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Função veritativa: diferenças entre revisões

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Uma '''função veritativa''' é uma função cujo como domínio é a coleção de todas as listas de valores veritativos de um comprimento fixo, e cujo contradomínio é a coleção dos valores veritativos. Um [[conectivo]] sentencial é uma função veritativa se a ele for atribuída uma função veritativa.

Abaixo segue um exemplo de uma função lógica (para melhor entendimento veja [[Lógica Proposicional]]).

Por exemplo, a fórmula lógica:
* <math> \varphi = ( p \to (q \to s)) \to (p \to ( s \to q)) </math>
é uma função que para cada [[valor]] de p , q e s retorna o valor correspondente atribuído a φ.


A representação dos valores de <math>p</math> , <math>q</math> , <math>s</math> e o correspondente valor de φ são geralmente representados através de [[tabela veritativa|tabelas veritativas]]. Estas podem representar os valores veritativos de cada componente como V para verdadeiro e F para falso; geralmente na computação utiliza-se 1 para verdadeiro e 0 para falso. Logo abaixo estão exemplos de tabelas veritativas que utilizam os conectivos lógicos E , OU e [[Not|NÃO]].


{| border=1 width="60%" align = "center"
|+ Exemplos de tabelas veritativas na valoração para conectivos binários E e OU.
|- align="center"
| ''x''
| ''y''
| <math> x \land y </math>
| <math> x \lor y </math>
|- align="center" |-
| F
| F
| F
| F
|- align="center" |-
| F
| V
| F
| V
|- align="center" |-
| V
| F
| F
| V
|- align="center" |-
| V
| V
| V
| V
|}



{| border=1 width="40%" align = "center"
|+ O conectivo unário não
|- align=center |- align = "center"
| ''x''
| <math> \lnot x </math>
|- align=center |-
| F
| V
|- align=center |-
| V
| F
|}

Uma sentença é '''verofuncional''' apenas se o valor veritativo da sentença é uma função dos valores veritativos de suas subsentenças. Isto é, uma sentença é verofuncional apenas se o valor veritativo puder ser determinado funcionalmente a partir do valor veritativo das subsentenças.

Por exemplo, a sentença:
“O ceu é azul e as nuvens são brancas.”
é uma função veritativa se o seu valor veritativo puder ser determinado funcionalmente a partir do valor veritativo das subsentenças:
“o ceu é azul”
e
“as nuvens são brancas”

Assim, podemos introduzir a noção de [[composicionalidade]]. Tal noção trata da possibilidade de deduzir o
significado de uma seqüência a partir dos significados dos componentes. Deduzir quer dizer calcular por um processo que pode ser formalizado. No caso da composicionalidade das seqüências lingüísticas, trata-se de um processo que pode ser associado a uma construção sintática, e aplicado a exemplos variados, tal como no contexto do arquivo atual : uma consequência do fato de que conectivos são interpretados como funções veritativas.

É interessante notar que nem todas as sentenças da linguagem natural são funções veritativas.

Sentenças da forma “segundo fulano ...” são contra-exemplos de função veritativa.

Por exemplo, suponhamos que Galileu tenha dito que há montanhas de [[ouro]] e que a [[terra]] é plana.

Então a sentença
“Segundo Galileu há montanhas de ouro e a terra é plana.”
assume o valor veritativo 'verdadeiro', apesar de sabermos que Galileu está errado nas duas afirmações
“há montanhas de ouro”
e que
“a terra é plana”

Apesar das subsentenças assumirem valores veritativos, a sentença não pode ser entendida como função veritativa, pois o conectivo unário “segundo Galileu” não depende apenas dos componentes da sentença, logo a interpretação de um tal conectivo não é uma função veritativa.

Todos os conectivos da [[lógica clássica]] representam funções veritativas. Os seus valores para cada conjunto de argumentos de entrada são normalmente representados por [[tabelas veritativas]].

