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PACIENTES ESPECIAIS EM ODONTOLOGIA,DOENÇAS HEPATICAS

Sendo o fígado um dos maiores órgãos interno e a maior glândula do corpo humano, e um dos mais importantes, localizado na cavidade abdominal no hipocôndrio direito. Participa diretamente do metabolismo de diversos tecidos corpóreos, realizando importantes funções. Dentre elas, sintetizar proteínas, como a albumina, fatores de coagulação e outras proteínas plasmáticas, este também tem grande participação no [1] áreas do corpo e, em seguida, excretá-las pela bile ou pelo sangue como subprodutos inofensivos. Uma inflamação neste órgão é chamada de hepatite. Na doença hepática crônica ocorre alterações das funções hepáticas, principalmente na presença de colestase persistente, que acarreta diminuição na disposição de sais biliares para luz intestinal, provocando má absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis. Em geral, essa doença se caracteriza por ter curso silencioso, ou seja, o paciente não relata dor ou quaisquer outros sinais ou sintomas desta inflamação até que um estágio mais avançado seja atingido. As hepatites podem ter causas distintas (vírus, substâncias químicas, acúmulo de gorduras no fígado, traumas ou processos autoimunes), podendo ter manifestações clínicas agudas ou crônicas. Pesquisadores alertam que pode ocorrer implicações nas condições bucais de crianças com doença hepática crônica podendo vir a ter algumas consequências, pois crianças com DHC apresentam alterações metabólicas e deficiências nutricionais vindas a apresentar alterações dentárias como erupção e esfoliação tardia, hipoplasia de esmalte, pigmentação devido ao acúmulo de bilirrubina e possível susceptibilidade ao desenvolvimento de lesões de cárie. Em crianças indicadas para transplantes hepáticos é indicado ao cirurgião dentista o acompanhamento periódico após o transplante para prevenir alterações bucais como ulceras orais, aumento de gengiva entre outras. Sendo assim toda criança com DHC com indicação ou não de transplante hepático deve ter um contato precoce com odontopediatra a fim de se estabelecer um plano de tratamento preventivo, incluindo instrução de higiene oral, selamento de fossulas e fissuras, suplementação de fluoretos e controle dietético, por isso a importância do tratamento multiprofissional para êxito no tratamento. Visto que pacientes hepatopatas apresentam grande comprometimento do fígado deve se ter algumas cautelas na administração de anestésicos e prescrição de alguns medicamentos, devido à grande parte do processamento ocorrer no fígado e ser realizado por enzimas hepáticas, os anestésicos locais lidocaína, mepivacaina, bupivacaina, prilocaina são degradados pelo reticulo endoplasmático do fígado e então devem ser administrados com cautela, alguns medicamentos pode atenuar a doença hepática, como é o caso da dipirona que é um analgésico não-opióide, sendo contraindicado para pacientes hepatopatas assim como o Ácido Acetil Salicílico e o Paracetamol que pode atenuar disfunções hepáticas, desenvolvendo reações adversas, sendo assim deve se ter grande cautela na prescrição de fármacos que são metabolizados no fígado. Os trabalhadores na área da saúde pertencem a um grupo de alto risco de contaminação, principalmente pelos vírus das hepatites B e C. A exposição pode ocorrer em caso de lesão percutânea (ferimento com objetos perfuro cortantes) ou contato com mucosas, membranas ou pele com ferimentos. As hepatites causadas pelos vírus B (HBV) e C (HCV) são as mais importantes para o profissional da Odontologia devido a suas vias de transmissão A hepatite A é causada por um vírus RNA (HAV) e é também conhecida como “hepatite da comida e da água”. Tem apresentação sintomática em 85% dos adultos infectados, duração de algumas semanas, é autolimitada e raramente necessita hospitalização. O período médio de incubação, tempo entre a exposição e o inicio dos sintomas é de 28 dias.

A hepatite A tem um padrão epidemiológico relacionado a condições sócio econômicas regionais, embora altas prevalências sejam, também, observadas em países desenvolvidos. 
A hepatite B é uma das doenças mais importantes da humanidade e constitui um sério problema de saúde pública global. O curso da infecção é bastante variável. Formas mais brandas são geralmente não progressivas ou progridem lentamente e são acompanhadas pela perda do DNA do HBV e a soro conversão de antígeno (HBeAg) para anti corpo e (anti -HBe).

