lançou a exposição ““Capibaribe meu rio”. A mostra, que teve curadoria da arquiteta Betânia Corrêa e do historiador Dirceu Marroquim, reuniu fotografias do rio desde a década de 1940 até os dias atuais; imagens cartográficas e curtas-metragens feitos sobre o rio, que é de grande importância não só para o Recife, como para diversas cidades do interior do Estado.

A exposição contou ainda com áudios de poetas que citam o Capibaribe em suas obras, como Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Renato Carneiro Campos, Josué de Castro e Cida Pedrosa. Também foram selecionados alguns textos, que se referem ao Capibaribe e produzidos áudios, gravados por adultos e crianças.

Fotógrafos do Capibaribe – “Capibaribe Meu Rio” também projetou imagens dos fotógrafos Alexandre Severo, Eduardo Queiroga, Beto Figueiroa e Maíra Erlich, que integram o livro “Eu Capibaribe: o rio termina onde a cidade começa” de Gisela Abad. Além das projeções, que retratam o rio e seus afluentes na primeira década dos anos 2000, foram expostas 50 fotografias feitas por Alexandre Berzin, que integram o acervo do Museu da Cidade do Recife.

Entrada da Exposição Doc(e) Recife

Doc(e) Recife: a história através do açúcar - 19 de março de 2016 a março de 2017

Faltando duas décadas da comemoração dos 500 anos da capital pernambucana, o Museu da Cidade do Recife falou da trajetória do município a partir do açúcar. Doc(e) Recife destacou a influência do produto no desenvolvimento urbano e nas relações sociais, além de estimular nos visitantes proposições sobre o futuro da metrópole.

Através de narrativa cronológica e histórica, a exposição abordou a memória dos primeiros habitantes do território (anteriores a 1537), que hoje se faz presente em muitos nomes de ruas, de bairros e nos adornos escultóricos de praças e prédios; a cultura do açúcar trazida pela colonização portuguesa, forte influência na gastronomia, no comportamento, na arquitetura e urbanismo; e o desenvolvimento da cidade que se construiu a partir da junção das terras dos engenhos de açúcar com um porto exportador de mercadorias.

Além da observação do passado e sua influência no presente, a exposição também quis instigar o visitante a expor sua visão a respeito do futuro do Recife, quando o município completará 500 anos. Por meio da hashtag #DoceRecife2037, as pessoas puderam compartilhar os seus desejos para a cidade nas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram).

Dedicado às bandeiras, o quinto e ultimo eixo da Exposição 1817: Revolução Republicana é interativo. Além de estarem expostas a bandeira da revolução pernambucana e outras que inspiraram o processo republicano, o visitante foi convidado a criar e expor a sua própria bandeira - a ideia é que cada um fizesse sua bandeira .

1817: Revolução Republicana - 12 de março de 2017 a março de 2018

Há 200 anos, Pernambuco viveu um momento único na história do Brasil, quando fez uma revolução e, durante 75 dias, viveu uma república à parte, livre da Coroa portuguesa. Para lembrar o bicentenário histórico e revisitar o processo libertário, o Museu da Cidade do Recife (MCR), em parceria com o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), inaugurou a exposição “1817 – Revolução Republicana” no dia 12 de março, aniversário da cidade. Livros e suíte - A exposição ganhou uma composição própria, apresentada pela primeira vez na abertura. Composta pelo músico e professor Múcio Callou, a suíte possui oito partes. Também dois livros foram lançados com a exposição: o ABCdário da Revolução Republicana de 1817 e a reedição da História da Revolução de Pernambuco em 1817, escrito no século 19 por Francisco Muniz Tavares, que fez parte da ação e que chegou a ser preso no Forte de São Tiago das Cinco Pontas. Organizado por Betânia Corrêa de Araújo em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), o ABCdário conta a história da revolução através de quase 70 verbetes. Já a reedição, publicada pela Cepe, é feita a partir da segunda edição, publicada em 1969, e que serviu também de guia para a mostra.

