Mostrar código-fonte de Acesso aberto

[[Ficheiro:Open Access logo PLoS white.svg|thumb|150px|Logótipo do Acesso Aberto, criado originalmente pela [[Public Library of Science]]. Não existe um logótipo do Acesso Aberto oficial, as instituições são livres de adaptar o logótipo à sua imagem. Outros logótipos são também usados<ref>{{citar web|título=Downloads|url=http://open-access.net/de/austausch/downloads/|obra=Open access|acessodata=20 de maio de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140523051410/http://open-access.net/de/austausch/downloads/|arquivodata=2014-05-23|urlmorta=yes}}</ref> (veja [https://en.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:WikiProject_Open_Access/Signalling_OA-ness Signalling OA-ness]).]]
[[Ficheiro:PhD Comics Open Access Week 2012.ogv|right|thumb|thumbtime=5:43|9-minutos de vídeo sobre Acesso Aberto]]

'''Acesso aberto''' ('''AA''') ou '''livre acesso''' significa a disponibilização online e sem limitações dos resultados de [[investigação científica]]. O Acesso Aberto pode ser aplicado a todas os tipos de publicações científicas com e sem [[revisão por pares]], incluindo artigos científicos, documentos de conferência, [[tese]]s,<ref>{{citar periódico|último =Schöpfel|primeiro =Joachim|autor2 =Prost, Hélène|título=Degrees of secrecy in an open environment. The case of electronic theses and dissertations|periódico=ESSACHESS – Journal for Communication Studies|ano=2013|volume=6|número=2|url=http://www.essachess.com/index.php/jcs/article/view/214|issn=1775-352X}}</ref> capítulo de livros,<ref name="earlham.edu">Suber, Peter. [http://www.earlham.edu/~peters/fos/overview.htm "Open Access Overview"]. Earlham.edu. Retrieved on 2011-12-03.</ref> e [[monografia]]s.<ref>{{citar periódico|periódico=Library Journal|título=Directory of Open Access Books Goes Live|autor =  Meredith Schwartz |data=13 de abril de 2012 |url=http://lj.libraryjournal.com/2012/04/academic-libraries/directory-of-open-access-books-goes-live/}}</ref>

O Acesso Aberto pode ser designado como: ''grátis'', quando se refere ao acesso online gratuito, e ''livre'', quando se refere ao acesso online gratuito com alguns direitos adicionais de utilização.<ref name="Gratis and Libre Open Access">Suber, Peter. 2008.[http://www.arl.org/sparc/publications/articles/gratisandlibre.shtml "Gratis and Libre Open Access"] {{Wayback|url=http://www.arl.org/sparc/publications/articles/gratisandlibre.shtml |date=20130329145205 }}. Arl.org. Retrieved on 2011-12-03.</ref> Estes direitos de utilização adicionais são muitas vezes concedidos mediante a utilização de [[licenças Creative Commons]].<ref name="Suber 2012 68–69">{{harvnb|Suber|2012|pp=68–69}}</ref>

