Mostrar código-fonte de Baquíadas

[[Ficheiro:Corinth1833.jpg|miniaturadaimagem|Corinto em 1833]]
Os '''baquíadas''' foram uma importante família oligárquica que controlou [[Corinto]] por vários anos.

== Ascensão ==
Um dos últimos reis de Corinto, [[Teleste]], reinara por doze anos,<ref name="diodoro.siculo.7.9.5">[[Diodoro Sículo]], Livro VII, 9.5</ref> até ser assassinado por seus parentes.<ref name="diodoro.siculo.7.9.6">[[Diodoro Sículo]], Livro VII, 9.6</ref> Em seguida, <ref group="Nota">Segundo Diodoro Sículo, houve ainda o reinado de ''Automenes'' por um ano</ref> o poder passou a ser exercido pelos descendentes de [[Héracles]], inicialmente duzentos em número, que, a cada ano, escolhiam um deles (o Presidente, ou ''Prytanes'') para exercer o poder real.<ref name="diodoro.siculo.7.9.6" /><ref name="pausanias.2.4.4">[[Pausânias (geógrafo)]], ''[[Descrição da Grécia]]'', 2.4.4</ref> Este regime durou até a tirania de [[Cípselo]],<ref name="diodoro.siculo.7.9.6" /><ref name="pausanias.2.4.4" /> noventa anos depois.<ref name="diodoro.siculo.7.9.6" />

== Governo oligárquico ==
O regime político em Corinto era dominado pela família dos baquíadas, descendentes de [[Héracles]], que se tornaram extremamente ricos.<ref name="strabo.geographia.8.6.20" /> 

A riqueza de Corinto também derivava de sua posição geográfica privilegiada: por um lado, era a passagem terrestre entre o [[Peloponeso]] e o resto da Grécia, por outro, era o caminho preferido pelos navios, por ter dois portos e permitir o transporte de carga, evitando a perigosa circunavegação do Peloponeso.<ref name="strabo.geographia.8.6.20">[[Estrabão]], ''Geografia'', Livo VIII, Capítulo VI, 20</ref> A isso somava-se a riqueza proveniente dos [[Jogos Ístmicos]], que atraíam multidões à cidade.<ref name="strabo.geographia.8.6.20" /> 

== Queda ==
Os baquíadas apenas casavam-se entre si.<ref name="herodoto.5.92">Discurso de [[Socles de Corinto]] contra a Tirania, citado em {{citar heródoto|5|92}}</ref> Um deles, [[Anfião (baquíada)|Anfião]], tinha uma filha coxa, chamada [[Labda]],<ref group="Nota">O nome é, possivelmente, uma referência à letra grega [[Lambda]], que tem a forma de duas pernas com pés tortos para dentro</ref> que não conseguiu arrumar marido entre os baquíadas, casando-se com ''Eetion'', filho de ''Echecrates'', da deme de ''Petra'' e por origem um [[lápita]], da raça de ''Caineus''.<ref name="herodoto.5.92" />

''Eetion'' não tinha filhos, e consultou o [[Oráculo de Delfos]], que respondeu que seu filho governaria Corinto.<ref name="herodoto.5.92" /> Esta profecia estava de acordo com uma profecia anterior que os baquíadas não tinham entendido, e que agora fazia sentido; assim, eles decidiram que os filhos de ''Eetion'' deveriam ser mortos.<ref name="herodoto.5.92" />

Quando nasceu um bebê, foram enviados dez homens à casa de Labda, e o primeiro que recebesse o bebê deveria matá-lo, jogando-o ao chão.<ref name="herodoto.5.92" /> Por sorte, quando Ladba entregou o bebê, ele sorriu, e o primeiro homem teve compaixão, e passou-o ao segundo homem, e assim por diante, o bebê passando por todos, que, ao final, o devolveram à mãe.<ref name="herodoto.5.92" /> Ao sairem da casa, eles discutiram, e resolveram voltar para matar o bebê, mas Labda ouviu tudo, e escondeu o bebê em uma urna de cereal.<ref name="herodoto.5.92" /> O bebê não foi encontrado, e foi chamado de [[Cípselo]], pelo local onde ele foi escondido.<ref name="herodoto.5.92" />

O descontentamento da classe média foi explorado por Cípselo que tomou o poder em 657 a.C., matando ou exilando os Baquíadas. 

== Alguns baquíadas ==
Um dos exilados por Cípselo foi [[Demarato de Corinto]], cuja riqueza era tão grande que fez ele dominar a cidade da Tirrênia onde foi morar, e, na geração seguinte, fez seu filho se tornar rei de Roma.<ref name="strabo.geographia.8.6.20" />

Outros baquíadas foram:
* [[Eumelo]], poeta épico do século VIII a.C.
* [[Árquias]], fundador de Siracusa em c. 734 a.C.
* [[Arrabeu]], rei de Lincéstide e bisavô de Filipe, o Grande.<ref name="strabo.geo.7.7.8">[[Estrabão]], ''Geografia'', Livro VII, Capítulo 7, 8</ref>

{{Notas e referências}}

{{Começa caixa}}
{{Caixa de sucessão|
|título = Governo de [[Corinto]]
|anos   = [[747 a.C.|747]] - [[657 a.C.]]<br />''Oligarquia''
|antes  = [[Teleste]] <small>ou Automenes</small><br />''Monarquia''
|depois = [[Cípselo]] <br />''Tirania''
}}
{{Termina caixa}}

[[Categoria:Mitologia coríntia]]