== {{Veja também}} ==

* [[Domínio booleano]]
* [[Função]]
* [[Função booleana (lógica)]]
* [[Lógica Proposicional]]
* [[Tabela veritativa]]
* [[Valor veritativo]]
* [[Valoração]]

== Referências ==

{{Wikibooks|Lógica: Cálculo Proposicional Clássico: Operadores e Tabelas Veritativas}}

http://ssdi.di.fct.unl.pt/~pb/cadeiras/lc/0405/teoricas_sh.htm

http://www.di.ubi.pt/~desousa/1998-1999/logica/apont_cp.ps

[[Categoria:Lógica]]

[[de:Wahrheitswertefunktion]]
[[en:Truth_function]]
[[fi:Totuusfunktio]]
[[ja:真理関数]]
[[no:Sannhetsfunksjon]]
[[zh:真值函数]]

Revisão das 05h44min de 28 de setembro de 2007

Uma função veritativa é uma função cujo como domínio é a coleção de todas as listas de valores veritativos de um comprimento fixo, e cujo contradomínio é a coleção dos valores veritativos. Um conectivo sentencial é uma função veritativa se a ele for atribuída uma função veritativa.

Abaixo segue um exemplo de uma função lógica (para melhor entendimento veja Lógica Proposicional).

Por exemplo, a fórmula lógica:

é uma função que para cada valor de p , q e s retorna o valor correspondente atribuído a φ.


A representação dos valores de , , e o correspondente valor de φ são geralmente representados através de tabelas veritativas. Estas podem representar os valores veritativos de cada componente como V para verdadeiro e F para falso; geralmente na computação utiliza-se 1 para verdadeiro e 0 para falso. Logo abaixo estão exemplos de tabelas veritativas que utilizam os conectivos lógicos E , OU e NÃO.


Exemplos de tabelas veritativas na valoração para conectivos binários E e OU.
x y
F F F F
F V F V
V F F V
V V V V


O conectivo unário não
x
F V
V F

Uma sentença é verofuncional apenas se o valor veritativo da sentença é uma função dos valores veritativos de suas subsentenças. Isto é, uma sentença é verofuncional apenas se o valor veritativo puder ser determinado funcionalmente a partir do valor veritativo das subsentenças.

Por exemplo, a sentença:

“O ceu é azul e as nuvens são brancas.”

é uma função veritativa se o seu valor veritativo puder ser determinado funcionalmente a partir do valor veritativo das subsentenças:

“o ceu é azul”

e

“as nuvens são brancas”

Assim, podemos introduzir a noção de composicionalidade. Tal noção trata da possibilidade de deduzir o significado de uma seqüência a partir dos significados dos componentes. Deduzir quer dizer calcular por um processo que pode ser formalizado. No caso da composicionalidade das seqüências lingüísticas, trata-se de um processo que pode ser associado a uma construção sintática, e aplicado a exemplos variados, tal como no contexto do arquivo atual : uma consequência do fato de que conectivos são interpretados como funções veritativas.

É interessante notar que nem todas as sentenças da linguagem natural são funções veritativas.

 Sentenças da forma “segundo fulano ...” são contra-exemplos de função veritativa.

Por exemplo, suponhamos que Galileu tenha dito que há montanhas de ouro e que a terra é plana.

Então a sentença

“Segundo Galileu há montanhas de ouro e a terra é plana.”

assume o valor veritativo 'verdadeiro', apesar de sabermos que Galileu está errado nas duas afirmações

“há montanhas de ouro”

e que

“a terra é plana”

Apesar das subsentenças assumirem valores veritativos, a sentença não pode ser entendida como função veritativa, pois o conectivo unário “segundo Galileu” não depende apenas dos componentes da sentença, logo a interpretação de um tal conectivo não é uma função veritativa.

Todos os conectivos da lógica clássica representam funções veritativas. Os seus valores para cada conjunto de argumentos de entrada são normalmente representados por tabelas veritativas.

Ver também

Referências

http://ssdi.di.fct.unl.pt/~pb/cadeiras/lc/0405/teoricas_sh.htm

http://www.di.ubi.pt/~desousa/1998-1999/logica/apont_cp.ps