Asócio III da Arménia
Asócio III da Armênia | |
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Reinado | 951 - 977 |
Rainha | Cosrovanuis |
Antecessor(a) | Abas I da Arménia |
Sucessor(a) | Simbácio II da Arménia |
Morte | 977 |
Dinastia | Bagratúnio |
Pai | Simbácio I da Armênia |
Filho(s) | Simbácio II da Arménia |
Asócio III (em latim: Asotius; em grego: Ασώτιος; romaniz.: Asṓtios; em armênio: Աշոտ; romaniz.: Ašot), chamado o Piedoso (em armênio/arménio: Ողորմած; romaniz.: Vołormats)[1] foi um príncipe da Arménia da Dinastia Bagratúnio, tendo governado entre 951 e 977. Foi antecedido no governo por Abas I da Arménia e foi sucedido pelo governo de Simbácio II da Arménia.[carece de fontes]
Nome
[editar | editar código-fonte]Asócio (Asotius; Ασώτιος, Asṓtios) é a forma latina e grega do armênio Axote (Աշոտ, Ašot), cuja origem é desconhecida. Foi registrado em árabe como Axote (آشُوط, ʔāšūṭ) e em georgiano como Axote / Axoti (აშოტ(ი), Ašoṭ(i)).[2]
Reinado
[editar | editar código-fonte]Abas morreu em 952 e assim seu filho Asócio III tornou-se o novo rei, durante seu reinado, a Armênia se dividia em sete reinos, ao norte estavam as autoridades nominais dos bizantinos enquanto que os reinos ao sul pagavam tributos aos muçulmanos, essa situação prevaleceu até a metade do século seguinte.[3]
O reinado de Asócio marcou o apogeu da Armênia medieval, com maior interesse em aplicar seus recursos em grandes projetos de construções. Asócio relocou a capital permanentemente para Ani e também patrocinou a relocação do Catolicato armênio para a cidade próxima de Argina. Suas ações filantrópicas, que o fizeram ser chamado de "O piedoso", foram exageradas por sua esposa, a rainha Khosrovanuysh que fundou os monastérios de Sanahim em 966 e Halbate em 976, decorados com retratos de seus dois filhos, [4] estes lugares tornaram importantes centro de cultura e ensino da Armênia medieval.[1][Nota 1] Contava-se que Asócio III era tão caridoso que jamais tinha uma refeição sem antes enviar algo para os pedintes para que compartilhassem da refeição com ele.[5]
Neste período de grande estabilidade e segurança, a tendência na Armênia foi dividir o país entre os príncipes, então em 962/3, Asócio estendeu a realeza e um reino próprio para seu irmão Musel, de modo que este se tornou o governador da cidade de Cars, a residência principal da casa real. O reino de Cars passou para o filho de Musel, Abas (984 - 1029) e neto Cacício Abas (1029 - 65).[Nota 1]
Depois da morte de Asócio III, seu filho mais velho Simbácio II da Arménia tornou-se o novo rei.[3]
Referências
- ↑ a b Rouben Paul Adalian. Historical Dictionary of Armenia. Scarecrow Press; 13 May 2010. ISBN 978-0-8108-7450-3. p. 37.
- ↑ Ačaṙyan 1942–1962, p. 180.
- ↑ a b George Mouradian. Never to Die: A Historical Novel About Armenia and the Quest for Noah's Ark. AuthorHouse; 2005. ISBN 978-1-4634-7166-8. p. 460.
- ↑ Lynn Jones. Between Islam and Byzantium: Aght'amar and the Visual Construction of Medieval Armenian Rulership. Ashgate Publishing, Ltd.; 2007. ISBN 978-0-7546-3852-0. p. 98.
- ↑ Zabelle C. Boyajian; Aram Raffi. An Anthology of Legends and Poems of Armenia. Indo-European Publishing; 2008. ISBN 978-1-60444-015-7. p. 164.
Notas
- ↑ a b Rouben Paul Adalian. Historical Dictionary of Armenia. p. 214
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Աշոտ». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã