Mostrar código-fonte de Benguela

{{ver desambiguação}}
{{Info/Localidade de Angola
| nome       = Benguela
|imagem      = Praia de Benguela (cropped).jpg
|legenda     = O largo da Feira, ao centro, e a praia Morena, a esquerda, em 2013.
| tipo       = Município e Cidade
|província   = [[Província de Benguela|Benguela]]
|bandeira    = Bandeira_da_Benguela.gif
|fundação    = {{dtlink|17|5|1617|idade}}
|coordenadas = 
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|área        = 2 100
|população   = 623.777<ref name="Schmitt">Schmitt, Aurelio. Município de Angola: Censo 2014 e Estimativa de 2018. Revista Conexão Emancipacionista. 3 de fevereiro de 2018.</ref>
|censo       = 2018
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|gentílico   = benguelense
}}
'''Benguela''' <small>[[Ordem do Império|MHI]]</small> é uma [[cidade]] e [[município]], capital da [[província de Benguela]], no oeste de [[Angola]], composto somente da comuna sede, que está organizada em seis zonas.

Segundo as projeções populacionais de 2018, elaboradas pelo [[Instituto Nacional de Estatística (Angola)|Instituto Nacional de Estatística]], conta com uma população de 623 777 habitantes e área territorial de 2 100 km², sendo o município mais populoso da província e o décimo mais populoso da nação.<ref name="Schmitt"/>

Limita-se a norte com o município de [[Catumbela]], a leste com os municípios de [[Bocoio]] e [[Caimbambo]], a sul com o município de [[Baía Farta]] e a oeste com o [[Oceano Atlântico]].

== Etimologia ==
O termo "Benguela" seria de origem [[Umbundu|umbunda]], de raíz original nos termos "venga" ou "mbenga", do verbo "okuvenga" ou "okuvengela" que em [[Língua portuguesa|português]] significa "sujar, turvar ou sujar-lhe", significado associado à água do [[rio Catumbela]]; pode significar também "escuro ou opaco", relacionado à floresta fechada anteriormente circundante à [[baía das Vacas]].<ref name="Menezes">Menezes, Bernardo Kessongo. [https://run.unl.pt/bitstream/10362/18872/1/TRABALHO%20DE%20FINAL%20DE%20CURSO%20-%20TOPON%C3%8DMIA%20-%2030-06-2015%20-%20FINAL%20%280003%29.pdf Harmonização gráfica da toponímia do município de Benguela]. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 2015.</ref>

Ainda existe a teoria que associa ao topónimo "Mbegela", nome de um rei do primitivo [[reino de Benguela]], que existiu de maneira independente até à véspera dos primeiro contactos com os portugueses, quando se tornou vassalo. Em todo o caso, "Benguela" foi um nome aportuguesado e fortemente convencionado, de maneira que os termos originais são estranhos na contemporaneidade.<ref name="Menezes"/>

==História==
[[Imagem:Rade de Benguela.jpg|thumb|esquerda|200px|Baía de Benguela e Rio Cantonbelle, na [[década de 1740]]. Obra de Jacques-Nicolas Bellin.]]
A partir de [[1578]], deu-se a fixação portuguesa em [[Benguela-a-Velha]], perto da actual Porto Amboim. A fixação portuguesa marcou o início da exploração da região sul de Angola.<ref name="História de Benguela 2">{{citar web |url=http://www.angola-saiago.net/cidmae11.html |publicado=Angola Saiago |titulo=Resumo da História de Benguela |autor=Pires, Carlos |acessodata=23 de julho de 2013}}</ref>

Em 1615, [[Filipe II de Portugal]], no contexto da [[União Ibérica]], por ato legal, separou as terras ainda sob pleno domínio do [[Reino de Benguela]] da capitania de Angola (ou de Luanda), para a criação da [[Capitania de Benguela]].<ref name="História de Benguela 2" />

