Mostrar código-fonte de Victoria (género)

{{Título em itálico}}
{{Info/Taxonomia
| nome = ''Victoria''
| imagem = Victoria cruziana.jpeg
| imagem_legenda = ''Victoria cruziana''
| reino = [[Plantae]]
| divisão = [[Magnoliophyta]]
| classe = [[Magnoliopsida]]
| ordem_sc= [[grado ANA]]
| ordem = [[Nymphaeales]]
| família = [[Nymphaeaceae]]
| família_autoridade=[[Richard Anthony Salisbury|Salisb.]], 1805
| género = '''''Victoria '''''
| género_autoridade = [[John Lindley|Lindl.]], 1837
| espécie_tipo=''[[Victoria amazonica]]''
| espécie_tipo_autoridade=
| subdivisão_nome = [[Espécie]]s
| subdivisão = [[Lindl.]] 1837
* ''[[Victoria amazonica]]'' <small>(Poepp.) Sowerby</small> - [[vitória-régia]]
* ''[[Victoria cruziana]]'' <small>A. D. Orb</small>
* ''[[Victoria boliviana]]'' {{small |Magdalena & L.T.Sm.}}
}}
[[File: flowering_victoria.jpg|thumb|280px|Espéciem de ''Victoria'' em flor no [[Hortus Botanicus (Amsterdam)|Hortus Botanicus de Amsterdam]].]]
[[File:Victoria_cruziana_Blattunterseite.JPG|thumb|Página inferior da folha com nervuras de suporte de ''[[Victoria cruziana]]''.]]
[[File:Nenuphars-jardin-pamplemousses.jpg|thumb|Um híbrido de ''Victoria amazonica'' × ''Victoria cruziana''.]]
[[File:Woman_standing_on_Victoria_cruziana.jpeg |thumb |Uma mulher de pé sobre uma folha de ''[[Victoria cruziana]]'' no lago de nenúfares em frente à Linnaean House do [[Jardim Botânico do Missouri]]. Uma prancha de madeira e uma toalha são colocadas sobre uma almofada para distribuir o peso pela superfície da folha.]]
[[File:Victoria Regia LIN 1849-.jpg|thumb|Anne Paxton (filha de [[Joseph Paxton]]) demostrando a capacidade de uma folha de ''V. amazonica'' suportar o seu peso.]]
'''''Victoria '''''  <small>[[Lindl.]] 1837</small> é um [[género (biologia)|género]] [[planta aquática|plantas aquáticas]] pertencente à [[família (biologia)|família]] [[Nymphaeaceae]]<ref>{{Citar web |url=http://www.worldfloraonline.org/taxon/{{#property:P7715}} |titulo={{PAGENAME}} — World Flora Online |acessodata=2020-08-19 |website=www.worldfloraonline.org}}</ref><ref name="GRIN" /> que inclui três [[espécie]]s de grandes [[Planta herbácea|herbáceas]] [[planta perene|perenes]], nativas das regiões tropicais da [[América do Sul]],<ref name="GRIN" /> conhecidas por ''nenúfar-gigante''.<ref name="Horton 2022">{{cite news |last=Horton |first=Helena |title=Third species of giant waterlily discovered at Kew Gardens |url=https://www.theguardian.com/environment/2022/jul/04/third-species-of-giant-waterlily-discovered-at-kew-gardens |access-date=4 Julho 2022 |work=[[The Guardian]] |date=4 Julho 2022}}</ref><ref name="Zander2008" /><ref>[http://www.mobot.org/mobot/hort/lily/victoria.html Victoria lilies. ''Missouri Botanical Garden Bulletin''].</ref>
==Descrição==
Os membros do género ''Victoria'' apresentam folhas verdes muito grandes que ficam planas na superfície da água. ''[[Victoria boliviana]]'' tem uma folha que pode atingir 3&nbsp;m de largura, num caule que pode atingir 8&nbsp;m de comprimento. O nome do género foi dado em honra da [[Rainha Vitória]] do [[Reino Unido]].  À medida que se espalha, empurra outras plantas aquáticas para o lado, até que só restem as da sua espécie.  Quando isto acontece, a luz do sol deixa de chegar às plantas que se encontram debaixo de água. <ref>{{cite web |title=The Tyrant of the Deep {{!}} The Green Planet {{!}} BBC Earth | website=[[YouTube]] |url=https://www.youtube.com/watch?v=SM-Ilh2lHZk |access-date=23 janeiro 2022}}</ref>