A tipologia do ABCdário, assim como todo o material da exposição, remonta à época. O designer Raul Kawamura foi buscar a fonte criada pelo tipógrafo inglês William Caslon em 1722 e muito usada no início do século 19, principalmente nas colônias da América.

Abertura da Exposição Cinco Pontas

Cinco Pontas - 12 de março de 2018

Em quase 400 anos de existência, o Forte das Cinco foi base para navegadores, depósito, prisão e quartel militar. Em breve, pode se tornar patrimônio cultural mundial da humanidade. A exposição “Cinco Pontas” celebra a indicação do forte ao posto oferecido pela Unesco. “A intenção da exposição é mostrar para o recifense a importância desse edifício como patrimônio histórico, simbólico e físico da Cidade”, explicou Betânia Correa de Araújo, diretora do museu. Além disso, marca o início do Projeto de Educação e Patrimônio Compartilhado, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que estimula a interação entre alunos de escolas da rede pública e as fortificações que pleiteiam o título: Orange em Itamaracá, Brum e Cinco Pontas, no Recife. Indicação da Unesco - O Forte das Cinco Pontas, junto com o do Brum e o Orange, é candidato a patrimônio cultural mundial da humanidade. A candidatura desses três fortes localizados em Pernambuco integra o conjunto de 19 fortificações brasileiras que pleiteia título, dado pela Unesco. Além das edificações de Pernambuco, há também do Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. “É uma seleção de 19 monumentos representativos das construções defensivas implantadas no território brasileiro, nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais que resultaram no maior País da América Latina”, define o Iphan.

Bandeira do Recife hasteada no baluarte nordeste do Forte das Cinco Pontas

ATIVIDADES[editar | editar código-fonte]

Projeto Bandeira Sempre no Alto (no dia 12 de cada mês) Evento cívico-histórico, no qual é celebrada a troca da bandeira da cidade. Remete ao dia 12 de março, data em que se comemora o aniversário do Recife. As atividades têm início a partir das 14h. Nos meses em que a data coincide com o sábado, domingo ou feriado, a atividade é antecipada para o dia útil mais próximo.

Homenagem a Frei Caneca (13 de janeiro) Evento de celebração à memória histórica do Frei do Amor Divino Caneca, faz parte do calendário oficial da Prefeitura do Recife que rememora a data do arcabuzamento do religioso.

Aniversário da Cidade do Recife (12 de Março) Evento com participação de escolas e autoridades municipais, realização de visitas mediadas, oficinas e troca da bandeira.

Ações educativas Realizadas ao longo do ano, as atividades buscam trazer temáticas que dialoguem com as exposições, tendo como base os princípios da cidadania e do patrimônio cultural. Incluem também as visitações guiadas e a capacitação de professores.

AGENDAMENTO[editar | editar código-fonte]

Desde sua criação, o Museu da Cidade do Recife, tem como missão promover atividades educativas relacionadas ao acervo e ao patrimônio do município. As ações geralmente estão ligadas às exposições do museu ou vinculadas ao calendário cultural da cidade.

A proposta educativa é de uma aula-passeio dentro da instituição, com visita às suas dependências, tendo como principal alvo instituições de ensino (do nível elementar ao superior), além de ONGs e outras entidades. Com o objetivo de estabelecer uma boa vivência em suas instalações é necessário o agendamento para grupos com o mínimo de 10, e no máximo 60 integrantes. As visitas de agrupamentos não são realizadas aos domingos.

Visita do Compaz Ariano Suassuna ao Museu da Cidade do Recife.
SERVIÇO[editar | editar código-fonte]

Endereço: Praça das Cinco Pontas, bairro de São José.

Visitação: de terça a domingo, das 9h às 17h.

Quanto: entrada gratuita

Contato: 3355-3107

Contato para agendamento: (81) 3355-3107 (Ramal 9558)

Estacionamento: São 120 vagas disponibilizadas com tarifa única de R$ 8 (oito reais), com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, e aos sábados, das 7h às 15h (No sábado - após o horário de funcionamento - e no domingo o visitante pode deixar seu carro estacionado na frente do forte).