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Ateneu Artístico Vilafranquense: diferenças entre revisões

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==Percurso==
==Percurso==


Uma colectividade centenária como o Ateneu Artístico Vilafranquense tem no seu curriculum, naturalmente, inúmeros episódios que definem e caracterizam a especificidade daquilo que tem sido a sua função sócio-cultural, acompanhando, assim, não sem dificuldades e sacrifícios, mas também com empenho, o suficiente, para ultrapassar esses momentos menos favoráveis, mais do que um século de vida.
No início era a "Fanfarra 1° de Maio", cuja fundação data de 1 de Maio de [[1891]]. A primeira apresentação ao público [[Vila Franca de Xira|Vilafranquense]] foi no ano seguinte, com 16 executantes. Em 1894 já eram 27 os executantes. Em 1906 a Colectividade passa a designa-se "Grémio Popular Vilafranquense", usando ao mesmo tempo o nome de "Fanfarra 1° de Maio de 1891 ". De 1908 a 1914 tem a designação de Centro Cultural. Em [[1916]] a Fanfarra dá lugar a uma Banda de Música passando a Colectividade a usar o nome de "Grémio Artístico Vilafranquense". Por determinação do decreto-lei n.º 29232, art. 11 de 8 de Dezembro de [[1939]] a sua designação passa a ser Ateneu Artístico Vilafranquense.


Um século português que viveu quatro momentos essenciais: a Monarquia, a 1ª República, o Estado Novo e a democracia da 3ª República, a do pós-25 de Abril de 1974. Podendo igualmente perceber-se nos testemunhos recreativos desta colectividade, nos programas culturais que uniram os seus associados e amigos, nos membros que constituíram ao longo dos anos, a sua Banda de Música, em gerações sucessivas de Vilafranquenses entusiastas dessa arte de Euterpe que é a Música, nos concertos populares, nas iniciativas várias que fizeram permanecer a chama de uma ideia, vendo-se aí, e em muitos mais, diríamos nós, o reflexo da realidade cultural de toda uma região e, particularmente, de uma localidade como Vila Franca de Xira, lugar de presença efectiva nas várias fases que fizeram a história destes dois últimos séculos em Portugal.
Nos [[década de 1950|anos 50]] e 60 muitas foram levadas a cabo várias iniciativas deignas de registo mas só a partir dos [[década de 1970|anos 70]] é que se verificou um maior salto qualitativo. Inicialmente com a criação de várias secções e depois pelo maior apoio recebido das autarquias.


A origem desta colectividade encontra-se no contexto histórico e cronológico da segunda metade do século XIX, em épocas propícias, por razões várias à proliferação das sociedades musicais. É assim que a génese do actual Ateneu Artístico Vilafranquense pode ser testemunhada no esforço inicial de um grupo de música popular muito específico e característico desses tempos, o chamado “Grupo Ocarinista” fundado em 1888 por Joaquim dos Reis Tralha, mais tarde, um dos fundadores da “Fanfarra 1º de Maio”. Se o som das ocarinas pode reunir alguns dos homens desta terra mais apaixonados pela música, e pela harmonia e vivacidade que proporcionava, logo se pretendeu dar corpo a um projecto mais digno e de maior possibilidade de expansão cultural e recreativa, convertendo-se assim na “Fanfarra 1º de Maio” fundada em 1891.
Em [[1993]] o Ateneu é reconhecido como [[Instituição de Utilidade Pública]] nos termos do decreto-lei n.º 460/77 de 7 de Novembro com publicação no [[Diário da Republica]] III Série, n. ° 265. O [[Portugal|Governo português]] distingue em 24 de Abril de [[1999]] o Ateneu com a medalha de mérito cultural ao abrigo do decreto-lei n.º 123/84 de 13 de Abril. A Colectividade foi distinguida pela Câmara Municipal de [[Vila Franca de Xira]] com a medalha de mérito, Prata e Ouro. Pela [[Federação Portuguesa de Colectividades de Cultura e Recreio]] com a medalha de ouro "Instrução e Arte e Mérito Associativo" e ainda pela Junta de Freguesia de [[Vila Franca de Xira]] com a distinção da placa de prata e diploma de "Mérito Cultural".