As duas formas que os autores dispõem de concretizar o Acesso Aberto são (1) através do auto-arquivo dos seus artigos científicos num [[repositório institucional|repositório]], também conhecida como via Verde, ou (2) através da publicação em [[periódicos]], conhecida como via Dourada.<ref>Jeffery, Keith G. 2006. [http://www.ercim.eu/publication/Ercim_News/enw64/jeffery.html "Open Access: An Introduction"]. Ercim News, 64, January 2006. Retrieved on 2011-12-03.</ref> Usando a via Verde<ref>{{citar web | url=https://en.wikipedia.org/wiki/Stevan_Harnad | título=Harnad, S }} 2007. [http://eprints.ecs.soton.ac.uk/15753 "The Green Road to Open Access: A Leveraged Transition"]. In: '&#39;The Culture of Periodicals from the Perspective of the Electronic Age'&#39;, pp. 99–105, L'Harmattan. Retrieved 2011-12-03.</ref><ref name=greenandgold>{{citar periódico|último1 = Harnad |primeiro1 = S. |último2 = Brody |primeiro2 = T. |último3 = Vallières |primeiro3 = F. O. |último4 = Carr |primeiro4 = L. |último5 = Hitchcock |primeiro5 = S. |último6 = Gingras |primeiro6 = Y. |último7 = Oppenheim |primeiro7 = C. |último8 = Stamerjohanns |primeiro8 = H. |último9 = Hilf |primeiro9 = E. R. | doi = 10.1016/j.serrev.2004.09.013 |título= The Access/Impact Problem and the Green and Gold Roads to Open Access |periódico= Serials Review | volume = 30 |número= 4 |páginas= 310 |ano= 2004 }}</ref> os autores publicam em qualquer revista científica e em seguida depositam uma versão do artigo em Acesso Aberto no [[repositório]] da sua instituição,<ref name=roar>{{citar web | url=http://roar.eprints.org/ | título="Registry of Open Access Repositories (ROAR)" | acessodata=2015-10-12 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20121030222530/http://roar.eprints.org/ | arquivodata=2012-10-30 | urlmorta=yes }} Roar.eprints.org. Retrieved on 2011-12-03.</ref><ref name=DemystifyingOpenAccess>{{citar web |url=http://epublications.marquette.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1005&context=rsch_inst |título=Demystifying Open Access Workshop |último1 =Fortier |primeiro1 =Rose |último2 =James |primeiro2 =Heather G. |último3 =Jermé |primeiro3 =Martha G. |último4 =Berge |primeiro4 =Patricia |último5 =Del Toro |primeiro5 =Rosemary |data=14 de maio de 2015 |obra=epublications.marquette.edu/rsch_inst/6/ |publicado=e-Publications@Marquette |acessodata=18 de maio de 2015 }}</ref> num repositório temático (como o [[PubMed Central]]), ou num outro website em Acesso Aberto. Através da via Dourada, os autores publicam em revistas científicas em Acesso Aberto,<ref name=doaj>{{citar web | url=http://www.doaj.org/ | título=Directory of Open Access Journals }} DOAJ. Retrieved on 2012-11-05.</ref> que disponibilizam Acesso Aberto imediato a todos os seus artigos, geralmente através do website dos editores.<ref name="linkinghub.elsevier.com">{{citar periódico|doi=10.1016/j.serrev.2007.12.005 |título=The Access/Impact Problem and the Green and Gold Roads to Open Access: An Update |ano=2008 |último1 =Harnad |primeiro1 =S |último2 =Brody |primeiro2 =T |último3 =Vallières |primeiro3 =F |último4 =Carr |primeiro4 =L |último5 =Hitchcock |primeiro5 =S |último6 =Gingras |primeiro6 =Y |último7 =Oppenheim |primeiro7 =C |último8 =Hajjem |primeiro8 =C |último9 =Hilf |primeiro9 =E  |periódico=Serials Review |volume=34|página=36}}</ref> Revistas de Acesso Aberto híbridas são revistas com subscrição que permitem a via Dourada do Acesso Aberto apenas para os artigos  cujos autores (ou a instituição ou o financiador) pagaram a taxa para disponibilização em Acesso Aberto, designado em inglês por [[:en:Article processing charge|Article Processing Charge (APC)]].<ref name="Suber2012">{{harvnb|Suber|2012|p=140}}</ref>

No final da década de 1990 a [[World Wide Web]] levou à generalização do acesso público, fomentando o movimento do Acesso Aberto usando a via Verde, através do auto-arquivo de artigos e criando as revistas científicas de Acesso Aberto. As revistas científicas convencionais cobrem os custos de publicação através de modelos de subscrição, em inglês [[:en:Subscription business model|Subscription business model]], licenças ou ‘pagar-para-ver’. Algumas revistas com acesso restrito disponibilizam Acesso Aberto aos seus artigos depois de um período de embargo, em inglês [[:en:Embargo (academic publishing)|Embargo Period]] de 6–12 meses ou maior (veja [[:en:Delayed open access journal|Delayed Open Access Journal]]).<ref name="Suber2012" /> Continua a decorrer um debate ativo entre investigadores, académicos, bibliotecários, administrativos de universidades, agências de financiamento, governos, editores comerciais, equipas editoriais e [[sociedade científica]] sobre os custos e confiabilidade das várias formas de disponibilizar o Acesso Aberto.

