Saltar para o conteúdo

The Chronicles of Narnia: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
bot: revertidas edições de Tevo957 ( modificação suspeita : -6), para a edição 35766289 de Eldunayz
Tevo957 (discussão | contribs)
texto trocado por 'GO WITH YOU'
Linha 1: Linha 1:
GO WITH YOU
{{Info/Série literária
|nome = As Crônicas de Nárnia
| width = 26em
| cor01 =
| cor02 = #1874CD
| cor03 = #1874CD
| nome da série = As Crônicas de Nárnia
| imagem = [[Ficheiro:Statue of C.S. Lewis, Belfast.jpg|250px]]
| legenda = Estátua em memória do autor da série, Clive Staples Lewis, olhando o interior de um guarda-roupa, como no livro ''"[[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa]]"''.
| livros = ''[[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa]]<br />[[Príncipe Caspian]]<br />[[A Viagem do Peregrino da Alvorada]]<br />[[A Cadeira de Prata]]<br />[[O Cavalo e seu Menino]]<br />[[O Sobrinho do Mago]]<br />[[A Última Batalha]]''
| autor = [[Clive Staples Lewis]]
| título original = ''The Chronicles of Narnia''
| tradutor = {{BRAb}} [[Paulo Mendes Campos]] <br/> {{BRAb}} Silêda Steuernagel<br/> {{PRTb}} Ana Falcão Bastos
| ilustrador = [[Pauline Baynes]]
| idioma = [[Língua Inglesa|Inglês]]
| publicação = [[1950]] - [[1956]]
| gênero = [[Aventura]] / [[Fantasia]]
| editora = {{BRAb}} [[Editora Martins Fontes|Martins Fontes]]<br />{{PRTb}} [[Editorial Presença]]
| país = {{flagicon|United Kingdom}} [[Reino Unido]]
}}
{{BRPT|Literatura|'''As Crônicas de Nárnia'''|'''As Crónicas de Nárnia'''}} ('''The Chronicles of Narnia''', no original em [[língua inglesa|inglês]]), é uma série de sete [[romance|livros de fantasia]], escrita pelo autor [[Reino Unido|britânico]]<ref>{{citar web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/338121/CS-Lewis|título=C.S. Lewis|publicado=[http://www.britannica.com Encyclopædia Britannica]|acessodata=[[25 de agosto]] de [[2011]]}}</ref> [[C. S. Lewis]]. É a obra mais conhecida de Lewis, sendo a série considerada um clássico da [[literatura infantil]], tendo vendido mais de 120 milhões de cópias mundialmente<ref>http://www.manhattan-institute.org/html/_chicsuntimes-hollywood.htm</ref><ref>http://www.telegraph.co.uk/culture/books/books-life/7545438/The-20-greatest-childrens-books-ever.html</ref>, figurando como uma das [[Literatura|obras literárias mais bem sucedidas e conhecidas de todos os tempos]], traduzida em 41 idiomas. Escrito por Lewis entre [[1949]] e [[1954]], as Crônicas de Nárnia foram adaptadas diversas vezes, inteiramente ou parcialmente, para a [[Rádio (comunicação)|rádio]], [[televisão]], [[teatro]] e [[cinema]]. Além dos tradicionais ''temas cristãos'', a série usa caracteres da [[mitologia grega]] e [[mitologia nórdica|nórdica]], bem como os tradicionais [[contos de fadas]].

As Crônicas de Nárnia apresentam, geralmente, as aventuras de crianças que desempenham um papel central e descobrem o ficcional [[Nárnia|Reino de Nárnia]], um lugar onde a [[magia]] é corriqueira, os [[Nárnia#Animais Falantes|animais falam]], e ocorrem [[Guerra|batalhas]] entre o bem e o mal. Em todos os livros (com exceção de ''"[[O Cavalo e seu Menino]]"'') os personagens principais são crianças de [[Terra|nosso mundo]], que são magicamente transportadas para Nárnia a fim de serem ajudadas e instruídas pelo Grande [[Leão]] conhecido como [[Aslam]] (ou ''Aslan'', dependendo da tradução).

Ainda durante sua infância, Lewis criava ilustrações para as histórias que escrevia.<ref>[http://www.disney.com.br/cinema/narnia/livros/chronicles/books/illustrated.html Ilustrações de As Crônicas de Nárnia]</ref> Quando o livro ''[[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa]]'' estava prestes a ser publicado, ele havia pensado na possibilidade de ilustrá-lo, mas acabou solicitando uma desenhista profissional, Pauline Baynes, que na época tinha um pouco mais de vinte anos de idade, mas que já tinha ilustrado o último livro do autor [[J. R. R. Tolkien]] (chamado de [[Mestre Gil de Ham]]). Lewis, então, decidiu que ela seria a pessoa ideal para ilustrar as pessoas e os fantásticos seres em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa; porém ela acabou ilustrando os sete livros da série.

No [[Brasil]], a série ''As Crônicas de Nárnia'' foi editada inicialmente pela ABU Editora, e era praticamente desconhecida até o filme ''[[The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe]]'', uma adaptação do segundo livro da série, ser lançado em 2005, que fez com que os livros fossem os mais vendidos no país.

== Volumes da Série ==
{{Revelações sobre o enredo}}
Todos os sete volumes de ''As Crônicas de Nárnia'' foram escritas entre [[1949]] e [[1954]], tendo sido publicados originalmente no [[Reino Unido]] pela [[editora]] [[HapperCollins]] entre [[1950]] e [[1956]].

