As Hébridas (Mendelssohn)

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A Gruta de Fingal nas Hébridas Interiores, Escócia

A abertura As Hébridas (em alemão: Die Hebriden), Opus 26, também conhecida como A gruta de Fingal (Die Fingalshöhle), é um poema sinfónico composto por Felix Mendelssohn em 1830. O seu nome provém da Gruta de Fingal, em Staffa, uma das ilhas Hébridas Interiores, na costa da Escócia. Pese o nome de "Abertura", a obra é independente, e converteu-se numa peça frequente do repertório orquestral. Mendelssohn dedicou a obra ao rei Frederico Guilherme IV da Prússia, então Príncipe da Prússia.

Mendelssohn viajou para Inglaterra pela primeira vez por convite de um alemão, por motivo de seu vigésimo aniversário.[1] Depois da viagem por Inglaterra, o compositor passou na Escócia, onde compôs a famosa sinfonia n.º 3, dita "Escocesa". Durante estas viagens pelo país, visitou as Hébridas e em particular a ilha de Staffa, onde descobriu a Gruta de Fingal, já um atractivo turístico. Naquela época a caverna tinha aproximadamente 11 metros de altura e 60 de profundidade, e continha coloridos pilares de basalto.[2] De imediato começou a escrever o que depois se converteria no tema inicial da obra, e enviou-a à sua irmã, Fanny Mendelssohn, numa carta onde afirmava: "Para lograr que compreendas até que ponto me afectaram as Hébridas, envio-te o seguinte, que veio lá à minha cabeça".[2]

O compositor terminou a obra em 16 de dezembro de 1830,[3] e intitulou-a originalmente Die einsame Insel, "A ilha solitária".[1] No entanto, Mendelssohn reviu depois a partitura, que voltou a dar por finalizada em 20 de junho de 1832,[3] e reintitulou-a Die Hebriden, "As Hébridas".[1] O título "A Gruta de Fingal" também faz a sua aparição na partitura.[2] A obra estreou em 14 de maio de 1832 em Londres,[3] num concerto onde também se interpretou a abertura de Mendelssohn Sonho de uma Noite de Verão.

O manuscrito autógrafo é conservado na Biblioteca Bodleiana, em Oxford.

Referências

  1. a b c Rita Junker Pickar (2002). «Notas do Programa Sinfónico Galveston». Consultado em 21 de janeiro de 2008 
  2. a b c David R. Glerum (30 de setembro de 2006). «Notas do Programa da Orquestra Filarmónica de Orlando» (PDF). pp. 4–5. Consultado em 21 de janeiro de 2008 
  3. a b c Geoff Kuenning. «Notas do Programa: Mendelssohn: Abertura "As Hébridas"». Consultado em 21 de janeiro de 2008