Todas as três espécies têm tipicamente quatro [[sépala]]s cada uma medindo 12&nbsp;cm de comprimento por 8&nbsp;cm de largura. Existem tipicamente 50 a 70 pétalas e 150 a 200 [[estame]]s.<ref>{{cite journal |last= |date=fevereiro 1976 |title=The Floral Anatomy of ''Victoria'' (Schumb)-Nymphaceae |journal=Botanical Journal of the Linnean Society of Londob |volume=72 |issue=2 |page=118}}</ref>

A folha é capaz de suportar um peso de até 60&nbsp;<ref name="Ripley1861p992a" />, adequadamente distribuído, embora a superfície da folha seja delicada, de tal forma que «''uma palha segurada a 15 centímetros de altura e deixada cair perpendicularmente sobre ela passaria facilmente através dela''».<ref name="Ripley1861p992">{{cite book |last1=Ripley |first1=George |last2=Dana |first2=Charles Anderson |chapter=Leaf |year=1861 |title=The New American cyclopaedia: a popular dictionary of general knowledge |volume=10 |publisher=[[D. Appleton & Company |Appleton]] |location=[[New York City |New York]] |page=992}}</ref> A folha apresenta um pequeno corte no bordo pelo qual a água retida no seu inteiors é libertada.
===Morfologia===
As grandes [[folha]]s circulares flutuam na água. Apresentam poros finos ([[estomatódio]]s) e dois entalhes opostos na extremidade alta e curva, para que a água da chuva possa escorrer rapidamente.<ref name="Kaul, 1976" />  Devem a sua estabilidade e capacidade de flutuação a um tecido de suporte em forma de [[nervura]] na parte inferior da folha, que segue a rede de venação. As cristas de suporte contêm grandes lacunas [[intercelular]]es cheias de ar e são cobertas por [[Acúleo|espinhos]]. Os espinhos maiores também podem ter cavidades cheias de ar, mas os menores são sólidos.<ref name="Kaul, 1976" /> Todas as partes submersas da planta (parte inferior das folhas, caules e as [[tépala]]s externas do [[perianto]])<ref name="Warner et al., 2008" /> são cobertas com espinhos duros e pontiagudos, presumivelmente para protegê-los de [[herbívoro]]s.<ref name="Kaul, 1976" />

No seu habitat natural, estas plantas podem [[Antese|florescer]] durante todo o ano.<ref name="Prance & Arias, 1975" /><ref name="Lamprecht et al., 2002" /> Todas as espécies do género florescem exclusivamente à noite<ref name="Warner et al., 2008" /><ref name=":0" /> e são capazes de [[termogénese#Plantas|termogénese]].<ref name="Lamprecht et al., 2002" /><ref name=":0" />

A [[antese]] demora apenas cerca de dois dias.<ref name="Lamprecht et al., 2002" /> A [[polinização]] é feita por escaravelhos, que rastejam para as flores abertas na primeira noite, permanecem presos na flor fechada no dia seguinte e só são libertados na segunda noite.<ref name="Prance & Arias, 1975" /><ref name="Lamprecht et al., 2002" /> Enquanto as flores estão fechadas durante o dia, mudam de cor, passando de branco na primeira noite para um vermelho-púrpura escuro na segunda noite, devido à formação de [[antocianinas]].<ref name="Prance & Arias, 1975" />

Para além dos caracteres gerais da família [[Nymphaeaceae]], o géneros apresenta as seguintes características morfológicas:<ref>[[E.L.Schneid.|Schneider, E.L.]] & [[P.A.Will.|Williamson, P.S.]] 1993. Nymphaeaceae. En: Kubitzki, K., Rohwer, J.G. & Bittrich, V. (Editores). The Families and Genera of Vascular Plants. II. Flowering Plants - Dicotyledons. Springer-Verlag.</ref>