[[C. S. Lewis]] lançou inicialmente ''[[O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa]]'' em 1950, sem ter a intenção de produzir uma série de livros. Entretanto, encorajado pelas críticas positivas do público e de amigos (incluindo [[J. R. R. Tolkien]], autor de ''[[O Senhor dos Anéis]]'', de quem Lewis era grande amigo), o autor decidiu prosseguir, no ano seguinte, escrevendo outros livros contando outras histórias do mundo de Nárnia, as quais Lewis já estava desenvolvendo desde antes da publicação de ''[[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa]]'';

Ao longo do processo de escrita dos demais livros, que levou cerca de quatro anos, até 1954, Lewis aproveitou para retomar partes anteriores da história para preencher lacunas deixadas no primeiro livro e poder, ao mesmo tempo, contar o que ocorria posteriormente ao [[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa|primeiro livro]]. Por isso a ordem de publicação não coincide com a ordem cronológica, que é estruturada através dos eventos que ocorrem nas histórias dos livros.

A ilustradora original foi a [[Reino Unido|britânica]] [[Pauline Baynes]], que fazia os desenhos à base de caneta de tinta, comuns nos livros publicados na época. Ao longo das décadas posteriores, a série se tornou um ícone da [[literatura fantástica]], vendendo até a atualidade mais de 120 milhões em 68 países em que foi publicada, tendo sido traduzida em 41 [[idioma]]s — incluindo, [[Língua francesa|francês]], [[Língua alemã|alemão]], [[Língua italiana|italiano]], [[Língua espanhola|espanhol]], [[Língua portuguesa|português]], [[Língua sueca|sueco]], [[Língua irlandesa|irlandês]], [[Língua russa|russo]], [[Língua grega|grego]], [[Mandarim|chinês]], [[Língua dinamarquesa|dinamarquês]], [[Língua norueguesa|norueguês]], [[Língua polonesa|polonês]], [[Língua finlandesa|finlandês]], [[Língua turca|turco]], [[Língua ucraniana|ucraniano]], [[Língua coreana|coreano]], [[Língua croata|croata]], [[Língua hindi|hindi]] e [[Língua japonesa|japonês]]. Abaixo, serão apresentados as sinopses dos livros da série, em ordem de publicação.<!-- Caros usuários, não revelem o final do livro, pois para isso foi colocado a predefinição de ''Artigo principal''. -->

=== ''The Lion, the Witch and the Wardrobe'' (1950) ===
{{Artigo principal|[[The Lion, the Witch and the Wardrobe]]}}

''O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa'' ({{lang-en|''The Lion, the Witch and the Wardrobe''}}), concluído durante o inverno de [[1949]] e publicado em [[1950]], é o primeiro romance da série em ordem de publicação; porém, o segundo em ordem cronológica. Narra a história de quatro crianças humanas: [[Pedro Pevensie|Pedro]], [[Susana Pevensie|Susana]], [[Edmundo Pevensie|Edmundo]] e [[Lúcia Pevensie]], que através de um antigo e misterioso guarda-roupa, chegam ao mundo de [[Nárnia]], um exuberante país que enfrenta um terrível e prolongado inverno, imposto pela falsa rainha do país (a [[Feiticeira Branca]]), e que já completava cem anos. Com a ajuda do grande e poderoso leão [[Aslam]], os irmãos Pevensie devem derrotar à terrível bruxa e trazer a paz de volta à Nárnia e a todos os que nela habitam.

=== ''Prince Caspian'' (1951) ===
{{Artigo principal|[[Prince Caspian]]}}

''Príncipe Caspian'' ({{lang-en|''Prince Caspian'' ou até mesmo ''Prince Caspian: The Return to Narnia''}}), concluído durante o outono de [[1949]] e publicado em [[1951]], é o segundo livro da série a ser publicado; porém, o quarto em ordem cronológica. Narra o retorno dos irmãos Pevensie à [[Nárnia]], lugar onde passaram 1300 anos, enquanto que no [[Terra|nosso mundo]] apenas tinha passado um. Durante esse tempo, muitas coisas aconteceram: os telmarinos (humanos que vivem em Telmar) invadem à Nárnia, desmatando os bosques e assassinando as criaturas narnianas. É nesse momento que os Pevensie conhecem [[Caspian X]], um bondoso príncipe telmarino. Logo após, eles deverão derrotar o telmarino e falso rei de Nárnia, [[Miraz]] (tio de Caspian), o atual comandante destes massacres no país. Para este plano se concretizar, eles terão novamente a ajuda de [[Aslam]].

=== ''The Voyage of the Dawn Treader'' (1952) ===
{{Artigo principal|[[The Voyage of the Dawn Treader]]}}

''A Viagem do Peregrino da Alvorada'' ou ''A Viagem do Caminheiro da Alvorada'' ({{lang-en|''The Voyage of the Dawn Treader''}}), concluído durante o inverno de [[1950]] e publicado em [[1952]], é o terceiro livro da série a ser publicado; porém, o quinto em ordem cronológica. Neste romance, apenas [[Edmundo Pevensie|Edmundo]] e [[Lúcia Pevensie]] retornam à [[Nárnia]], além do seu incômodo e emburrado primo [[Eustáquio Mísero]]. Juntos de [[Caspian X]] (que já era o rei de Nárnia) e do rato [[Ripchip]], eles viajam à bordo do navio ''Peregrino da Alvorada'', pois devem encontrar [[os sete fidalgos]] banidos por [[Miraz]]. Eles enfrentarão diversos perigos e aventuras em inúmeras ilhas, e como sempre, contarão com a ajuda de [[Aslam]].

