Mostrar código-fonte de Abu Becre ibne Omar

{{Multitag|mnot|expand|p1=bioh|p2=hist-af|data=setembro de 2020}}
{{Info/Nobre
|nome    =Abu Baquir ibne Omar
|título  =Sultão
|imagem  =[[Imagem:Depiction of Abu Bakr ibn Umar al-Lamtuni (Catalan Atlas) (1).jpg|225px]]
|legenda =Abu Baquir ibne Omar representado no [[Atlas Catalão]] de 1375
|reinado = [[1056]]-[[1087]]
|nome completo=Abu Bakr ibn Umar ibn Ibrahim ibn Turgut
|antecessor ={{ilc|Iáia ibne Omar|Yahya ibn Umar al-Lamtuni|Yahya ibn Umar ibn Turgut|Yahya ibn Umar}}
|sucessor   =[[Iúçufe ibne Taxufine]]
|dinastia   =[[Almorávidas]]
|consorte   ={{ilc|Zainabe Nafzaua||Zaynab an-Nafzawiyyah}}
|morte      ={{morte|||1087}}
|cidademorte =[[Tagant]] (?)
|sepultamento=
}}
'''Abu Becre''', '''Abubacar''', '''Abacar''' ou '''Abubequer{{sfn|Alves|2014|p=51, 64, 68}} ibne Omar''' ({{Langx|ar|أبو بكر بن عمر||''Abu Bakr ibn/ben Omar''}}), também chamado '''Abu Dardai''', por vezes usado com o sufixo '''Assanhaji''' ou '''Alantuni'''{{sfn|Levtzion|2000|p=409}} (m. [[1087]]) foi um chefe, general e rei [[almorávida]] originário da [[tribo]] [[Berberes|berbere]] dos [[lantunas]], da poderosa confederação dos [[sanhajas]].

Em 1054, foi nomeado [[emir]] (príncipe) do sul de [[Marrocos]] e de [[Adrar (Mauritânia)|Adrar]], no [[Deserto da Mauritânia|deserto mauritano]], e conquista a cidade de [[Audagoste]] ao [[império do Gana]]. Em 1056, [[Abedalá ibne Iacine]] nomeia-o comandante dos exércitos almorávidas e sucede como emir ao seu irmão {{ilc|Iáia ibne Omar|Yahya ibn Umar al-Lamtuni|Yahya ibn Umar ibn Turgut|Yahya ibn Umar}}. Em 1057 apodera-se do [[Suz]], no sul do que é hoje Marrocos. Em 1058, juntamente com ibne Iacine, conquista [[Agmate]], a capital dos [[magrauas]] liderados por {{ilc|Lacute ibne Iúçufe|Laqut Ibn Youssef}}. Pouco depois casa com a viúva do malogrado Lacute, a rica e influente {{ilc|Zainabe Nafzaua||Zaynab an-Nafzawiyyah}}, que coloca a sua considerável riqueza à sua disposição.

Depois da morte de ibne Iacine em 1059, ibne Omar torna-se rei. Vence o emirado [[Berguata]] e envia um exército para norte sob o comando do seu primo [[Iúçufe ibne Taxufine]], com quem partilha o seu império quando volta para a [[África Ocidental]] em 1061.

Em 1067, conquista [[Cumbi-Salé]], a capital do Império do Gana, e impõe o [[Islão]] na região. Tolera a insubordinação de ibne Taxufine, que conquista o [[Alandalus]] e evita assim a desintegração do reino. Em 1070 funda [[Marraquexe]], que passa a ser a sua capital em detrimento de Agmate. No ano seguinte volta definitivamente para o Saara em 1071. Zainabe casou então com Iúçufe ibne Taxufine.

Abu Baquir ibne Omar morre em novembro de 1087 ou em 1088, provavelmente na região de [[Tagant]] (sul da Mauritânia) ou no [[Senegal]]. Segundo a tradição oral, a morte deveu-se a uma seta envenenada disparada pelo rei [[serer]] {{ilc|Ama Gôdô Maat||Amar Godomat|Amar Gôdômat}}.{{sfn|Wade|p=440-498}}{{sfn|Gravrand|1990|p=13}}<ref>{{Citar periódico|titulo=Bulletin de l'Institut fondamental d'Afrique noire|língua=fr|volume=26-27|ano=1964}}</ref>

==Bibliografia==
* {{Citar livro|sobrenome=Alves|nome=Adalberto|ano=2014|editora=Leya|local=Lisboa|isbn=9722721798|título=Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa| ref=harv}}

*{{Citar livro|ultimo=Gravrand|primeiro=Henry|autorlink=Henry Gravrand|título=La Civilisation Sereer|editora=Pangool, Nouvelles éditions africaines|língua=fr|ano=1990|isbn=2-7236-1055-11990|local=[[Dacar]]|página=13|ref=harv}}
*{{Citar livro|ultimo=[[ibne Idari]]|título={{ilc|Al-Bayan al-Mughrib||Al-bayan al-mughrib}} Parte III|língua=es|notas=Tradução anotada por [[Ambrosio Huici Miranda]], [[Valência (Espanha)|Valência]], 1963}}
*{{Citar livro|ultimo=Levtzion|primeiro=N.|autor2=Hopkins, J.F.P|título=Corpus of Early Arabic Sources for West African History|editora=Universidade do Gana|língua=en|ano=2000|página=409|notas=reimpressão: Markus Wiener, Princeton, 2000, ISBN 1-55876-241-8|ref=harv}}
*{{Citar livro|ultimo=Mercer|primeiro=John|título=Spanish Sahara|editora=George Allen & Unwin Ltd|língua=en|ano=1976|isbn=978-0-04-966013-7|local=Londres|página=73}}
*{{Citar livro|ultimo=Messier|primeiro=R. A|título=The Almoravids and the Meanings of Jihad|editora=Praeger|língua=en|ano=2010|página=209}}
*{{Citar livro|ultimo=Semonin|primeiro=P|título=The Almoravid Movement in the Western Sudan: A review of the evidence|editora=Transactions of the Historical Society of Ghana|língua=en|ano=1964|página=58|volume=7}}
*{{Citar livro|ultimo=Viguera|primeiro=María Jesús|título=Los reinos de taifas y las invasiones magrebíes: (Al-Andalus del XI al XIII)|editora=Editorial Mapfre|língua=es|ano=1992|isbn=84-7100-431-3|página=167-168}}
*{{Citar periódico|ultimo=Wade|primeiro=Amadou|autor2=trad: Cissé, B.; ed: Monteil V|titulo=Chronique du Walo sénégalais (1186-1855)|jornal=Bulletin de l'IFAN|língua=fr|volume=26, Series B|numero=3/4|paginas=440-498|ref=harv}}

==Notas e referências==
{{refbegin}}
*{{Tradução/ref2||fr|Abu Bakr Ibn Omar|75626430}}
<references />
{{refend}}

{{Comeca caixa}}
{{Caixa de sucessão
|título =[[Almorávidas]]
|anos   =1056-1087
|antes  ={{ilc|Iáia ibne Omar||Yahya ibn Umar al-Lamtuni|Yahya ibn Umar ibn Turgut|Yahya ibn Umar}}
|depois =[[Iúçufe ibne Taxufine]]
}}
{{Termina caixa}}
{{Controle de autoridade}}

[[Categoria:Almorávidas]]
[[Categoria:Berberes do século XI]]