== Definições ==

[[Ficheiro:Peter_Suber_at_BOAI-10.ogv|thumb| Por ocasião do décimo aniversário da [http://www.budapestopenaccessinitiative.org/ Iniciativa de Acesso Aberto de Budapeste] em 2012, [https://en.wikipedia.org/wiki/Peter_Suber Peter Suber] foi entrevistado sobre a sua visão relativamente aos desenvolvimentos do Acesso Aberto às publicações científicas passados, presentes e futuros.]]

A ideia e prática de disponibilizar os artigos científicos em Acesso Aberto começou pelo menos uma década antes de surgir o termo "open access". Investigadores da área da informática e computação vinham auto-arquivando usando o [[protocolo de transferência de arquivos]] (FTP), desde 1970 e os físicos faziam o mesmo  no [[arxiv]] desde 1990. O post [https://en.wikipedia.org/wiki/Subversive_Proposal Subversive Proposal] sobre a generalização da prática foi publicado em 1994. O conceito inicial de Acesso Aberto refere-se ao acesso online e não restrito às publicações científicas que incluíam, em primeiro lugar, os artigos de revistas científicas. O termo "open access" foi formulado pela primeira vez em três declarações públicas: a "Iniciativa de Acesso Aberto de Budapeste" (''Budapest Open Access Initiative'')<ref name="declaracaobudapeste">[http://www.budapestopenaccessinitiative.org/boai-10-translations/portuguese-brazilian-translation Dez anos da Iniciativa de Budapeste em Acesso Aberto: a abertura como caminho a seguir]</ref> em fevereiro de [[2002]], a “Declaração de Bethesda sobre a publicação em Acesso Aberto” em junho de [[2003]], e a Declaração de Berlim sobre o Acesso Livre ao Conhecimento nas Ciências e Humanidades (''Berlin Declaration on Open Access to Knowledge in the Sciences and Humanities''),<ref name=declaracaoberlin>[http://openaccess.mpg.de/67693/BerlinDeclaration_pt.pdf Declaração de Berlim sobre Acesso Livre ao Conhecimento nas Ciências e Humanidades]</ref> em outubro de [[2003]].<ref name="Suber statements">{{harvnb|Suber|2012|pp=7–8}}</ref>

A Declaração de Budapeste define o Acesso Aberto como:

{{quote|“Acesso aberto” à literatura científica revisada por pares significa a disponibilidade livre na Internet, permitindo a qualquer usuário ler, fazer download, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral desses artigos, recolhe-los para indexação, introduzi-los como dados em software, ou usá-los para outro qualquer fim legal, sem barreiras financeiras, legais ou técnicas que não sejam inseparáveis ao próprio acesso a uma conexão à Internet. As únicas restrições de reprodução ou distribuição e o único papel para o direito autoral neste domínio é dar aos autores o controle sobre a integridade do seu trabalho e o direito de ser devidamente reconhecido e citado.<ref>{{citar web|título=Leia a Iniciativa de Budapest sobre Acesso Aberto|url=http://www.budapestopenaccessinitiative.org/boai-10-translations/portuguese-brazilian-translation|obra=Budapest Open Access Initiative|acessodata=13 de outubro de 2015}}</ref>}}
As Declarações de Berlin e Bethesda acrescentam que os utilizadores devem poder copiar, usar, distribuir, transmitir e exibir publicamente um trabalho em Acesso Aberto, assim como criar e distribuir trabalhos derivados, em qualquer formato digital e para qualquer propósito, fazendo a devida atribuição de autoria.

=== Grátis e livre ===

A distinção entre os de Acesso Aberto, grátis ''versus'' livre, iniciou-se em 2006 por dois co-autores da [http://www.budapestopenaccessinitiative.org/boai-10-translations/portuguese-brazilian-translation Iniciativa de Budapeste].<ref name="Gratis and Libre Open Access" /> O Acesso Aberto grátis refere-se ao acesso online sem restrições, enquanto que o Acesso Aberto livre refere-se ao acesso online sem restrições mas com alguns direitos adicionais de reutilização.<ref name="Gratis and Libre Open Access" /> As definições de Budapest, Bethesda, e de Berlin referem-se apenas ao Acesso Aberto livre. Os direitos de reutilização do Acesso Aberto livre são muitas vezes especificados através da utilização das várias [[Licenças Creative Commons]];<ref name="Suber 2012 68–69" /> que requerem a atribuição da autoria.<ref name="Gratis and Libre Open Access" /><ref name="Suber statements" />

== Implementação de políticas ==
Existem várias formas de disponibilizar o Accesso Aberto às publicações científicas, as mais comuns são as designadas via Verde e via Dourada.