=== ''The Silver Chair'' (1953) ===
{{Artigo principal|[[The Silver Chair]]}}

''A Cadeira de Prata'', ou ''O Trono de Prata'' ({{lang-en|''The Silver Chair''}}), concluído por Lewis durante a primavera de [[1951]] e publicado em [[1953]], é o quarto livro da série em ordem de publicação, o sexto em ordem cronológica, e o primeiro em que os irmãos Pevensie não aparecem. Nesta fantástica aventura, apenas [[Eustáquio Mísero]] e sua amiga de escola, [[Jill Pole]], vão à [[Nárnia]]; estando lá, eles devem encontrar o [[Príncipe Rilian]], o filho desaparecido do rei [[Caspian X]] (agora, uma pessoa idosa à beira da morte). Com os conselhos de [[Aslam]], Eustáquio e Jill devem percorrer Nárnia em busca de Rilian, e acabam por descobrir que o príncipe foi sequestrado e hipnotizado pela [[Feiticeira Verde]], que planeja, através do próprio Rilian, tomar Nárnia.

=== ''The Horse and his Boy'' (1954) ===
{{Artigo principal|[[The Horse and his Boy]]}}

''O Cavalo e seu Menino'', ou ''O Cavalo e seu Rapaz'' ({{lang-en|''The Horse and his Boy''}}), concluído durante a primavera de [[1950]] e publicada durante [[1954]], é o quinto romance da série a ser publicado; porém, é o terceiro em ordem cronológica, pois se passa durante ''A Era de Ouro'' em [[Nárnia]] (ou seja, durante o reinado dos irmãos Pevensie). Narra a história do cavalo falante [[Bri (Nárnia)|Bri]] e do garoto [[Shasta]], ambos detidos em cativeiro na [[Calormânia]]. Durante a fuga, estes descobrem que a Calormânia pretende invadir Nárnia através da [[Arquelândia]]. Agora eles devem impedir que este ataque ocorra; para isto, passarão por incríveis aventuras, junto de [[Aravis]] e [[Anexo:Lista dos personagens de As Crônicas de Nárnia#Animais falantes|Huin]].

=== ''The Magician's Nephew'' (1955) ===
{{Artigo principal|[[The Magician's Nephew]]}}

''O Sobrinho do Mago'', ou ''O Sobrinho do Mágico'' ({{lang-en|''The Magician's Nephew''}}), concluído durante [[1954]] e publicado em [[1955]], é o sexto livro da série a ser publicado, e o primeiro em ordem cronológica. Este romance narra os acontecimentos durante os primórdios de [[Nárnia]], preenchendo as lacunas deixadas no livro ''[[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa]]''. Através de uns anéis mágicos fabricados por [[André Ketterley]] (também conhecido como ''Tio André''), [[Digory Kirke]] e [[Polly Plummer]] viajam até [[Charn]], um mundo muito antigo sem vida, onde acabam por libertar acidentalmente à [[Feiticeira Branca|feiticeira branca: Jadis]]. Depois de muitos acontecimentos, eles chegam a um mundo que acabava de ser criado por [[Aslam]]: a Nárnia. O livro também relata a origem do guarda-roupa e de como ele foi parar no [[Terra|nosso mundo]].

=== ''The Last Battle'' (1956) ===
{{Artigo principal|[[The Last Battle]]}}

''A Última Batalha'' ({{lang-en|''The Last Battle''}}), concluída durante a primavera de [[1953]] e publicada durante [[1956]], é o último romance a ser publicado, e também o último em ordem cronológica. Depois que a [[Calormânia]], juntamente como seu líder [[Tash]], invadem [[Nárnia]], ocorre uma grande e violenta guerra. [[Aslam]], então, decreta o fim de Nárnia, fazendo as estrelas descerem do céu, o sol se apagar, e inundando todo o resto. Todos os humanos e criaturas boas e fiéis à Aslam, vão para o paraíso conhecido como [[País de Aslam]]; lá, todos os "amigos de Nárnia" (os Pevensie, Caspian X, Eustáquio, Jill, Digory, Polly) se encontram, exceto [[Susana Pevensie]], que havia "esquecido-se" de Nárnia por causa das coisas materialistas.
{{spoiler-fim}}

== Ordem de Leitura ==
Os fãs da série ''As Crônicas de Nárnia'' possuem fortes opiniões sobre o correto modo de ler-se os livros da série. No início, os livros não eram numerados; a primeira editora americana que numerou os romances foi a ''Macmillan'', que colocou número nos livros seguindo a ordem em que foram publicados. Quando a editora ''[[HarperCollins]]'' assumiu a série no ano de [[1994]], os livros foram renumerados, seguindo a ordem cronológica, tal como foi sugerido pelo enteado de [[Clive Staples Lewis|C.S.Lewis]], ''Douglas Gresham''.

<center>
{| class="wikitable"
!Ordem de Publicação
!Ordem Cronológica
|-
|[[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa]]||[[O Sobrinho do Mago]]
|-
|[[Príncipe Caspian]]||[[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa]]
|-
|[[A Viagem do Peregrino da Alvorada]]||[[O Cavalo e seu Menino]]
|-
|[[A Cadeira de Prata]]||[[Príncipe Caspian]]
|-
|[[O Cavalo e seu Menino]]||[[A Viagem do Peregrino da Alvorada]]
|-
|[[O Sobrinho do Mago]]||[[A Cadeira de Prata]]
|-
|[[A Última Batalha]]||[[A Última Batalha]]
|}
</center>

[[Clive Staples Lewis|Lewis]] publicou inicialmente ''[[O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa]]'' em [[1950]], sem ter a intenção de produzir uma série de livros. Ao seguir escrevendo outros livros, aproveitou para retomar partes anteriores da história para preencher lacunas deixadas no primeiro livro. Por isso a ordem de publicação não coincide com a ordem cronológica dos eventos que ocorrem nas histórias dos livros. Não existe uma ordem oficial para a leitura dos livros, mas duas delas são mais conhecidas. Uma coloca os livros na ordem cronológica dos eventos que ocorrem ao longo da série, e a outra na ordem de publicação.

