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Andiroba: diferenças entre revisões

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== Nomes científicos ==
== Nomes científicos ==


''Carapa guaianensis'' e ''Carapa procera'' (há pequenas diferenças entre as duas espécies).
''Carapa guaiis'' e ''Carapa procera'' (há pequenas diferenças entre as duas espécies).
São usadas medicinalmente.
São usadas medicinalmente.



Revisão das 13h13min de 23 de março de 2011

Andiroba
Classificação científica
Reino:
Divisão:
Classe:
Ordem:
Família:
Gênero:
Espécies:
C. guianensis
Nome binomial
Carapa guianensis
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Andiroba (Carapa guianensis Aubl. ) é uma árvore da família Meliaceae. O nome deriva de "andi-roba", a palavra tupi-guarani que refere as sementes desta árvore e que significa gosto amargo. É reconhecida oficialmente pelo Ministério da Saúde do Brasil como possuidora de propriedades fitoterápicas.[1]

Nomes científicos

Carapa guaiis e Carapa procera (há pequenas diferenças entre as duas espécies). São usadas medicinalmente.

Nomes populares

Andiroba, andirova, angirova, carapa, purga-de-santo-inácio.

Família

Meliáceas (mesma do cedro, canjerana, mogno e cinamomo).

Características

Árvore de grande porte, que chega a atingir 30 metros de altura. O fuste (parte que vai do solo aos primeiros galhos) é cilíndrico e reto. A casca é grossa, tem sabor amargo e desprende-se facilmente em grandes placas. Copa de tamanho médio e bastante ramosa. A inflorescência é uma panícula (espécie de cacho). As flores têm cor creme e o fruto é uma cápsula que se abre quando cai no chão, liberando de quatro a seis sementes. Floresce de agosto a outubro na Amazônia e frutifica de janeiro a maio. Porém, há muitas variações dependendo da região.É nativa da Amazônia.O óleo e as gorduras são extraídos e utilizados para a produção de: repelente de insetos, anticépticos,cicatrizantes e antiinflamatório.

Muito utilizada pelas populações da região Norte do Brasil. Utiliza-se também em animais que apresentam ferimentos. É aplicado o óleo de andiroba sobre as partes feridas e expostas, evitando a contaminação e aproximação de insetos nocivos.

Ocorrência

América Central, América do Sul, Caribe e África tropical. No Brasil, ocorre em toda a Bacia Amazônica, principalmente em regiões de várzeas e áreas alagáveis ao longo dos igapós. Também é encontrada desde o Pará até a paraíba.

Plantio

Em condições naturais, as sementes perdem o poder de germinação rapidamente. Para manter a viabilidade, a melhor forma de armazenamento é em câmara seca ou úmida, acondicionadas em sacos plásticos. As sementes são plantadas sem nenhum tratamento em recipientes individuais, contendo substrato rico em matéria orgânica e em ambiente semi-sombreado. A germinação acontece entre 25 e 35 dias depois da semeadura. Em seis ou sete meses, as mudas estão prontas para ir ao campo, onde o desenvolvimento é rápido.

Óleo

O óleo contido na amêndoa da andiroba é amarelo-claro e extremamente amargo. Quando submetido a temperatura inferior a 25°C, solidifica-se ficando com consistência parecida com a da vaselina. Contém substâncias como a oleína, a palmitina e a glicerina. Possui propriedades anti-sépticas, antiinflamatórias, cicatrizantes e inseticidas.

Usos

Popularmente, o óleo é utilizado para contusões, inchaços, reumatismos e cicatrizações, esfregando-se sobre o local machucado. Como repelente, há quem passe o óleo sobre a pele e quem queime o bagaço. A vela que está no mercado é feita com o bagaço. Deve ser acesa de manhã e à tarde, na hora em que os mosquitos começam a atacar. Na indústria cosmética, usa-se o óleo em sabonetes, xampus e cremes. O óleo é tido como remédio para calvície. Também funciona bem como solvente natural. Usa-se também como reconstituinte celular da derme, eliminando inflamações e dores superficiais.tem ação purgativa na eliminação de vermes.

Causas de risco de extinção

Principalmente por não ser uma planta muito forte, as chuvas fortes e derrubadas estão pondo em risco a sua sobrevivência. Justamente pelo fato de ser uma planta medicinal, seu risco de extinção preocupa. Faz parte do módulo da vitrine de técnicas da EMBRAPA Floresta, num sistema agroflorestal multiestrato.

Bibliografia

  • Biodiversidade Amazônica - Exemplos e Estratégias de Utilização, Jason W. Clay, Paulo de T.B. Sampaio e Charles R. Clement; Dicionário de Plantas Úteis do Brasil, M. Pio Corrêa; e Árvores Brasileiras, Harri Lorenzi.
  • Boutelje, J. B. 1980. Encyclopedia of world timbers, names and technical literature. (Ency WTimber)
  • Pennington, T. D. & B. T. Styles. 1981. Meliaceae. In: Organization for Flora Neotropica, ed., Fl. Neotrop. Monogr. 28:407–414.

Ligações externas

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