=== Revistas científicas: Acesso Aberto Dourado ===
Os autores que pretendem colocar o seu trabalho disponível em Acesso Aberto têm a opção de publicar numa {{ill|en|revista científica de acesso aberto|Open access journal}} (designado por Acesso Aberto dourado). Existem vários modelos de negócio para revistas de Acesso Aberto.<ref>{{citar web|url=http://oad.simmons.edu/oadwiki/OA_journal_business_models|título=OA journal business models|obra=Open Access Directory|ano=2009–2012}}</ref>
O Acesso Aberto pode ser disponibilizado pelos editores tradicionais, que podem publicar em Acesso Aberto e manter a sua subcrição em simultâneo, ou por editores como a [[Public Library of Science]] (PLOS) que publica apenas revistas de Acesso Aberto. Uma revista de Acesso Aberto pode ou não requerer custos de processamento da publicação, conhecidos como APCs; publicar em Acesso Aberto não significa necessariamente que o autor tenha que pagar estes custos. Tradicionalmente, muitas revistas científicas cobram taxas, muito antes de o Acesso Aberto se tornar uma opção. Quando as revistas de Acesso Aberto cobram taxas de processamento, é a instituição empregadora ou o financiador que geralmente suporta estes custos, ao invés dos autores, e muitas revistas podem renunciar a estes custos no caso de dificuldades financeiras ou se os autores forem de países menos desenvolvidos. Algumas revistas que não apresentam taxas têm apoio financeiro institucional. Exemplos de editores que publicam em Acesso Aberto:<ref name=doaj />{{citar web | url=https://en.wikipedia.org/wiki/BioMed_Central | título=BioMed Central }} e [[Public Library of Science]].
Cerca de 30%<ref>Suber, Peter. [http://www.earlham.edu/~peters/fos/overview.htm "Open Access Overview"]. Retrieved 2012-11-19.</ref> das revistas de Acesso Aberto cobram taxas para pagar os custos de publicação (por exemplo: as taxas PLoS variam entre 1.350$ e 2.900$<ref>{{citar web | url=http://www.plos.org/publish/pricing-policy/publication-fees/ | título="Taxas de Publicação" }} Plos.org. Consultado a 2012-11-19.</ref>) e substituem as taxas de subscrição. As receitas de publicidade e/ou o financiamento de fundações ou instituições são também formas de financiar a publicação.

=== Auto-arquivamento: Acesso Aberto verde ===
O {{ill|en|auto-arquivamento|Self-archiving}}, também conhecido como Acesso Aberto verde, refere-se à prática de depositar artigos num [[repositório institucional]] ou temático como o [[arXiv]].
Os editores de Acesso Aberto verde<ref>{{citar web | url=http://www.sherpa.ac.uk/romeo/ | título="Publisher copyright policies & self-archiving" }} www.sherpa.org Retrieved on 2012-11-13.</ref> permitem o depósito imediato pelos seus autores. O auto-arquivo foi proposto a primeira vez em 1994<ref>Ann Shumelda Okerson and James J. O'Donnell (eds). 1995. [http://www.arl.org/bm~doc/subversive.pdf "Scholarly Journals at the Crossroads: A Subversive Proposal for Electronic Publishing"] {{Wayback|url=http://www.arl.org/bm~doc/subversive.pdf |date=20120912184229 }}. Association of Research Libraries. Retrieved on 2011-12-03.</ref><ref>Poynder, Richard. 2004. [http://www.infotoday.com/it/oct04/poynder.shtml "Poynder On Point: Ten Years After"]. ''[[Information Today]]'', 21(9), October 2004. Retrieved on 2011-12-03.</ref> por [[Stevan Harnad]] no seu "''[[Subversive Proposal]]''". Contudo, o auto-arquivo foi prática dos investigadores da área da informática e computação usando arquivos por FTP local na década de oitenta,<ref>[[Stevan Harnad|Harnad, S]]. 2007.[http://users.ecs.soton.ac.uk/harnad/Hypermail/Amsci/6519.html "Re: when did the Open Access movement "officially" begin"].  [[American Scientist Open Access Forum]], 27 June 2007. Consultado em 2011-12-03.</ref> mais tarde recolhidos pelo [[CiteSeerX]]. O que é depositado pode ser tanto um preprint como um postprint com revisão por pares – ambas as versões arbitradas, versão final revista ou a versão do editor.
Para saber se um editor ou revista científica permite aos autores o auto-arquivo, o autor deve consultar a lista de Políticas de Direito de Autor e Auto-arquivo dos Editores disponível no website [http://www.sherpa.ac.uk/romeo/ SHERPA/RoMEO].
O website EPrints também disponibiliza um conjunto de perguntas frequentes sobre auto-arquivo.<ref>{{citar web | url=http://www.eprints.org/self-faq | título=Self-Archiving FAQ }} Eprints.org. Consultado em 2015-10-19.</ref> Outras informações e links podem ser encontrados no blog Open Access Archivangelism<ref>{{citar web | url=http://openaccess.eprints.org/ | título=Open Access Archivangelism }} Openaccess.eprints.org. Consultado em 2015-10-19.</ref> e no website Eprints Open Access.<ref>{{citar web | url=http://www.eprints.org/openaccess/ | título=Open Access }} Eprints.org. Consultado em 2015-10-19.</ref>