* Na '''Ordem Cronológica''', o livro '''''[[O Sobrinho do Mago]]''''', que narra acontecimentos que antecedem ''[[O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa]]'', aparece em primeiro lugar, e o livro '''''[[O Cavalo e seu Menino]]''''', que narra acontecimentos que ocorrem no tempo descrito num parágrafo do livro ''O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa'', aparece em seguida deste. Esta ordem foi sugerida por um leitor dos livros da série para o próprio Lewis, que gostou da ideia, mas nunca a tomou como oficial. Várias edições dos livros os colocam nesta ordem.
* Na '''Ordem de Publicação''', os livros seguem a ordem em que foram publicados. Aqueles que defendem esta ordem de leitura, comentam que nessa sequência o leitor explora o universo criado por Lewis na ordem em que ele foi imaginado pelo autor. Isso tornaria a história mais coerente, alegando, por exemplo, que a verdadeira apresentação inicial de Aslam está no livro ''[[O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa]]'' (o primeiro a ser publicado), e não em ''[[O Sobrinho do Mago]]'' (o primeiro em ordem cronológica). Muitos leitores, fãs e críticos, acreditam de que este seja o modo correto de se ler a série, pois em ''O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa'' (primeiro livro em ordem de publicação; porém, o segundo em ordem cronológica), [[Nárnia]] é explorada, tomando conhecimento ao decorrer do livro. Já no romance ''O Sobrinho do Mago'' (sexto livro em ordem de publicação; porém, o primeiro em ordem cronológica), Nárnia foi exibida de um modo "''familiarizado''" aos leitores.

== Paralelos cristãos ==
{{Sem-fontes|data=julho de 2010}}
[[Clive Staples Lewis]] foi uma pessoa convertida ao [[cristianismo]], e que tinha anteriormente obras relacionadas à [[teologia]] e [[apologética|apologética cristã]]. Porém, ao contrário do que muitos pensam, Lewis não possuía a intenção de empregar conceitos de [[teologia cristã]] nas histórias ficcionais da série ''As Crônicas de Nárnia''. Segundo um relato do próprio Lewis, a sua intenção inicial não era usar temas cristãos; estes somente teriam sido naturalmente incorporados durante o processo de criação. O conteúdo cristão da série é o centro de um caloroso debate entre os seus críticos e defensores. Muitos cristãos entendem a série como um grande meio de [[Evangelho|evangelização]], enquanto outros colocam os livros como um meio subliminar de passar valores [[pagão]]s. Alguns críticos apontam que a temática cristã em vários dos livros é tão sutil que dificilmente é identificada por leitores que não estejam familiarizados com elas, embora tal sutileza permita a penetração no público não cristão.

Em todos os romances da série são encontrados, supostamente, fatos relacionados à acontecimentos bíblicos. Entre eles, o mais famoso seria o fato de que muitos cristãos acreditam que o personagem ficcional [[Aslam]] é uma alegoria a [[Deus]]; isso deve-se ao fato de que o personagem está presente do início ao fim da história, e criou o mundo de Nárnia através do seu canto (como podemos conferir no livro "O sobrinho do mago". Lewis alega ser uma grande coincidência o fato de que Jesus seja chamado como ''O Leão da tribo de Judá'', pois o personagem Aslam representa a figura de um leão. Outra curiosidade é uma passagem onde Aslam diz: "Também sou conhecido no seu mundo, mas por outro nome"

{{quote|Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.|Apocalipse 1:8}}
{{quote|E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.|Apocalipse 5:5}}
Com o lançamento de ''[[The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe]]'' em [[2005]], as acusações re-iniciaram.<ref>[http://www.noticiascristas.com/2008/05/crnicas-de-nrnia-e-o-evangelho.html As Crônicas de Nárnia e o Evangelho]</ref> Algumas pessoas que seguem o [[cristianismo]] acham desagradáveis estas temáticas, enquanto que as pessoas não familiarizadas com o cristianismo, não chegam a perceber estas supostas "Temáticas Cristãs". Muitos cristãos, por sua vez, acreditam que a série de Lewis seja uma excelente ferramenta para o evangelismo cristão. A questão do cristianismo nos romances se tornou o ponto focal de muitos livros.

=== J. R. R. Tolkien ===
[[J. R. R. Tolkien]] foi um grande amigo de [[C.S.Lewis]], um autor de inúmeras obras literárias, e também o responsável pela conversão de Lewis ao [[Cristianismo]]. Tolkien e Lewis, juntamente de outros escritores, faziam parte do grupo "[[The Inklings]]", que consistia na discussão das histórias criadas pelos autores deste mesmo grupo. No entanto, Tolkien não estava entusiasmado com as histórias de Lewis,<ref>[http://lazer.hsw.uol.com.br/narnia2.htm Inimizade de Tolkien por Nárnia]</ref> pois em parte, discordava com o modo de empregar as [[Mitologia|criaturas mitológicas]] de uma forma que não poderia agradar ao público, principalmente àquele que fosse cristão ou soubesse que Lewis era convertido ao Cristianismo, já que a mitologia é considerada como paganismo para certas religiões. Tolkien também criticou alguns atos relatados nas histórias, como as viagens entre o [[Terra|nosso mundo]] e [[Nárnia]]. Embora houvesse criticado em diversos pontos as histórias de Lewis, Tolkien alegou que o enredo desta história seria um instrumento para emitir-nos valores cristãos e bíblicos.

