A Água da Vida: diferenças entre revisões
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Revisão das 21h28min de 16 de julho de 2014
'A Água da Vida' (em alemão: Das Wasser des Lebens) é um conto de fadas recolhidos pelos Irmãos Grimm, sob o número 97 conto [1]
Ele está posto no Sistema de classificação de Aarne-Thompson, sob o número 551 [2]
John Francis Campbell observou um paralelo do conto de fadas da Escócia, “The Bear Brown of the Glen Green” (O Urso Marrom do Vale Verde). [3]
História
Um velho rei estava morrendo. Seus três filhos estão chorando no jardim do palácio, quando um velho lhes pergunta a razão. O ancião disse-lhes que a água da vida poderia salvar seu pai. Os filhos mais velhos pensam em encontrar a água para se tronarem herdeiros do trono, enquanto o caçula pensa na saúde do velho pai. Cada um, por sua vez, saiu em busca da água. Os dois mais velhos, na esperança de ser o herdeiro, partiram e, no caminho, foram rudes com um anão que que os fez cair numa ravina do caminho. Quando o filho mais novo partiu, o anão perguntou onde ele ia e o que iria fazer, e ele, atenciosamente, lhe contou. O anão disse-lhe para ir a um certo castelo, e deu-lhe uma barra de ferro para abrir as portas e dois pães para alimentar os leões que vigiavam o pátio interno, onde ele tinha que pegar a água antes que o relógio batesse meia-noite, quando as portas se fechariam novamente. Ele abriu a porta com a barra e alimentou os leões o pão. Então, ele adentrou numa sala onde estavam dormindo os príncipes, de quem ele tirou os anéis de seus dedos; a seguir, pegou um pouco de pão e espada que estava sobre a mesa. Ele seguiu e encontrou uma linda princesa a qual beijou e libertou de um encantamento. Ela prometeu se casar com ele, se ele voltasse dentro de um ano. Então ela disse a ele onde a fonte se encontrava. Ele continuou, mas viu uma cama e deitou-se para dormir. Quando acordou, o relógio batia um quarto para a meia-noite. Ele saltou, pegou a água e fugiu, com o portão fechando e pegando o calcanhar da sua bota. Na volta, ele se encontrou com o anão que lhe disse que a espada podia atingir exércitos inteiros, e o pão nunca se esgotaria. Também, contou o que aconteceu com seus irmãos, e à sua súplica, os libertou. Os três irmãos chegaram a um reino atormentado com a guerra e a fome, e o príncipe matou seus inimigos com a espada e os alimentou com o pão. Então eles foram para mais dois reinos na mesma situação, e eles fizeram o mesmo. Então, pegaram em um navio para atravessar o mar e voltar para casa. Os irmãos mais velhos roubaram a água da vida e encheram a garrafa com água do mar, que na volta ao lar, é oferecida ao pai. O rei ficou enojado com a água do mar. Os irmãos mais velhos acusaram o caçula de tentar envenenar o pai, a quem deram a água da vida roubada. O rei decidiu castigar seu filho mais novo, mandando matá-lo em segredo. Ele enviou um caçador com o filho para a floresta, mas o caçador contou tudo ao príncipe que fugiu. Muitos tesouros chegaram, vindos dos três reinos salvos pelo príncipe caçula e o rei investigou sobre sua culpa e lamentou seu filho estar morto. O caçador confessou que não o tinha matado e assim o rei emitiu uma proclamação de que o filho poderia voltar livremente. A princesa do castelo tinha mandado fazer uma estrada pavimentada de ouro para o jovem príncipe e disse aos guardas que não deixassem passar ninguém que não conseguisse andar em linha reta, naquela estrada. O irmão mais velho foi para o palácio e, ao ver a estrada de ouro, achou-a muito bonita e considerou que um pecado cavalgar ali. Deixando, portanto, seu cavalo ao lado do caminho, seguiu a pé pelo lado da estrada. Os guardas não o deixaram entrar. O segundo irmão correu pelo lado da estrada, mas os guardas não o deixaram entrar também. O terceiro irmão veio da floresta até o palácio, e seguiu pela estrada de ouro, mas não enxergou isso porque ele só pensava na sua amada. Ele dirigiu-se pelo meio da estrada e a porta se abriu. A filha do rei ficou feliz e o casamento foi celebrado. Ela conta ao príncipe que seu pai o perdoara e chamou de volta. O príncipe contou ao pai sobre as ações de seus irmãos mais velhos. O velho rei quis punir os filhos mais velhos e os exilou do país.
Referências
- ↑ Jacob and Wilheim Grimm, Household Tales, "The Water of Life"
- ↑ D.L. Ashliman, "The Grimm Brothers' Children's and Household Tales (Grimms' Fairy Tales)"
- ↑ John Francis Campbell, Popular Tales of the West Highlands, "The Brown Bear of the Green Glen"