Aoua Keita

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Aoua Keita
Aoua Keita
Nascimento 1912
Bamaco
Morte 07 de maio de 1980 (68 anos)
Bamaco
Nacionalidade Maliana
Progenitores Mãe: Mariam Coulibaly
Pai: Karamogo Kéita
Ocupação Obstetra, política e ativista.

Aoua Keita (Bamaco, 1912 - 7 de maio de 1980) foi uma obstetra, política e ativista dos direitos das mulheres de Mali, que colaborou com a reforma sobre a lei do casamento e da tutela, ampliando o direito das mulheres malianas. Foi a primeira mulher parlamentar do país, e participou na elaboração da Constituição do Mali.[1][2][3][4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu no ano de 1912, em Bamaco, no Sudão francês (atualmente Mali); como filha de Mariam Coulibaly e Karamogo Kéita.[5]

Estudou na Escola para Meninas de Bamaco; Com o apoio de seu pai, em 1923, ingressou na Foyer de Métisses de Bamaco, se formando em 1928; e em 1931, se formou em obstetrícia pela Escola de Medicina de Dacar. Após se formar, trabalhou como obstetra em Gao por 12 anos; e depois trabalhou em Nara e em Casamansa.[1][5]

Casou-se com Daouda Diawara, em 1935. Por não querer um casamento poligâmico, comum para a sociedade de Mali, divorciando-se em 1949.[2][3][5]

Em 1946, tornou-se membro do partido União Sudanesa - Assembleia Democrática Africana (US-RDA); durante este período, incentivou a abertura da ala feminina do partido. No ano de 1956, criou um sindicato de mulheres. Em 1958, se tornou comissária da ala feminina do partido, e participou na elaboração da Constituição do Mali. Foi eleita como deputada da Assembleia Legislativa Nacional, em 1959, se tornando a primeira mulher parlamentar do país. Mali passou por uma mudança cultural e retirou todas as mulheres que estavam no poder, no ano de 1967. Com o golpe militar de 1968, Keita ficou em exilio em vários países.[1][2][3][5]

Publicou uma autobiografia, em 1975, Femme D’Afrique: la vie d’Aoua Keïta racontée par elle-même (Mulher da África: a vida de Aoua Keita recontada por ela própria), com o qual ganhou o Grande Prêmio Literário da África Negra.[1][5]

Em 1980, retornou para Bamaco. E faleceu em 7 de maio, deste esmo ano.[3][4]

Referências

  1. a b c d «Women in African History: Aoua Keita biography». Unesco. Consultado em 28 de agosto de 2023 
  2. a b c Nivelon, Valéria (17 de setembro de 2020). «La marche du monde - Aoua Keïta, la voix des indépendantes africaines». RFI (em francês). Consultado em 29 de agosto de 2023 
  3. a b c d Lobti, Nadia (31 de julho de 2023). «Aoua Kéita: pioneering the path for African women's empowerment». The New Times (em inglês). Consultado em 29 de agosto de 2023 
  4. a b Volet, Jean-Marie (22 de fevereiro de 2009). «Aoua Keita». University of Western Australia. Consultado em 30 de agosto de 2023 
  5. a b c d e «Aoua Kéita (1912-1980)». Biografias de Mulheres Africanas. Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 28 de junho de 2020. Consultado em 28 de agosto de 2023