Analfabetismo funcional: diferenças entre revisões
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'''Analfabeto funcional''' é a denominação dada à pessoa que, mesmo com a capacidade de decodificar minimamente as [[letra]]s, geralmente [[frase]]s, [[sentença]]s e [[texto]]s curtas; e os [[número]]s, não desenvolve a habilidade de [[interpretação]] de [[texto]]s e de fazer as operações matemáticas. Também é definido como '''analfabeto funcional''' o individuo maior de quinze anos e que possui escolaridade inferior a quatro anos, embora essa definição não seja muito precisa, já que existem analfabetos funcionais com nível superior de escolaridade. |
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* '''Nível 2''', também conhecido como alfabetização básica, concebe aqueles que conseguem ler textos curtos, mas só consegue extrair informações esparsas no texto e não conseguem tirar uma conclusão a respeito do mesmo; e também conseguem entender números grandes, conseguem realizar as operações aritméticas básicas, entretanto sentem dificuldades quando é exigida uma maior quantidade de cálculos. |
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* '''Nível 3''', também conhecido como alfabetização plena, concebe aqueles que detêm pleno domínio da leitura, escrita, dos números e das operações matemáticas (das mais básicas às mais complexas). |
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==O problema do analfabetismo funcional no Brasil== |
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Segundo dados recentes do Instituto Paulo Montenegro <ref>[http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI659284-EI994,00.html Ibope: 75% da população não sabe ler direito]</ref> (braço social do [[Ibope]]), no [[Brasil]] o analfabetismo funcional atinge cerca de 68% da população (30% no nível 1 e 38% no nível 2). Somados esses 68% de analfabetos funcionais com os 7% da população que é totalmente analfabeta, resulta que 75% da população não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas, ou seja, apenas 1 de cada 4 brasileiros (25% da população) são plenamente alfabetizadas, isto é, estão no nível 3 de alfabetização funcional. |
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Esses índices tão altos de analfabetismo funcional no Brasil devem-se à baixa qualidade dos sistemas de [[ensino]] (tanto público, quanto privado), ao baixo salário dos [[professor]]es, à desvalorização e desmotivação dos professores, à progressão continuada (ou aprovação automática), à falta de infra-estrutura das instituições de ensino (principalmente as públicas) e à falta de hábito e interesse de leitura do brasileiro. |
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Em alguns países desenvolvidos e/ou com um sistema educacional mais eficiente, esse índice é inferior a 10%, como na [[Suécia]], por exemplo. |
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*[http://www.ipm.org.br/ Instituto Paulo Montenegro] |
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[[Categoria:Educação]] |
Revisão das 19h57min de 27 de julho de 2008
Analfabeto funcional é a denominação dada à pessoa que, mesmo com a capacidade de decodificar minimamente as letras, geralmente frases, sentenças e textos curtas; e os números, não desenvolve a habilidade de interpretação de textos e de fazer as operações matemáticas. Também é definido como analfabeto funcional o individuo maior de quinze anos e que possui escolaridade inferior a quatro anos, embora essa definição não seja muito precisa, já que existem analfabetos funcionais com nível superior de escolaridade.
Níveis de alfabetização funcional
Existem três níveis distintos de alfabetização funcional, a saber:
- Nível 1, também conhecido como alfabetização rudimentar, concebe aqueles que apenas conseguem ler e compreender títulos de textos e frases curtas; e apesar de saber contar, têm dificuldades com a compreensão de números grandes e em fazer as operações aritméricas básicas.
- Nível 2, também conhecido como alfabetização básica, concebe aqueles que conseguem ler textos curtos, mas só consegue extrair informações esparsas no texto e não conseguem tirar uma conclusão a respeito do mesmo; e também conseguem entender números grandes, conseguem realizar as operações aritméticas básicas, entretanto sentem dificuldades quando é exigida uma maior quantidade de cálculos.
- Nível 3, também conhecido como alfabetização plena, concebe aqueles que detêm pleno domínio da leitura, escrita, dos números e das operações matemáticas (das mais básicas às mais complexas).
O problema do analfabetismo funcional no Brasil
Segundo dados recentes do Instituto Paulo Montenegro [1] (braço social do Ibope), no Brasil o analfabetismo funcional atinge cerca de 68% da população (30% no nível 1 e 38% no nível 2). Somados esses 68% de analfabetos funcionais com os 7% da população que é totalmente analfabeta, resulta que 75% da população não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas, ou seja, apenas 1 de cada 4 brasileiros (25% da população) são plenamente alfabetizadas, isto é, estão no nível 3 de alfabetização funcional.
Esses índices tão altos de analfabetismo funcional no Brasil devem-se à baixa qualidade dos sistemas de ensino (tanto público, quanto privado), ao baixo salário dos professores, à desvalorização e desmotivação dos professores, à progressão continuada (ou aprovação automática), à falta de infra-estrutura das instituições de ensino (principalmente as públicas) e à falta de hábito e interesse de leitura do brasileiro.
Em alguns países desenvolvidos e/ou com um sistema educacional mais eficiente, esse índice é inferior a 10%, como na Suécia, por exemplo.