* [[Erva]]s anuais ou perenes de vida curta, com [[rizoma]] curto e ereto. [[Acúleo]]s em [[nervura]]s proeminentes na face inferior da folha, [[Pecíolo (botânica)|pecíolo]], [[pedúnculo floral]] e exterior do [[Cálice (botânica)|cálice]];
* [[Folha]]s flutuantes, [[peltada]]s, orbiculares, com 1,5-2,0 m de diâmetro, com a margem elevada formando uma crista contínua;
* [[Flor]]es com 30-50&nbsp;cm de diâmetro, [[epígea]]s, nocturnas, brancas a rosa-púrpura; [[sépala]]s 4; [[pétala]]s 50-70; [[estaminódio]]s extrastaminais cerca de 20; [[estame]]s 150-200; [[estaminódio]]s intrastaminais cerca de 25, introrsos deiscentes; [[carpelo]]s 30-40, sincarpados; cálice estigmático rodeado por apêndices carpelares termogénicos;
* [[Pólen]] em tétrades, zonassulculado;
* [[Fruto]] grande, aculeado;
* [[Semente]]s numerosas, [[Arilo|ariladas]];
* [[Número cromossómico]]: ''2n'' = 20-24. [[Cromossoma]]s grandes, 2-4 μm de comprimento.

===Distribuição e habitat===
O género está distribuído na zona tropical da América do Sul. Como necessita de enraízar no substrato, ocorre nas águas pouco profundas das bacias hidrográficas, nos lagos de braços abandonados sem curso e nos baixios. As flores, que são brancas quando se abrem na primeira noite, tornam-se cor-de-rosa na segunda noite. São polinizadas por [[escaravelho]]s ([[cantaridofilia]]), principalmente do género ''[[Cyclocephala]]''.

O género tem espécies nativas do Brasil.<ref>{{Citar web |url=http://www.worldfloraonline.org/taxon/{{#property:P7715}} |titulo={{#property:P225}} — World Flora Online |acessodata=2020-08-19 |website=www.worldfloraonline.org}}</ref>
=== Usos ===
As espécies deste género são de grande interesse em [[jardinagem]] como ornamentação de superfícies de água. As espécies podem ser cruzadas, o que acontece em [[jardim botânico|jardins botânicos]].
== Taxonomia ==
O primeiro botânico a encontrar um nenúfar-gigante foi [[Thaddäus Peregrinus Xaverius Haenke|Thaddäus Haenke]], na [[Bolívia]], em 1801. Mais tarde, outros botânicos encontraram-no no Paraguai, no Brasil e na [[Guiana Britânica]]. As primeiras sementes chegaram a Londres em agosto de 1846, tendo sido obtidas apenas duas plantas no [[Royal Botanic Gardens, Kew]], que rapidamente pereceram. Em fevereiro de 1849, um novo carregamento de sementes foi bem sucedido e cerca de 50 plantas foram distribuídas por coleccionadores importantes, incluindo o 6.º [[duque de Devonshire]], em [[Chatsworth]], e o [[duque de Northumberland]], em [[Syon House]].

A obtenção das primeiras flores da então chamada ''victoria-régia'' tornou-se uma questão de rivalidade entre a nobreza de Inglaterra. Finalmente, o jardineiro do Duque de Devonshire, [[Joseph Paxton]], em novembro de [[1849]], foi o primeiro a conseguir, tendo feito uma réplica do [[habitat]] quente e pantanoso do nenúfar-gigante (um esforço gigantesco para combater o inverno inglês apenas com a ajuda de fogões a carvão), seguido pelo jardineiro do Duque de Northumberland, [[John Ivison]], mais afortunado, com uma série contínua de cultivos na Syon House (atualmente parte do [[Royal Botanic Gardens, Kew]]). O Duque de Devonshire presenteou a rainha [[Victoria I do Reino Unido|Victoria]], através de Paxton, com a primera destas flores produzidas no Reino Unido, que havia sido originalmente assim nomeada em sua honra.