Entre os pacientes que desenvolvem a infecção aguda, apenas 25% apresentam sintomas clínicos como febre, icterícia e mal estar em geral. Cerca de 95% dos casos de hepatite B aguda em adultos resultam em resolução clínica da doença, enquanto 5% evoluem para a forma crônica. As formas crônicas mais graves estão associadas à inflamação e fibrose hepática progressiva podendo evoluir para a cirrose e suas complicações. Está associada ao risco aumentado de desenvolvimento de carcinoma hepatocelular (HCC) que constitui uma das mais sérias complicações da doença. Fatores virais e do hospedeiro influenciam na resposta imune e tem importante papel na patogênese da hepatite B. A resposta imune do hospedeiro é fator decisivo para causar a lesão hepática, a cirrose hepática é caracterizada por fibrose difusa, progressiva e irreversível, cicatricial (colágeno I e II, e perda das fenestrações sinusoidais), com presença de nódulos regenerativos delimitados por septos fibrosos e os fatores etiológicos principais para seu desenvolvimento são a infecção por hepatite B e C e o abuso de álcool, embora outros fatores em menor proporção possam ser desencadeantes (obesidade, hiperlipidemia, diabetes, hemocromatose, doença de Wilson, colangites). Principalmente em países industrializados, há a concomitância da infecção por hepatite associada ao abuso de álcool, mas o mecanismo exato da interação desses mecanismos ainda é incerto. DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA: A doença hepática alcoólica (DHA), patologia causada pelo consumo de etanol e/ou seus metabólitos, apresenta alta prevalência em quase todos os países, principalmente no Brasil, afetando homens e mulheres, adultos, crianças e até mesmo o feto, sendo causa do alcoolismo fetal. Considerada uma doença multifatorial, complexa, representa uma ampla escala de patologias e alterações morfológicas, tais como: esteatose hepática, inflamação, necrose hepática, hepatite alcoólica, fibrose e cirrose. ESTEATOSE HEPÁTICA: Esteatose hepática é uma patologia caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado no qual é armazenado em pequenas quantidades de gordura. Estudos relatam que esse acúmulo de gordura induz um quadro onde o fígado apresenta-se mais suscetível à lesão por isquemia, ocasionando, assim, uma disfunção hepática. O processo degenerativo, causado pela esteatose, leva a uma série de alterações na mitocôndria, tornando-as suscetíveis à lesão. A esteatose hepática não alcoólica (EHNA) é caracterizada pelo dano e inflamação dos hepatócitos e o excesso de gordura. Em geral a EHNA se deve a uma combinação de expressão hepática da síndrome metabólica, associada a patologias como diabetes mellitus tipo 2, resistência a insulina, dislipidemia e hipertensão. Este quadro, semelhante ao da esteatose induzida por álcool, ocorre em indivíduos sem ingestão etílica significativa, sendo que os achados clínicos, laboratoriais e histopatológicos chegam a ser indistinguíveis. As patologias não alcoólicas aumentam rapidamente em todo o mundo, por fatores relacionados à dieta rica em gorduras associados à vida sedentária, ou seja, falta de exercício físico.


REFERENCIAS:

GISLEIDE CARDOSO DE JESUS, HELIO HENRIQUE BARROS ARRUDA DE SOUSA, REJANE DA SILVA SENA BARCELOS, Principais patologias e biomarcadores das alterações hepáticas. v. 41, n. 3, p. 525-537, Goiânia, jul./set. 2014. Vera Lúcia Silva RESENDE, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de ABREU, Rosângela TEIXEIRA, Isabela Almeida PORDEUS, Hepatites Virais na Prática Odontológica: Riscos e Prevenção, vol. 10, núm. 2, 2010. Paraíba, Brasil FERNANDEZ Cristhine Sato, et al; Conhecimento dos dentistas sobre contaminação das hepatites B e C na rotina odontológica. Rev. bras. odontol., Rio de Janeiro, v. 70, n. 2, p. 192-5, jul./dez. 2013.

  1. armazenamento e ativação de vitaminas, metabolização de drogas, degradando substâncias tóxicas absorvidas do intestino ou produzidas em outras