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Confessionário

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Confessionário tradicional na igreja de Thann, França.

O confessionário é um estande pequeno e fechado, utilizada apenas para o Sacramento da Confissão.[1] É o local habitual para realizar-se este sacramento na Igreja Católica, mas estruturas semelhantes são também utilizados na Igreja Anglicana, e também na Igreja Luterana. Quando é necessário caminhar perto de um confessionário, é considerado educado cobrir com a mão uma orelha, para mostrar respeito pela santidade do confessionário. Sua invenção remete-se a São Carlos Borromeu, bispo católico quem escreveu no ano de 1577 Instructiunoum Fabricae et Supellectilis Ecclesiasticae libri duo, primeira obra que discorre sobre a arquitetura religiosa[2].

A atual forma do confessionário foi criada no período Barroco. Os confessionários mais antigos eram compostos apenas de uma cadeira para o sacerdote, e ao lado um banco para o penitente. Porém, a partir da Alta Idade Média, cada vez mais foram construídos estandes para substituir a cadeira, geralmente perto do altar.

Confessionários tradicionais

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Confessionários na Catedral de Santiago de Compostela, Espanha.

O padre e penitente estão em compartimentos separados e falam uns com os outros através de uma grelha ou látice. Muitas vezes um crucifixo está pendurado na tela. O padre normalmente irá sentar no meio e os penitentes vão entrar nos compartimentos de cada lado dele. O padre pode fechar o outro compartimento por uma tela deslizante de modo que apenas uma pessoa poderá se confessar ao mesmo tempo, há um banco para o penitente ficar ajoelhado durante a confissão. Confissões e conversas são normalmente sussurradas. Às vezes, um confessionário é construído nas paredes da própria igreja e têm portas separadas para cada compartimento; outros confessionários podem ser estruturas independentes e permanentes com cortinas que são utilizadas para esconder penitentes (e até mesmo o padre, em alguns confessionários) do resto da Igreja.

Confessionários modernos, pós-Vaticano II

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Confessionário moderno na Igreja do Santo Nome, Dunedin, Nova Zelândia. O penitente tem a opção de ou ajoelhar ou sentar-se em uma cadeira de frente para o padre (não mostrado).

Após o Concílio Vaticano II, o Sacramento da Confissão, foi mais claramente expresso em sua natureza e efeitos e para facilitar este sacramento, a confissão face a face foi permitida. Para acomodar esta nova forma de sacramento, muitos confessionários atualmente compreendem apenas um quarto. Há uma tela, atrás da qual o penitente pode confessar-se anonimamente, mas também alguns tem uma cadeira que o penitente possa falar com o sacerdote de frente.

A tela pode ser qualquer coisa, de uma cortina à um estrado. Às vezes, o penitente pode ver o padre através da tela, mas o padre geralmente nunca ve o penitente. Muitas vezes é colocado no banco uma placa com as falas que devem ser ditas para iniciar a confissão. Também pode haver outros materiais associados ao sacramento, como um cartão com a finalidade do Sacramento, com orações e outras informações úteis. Um crucifixo ou cruz pode ser colocado em cima da tela ou em qualquer lugar perto do penitente para ajudar na oração.

Alguns confessionários modernos, e mesmo alguns mais tradicionais, tem muitas vezes duas ou três luzes, que podem ser controladas pelo padre do interior, ou são automáticas (ativada pelo penitente quando se ajoelha). A luz verde acima da localização do padre mostra que ele está no confessionário, e está disponível para a confissão, enquanto que uma luz vermelha acima da área do penitente, mostra que ele está ocupado com deveres paroquianos.

  1. «Enciclopédia Católica Popular». sites.ecclesia.pt. Consultado em 26 de abril de 2022 
  2. FRADE, Gabriel dos Santos. Entre Renascimento e Barroco: os fundamentos da arquitetura religiosa e a Contrarreforma - o De Fabrica Ecclesiae de Carlos Borromeu. Tese de doutorado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2016.
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