A primeira descrição publicada do género foi feita por [[John Lindley]] em 1837, com base em [[espécime]]s trazidos da [[Guiana Britânica]] por ''sir'' [[Robert Schomburgk]], encarregado pela [[Royal Geographical Society of London]] de explorar a flora da [[Guiana]]. Lindley deu ao género o nome da nova rainha, [[Victoria do Reino Unido|Victoria]], e à espécie o binome ''[[Victoria regia]]''.<ref name="IPNIa" /><ref name="Knottsa" /> Um relato anterior da espécie, com o binome ''[[Euryale amazonica]]'' fora publicado em 1832 por [[Eduard Friedrich Poeppig]], um botânico nascido em [[Plauen]] ([[Vogtland]]), que descreveu uma afinidade com ''[[Euryale ferox]]''. O botânico francês [[Aimé Bonpland]] fizera também uma coleção e descrição em 1825.<ref name="IPNI">{{cite web |url=http://www.ipni.org/ipni/idPlantNameSearch.do?id=28016-1 |title=Nymphaeaceae Victoria Lindl. |year=2005 |work=Plant Name Details |publisher=International Plant Name Index |access-date=2009-04-04}}</ref><ref name="Knotts">{{cite web |url=http://www.victoria-adventure.org/victoria/victoria_history.html |title=Victoria's History |last=Knotts |first=Kit |work=Victoria Adventure |publisher=Knotts |access-date=2012-11-14}}</ref> Em consequência aquela espécie é presentemente designada por ''[[Victoria amazonica]]''.

