Armando de Lacerda

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Armando de Lacerda
Nascimento 15 de agosto de 1902
Porto
Morte 30 de agosto de 1984 (82 anos)
Coimbra
Cidadania Portugal
Ocupação professor universitário, phonetician, romanista

Armando Soeiro Moreira de Lacerda, mais conhecido por "Armando de Lacerda", (Porto, 15 de Agosto de 1902 - Coimbra, 30 de Agosto de 1984) foi um Professor Universitário, foneticista e inventor de equipamentos únicos e revolucionários.[1] Como foneticista, percorreu Portugal para registar os diferentes sotaques nacionais e construiu em Coimbra um laboratório que atraiu para Portugal os principais investigadores mundiais de Fonética.[2] Foi também o precursor das impressoras a jacto de tinta e das impressoras comandadas por voz.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

"Armando de Lacerda", nasceu na cidade do Porto, a 15 de Agosto de 1902, aí concluiu o curso liceal, vindo-se a matricular na 1.ª Faculdade de Letras do Porto, onde, em 29 de Julho de 1930, obteve a licenciatura em Filologia Germânica. em 1931, parte para a Alemanha, como bolseiro da Junta de Educação Nacional, e especializa-se em Fonética Experimental no Laboratório de Fonética da Universidade de Hamburgo. Foi aí, na Universidade de Hamburgo, que criou o labiógrafo inscritor oral.[1][2][3]

No final do ano de 1931, continuou as suas investigações no Instituto de Fonética da Universidade de Bona, onde, nos anos seguintes, viria a criar o tonómetro multiplicador, o electro-cromógrafo, o tradutor de figurações tonais em configurações luminosas e o tonómetro. Criou também a Cromografia um novo método fonético de registo sonoro para análise dos sons da linguagem e participou em várias conferências internacionais sobre Fonética, tendo apresentado em 1932 no Congresso Internacional de Ciências Fonéticas em Amesterdão, o policromógrafo,[4] um aparelho que tornou obsoleto o quimógrafo, o aparelho, então em voga, para registo de sons.[1][2][3]

Reconhecido como o percursor da Fonética Experimental em Portugal, regressa ao país em 1935, onde com o apoio do Instituto para a Alta Cultura, instala, na Faculdade de Letras de Coimbra, o primeiro Laboratório de Fonética Experimental. Jubilou-se em 1972, como diretor do Laboratório de Fonética Experimental da Universidade de Coimbra, tendo sido consagrado como cientista de excepcional valor no domínio da Fonética, vindo a falecer nessa cidade a 30 de Agosto de 1984.[1][2][3]

Referências

  1. a b c d «Armando de Lacerda e a Fonética Experimental em Portugal: centralidade científica na "periferia".». www.citcem.org. Consultado em 17 de novembro de 2020 
  2. a b c d «Armando Soeiro Moreira de Lacerda». sigarra.up.pt. Consultado em 17 de novembro de 2020 
  3. a b c d «Armando Lacerda, o cientista que Portugal Esqueceu». expresso.pt. Consultado em 17 de novembro de 2020 
  4. «Ascensão e queda de um laboratório de fonética em Coimbra que foi referência mundial». www.publico.pt. Consultado em 17 de novembro de 2020