No ano seguinte, apresenta-se a Fanfarra ao público vilafranquense com 16 executantes, aumentando esse número, em 1894, para 27 músicos, que assim confirmavam os propósitos iniciais. Acompanhando o gérmen republicano, a colectividade viria a denominar-se, em 1906, “Grémio Popular Vilafranquense” e, poucos anos depois, ligar-se-ía inevitavelmente ao “Centro Eleitoral Republicano Vilafranquense”, mantendo, contudo, o subtítulo de “Fanfarra 1º de Maio”.

Mas se esses eram tempos de união entre valores políticos e culturais, rapidamente se entendeu ser prejudicial tal ligação entrando a colectividade em crise significativa, só ultrapassada em 1916, com a formação do “Grémio Artístico Vilafranquense”, afirmando-se então um colectivo com o vigor necessário para que não mais voltasse a faltar um agrupamento musical que fizesse o orgulho das gentes de Vila Franca de Xira dando a fanfarra lugar a uma banda de música.

Nomes como o já referido Joaquim dos Reis Tralha (que foi, durante largos anos regente da “Fanfarra 1º de Maio”, José Dias da Silva (principal mentor da colectividade durante os conturbados anos da 1ª República), o maestro e compositor da região Artur César Pereira ou os presidentes e directores Faustino de Sousa, Adriano Porfírio da Silva e Arnaldo Araújo entre outros, foram, por certo, parte fundamental da persecução do projecto iniciado em 1891.

Após a afirmação do “Grémio Artístico” ao longo dos anos 20 e 30, seria já por determinação do decreto-lei 29.232 de 1938, artº11, que a colectividade teve de alterar a denominação, para não se confundir os “Grémios”, os organismos corporativos criados então pelo Estado Novo. Assim, o Grémio dá lugar à actual designação de “Ateneu Artístico Vilafranquense”.

No dia 24 de Abril de 1999, o Ministro da Cultura, Profº António Manuel Carrilho, atribuiu a Medalha de Mérito Cultural a esta Colectividade, em sessão solene no Salão Nobre da autarquia de Vila Franca de Xira.

A colectividade foi distinguida igualmente pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira com as medalhas de Mérito Cultural e Associativo, prata e ouro, pela Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio com as medalhas de ouro Instrução e Arte e Mérito Associativo, e placa de prata de Mérito Cultural da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira.

Está ainda declarada como Associação de Utilidade Pública.

A amplificação da actividade geral do Ateneu, só continuará a ser possível, com o envolvimento de todos os associados, de todos os participantes das secções, de todos os homens e mulheres que ajudam o Ateneu Artístico Vilafranquense a crescer de dia para dia, assim como, dos diversos agentes da freguesia e concelho, para que o objectivo final de honrar os 121 anos desta instituição e de democratizar o acesso a bens culturais para a nossa comunidade possa ser cumprido.


==Actualidade==
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[[Categoria:Sociedades musicais de Portugal]]
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[[Categoria:Bandas filarmónicas]]
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Revisão das 23h03min de 3 de junho de 2012

Ateneu Artístico Vilafranquense
Informação geral

O Ateneu Artístico Vilafranquense tem secções tão variadas como a Banda de Música, Escola de Música, Coros, Escola de Ballet, Danças de Salão, Taekwon-do e Radiodifusão.

Percurso

Uma colectividade centenária como o Ateneu Artístico Vilafranquense tem no seu curriculum, naturalmente, inúmeros episódios que definem e caracterizam a especificidade daquilo que tem sido a sua função sócio-cultural, acompanhando, assim, não sem dificuldades e sacrifícios, mas também com empenho, o suficiente, para ultrapassar esses momentos menos favoráveis, mais do que um século de vida.

Um século português que viveu quatro momentos essenciais: a Monarquia, a 1ª República, o Estado Novo e a democracia da 3ª República, a do pós-25 de Abril de 1974. Podendo igualmente perceber-se nos testemunhos recreativos desta colectividade, nos programas culturais que uniram os seus associados e amigos, nos membros que constituíram ao longo dos anos, a sua Banda de Música, em gerações sucessivas de Vilafranquenses entusiastas dessa arte de Euterpe que é a Música, nos concertos populares, nas iniciativas várias que fizeram permanecer a chama de uma ideia, vendo-se aí, e em muitos mais, diríamos nós, o reflexo da realidade cultural de toda uma região e, particularmente, de uma localidade como Vila Franca de Xira, lugar de presença efectiva nas várias fases que fizeram a história destes dois últimos séculos em Portugal.