O género ''Victoria'' {{Person|Lindl.}} pertence à subfamília [[Nymphaeoideae]] da família [[Nymphaeaceae]], anteriormente [[Euryalaceae]],<ref name="GRIN" /> e compreende as seguintes três espécies [[extante]]s:<ref name="GRIN" />
* ''[[Victoria amazonica]]'' ([[Eduard Friedrich Poeppig|Poepp.]], 1836) [[John Edward Sowerby|J.E.Sowerby]], 1850 (sin.: ''[[Euryale amazonica]]'' {{Person|[[Poepp.]]}}, ''[[Victoria regia]]'' [[John Lindley|Lindl.]], 1837; ''Victoria regia'' var. ''randii'' {{Person|''hort. ex'' [[Conard]]}} nom. inval.; ''[[Victoria regina]]'' [[John Edward Gray|J.E.Gray]], 1837; ''[[Victoria regalis]]'' [[Schomb.]], 1837; ''[[Euryale brasiliana]]'' [[Ernst Gottlieb von Steudel|Steud.]], 1840; ''[[Victoria amazonum]]'' [[Johann Friedrich Klotzsch|Klotzsch]], 1847; ''[[Victoria reginae]]'' [[William Jackson Hooker|Hook.]], 1850; ''[[Nymphaea victoria]]'' {{Person|R.H.Schomb. ex Lindl.}} ''nom. inval''., ''[[Victoria amazonica]]'' {{Person|[[Planch.]] ''ex'' [[Casp.]]}}; ''Victoria regina'' {{Person|[[R.H.Schomb.]]}}) &mdash; A região nativa é a bacia hidrográfica do [[rio Amazonas]] na América do Sul. Há localidades na [[Guiana]], no [[Brasil]] (Acre, Amazonas, sul de Mato Grosso, oeste de Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia), Paraguay e na [[Bolívia]] (Beni, Pando, Santa Cruz).<ref name="Zander2008" /><ref name="GRIN" />
* ''[[Victoria cruziana]]'' [[Alcide Charles Victor Dessalines d'Orbigny|A.D.Orb.]], 1840 (sin.: ''[[Victoria argentina]]'' [[Hermann Carl Conrad Burmeister|Burmeist.]], 1861, nom. nud.; ''Euryale bonplandia'' [[Teodoro Rojas|Rojas]], 1897;  ''Victoria cruziana'' var. ''malmei'' {{Person|F.Henkel et al.}}; ''Victoria cruziana'' var. ''trickeri'' {{Person|F.Henkel et al.}}; ''Victoria regia'' var. ''cruziana'' {{Person|(A.D.Orb.) C.Lawson}}; ''[[Euryale policantha]]'' [[Teodoro Rojas|Rojas]], 1897; ''Victoria cruziana'' fo. ''mattogrossensis'' [[Gustaf Oskar Andersson Malme|Malme]], 1907; ''[[Victoria trickeri]]'' [[Heinrich Henkel|H. Henkel]], 1907; ''Victoria trickeri'' {{Person|([[F.Henkel]] ''ex'' [[Malme]]) ''hort. ex'' [[Mutzek]]}}))<ref name="Zander2008" /> &mdash; É nativa do sistema fluvial do [[rio Paraná]]. Há localidades na [[Argentina]] ([[Chaco]], [[Corrientes]], Entre Rios, Formosa, Santa Fé) e [[Paraguai]] (bacias dos rios Paraná e Paraguay).<ref name="GRIN" />. É conhecida por ''irupé'' pelos argentinos e paraguaios (palavra de origem [[Idioma guarani|guarani]]). ''2n'' = 24.
* ''[[Victoria boliviana]]'' {{Person|Magdalena}} & {{Person|L.T.Sm.}}<ref name=bbc>{{cita noticia|apellidos1=Morelle|nombre1=Rebecca|título=Victoria boliviana: el nenúfar gigante de Bolivia que los científicos descubrieron ahora y que llevaba "oculto" 177 años|url=https://www.bbc.com/mundo/noticias-62037347|fechaacceso=14 de julho de 2022|obra=BBC News|fecha=4 de julho de 2022}}</ref> &mdash; Não foi descrito até meados de 2022 e ocorre na [[Amazónia]] boliviana ([[Llanos de Moxos]]).<ref name=":0">Luca T. Smith, Carlos Magdalena, Alexandre K. Monro ''et&nbsp;al.'': ''Revised Species Delimitation in the Giant Water Lily Genus Victoria (Nymphaeaceae) Confirms a New Species and Has Implications for Its Conservation.'' In: Front. Plant Sci., Band 13, Nr.&nbsp;883151, 4. Juli 2022; [[doi:10.3389/fpls.2022.883151]]. Ver:
*Natali Anderson: [http://www.sci-news.com/biology/victoria-boliviana-10968.html New Species of Giant Waterlily Identified]. In: Sci-news de 5 de julho de 2022.
*Akshata Kapoor: [https://www.sciencealert.com/a-new-species-of-absolutely-enormous-waterlily-has-been-hiding-in-plain-sight A New Species of Absolutely Enormous Waterlily Has Been Hiding in Plain Sight]. Auf: science<sup>alert</sup> de 5 de julho de 2022.</ref>

