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Análise do comportamento: diferenças entre revisões

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Segundo Skinner, os pensamentos e as emoções não podem ser causa do comportamento. Eles são, antes, classes comportamentais especiais.
Segundo Skinner, os pensamentos e as emoções não podem ser causa do comportamento. Eles são, antes, classes comportamentais especiais.
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Revisão das 13h54min de 5 de abril de 2011

A análise do comportamento é a explicação de um evento comportamental dada pela descrição das relações que este evento sustenta com outros eventos (presentes ou passados). O que define a prática do analista do comportamento é a investigação de efeitos (conseqüências) cumulativos (dimensão histórica) de contingências ou interações (passadas e atuais) sobre o desempenho atual do organismo através de um recurso metodológico (análise funcional], experimental ou não experimental). Baseia-se na identificação de relações funcionais, cujo objetivo é identificar e descrever o efeito comportamental, buscar relações ordenadas entre variáveis ambientais e a ação de um organismo, formular predições confiáveis baseadas nas descrições dessas relações e produzir controladamente esses efeitos previsíveis.

O objeto da análise do comportamento é o comportamento, palavra com significado específico na especialidade. O comportamento é o produto da relação entre organismo e seu meio. Considera, desse modo, também o mundo privado do sujeito, e não somente o público, este último, aquele observável por todos. O mundo privado, sentido apenas pelo cliente e relatado ao mundo externo pelos mais diversos meios, da fala sistemática à arte, pode ser entendido, por outras abordagens, como a subjetividade humana.

Embora seja muito complexo, ele pode ser investigado como qualquer fenômeno observável:

A análise científica do comportamento começa pelo isolamento das partes simples de um evento complexo de modo que esta parte possa ser melhor compreendida. A pesquisa experimental de Skinner seguiu tal procedimento analítico, restringindo-se a situações suscetíveis de uma análise científica rigorosa. Os resultados de seus experimentos podem ser verificados independentemente e sua conclusões podem ser confrontadas com os dados registrados. Assim, fazer análise do comportamento é determinar as características/dimensões da ocasião em que o comportamento ocorre, identificar as propriedades públicas e privadas da ação e definir as mudanças produzidas pela emissão das respostas (no ambiente, no organismo). A essa tríade chama-se contingência tríplice, a unidade funcional da análise do comportamento.

Para Skinner, um evento comportamental é o produto conjunto da história anterior de reforçamento do sujeito. Por reforçamento, entende-se qualquer estímulo que aumenta a probabilidade de respostas. Assim, pode-se dizer que o ambiente (externo - físico, social; interno - biológico, histórico) seleciona grandes classes de comportamento.

Seleção por Conseqüências

O modelo causal de seleção do comportamento por consequências foi proposto por Skinner (1981). A explicação selecionista do comportamento é eminentemente histórica, e abre mão de argumentos semelhantes aqueles do paradigma da mecânica clássica. Em relação a este ponto,um erro freqüente nas críticas à análise do comportamento é acreditar que, dentro do behaviorismo, a causa de um comportamento deve ser necessariamente imediata. Pelo contrário, a causa de um comportamento não precisa estar próxima e imediata, já que a causação imediata (se necessária) se opõe à explicação histórica - que, por sua vez, incorpora a história da espécie, a história do indivíduo e a história da cultura, considerando-se estas como três processos de seleção do comportamento. A análise recai sobre o produto integrado desses processos históricos, e sua separação ou análise é um artifício meramente didático ou metodológico. O comportamento humano é o produto da ação integrada e contínua de contingências filogenéticas, ontogenéticas e culturais (Skinner, 1981).

Isso evidentemente ainda passa pelo crivo de uma Análise Funcional de cada elemento destes circunstancialmente. O que faz da Análise do Comportamento uma ciência preocupada com a "prática" e a "função das coisas" na vida do sujeito. Não se trata, portanto, de "aniquilar" um dado comportamento disfuncional, mas avaliar as razões pelas quais ocorre e como implementar novos comportamentos e de que maneira isto poderia ser útil na real vivência do indivíduo.

Mentalismo

Embora Freud e os psicodinâmicos estivessem igualmente interessados na base ontológica da ação, Skinner adotou uma posição mais extrema, afirmando que todos estes fatores conhecidos tradicionalmente como mentais são comportamentos, sendo de natureza física, e devem ser estudados como tal, sem ganhar posição de causa do comportamento (posição defendida em razão da epistemologia desta ciência, o Behaviorismo Radical, o qual se opõe a explicações do comportamento internalistas, sejam elas de carácter mentalistas ou organicistas).

Segundo Skinner, os pensamentos e as emoções não podem ser causa do comportamento. Eles são, antes, classes comportamentais especiais. skinner

Ligações externas

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