Alexandre Gonçalves Pinto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Alexandre Gonçalves Pinto
Informação geral
Nascimento 1870
Local de nascimento Rio de Janeiro, RJ
País  Brasil

Alexandre Gonçalves Pinto (Rio de Janeiro, 1870 - Rio de Janeiro, 1950), também conhecido como O Animal, foi um carteiro, violonista, cantor e cavaquinista de música popular brasileira.[1][2] Conviveu com os músicos de choro do final do século XIX e do início do século XX, com quem animava bailes e festas familiares. No final da vida, escreveu um livro de memórias que registrou seus colegas de música e que é, hoje, um dos únicos documentos que trazem informações sobre os chorões do período.[3][4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Em 1936, Alexandre escreveu o livro "O choro: reminiscências dos chorões antigos",[5] que atualmente é registro-chave do cenário musical relacionado ao choro no início do século XX, por trazer informações biográficas de centenas de músicos populares cariocas e os respectivos instrumentos, incluindo todos os artistas do choro que atuaram desde 1870 até o ano de lançamento do livro.[2][6][7][8][9][10] Nas palavras do próprio autor, na página de rosto de sua obra:

"Contendo: O perfil de todos os chorões da velha guarda, e grande parte dos chorões d’agora, factos e costumes dos antigos pagodes, este livro faz reviver grandes artistas musicistas que estavam no esquecimento."[5]

Quando do seu lançamento, a publicação não teve repercussão. Contudo, em 1978, após ser relançada pela Funarte, tornou-se uma das principais fontes de pesquisa da área.[2][6][7][8][11][12]

"Não fosse ele e nada saberíamos hoje da existência de dezenas e dezenas de chorões que ressurgem para todos nós, precisamente graças à pena canhestra de Gonçalves Pinto." (Ary Vasconcelos)[4][8]

Notas e Referências

  1. «Biografia no Cravo Albin». dicionariompb.com.br. Consultado em 22 de novembro de 2012 
  2. a b c Aragão, Pedro de Moura (2012). «O CARTEIRO E A CULTURA POPULAR NA BÉLLE ÉPOQUE: ALEXANDRE GONÇALVES PINTO E O CHORO». Anais do SIMPOM (2). ISSN 2317-398X. Consultado em 3 de outubro de 2023 
  3. «Casa do Choro». acervo.casadochoro.com.br. Consultado em 3 de outubro de 2023 
  4. a b VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira na Belle Époque. Rio de Janeiro: Livraria Santana Ltda., 1977.
  5. a b Pinto, Alexandre Gonçalves. O choro: reminiscências dos chorões antigos. [Rio de Janeiro]: Typ. Glória, 1936. 210p.
  6. a b O BAU DO ANIMAL: ALEXANDRE GONÇALVES PINTO E O CHORO - 1ªED.(2013) - Pedro Aragao - Livro. [S.l.: s.n.] 
  7. a b Aragão, Pedro. O baú do Animal: Alexandre Gonçalves Pinto e o Choro. Rio de Janeiro: Folha Seca, 2013.
  8. a b c «Especial Reminiscências dos Chorões Antigos - Bloco 4 (22'45) - Rádio Câmara». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 3 de outubro de 2023 
  9. «1936- Foi lançada a primeira edição de "O Choro-Reminiscência dos Chorões Antigos". | Identidades do Rio». www.pensario.uff.br. Consultado em 3 de outubro de 2023 
  10. Azevedo Neto, Joachin (2022). «História: repertório de referências culturais e históricas». www.atenaeditora.com.br. Consultado em 3 de outubro de 2023 
  11. Pedro Aragão. Dossiê temático sobre choro. Música Popular em Revista, v. 6, n. 1, p. 3-7, 2019. DOI:10.20396/muspop.v6i1.13146
  12. Lúcia Campos; Pedro Aragão; Rafael Velloso. Mas o choro já não é patrimônio? Ressonâncias e desafios do processo de patrimonialização do choro. LaborHistórico, Rio de Janeiro, 8 (1): 46-62, jan. | abr. 2022.
Ícone de esboço Este artigo sobre um cantor é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.