{|class="wikitable"
|-
! Imagem !! Nome científico!! Distribuição !! Descrição
|-
|[[File:Victoria amazonica edit 1.jpg |120px]] ||''[[Victoria amazonica]]'' {{small |(Poepp.) J.C. Sowerby}} ||Águas pouco profundas da [[bacia do rio Amazonas]], tais como lagos, lagoas e pântanos inundados ||As flores são brancas na primeira noite em que estão abertas e tornam-se cor-de-rosa na segunda noite. Apresentam até 40&nbsp;cm de diâmetro e são polinizadas por coleópteros da família [[Scarabaeidae]]. De acordo com Parodi, tanto a V.&nbsp;amazonica'' quanto a V.&nbsp;cruziana'' podem ocasionalmente produzir flores de até 50&nbsp;cm de largura. A flor está representada no [[brasão de armas da Guiana]].<ref>{{cite book |last=Parodi |first=Lorenzo R. |date=1959 |title=Encyclopedia Argentina de Agricultura y Jardineria |location=Buenos Aires |publisher=Editorial Acme S.A.C.I. |page=351}}</ref>
|-
|[[File:Victoria cruziana flower.jpg |120px]] ||''[[Victoria cruziana]]'' {{small |A.D.Orb.}} ||Bacias do [[rio Paraná]] e do [[rio Paraguay]] basin ||Ligeiramente mais pequena que a ''V. amazonica'', com a parte inferior das folhas púrpura em vez do vermelho da ''V. amazonica'', e coberta por uma penugem semelhante ao pêssego que não existe na ''V. amazonica''. A ''V. cruziana'' abre suas flores ao entardecer.
|-
| [[File:Kew Gardens, Princess of Wales Conservatory, Victoria boliviana flower.jpg|120px]]||''[[Victoria boliviana]]'' {{small |Magdalena & L.T.Sm.}}<ref name="SmithEtAl2022">{{cite journal |last1=Smith |first1=Lucy T |last2=Magdalena |first2=Carlos |last3=Przelomska |first3=Natalia A. S. |last4=Pérez-Escobar |first4=Oscar A. |last5=Antonelli |first5=Alexandre K. |last6=Melgar-Gómez |first6=Darío G. |last7=Beck |first7=Stephan |last8=Negrão |first8=Raquel |last9=Mian |first9=Sahr |last10=Leitch |first10=Ilia J. |last11=Dodsworth |first11=Steven |last12=Maurin |first12=Olivier |last13=Ribero-Guardia |first13=Gaston |last14=Salazar |first14=César D. |last15=Gutierrez-Sibauty |first15=Gloria |title=Revised Species Delimitation in the Giant Water Lily Genus Victoria (Nymphaeaceae) Confirms a New Species and Has Implications for Its Conservation |journal=Frontiers in Plant Science |date=4 Julho 2022 |volume=13 |page=883151 |doi=10.3389/fpls.2022.883151 |pmid=35860537 |pmc=9289450 |doi-access=free }}</ref><ref name="Morelle 2022">{{cite web |last=Morelle |first=Rebecca |author-link=Rebecca Morelle |title=Scientists discover new giant water lily species |website=BBC News |date=4 Julho 2022 |url=https://www.bbc.com/news/science-environment-61725827 |access-date=4 Julho 2022}}</ref> ||Bolívia || Folhas que atingem mais de 3&nbsp;m de largura, [[semente]]s e [[Óvulo (botânica)|óvulos]] de maior tamanho.
|-
|}
O seguinte [[cladograma]] reflecte as relações filogenéticas dentro do género ''Victoria'':<ref name=":01">Luca T. Smith, Carlos Magdalena, Alexandre K. Monro ''et&nbsp;al.'': ''Revised Species Delimitation in the Giant Water Lily Genus Victoria (Nymphaeaceae) Confirms a New Species and Has Implications for Its Conservation.'' In: Front. Plant Sci., Band 13, Nr.&nbsp;883151, 4. Julho 2022; [[doi:10.3389/fpls.2022.883151]]. Entre os quais:
*Natali Anderson: [http://www.sci-news.com/biology/victoria-boliviana-10968.html New Species of Giant Waterlily Identified]. In: sci-news de 5. Julho 2022.
*Akshata Kapoor: [https://www.sciencealert.com/a-new-species-of-absolutely-enormous-waterlily-has-been-hiding-in-plain-sight A New Species of Absolutely Enormous Waterlily Has Been Hiding in Plain Sight]. In: science<sup>alert</sup> d 5. Julho 2022.</ref>