===Acesso Aberto Bronze===
Os artigos de acesso aberto "bronze" são gratuitos para leitura apenas na página do editor, mas não possuem uma licença claramente identificável; esses artigos normalmente não estão disponíveis para reutilização.<ref>{{citar periódico|último1=Piwowar |primeiro1=Heather |último2=Priem |primeiro2=Jason |último3=Larivière |primeiro3=Vincent |último4=Alperin |primeiro4=Juan Pablo |último5=Matthias |primeiro5=Lisa |último6=Norlander |primeiro6=Bree |último7=Farley |primeiro7=Ashley |último8=West |primeiro8=Jevin |último9=Haustein |primeiro9=Stefanie |data=13 de fevereiro de 2018 |título=The state of OA: a large-scale analysis of the prevalence and impact of Open Access articles |periódico=PeerJ |volume=6 ||página=e4375 |doi=10.7717/peerj.4375 |pmc=5815332 |pmid=29456894}}</ref>

=== Forma de distribuição ===
{{See also|Revista_científica#Publicação_eletrônica}}
Assim como o depósito de artigos em Acesso Aberto, a maioria das revistas científicas de Acesso Aberto são distribuídas através da [[World Wide Web]],<ref name="earlham.edu" /> como forma de reduzir os custos de distribuição e aumentar a sua abrangência, velocidade e importância para a comunidação científica. O software de código aberto é, geralmente, usado nos repositórios institucionais,<ref>{{citar web | url=http://www.soros.org/openaccess/software/ | título=Budapest Open Access Initiative | datali=março de 2013 | acessodata=2015-10-30 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20090402052134/http://www.soros.org/openaccess/software/ | arquivodata=2009-04-02}}. Soros.org. Consultado em 2015-10-26</ref> nos websites de revistas científicas de Acesso Aberto<ref>Public Knowledge Project. [http://pkp.sfu.ca/?q=ojs "Open Journal Systems"]. Consultado em 2015-10-26</ref> e noutras formas de disponibilizar o Acesso Aberto e a publicação em Acesso Aberto.

O acesso aos conteúdos digitais implica o acesso à Internet, contudo essa distribuição pode apresentar barreiras físicas e por vezes barreiras financeiras. Os defensores do Acesso Aberto argumentam que as barreiras de acesso à Internet são relativamente reduzidas, no entanto, os esforços devem ser feitos para subsidiar o acesso à Internet universal, pagar-para-aceder apresenta uma barreira adicional relativamente elevada por si só.{{carece de fontes|data=outubro de 2013}}

O Diretório de Revistas de Acesso Aberto (DOAJ) lista um número de revistas científicas com revisão por pares para navegação e pesquisa. Os artigos em Acesso Aberto podem também ser encontrados, a maioria das vezes, através de um motor de busca geral ou especializado para a literatura académica e científica como o OAIster e Google Scholar.