== Influências sobre Nárnia ==
=== Vida de Lewis ===
Lewis agregou, diversas vezes, acontecimentos de sua vida nas histórias da série. Nascido em [[Belfast]], Irlanda, Lewis mudou-se para um local na orla da cidade, quando ainda possuía sete anos. A nova casa continha longos corredores e muitas salas vazias, onde Lewis e seu irmão imaginavam viajar entre mundos ao mesmo tempo em que exploravam a casa. Do mesmo modo como [[Caspian X]] e [[Príncipe Rilian|Rilian]], Lewis perdeu precocemente sua mãe. Durante sua juventude na Inglaterra, Lewis tinha que embarcar em trens para chegar à escola, o que possui coerência e coesão com a trajetória dos irmãos Pevensie. Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], muitas crianças eram evacuadas de [[Londres]] para outros locais por causa dos [[Blitz|Ataques Aéreos]]. Nesse período, algumas crianças ficaram abrigadas na casa de Lewis, inclusive uma garota chamada Lucy (Lúcia em português brasileiro), fazendo-nos lembrar a hospedagem de [[Lúcia Pevensie]] e seus irmãos na casa do [[Digory Kirke|Professor Kirke]].

=== Acontecimentos históricos ===
Em diversas ocasiões nos romances da série, Lewis transforma alguns fatos e acontecimentos históricos mundiais em ficção; geralmente o autor usa esses exemplos como crítica ao comportamento da humanidade e aos atos praticados pelo homem. No romance ''[[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa]]'', Jadis, a [[Feiticeira Branca]] (representada como uma ímpia, tirana, corrupta e falsa-rainha), alega ser "a governanta serva do [[Imperador de Além Mar]]", já que supostamente foi enviada por tal. O Imperador de Além Mar é uma divinidade no mundo de [[Nárnia]]; um deus. Muitos fãs, leitores e críticos acreditam que Lewis esteja lembrando sobre fatos ocorridos durante a [[Idade Média]] na [[Europa]], onde Reis e Rainhas alegavam ser enviados de [[Deus]] para possuírem "poderes" sobre o reino, episódio conhecido como [[Absolutismo]]. Na Irlanda Medieval, havia uma tradição na qual os 'Grandes Reis' governavam sobre os reis, rainhas ou príncipes "menores", assim como o Reinado dos Pevensie. Em um certo capítulo no livro ''[[O Sobrinho do Mago]]'', novamente a personagem Jadis destrói o seu mundo natural, conhecido como [[Charn]], através de uma magia conhecida como [[Palavra Execrável]]. Muitos leitores acreditam que ao escrever isso, Lewis teria criticado a manipulação e o uso de armas nucleares, pois o livro foi concluído durante o período da [[Guerra Fria]]. O personagem [[Aslam]] alega ao final do livro:
{{Cquote|Não é impossível que um homem perverso de sua raça descubra um segredo tão pavoroso quanto o da Palavra Execrável; use este segredo para destruir todas as coisas vivas. Breve, muito em breve, antes que envelheçam, grandes nações em seu mundo serão governadas por tiranos parecidos com a imperatriz Jadis: indiferentes à alegria, à justiça e ao perdão. Avisem seu mundo deste grande perigo.}}

=== Influências Mitológicas ===
[[C.S.Lewis]] complementou a [[fauna]] de [[Nárnia]] usando seres ficcionais da [[mitologia grega]] e [[mitologia nórdica]], como por exemplo: [[centauro]]s (mitologia grega) e [[Anões (Mitologia)|anões]] (mitologia nórdica). Antes de escrever os livros da série, Lewis havia lido amplamente sobre [[literatura medieval|Literatura Medieval Celta]], que influiu ao longo de todos os livros, principalmente em ''[[A Viagem do Peregrino da Alvorada]]'', no qual o livro sa baseia no conto [[immrama]] (pronunciado ''Mi-rah-vuh''), no qual o conto narra a história onde os personagens principais navegam pelos mares enfrentando dificuldades e perigos para chegarem em uma ilha. No romance ''[[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa]]'', Lewis escreve, em um trecho, que a personagem conhecida como [[Feiticeira Branca]] se passa por [[Mulher|Filha de Eva]], quando na verdade ela é descendente de [[Lilith]]. Lilith é uma personagem mitológica, que segundo as lendas sobre ela, teria sido a primeira esposa de [[Adão e Eva|Adão]] e a responsável pela aparição da serpente no [[Jardim do Éden]]; enquanto outros acreditam que ela seja a própria serpente. Ao decorrer dos livros da série, são apresentados seres mitológicos e lendários como [[fauno]]s, centauros, [[minotauro]]s, [[dríade]]s, [[sereia]]s, [[gigante]]s, [[dragão|dragões]], [[duende]]s, [[pégaso]]s, [[grifo]]s, [[sátiro]]s, [[unicórnio]]s, [[Nárnia#Animais Falantes|animais falantes]], entre outros, que são popularmente conhecidos pelo público por diversas outras séries que apresentam estes seres fantásticos.

=== Nome ===
A origem do nome "[[Nárnia]]" é incerto. Segundo o "Pul Ford's Companion to Narnia", o nome do país ficcional não é uma alusão à antiga cidade italiana de [[Narni]], que foi conquistada em 299 a.C. e renomeada como 'Narnia'. Contudo, Lewis havia estudado clássicos em [[Oxford]], onde possivelmente encontrou algumas referências sobre Narnia na literatura latina. Existe também a possibilidade de que Lewis estivesse referindo-se ao texto alemão de 1501 ''Lucy von Narnia'' (Lúcia de Nárnia), escrito por [[Ercole d'Este I|Ercole d'Este]]. Lewis havia lido este texto durante seus estudos sobre literatura medieval e renascentista. Outra provável origem, talvez, possa ser uma palavra em [[sindarin]], uma língua desenvolvida por [[J. R. R. Tolkien]], amigo de Lewis, onde ''"Narn-îa"'' significa algo semelhante à "profundeza dos contos".