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   }}
==Referências==
<references>
<ref name="GRIN">
{{GRIN|ID=12702|Rang=genus|WissName=Victoria|Zugriff=2014-01-03}}
</ref>
<ref name="Zander2008">
[[Walter Erhardt]], Erich Götz, Nils Bödeker, Siegmund Seybold: ''Der große Zander. Enzyklopädie der Pflanzennamen. Band 2. Arten und Sorten.'' Eugen Ulmer, Stuttgart (Hohenheim) 2008, ISBN 978-3-8001-5406-7.
</ref>
<ref name="Kaul, 1976">
R. B. Kaul: ''Anatomical Observations on Floating Leaves.'' In: ''Aquatic Botany'', Band 2, 1976, S. 215–234, ([https://digitalcommons.unl.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1462&context=bioscifacpub Digitalisat]).
</ref>
<ref name="Warner et al., 2008">
K. A. Warner, P. J. Rudall & M. W. Frohlich: ''Differentiation of perianth organs in Nymphaeales.'' In: ''Taxon'', Band 57, Nummer 4, 2008, S. 1096–1109, ([https://www.researchgate.net/profile/Paula_Rudall/publication/233639256_Differentiation_of_perianth_organs_in_Nymphaeales/links/00b7d5356820649df9000000/Differentiation-of-perianth-organs-in-Nymphaeales.pdf Digitalisat])
</ref>
<ref name="Prance & Arias, 1975">
G. T. Prance & J. R. Arias: ''A study of the Floral Biology of Viciaria amazonica (Poepp.) Sowerby (Nymphaeaceae).'' In: ''Acta Amazonica'', Band 5, Nummer 2, 1975, S. 109–139, ([http://www.scielo.br/pdf/aa/v5n2/1809-4392-aa-5-2-0109.pdf Digitalisat]).
</ref>
<ref name="Lamprecht et al., 2002">
I. Lamprecht, E. Schmolz, L. Blanco & C. M. Romero: ''Energy metabolism of the thermogenic tropical water lily, Victoria cruziana.'' In: ''Thermochimica Acta'', Band 394, 2002, S. 191–204, ([https://www.researchgate.net/profile/Ingolf_Lamprecht/publication/223847444_Energy_metabolism_of_the_thermogenic_tropical_water_lily_Victoria_cruziana/links/5ae329530f7e9b28594a9c28/Energy-metabolism-of-the-thermogenic-tropical-water-lily-Victoria-cruziana.pdf Digitalisat]).
</ref>
<ref name="IPNIa">
{{cite web|url=http://www.ipni.org/ipni/idPlantNameSearch.do?id=28016-1|title=Nymphaeaceae Victoria Lindl.  |year=2005|work=Plant Name Details|publisher=International Plant Name Index|accessdate=2009-04-04}}
</ref>
<ref name="Knottsa">
{{cite web|url=http://www.victoria-adventure.org/victoria/victoria_history.html|title=Victoria's History|last=Knotts|first=Kit|work=Victoria Adventure|publisher=Knotts|accessdate=2012-11-14}}
</ref>
<ref name="Ripley1861p992a">
{{cite book | last1 = Ripley | first1 = George | last2 = Dana | first2 = Charles Anderson | chapter = Leaf | year = 1861 | title = The New American cyclopaedia: a popular dictionary of general knowledge | volume = 10 | publisher = [[D. Appleton & Company|Appleton]] | location = [[New York City|New York]] | page = 992 }}
</ref>
</references>
=={{Links}}==
{{Commonscat|Victoria (Nymphaeaceae)|''Victoria''}}
{{Wikispecies|Victoria (Nymphaeaceae)}}
* [https://www.kew.org/plants/giant-waterlily Giant waterlily at the Royal Botanic Gardens, Kew]
* [http://digitalis.mobot.org/mrsid/226/MOA-04828_001.jpg Hojas de ''Victoria''.]
* [http://www.botanischer-garten-berlin.de/de/infotainment/die-victoria ''Die Victoria - Victoria amazonica'' vom Botanischen Garten in Berlin-Dahlem]
* {{Webarchiv | url=http://www.botanischer-garten.uni-erlangen.de/victoria.htm | wayback=20070703122343 | text=''Victoria, die königliche Riesenseerose'' - ''www.botanischer-garten.uni-erlangen.de''}}

{{Taxonbar|from=Q312194}}

{{DEFAULTSORT:Victoria (plant)}}


[[Categoria:Nymphaeaceae]]
[[Categoria:Géneros de plantas]]
[[Categoria:Plantas aquáticas]]