== O Acesso Aberto em Portugal == 
[[Ficheiro: OpenAccess@UMinho Timeline.jpg|thumb|Desde 2003 que, principalmente, as instituições de ensino superior têm cooperado no desenvolvimento de várias iniciativas nacionais de Acesso Aberto, assim como têm participado em diversos projetos internacionais, a maioria financiados pela Comissão Europeia]]

Em Portugal, as primeiras iniciativas de Acesso Aberto foram protagonizadas pela [[Universidade do Minho]] com a criação do [https://repositorium.sdum.uminho.pt/ RepositóriUM] em 2003 e a definição de uma política institucional de auto-arquivo em 2004.<ref name=repositorium>[http://hdl.handle.net/1822/27502 RepositóriUM: 10 anos de acesso aberto ao conhecimento]</ref> Nos anos seguintes registaram-se outros acontecimentos, como a criação do [[SciELO]] Portugal, para a publicação de revistas de Acesso Aberto, ou a criação de novos [https://www.rcaap.pt/directory.jsp repositórios] em diversas instituições de ensino superior. Mas foi o surgimento do projeto [https://www.rcaap.pt/ Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)], em 2008, que assinalou o início de uma nova dinâmica na evolução do Acesso Aberto em Portugal.<ref name=acessoabertoportugal>[http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/20542 Acesso Aberto à literatura científica em Portugal: o passado, o presente e o futuro]</ref>

O desenvolvimento, no âmbito do projeto RCAAP, de um conjunto de [http://projeto.rcaap.pt/index.php/lang-pt/sobre-o-rcaap/serviços serviços]{{Ligação inativa|data=dezembro de 2019 }} (como o Portal RCAAP, o Serviço de Alojamento de Repositórios Institucionais, o Repositório Comum, o Serviço de Alojamento de Revistas Científicas, e outros) <ref name=rcaapeacessoaberto>[http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/27919 O RCAAP e a evolução do Acesso Aberto em Portugal]</ref> para as instituições e a comunidade académica, bem como de uma intensa atividade de comunicação e disseminação, impulsionou um rápido desenvolvimento do Acesso Aberto em Portugal, colocando o país numa posição destacada a nível internacional.<ref name=openaccessinportugal>[http://er.educause.edu/articles/2013/5/up-and-away-open-access-in-portugal Up and Away: Open Access in Portugal]</ref> Neste período, quer o número de repositórios (que passou de 10 em 2008 para mais de 40 em 2014), quer o número de documentos portugueses disponíveis em Acesso Aberto no Portal RCAAP (que passou de pouco mais de 13000 no final de 2008 para mais de 150000 no início de 2014), cresceram a um ritmo ainda mais rápido do que o registado na generalidade dos países.<ref name=acessoabertoefuturo>[http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/37143 O Acesso Aberto e o futuro da investigação e comunicação científica]</ref>

Também as revistas científicas nacionais beneficiaram do trabalho concretizado, que para além de usufruírem do [http://projeto.rcaap.pt/index.php/lang-pt/sobre-o-rcaap/servicos/sarc Serviço de Alojamento de Revistas Científicas], passaram a integrar o [http://www.sherpa.ac.uk/romeo/index.php?la=pt&fIDnum=%7C&mode=simple SHERPA/RoMEO] no âmbito do [http://projeto.rcaap.pt/index.php/lang-pt/sobre-o-rcaap/servicos/projecto-blimunda projeto Blimunda] que visou o levantamento das políticas das editoras e revistas científicas nacionais face ao auto-arquivo em repositórios institucionais.

A realização do estudo de estado da arte de repositórios de dados científicos, em 2010,<ref name=dadoscientificos>[http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/10830 Os repositórios de dados científicos: estado da arte]</ref> marcou o início da intervenção da comunidade científica no domínio da curadoria dos dados resultantes das atividades de investigação, da sua organização em repositórios de dados científicos e do seu acesso e, em 2012, a realização do estudo de estado da arte em preservação digital<ref name=preservacaodigital>[http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/17049 Estado da arte em preservação digital]</ref> assinalou o início do interesse da comunidade científica no domínio da preservação digital na esfera dos repositórios de Acesso Aberto.