== Controvérsias ==
=== Sexismo ===
O autor da série, [[C.S.Lewis]], recebeu várias críticas ao longo dos anos; muitas delas por colegas autores. A maior parte delas resume-se na forma de [[sexismo]] no qual Lewis tratou a personagem [[Susana Pevensie]] no romance ''[[A Última Batalha]]'', onde descreve que a personagem havia esquecido-se de [[Nárnia]] por causa de 'batons, náilons e convites'. A autora [[JK Rowling]], responsável pela série [[Harry Potter]], disse o seguinte:

: <font size=2px>''Chega um ponto em que Susana, que era a garota mais velha, se afasta de Nárnia porque fica interessada em batom. Ela tornou-se irreligiosa basicamente porque encontrou sua sexualidade. Tenho um grande problema com esta questão de Susana.''</font>

[[Philip Pullman]], autor da série literária [[His Dark Materials]], muito crítico aos livros de Lewis<ref>[http://lazer.hsw.uol.com.br/narnia3.htm Philip Pullman acusa As Crônicas de Nárnia de racismo e preconceito sexual]</ref> até ser apelidado de "Anti-Lewis", chama ''As Crônicas de Nárnia'' como "monumento de desprezo feminino", interpretando a passagem de Susana na seguinte forma:

: <font size=2px>''Susana, assim como uma "Cinderela", está prestes a sofrer uma mudança de fase de sua vida para outra. Não aprovo isso de Lewis. Ele não gostava de mulheres ou sexualidade em geral, pelo menos enquanto escrevia os livros. Lewis estava assustado e horrorizado com a ideia do crescimento.''</font>

Por sua vez, o editor do ''Fan-magazine'' ("Revista-fã") chamado Andrew Rilstone, opõe esta opinião, afirmando que 'os batons, náilons e convites' citados no livro, são retirados de seu contexto. Estes afirmam que em ''[[A Última Batalha]]'', Susana está excluída da Nárnia porque ela não acredita mais nesse mundo. Ao final do livro, Susana ainda está viva e pode acabar juntando-se novamente a sua família. Além disso, Susana, já adulta e com maturidade sexual, é vista como algo positivo em ''[[O Cavalo e seu Menino]]''. Portanto, 'os batons, náilons e convites' podem ser razões improváveis para a sua exclusão de Nárnia.

É interessante ressaltar que Lewis apoia em citar o papel positivo das mulheres na série, como [[Jill Pole]] em ''A Cadeira de Prata'', [[Aravis|Aravis Tarcaína]] em ''O Cavalo e seu Menino'', [[Polly Plummer]] em ''O Sobrinho do Mago'', [[Lúcia Pevensie]] e a própria Susana em ''O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa''.

=== Racismo ===
Em um romance da série, especificamente em ''[[O Cavalo e seu Menino]]'', há um local chamado [[Calormânia]], no qual já foram planejados diversos ataques à [[Nárnia]]. Em outras palavras, é retratada como a cidade "vilã" de algumas histórias desta série. Os calormanos são retratados como pessoas de pele escura, com longas barbas e turbantes, que muitos traçam semelhanças com os [[árabe]]s, apesar de que os costumes e a religião possuem mais semelhanças com o povo [[hindu]]. Pode ser ainda uma alusão aos [[lamanitas]]. Muitos críticos consideram racismo na parte de Lewis, que sempre descreve o povo calormano como algo ruim. Sobre o alegado racismo em ''O Cavalo e seu Menino'', a editora jornalística [[Kyrie O'Connor]] escreve:

: <font size=2px>''É simplesmente terrível. Embora as histórias do livros contenha suas virtudes, você não precisa ser uma pessoa com conhecimentos vastos para encontrar essas afirmações [[Árabe|anti-árabes]], [[Médio Oriente|Anti-Leste]] ou [[Império Otomano|Anti-Otomanas]]''.</font>

Há, porém, uma explicação mais natural. De facto, no [[Terra|Nosso Mundo]], enquanto mais meridionais sejam as terras (aquelas junto à linha do equador, e inclusive até ao fim do [[África|Continente Africano]]), mais escura será a pele das pessoas. Assim, Lewis teria seguido a mesma linha nos livros de Nárnia com a lógica existente no Nosso mundo:
* A ''Nárnia'' como a Europa.
* A ''Arquelândia'' como os países do norte africano ([[Marrocos]], [[Argélia]], [[Tunísia]], [[Líbia]] e [[Egito]]).
* O ''Grande Deserto'' que separa [[Arquelândia]] de [[Calormânia]], como o [[Deserto do Saara]].
* E a população de ''Calormânia'', como os povos da [[África Subsariana]] (de pele mais escura).

=== Paganismo ===
Ao longo do tempo, [[C.S.Lewis|Lewis]] recebeu críticas enviadas por alguns cristãos e organizações cristãs que entendem que ''As Crônicas de Nárnia'' possam ser uma "ferramenta ligada ao paganismo e ocultismo", por possuir temas considerados [[Heresia|hereges]], tais como a representação [[Antropomorfismo|antropomórfica]] de [[Jesus|Jesus Cristo]] como um leão, no caso de [[Aslam]]. Em cada história, Lewis empregou um significado bíblico, conhecido como "Paralelos Cristãos" ou "Temática Cristã", na qual a história faz referência a acontecimentos bíblicos, o que tem sido considerado paganismo por usar '[[Bíblia|passagens bíblicas]]' em histórias ficcionais.

: <font size=2px>Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominável ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus."</font><br />[Deuteronômio 18:9-13]

Esta polêmica agravou-se ainda mais por causa do emprego de [[Mitologia|criaturas mitológicas]] reunidas a estes paralelos cristãos, pois algumas [[Cristianismo|Igrejas Cristãs]], acreditam que histórias e seres mitológicos são heresias. Lewis alegou dizendo que através de contos ficcionais, com seres e criaturas mitológicas, os leitores (no caso, o público infanto-juvenil) aprenderiam um pouco mais sobre o Cristianismo representado em ''As Crônicas de Nárnia''.

