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[[Ficheiro:Casamento_do_Sr._António_Eça_de_Queiroz_com_a_Sra._D._Maria_Cristina_Guimarães_Rino_-_Illustração_Portugueza_(14Jul1913).png|miniaturadaimagem| Fotografia do casamento de Eça de Queiroz com Maria Cristina Guimarães Rino na [[Catedral de Notre-Dame de Paris|Notre-Dame de Paris]], 1913]]
'''António de Eça de Queiroz''' ou '''de Queirós''' ({{IPA-pt|ɐ̃ˈtɔnju dɨ ˈɛsɐ dɨ kɐi̯ˈɾɔʃ}}) ([[28 de dezembro]] de [[1891]] &#x2013; [[16 de maio]] de [[1968]]) foi um oficial do exército, político e agitador [[Monarquia|monárquico]] [[Portugal|português]], e um alto funcionário do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]] de [[António de Oliveira Salazar]]. Casou, em França, com Maria Cristina Guimarães Rino ([[Alcobaça (Portugal)|Alcobaça]], [[Alcobaça (Portugal)|Alcobaça]], Casa do Retiro, c. 1890 &#x2013; Alcobaça, Alcobaça, 1960), sem filhos.

Escreveu o romance «Caim».<ref>Livro de Oiro da Nobreza, Apostilas à Resenha das Famílias Titulares do Reino de Portugal de [[João Carlos Fêo Cardoso Castelo Branco e Tôrres]] e [[Manoel de Castro Pereira de Mesquita]], pelos [[Domingos de Araújo Affonso]] e [[Ruy Dique Travassos Valdez]], Tomo III, Academia Nacional de Heráldica e Genealogia, Braga, 1933, pág. 46</ref>

== Revoltas ==
Nascido em [[Paris]], filho do célebre autor [[Realismo|realista]] [[Eça de Queiroz|José Maria de Eça de Queiroz]] e de sua mulher, D. Emília de Castro, com mais 3 irmãos<ref>{{citar web |autor=Cf.  |url=http://www.citi.pt/cultura/literatura/romance/eca_queiroz/filhos.html |título=Filhos de Eça |data= |acessodata= |publicado=Centro de Investigação para Tecnologias Interactivas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa}}</ref> - Alberto (16-4-1894), José Maria (26 -2 -1888) e Maria (16-1-1887)<ref> Revista COLÓQUIO/Letras n.º 142 (Out. 1996). Cartas do Pai Eça, pág. 227.</ref> - foi educado numa escola politécnica em Portugal antes de entrar na formação de oficial de milícia.<ref name="Rees">[[Philip Rees]], ''[[Biographical Dictionary of the Extreme Right Since 1890]]'', 1990, p. 108</ref> Associou-se à causa monárquica desde muito jovem e esteve envolvido nas incursões que culminaram no ataque monarquista a Chaves em 1912. Como resultado, passou a maior parte do período de 1910 a 1915 no exílio. Continuaria o seu envolvimento nesta actividade ao longo da década, nomeadamente no [[Porto]] entre 1919 e 1920, na chama da "[[Monarquia do Norte]]". Participou do [[Golpe de Estado de 28 de Maio de 1926|golpe de Estado de 28 de maio de 1926]] e, em seguida, de uma nova revolta no Porto em fevereiro de 1927, com o objetivo de empurrar o governo para políticas mais monárquicas.

== Fascismo ==
António Eça de Queiroz foi um forte apoiante do regime de Salazar e procurou cargos no novo governo quando este assumiu em 1932. Inicialmente, porém, tinha apenas uma função de baixo nível, representando Portugal em [[Exposição mundial|feiras mundiais]] e eventos semelhantes.<ref name="Rees">[[Philip Rees]], ''[[Biographical Dictionary of the Extreme Right Since 1890]]'', 1990, p. 108</ref> Era o chefe do movimento juvenil oficial de Salazar, a ''Acção Escolar Vanguarda''. Nessa qualidade, representou Portugal na conferência fascista de Montreux de 1934, apesar de Salazar ter oficialmente rejeitado o [[fascismo]].<ref>[[Stanley G. Payne]], ''A History of Fascism 1914-1945'', p. 315</ref> Nessa altura Eça de Queiroz namorava os [[Movimento Nacional-Sindicalista|Nacional-Sindicalistas]] e foi como representante deste grupo que foi anunciado na conferência. Após a reunião, tornou-se secretário da ''Comitati d'Azione per l'Universalità di Roma'' (CAUR, ou Comissões de Ação para a Universalidade de Roma) para Portugal, embora [[Eugénio de Castro]] fosse o presidente.<ref>L. F. Bruyning & Joseph Theodoor Leerssen, ''Italy - Europe'', 1990, p. 109</ref>

== Atividade governamental ==
António Eça de Queiroz foi promovido em 1943 ao cargo de subdiretor do [[Secretariado de Propaganda Nacional]].<ref name="Rees">[[Philip Rees]], ''[[Biographical Dictionary of the Extreme Right Since 1890]]'', 1990, p. 108</ref> Nesta função tornou-se uma das figuras mais importantes do regime de Imprensa de Salazar.<ref>[[Mircea Eliade]], ''Autobiography'', 1988, p. 95</ref> Em 1951 foi nomeado Presidente da Direção da [[Emissora Nacional|Emissora Nacional de Radiodifusão]], função que ocupou até 1959. Nesta posição foi efetivamente chefe da radiodifusão em Portugal. Foi também sob Eça de Queiroz que a [[televisão em Portugal]] foi introduzida. Depois disso, deixou o governo, embora tenha continuado a escrever para vários jornais e revistas, invariavelmente em apoio a Salazar.

== Condecorações ==
* {{PORb}} Cavaleiro da [[Ordem do Império|Ordem do Império Colonial]] de [[Portugal]] (5 de outubro de 1933)
* {{PORb}} Oficial da [[Ordem Militar de Cristo]] de [[Portugal]] (5 de outubro de 1936), "pelos serviços prestados à propaganda de Portugal na Exposição de Arte Colonial de Nápoles e na Feira de Amostras de Tripoli"<ref>[https://www.arquivo.presidencia.pt/details?id=151455 Processo de condecoração de António d´Eça de Queiroz (Sub-Director do Secretariado da Propaganda Nacional) com o grau de Oficial da Ordem Militar de Cristo]</ref>
* {{PORb}} Oficial da [[Ordem Militar de Sant'Iago da Espada]] de [[Portugal]] (13 de outubro de 1959)<ref>{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2022-02-19 |notas=Resultado da busca de "António de Eça de Queiroz".}}</ref> 

{{referências}}

{{Tradução/ref|en|António Eça de Queiroz|oldid=1009222767}}
[[Categoria:Eça de Queiroz]]
[[Categoria:Nacionalistas de Portugal]]
[[Categoria:Apoiantes da Monarquia do Norte]]
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[[Categoria:Mortos em 1968]]
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