Na sequência do memorando de entendimento assinado entre os Ministros da Ciência e Tecnologia de Portugal e do Brasil em Outubro de 2009 estreia-se, no ano seguinte, a 1.ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto<ref name=confoa>{{Citar web |url=http://www.acessoaberto.pt/c/index.php/index/index |titulo=Conferências Acesso Aberto |acessodata=2015-10-13 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160205074655/http://www.acessoaberto.pt/c/index.php/index/index |arquivodata=2016-02-05 |urlmorta=sim }}</ref> celebrando, em 2015, a sua 6ª edição.

O culminar do trabalho realizado ficou marcado por dois acontecimentos importantes no panorama nacional de Acesso Aberto. Por um lado, a rede RCAAP passou a ser o instrumento consagrado na lei para dar cumprimento ao depósito legal das teses de doutoramento, dissertações de mestrado e outros trabalhos científicos através do [https://dre.pt/application/file/498425 Decreto de Lei 115/2013] e da [https://dre.pt/application/conteudo/70297426 portaria 285/2015] que define o processo de depósito legal destes documentos com mais detalhe.<ref name="rcaapeacessoaberto"/>

Por outro, a principal agência financiadora do país – a [http://www.fct.pt/ Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)] – desenvolveu as suas Políticas de Acesso Aberto resultado da sua participação ativa na implementação de estratégias de Acesso Aberto, nomeadamente apoiando o RCAAP e lançando uma consulta pública a propostas de políticas de Acesso Aberto. As políticas entraram em vigor a 5 de maio de 2014.
No seu essencial, a [https://www.fct.pt/documentos/PoliticaAcessoAberto_Publicacoes.pdf política sobre Acesso Aberto a publicações científicas] resultantes de investigação financiada pela FCT determina que as publicações de resultados científicos, que sejam sujeitas a revisão por pares ou outra forma de revisão científica, devem ser depositadas num dos repositórios de Acesso Aberto do RCAAP logo que possível, de preferência por altura da aceitação da publicação. É permitido um período de embargo, depois do qual todo o conteúdo das publicações deve ser livremente disponível. A política aplica-se a artigos em revistas científicas, ''proceedings'' de conferências, posters, livros e capítulos de livros, monografias e teses de Mestrado e de Doutoramento. O financiamento da FCT engloba projetos de I&D, bolsas e contratos de emprego científico.
A [https://www.fct.pt/documentos/PoliticaAcessoAberto_Dados.pdf política sobre a disponibilização de dados] e outros resultados de investigação científica financiada pela FCT encoraja os investigadores a partilharem resultados primários e outros dados com a comunidade científica, colocando-os em bases de dados de Acesso Aberto, logo que possível. Também neste caso, o financiamento da FCT engloba projetos de I&D, bolsas e contratos de emprego científico.<ref name=politicasfct>[https://www.fct.pt/dsi/eciencia/index.phtml.pt Política de Acesso Aberto da FCT]</ref>

Para além destes acontecimentos, e no sentido de consolidar o alinhamento com as iniciativas de Acesso Aberto da Comissão Europeia, a participação da Universidade do Minho em diversos projetos de Acesso Aberto internacionais (como o [https://www.openaire.eu/ OpenAIRE], [http://www.pasteur4oa.eu/ PASTEUR4OA], [https://www.fosteropenscience.eu/ FOSTER] e outros) tem permitido o envolvimento de decisores políticos nacionais, investigadores e outros atores do sistema de comunicação científica mantendo e reforçando o foco no requisito básico de depósito de todas as publicações nos repositórios não impedindo, contudo, que, simultaneamente, possa ser apoiada a publicação em Acesso Aberto.<ref name="acessoabertoefuturo"/>

== Ver também ==
* [[Biblioteca digital]]
* [[Conhecimento livre]]
* [[Ciência aberta]]
* [[Wikiversidade]]: ''[[wikiversity:en:Open Access in Latin America#Brazil|Open Access in Brazil]]''

{{Referências|col=2}}

== Ligações externas ==
{{Commonscat|Open Access|Open access}}
* {{Link||2=http://openaccess.sdum.uminho.pt/ |3=O Acesso Aberto}} @Universidade do Minho
* {{Link||2=http://www.kuramoto.blog.br |3=O Blog do Kuramoto}}
** {{Link||2=http://kuramoto.files.wordpress.com/2008/09/manifesto-sobre-o-acesso-livre-a-informacao-cientifica.pdf |3=Manifesto Brasileiro de apoio ao Acesso Livre à Informação Científica}}
*{{Link||2=http://www.unesco.org/new/en/communication-and-information/portals-and-platforms/goap/|3=GOAP}}: Portal Global do Acesso Aberto da [[UNESCO]] - "estado do acesso aberto à informação científica ao redor do mundo"