== Adaptações ==
Ao longo dos tempos, ''As Crônicas de Nárnia'' foram adaptadas diversas vezes para a [[televisão]], [[Rádio (comunicação)|rádio]], [[teatros]], e até mesmo para o cinema. Estas adaptações possuíram um grande desempenho, o que faz gerar cada vez mais adaptações na mídia. Com exceção das adaptações nas rádios e teatros, a série nunca foi adaptada inteiramente para a televisão ou cinema; ou seja, não são adaptados todos os sete livros da série. Geralmente, os "excluídos" são ''[[O Cavalo e seu Menino]], [[O Sobrinho do Mago]]'' e ''[[A Última Batalha]]''. Embora não sejam todos adaptados, ''As Crônicas de Nárnia'' possuem prêmios e diversas indicações.

=== Televisão ===
''[[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa]]'' foi a primeira adaptação dos livros da série para a televisão, o que ocorreu em [[1967]], formado por dez episódios, contendo trinta minutos cada um. Foi dirigido por Helen Standage, e o roteiro foi escrito por Trevor Preston.

Em [[1979]], ''O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa'' foi adaptado novamente para a televisão, desta vez como desenho animado, produzido por Bill Meléndez e apresentado no Children's Television Workshop. O responsável pelo roteiro foi David D. Connell. Foi o primeiro filme de [[longa-metragem]] animado feito para televisão. Para ser liberado na televisão britânica, muitos personagens tiveram suas vozes re-gravadas por atores e atrizes britânicos, tais como [[Leo McKern]], [[Arthur Lowe]] e [[Sheila Hancock]]. Mas a voz de [[Aslam]], fornecida pelo norte-americano [[Stephen Thorne]], permaneceu na nova versão.

De [[1988]] à [[1990]], quatro romances da série ''As Crônicas de Nárnia'' foram adaptados para a televisão e transformaram-se em sucessos da [[BBC]]. Apenas ''O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, [[Príncipe Caspian]], [[A Viagem do Peregrino da Alvorada]]'' e ''[[A Cadeira de Prata]]'' foram adaptados. Mesmo assim, conseguiram um total de quatorze prêmios, incluindo um [[Emmy]] na categoria de Melhor Programa Infantil. Esta série televisiva já foi adaptada para DVD, VHS e Blu-Ray.

=== Rádio ===
A primeira adaptação de ''As Crônicas de Nárnia'' para a [[Rádio (comunicação)|rádio]] ocorreram na década de [[1980]] produzido pela [[BBC Radio 4]], conhecida como "Tales of Narnia" (''Contos de Nárnia''), onde a série foi apresentada em um período de aproximadamente quinze horas.

Em [[1991]], ''Sir Michael Hordern'' produziu versões da série de uma forma resumida, onde foram acompanhadas por [[harpa]] de Marisa Robles, e [[flauta]] de Christopher Hyde-Smith. Foram relançados durante [[1997]] pela rádio Collins Audio.

Durante [[1999]] à [[2002]], o grupo ''Focus on the Family'' produziu dramatizações dos sete romances da série, apresentados em seu programa conhecido como ''Rádio Teatro'' ou ''Teatral de Rádio''. O elenco de vozes incluíam mais de cem atores, uma trilha orquestrada original, e um design de som digital com qualidade de cinema. A apresentação durou aproximadamente vinte e duas horas. O enteado de [[C.S.Lewis]], Douglas Gresham, foi o responsável pela produção da série. No website do programa de rádio "Focus on the Family", consta o seguinte:

: <font size=2px>''Entre o [[Ermo do Lampião|lampião]] até [[Cair Paravel]], junto ao mar do oeste, está [[Nárnia]], uma terra mística onde os animais têm o poder de falar… [[Fauno]]s das florestas se associam aos [[homem|homens]]… Forças das trevas, numa demanda pela conquista, avançam por todas as partes do mundo para ganhar a guerra contra o legítimo herdeiro do reino… E o [[Aslam|Grande Leão Aslam]] é a única esperança. A este mundo encantado chega um grupo de viajantes incomuns. Esses meros garotos e garotas, quando estão diante do perigo, aprendem extraordinárias lições de coragem, auto-sacrifício, amizade e honra!''</font>

=== Teatro ===
Em [[1984]], ''O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa'' foi adaptado para o teatro, apresentado no 'London's Westminster Theatre', produzido por Vanessa Ford Productions. Foi adaptada para os palcos por Glyn Robbins e dirigida por Richard Williams, onde o responsável pelo design foi Marty Flood. A turnê teatral no Westminster foi encerrada apenas em [[1997]]. Outros livros de ''As Crônicas de Nárnia'' foram adaptados para o teatro, como ''A Viagem do Peregrino da Alvorada'' em [[1986]], ''O Sobrinho do Mago'' em [[1988]], e ''O Cavalo e seu Menino'' em [[1990]].