A origem desta colectividade encontra-se no contexto histórico e cronológico da segunda metade do século XIX, em épocas propícias, por razões várias à proliferação das sociedades musicais. É assim que a génese do actual Ateneu Artístico Vilafranquense pode ser testemunhada no esforço inicial de um grupo de música popular muito específico e característico desses tempos, o chamado “Grupo Ocarinista” fundado em 1888 por Joaquim dos Reis Tralha, mais tarde, um dos fundadores da “Fanfarra 1º de Maio”. Se o som das ocarinas pode reunir alguns dos homens desta terra mais apaixonados pela música, e pela harmonia e vivacidade que proporcionava, logo se pretendeu dar corpo a um projecto mais digno e de maior possibilidade de expansão cultural e recreativa, convertendo-se assim na “Fanfarra 1º de Maio” fundada em 1891.

No ano seguinte, apresenta-se a Fanfarra ao público vilafranquense com 16 executantes, aumentando esse número, em 1894, para 27 músicos, que assim confirmavam os propósitos iniciais. Acompanhando o gérmen republicano, a colectividade viria a denominar-se, em 1906, “Grémio Popular Vilafranquense” e, poucos anos depois, ligar-se-ía inevitavelmente ao “Centro Eleitoral Republicano Vilafranquense”, mantendo, contudo, o subtítulo de “Fanfarra 1º de Maio”.

Mas se esses eram tempos de união entre valores políticos e culturais, rapidamente se entendeu ser prejudicial tal ligação entrando a colectividade em crise significativa, só ultrapassada em 1916, com a formação do “Grémio Artístico Vilafranquense”, afirmando-se então um colectivo com o vigor necessário para que não mais voltasse a faltar um agrupamento musical que fizesse o orgulho das gentes de Vila Franca de Xira dando a fanfarra lugar a uma banda de música.

Nomes como o já referido Joaquim dos Reis Tralha (que foi, durante largos anos regente da “Fanfarra 1º de Maio”, José Dias da Silva (principal mentor da colectividade durante os conturbados anos da 1ª República), o maestro e compositor da região Artur César Pereira ou os presidentes e directores Faustino de Sousa, Adriano Porfírio da Silva e Arnaldo Araújo entre outros, foram, por certo, parte fundamental da persecução do projecto iniciado em 1891.

Após a afirmação do “Grémio Artístico” ao longo dos anos 20 e 30, seria já por determinação do decreto-lei 29.232 de 1938, artº11, que a colectividade teve de alterar a denominação, para não se confundir os “Grémios”, os organismos corporativos criados então pelo Estado Novo. Assim, o Grémio dá lugar à actual designação de “Ateneu Artístico Vilafranquense”.

No dia 24 de Abril de 1999, o Ministro da Cultura, Profº António Manuel Carrilho, atribuiu a Medalha de Mérito Cultural a esta Colectividade, em sessão solene no Salão Nobre da autarquia de Vila Franca de Xira.

A colectividade foi distinguida igualmente pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira com as medalhas de Mérito Cultural e Associativo, prata e ouro, pela Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio com as medalhas de ouro Instrução e Arte e Mérito Associativo, e placa de prata de Mérito Cultural da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira.

Está ainda declarada como Associação de Utilidade Pública.

A amplificação da actividade geral do Ateneu, só continuará a ser possível, com o envolvimento de todos os associados, de todos os participantes das secções, de todos os homens e mulheres que ajudam o Ateneu Artístico Vilafranquense a crescer de dia para dia, assim como, dos diversos agentes da freguesia e concelho, para que o objectivo final de honrar os 121 anos desta instituição e de democratizar o acesso a bens culturais para a nossa comunidade possa ser cumprido.

Actualidade

O Ateneu Artístico Vilafranquense mantém em actividade cerca de 400 elementos sobretudo jovens, nas várias secções.

Comentários

Se a Cultura e uma "...acção que o Homem exerce no meio e em próprio, fruto duma interpretação pessoal e coerente da realidade visando o seu aperfeiçoamento...", e recto afirmar-se que o Ateneu Artístico Vilafranquense faz parte do Património Cultural e Histórico de Vila Franca de Xira, nossa terra."

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  1. www.facebook.com/ateneuartisticovilafranquense