<!--
Necessário???
* {{Link||2=http://www.sparceurope.org/Repositories/ |3=Self-Archiving and Institutional Respositories in Europe}}
* {{Link||2=https://repositorium.sdum.uminho.pt/index.jsp |3=RepositóriUM. Repositório institucional da Universidade do Minho}}
* {{Link||2=http://www.scielo.org/index.php |3=SciELO - Scientific Electronic Library Online}}
* {{Link||2=http://sphere-project.blogspot.com/ |3=Sphere (Scholarly Publishing Electronic Resources)}} Blog dedicado à aplicação da tecnologia digital ao acesso e difusão da informação científica
* {{Link||2=http://metacollab.net |3=metacollab.net}}.
* {{Link||2=http://bioinformatics.org/ |3=Bioinformatics Organization: The Open-Access Institute}}
* {{Link||2=http://www.earlham.edu/~peters/fos/fosblog.html |3=Open Access News}}
* {{Link||2=http://www.earlham.edu/~peters/fos/overview.htm |3=Open Access Overview}}
* {{Link||2=http://amsci-forum.amsci.org/archives/American-Scientist-Open-Access-Forum.html |3=American Scientist Open Access Forum}}
* {{Link||2=http://www.soros.org/openaccess/ |3=Budapest Open Access Initiative}}
* {{Link||2=http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html |3=Bibliography of Findings on the Open Access Citation Impact Advantage}}
* {{Link||2=http://www.zim.mpg.de/openaccess-berlin/berlindeclaration.html |3=Declaração de Berlim}} sobre o acesso livre.
* ''{{Link||2=https://mx2.arl.org/Lists/SPARC-OAForum/Message/991.html |3=Carta Aberta ao Congresso dos EUA assinada por 25 Prémios Nobel}}'' ([[26 de Agosto]] de [[2004]])
* ''{{Link||2=http://news.bbc.co.uk/2/low/science/nature/3911285.stm |3=Call for freely available Science}}'' ([[BBC News]] [[20 de Julho]] de [[2004]]), ''[http://www.publications.parliament.uk/pa/cm200304/cmselect/cmsctech/399/39902.htm Scientific Publications: Free for all?]'' (''The House of Commons Science and Technology Committee - Tenth Report'', [[7 de Julho]] de [[2004]])
* {{Link||2=http://www.arl.org/arl/proceedings/138/guedon.html |3=In Oldenburg's Long Shadow: Librarians, Research Scientists, Publishers, and the Control of Scientific Publishing}}
* {{Link||2=http://www.jpgmonline.com/article.asp?issn=0022-3859;year=2003;volume=49;issue=3;spage=263;epage=267;aulast=Willinsky |3=The Nine Flavours of Open Access Scholarly Publishing}}
* {{Link||2=http://www.eprints.org/berlin3/outcomes.html |3=Berlin 3 Open Access Policy Recommendation}}
* {{Link||2=http://openaccess.eprints.org/ |3=Open Access Archivangelism: Maximizing Research Impact by Maximizing Research Access}}
* {{Link||2=http://poeticeconomics.blogspot.com |3=Imaginary Journal of Poetic Economics}}
* {{Link||2=http://oalibrarian.blogspot.com |3=OA Librarian}}
* {{Link||2=http://www.openj-gate.com |3=3000+ Open Access Journals Search: OpenJ-Gate.com}}
* {{Link||2=http://www.openarchives.eu |3=Openarchives.eu - The European Guide to OAI-PMH Digital Repositories in the World}}
-->

{{Conhecimento livre}}
{{Ativismo de propriedade intelectual}}
{{Portal3|Ciência|Educação|Direito}}



{{DEFAULTSORT:Acesso Livre}}
[[Categoria:Acesso livre]]
[[Categoria:Publicação acadêmica]]
[[Categoria:Movimentos sociais]]
[[Categoria:Publicações digitais]]
[[Categoria:Conhecimento livre]]
[[Categoria:Acesso aberto]]
[[Categoria:!Mais Diversidade em Teoria da História na Wiki]]