Em 1988, o "Royal Shakespeare Company" premiou ''O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa''. A Crônica foi adaptada para o palco por Adrian Mitchell com música de Shaun Davey. Adrian Noble foi o diretor original do musical, Anthony Ward foi o responsável pelo design, e Lucy Pitman-Wallace foi a diretora do revival. A produção foi tão bem apreciada que apresentou-se durante os feriados natalinos de [[1998]] à [[2002]], agora no 'Royal Shakespeare Theatre em Stratford'. Subsequentemente, a apresentação teatral foi transferida para para os teatros 'Londres no Barbican Theatre' e 'Sadler's Wells', onde fizeram apresentações limitadas. O jornal London Evening Standard escreveu:

: <font size=2px>''(…) A bela recriação de Lucy Pitman-Wallace, a partir da produção de Adrian Noble, evoca todo o encanto e mistério deste conto mitológico complexo, sem nunca ser formal demais ao ponto de deixar de abarcar toques cômicos como o extravagante veado do campo, ou um castor com afazeres domésticos (…) Em nossa era de domínio da ciência e tecnologia, a fé tem se tornado gradativamente insignificante; mas por outro lado, nesta gloriosa e ressoante produção é possível entender o seu poder de atração.''</font>

A adaptação de Adrian Mitchell foi posteriormente estreada nos [[Estados Unidos]] com a equipe "Minneapolis Children's Theatre Company", vencedora do Tony Award em [[2000]]. Esta foi sua primeira apresentação na costa leste, com a Seattle Children's Theatre encenando próximo às festividades natalinas durante 2000 à [[2003]], que mais tarde seria reencenada durante a temporada de 2003 à [[2004]]. Esta adaptação está licenciada para atuação no Reino Unido através de Samuel French.

Outra produção de ''O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa'' que foi notável, foi a produção comercial da companhia "Malcolm C. Cooke Productions" na Austrália (dirigida por Nadia Tass e descrita por Douglas Gresham), e da "Trumpets Theatre", conhecido por ser um dos melhores teatros comerciais das [[Filipinas]].

Produções teatrais de ''As Crônicas de Nárnia'' têm se tornado popular entre profissionais, comunidades e teatros jovens durante o decorrer do tempo.

=== Cinema ===
{{Artigo principal|[[The Chronicles of Narnia (série cinematográfica)]]}}

Uma versão cinematográfica de ''[[O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa]]'', intitulado como ''[[The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe]]'', (''As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa'') produzido pela [[Walden Media]] e distribuído pela [[Walt Disney Pictures]], foi lançado em dezembro de [[2005]]. O filme conquistou muitos fãs, dando notoriedade à série literária que era quase desconhecida em alguns países, como no [[Brasil]]. O filme foi [[Diretor de cinema|dirigido]] por [[Andrew Adamson]], que anteriormente só havia dirigido filmes de [[animação]]. O [[roteiro]] foi escrito por Ann Peacock. O [[longa-metragem|longa-metragem]] foi gravado em lugares da [[Polônia]], [[República Checa]] e [[Nova Zelândia]]. O filme ficou popular por seus grandes e belos [[Efeito especial|efeitos especiais]], usados principalmente para criar algumas criaturas ficcionais. O filme foi um sucesso de bilheteria no natal de 2005, arrecadando 745 milhões de dólares mundialmente.

A Disney produziu uma sequência, ''[[The Chronicles of Narnia: Prince Caspian]]'' (''As Crônicas de Nárnia: Principe Caspian''), lançada em maio de [[2008]] nos [[Estados Unidos]]. O filme custou caro cerca de 225 milhões e não obteve o retorno financeiro esperado nos Estados Unidos obtendo em bilheteria apenas 141 milhões mais em compensação no estrangeiro o filme teve uma bilheteria de 278 milhões no total de 419 milhões mundiais. Com isso, A Disney anunciou que não iria financiar o terceiro filme, devido a limitações orçamentais.

A [[Twentieth Century Fox]] assumiu o projeto, e ''[[The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader]]'' ('''As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada'''), o terceiro filme da série, estreou em 10 de dezembro de [[2010]]. A bilheteria deste foi um pouco mais baixa que a do filme anterior nos Estados Unidos com 104 milhões e fora com 311 milhões em um total de 415 milhões em bilheteria.

''The Chronicles of Narnia: The Magician's Nephew'' (''As Crônicas de Nárnia: O Sobrinho do Mago'') deverá ser o quarto filme baseado no livro ''[[O Sobrinho do Mago]]''. Segundo Michael Flaherty, a [[Walden Media]] esteve em negociação com a [[20th Century Fox]] e os herdeiros de [[C.S. Lewis]] acerca da produção deste filme.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/892731-proximo-narnia-devera-adaptar-o-sobrinho-do-mago.shtml|título=Próximo "Nárnia" deverá adaptar "O Sobrinho do Mago"|data=[[24 de março]] de [[2011]]|acessodata=[[24 de março]] de [[2011]]|publicado=[http://www1.folha.uol.com.br Folha Online]}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.narniaweb.com/2011/02/confirmed-walden-is-talking-with-fox-about-making-the-magicians-nephew/|título=Confirmed: Walden is Talking With Fox About Making The Magician’s Nephew|autor=Narniaweb.com|data=27 de fevereiro de 2011|publicado=|acessodata=22 de março de 2011|língua2=en}}</ref>. Em julho de 2011 foi confirmado que seria O Sobrinho do Mago e não A Cadeira de Prata como deveria ser por ordem de lançamento<ref>{{citar web|url=http://insidemovies.ew.com/2011/03/23/magicians-nephew-new-narnia-film/|título=Walden, Fox, in discussions on 'The Magician's Nephew|acessodata=[[4 de agosto]] de [[2011]]|data=[[23 de março]] de [[2011]]|autor=Bryan Lufkin|publicado=[http://insidemovies.ew.com Entertainment Weekly: Inside Movies]}}</ref>.

{{Referências}}

== {{Ver também}} ==
{{Wikiquote|As Crônicas de Nárnia}}
* [[Pauline Baynes]]
* [[J. R. R. Tolkien]]
* [[The Chronicles of Narnia (série cinematográfica)]]

{{As Crônicas de Nárnia}}

{{DEFAULTSORT:Narnia, As Cronicas De}}
[[Categoria:As Crônicas de Nárnia| ]]

{{Link FA|fi}}

Revisão das 06h37min de 30 de maio de 2013

GO WITH YOU