A fundação efetiva de Benguela viria ocorrer com uma expedição liderada por [[Manuel Cerveira Pereira]], capitão-general de Angola, que partiu de [[Luanda]] em 11 de abril de 1617, à frente de uma frota naval composta por 130 homens. A expedição rumou para sul, ao longo da costa, até a [[baía das Vacas]] (ou baía de Santo António), que alcançou em 17 de maio do mesmo ano.<ref name="História de Benguela 2" /> Na baía fundou-se uma fortaleza (que posteriormente receberia o nome de [[Forte de São Filipe de Benguela]]); a fortificação foi o núcleo-base da povoação que se tornaria de imediato a capital do novo domínio português ao sul de Angola, a Capitania de Benguela — nome conservado entre 1617 e 1779, quando foi substituída pelo "distrito de Benguela". Inicialmente a localidade surgida ao redor do forte ganhou o nome de Ombaca, até que, após a celebração de tratado de amizade e comércio entre Portugal e o Reino de Benguela (ainda um pequeno reino com domínio nos vales dos rios Cavaco e Catumbela), tomou-se o nome de Benguela também para o vilarejo e a fortaleza.<ref name="História de Benguela">{{citar web |url=http://www.cpires.com/benguela_mapas.html |publicado=CPires|titulo=Benguela - Alguns Mapas e um pouco de História |autor= Pires, Carlos |data=31 de outubro de 2008 |acessodata=22 de julho de 2013}}</ref>

=== Estruturação, tensões e conflitos ===
Em 21 de dezembro de [[1641]] Benguela foi ocupada por forças da [[Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais]], que manteve seu domínio até [[1648]], quando uma expedição de Rodrigues Castelhano, sob ordens de [[Salvador Correia de Sá e Benevides (militar)|Salvador Correia]], retoma a cidade. Na retomada, recria-se o [[distrito de Benguela|distrito/capitania de Benguela]], tornando novamente a cidade o segundo posto administrativo avançado lusitano em Angola.<ref name="cpires">[http://www.cpires.com/docs/roteiro_benguela_1.pdf Distrito de Benguela: Divisão Administrativa]. Edições ACIP. [s/d].</ref>

Após a ocupação neerlandesa, o [[Forte de São Filipe de Benguela]] foi reconstruído e ampliado utilizando [[Construção_de_terra#Taipa_de_pilão|taipa]] e [[adobe]], em 1661, e novamente restaurado em 1694. Porém, em 1705, uma esquadra [[Reino da França|francesa ]]bombardeia, invade e saqueia Benguela, deixando-a quase totalmente destruída; o processo de reconstrução da cidade duraria de 1710 a 1733.<ref name="cpires"/> O forte foi restaurado em 1710 e reformado em 1769, servindo de prisão e Depósito de [[Degredo|Degredados]] até sua demolição (1906–1918). A cidade chegou a ser atacada também pelos sobas do reino de Benguela em 1718 e 1760.<ref name="Freudenthal e Fernandes">Freudenthal, Aida.; Fernandes, José Manuel . [https://hpip.org/pt/Contents/Place/244 Benguela, Angola: Enquadramento Histórico e Urbanismo]. Heritage of Portuguese Influence/Património de Influência Portuguesa. 2020.</ref>

Passado este período de grande tensão, a cidade ganhou o Edifício da Câmara em 1772 (somente foi destinado à Câmara no século XIX). Já o Hospital Real (actual Hospital Geral de Benguela) havia sido construído em 1674, porém, após a destruição da cidade pelos franceses em 1705, só foi restaurado em 1773.  Na "Descripção da Capitania de Benguella", datada do século XVIII e da autoria de de [[Alexandre José Botelho de Vasconcelos]], 5º capitão-tenente da até então capitania, a cidade de São Filipe de Benguela é descrita como estando situada à borda do mar, numa grande planície 12 graus e meio a sul da [[linha do Equador]], com uma [[enseada]] ao lado da parte do sul.<ref>{{citar livro|autor=Associação Marítima e Colonial|título=Annaes maritimos e coloniaes|editora=|ano=1844|página=147|id=}}</ref>

=== Século XIX e a Confederação Brasílica ===
[[Imagem:COLLECTIE TROPENMUSEUM Ivoren sierkam TMnr A-11044.jpg|miniatura|110px|esquerda|Um pente de marfim de meados do século XIX, utilizado pelos povos do reino de Benguela, que tinham domínio sob o leste do território municipal benguelense.]]
É em Benguela que inicia-se um dos primeiros movimentos independentistas de Angola, quando, entre 1822 e 1823, soldados da capitania-distrito de Benguela rebelam-se e declaram formada a [[Confederação Brasílica]], uma entidade nacional que buscava inspiração no recém-formado [[Império do Brasil]]. O movimento ascendeu no litoral angolano, angariando adesão até mesmo de [[Luanda]]. Portugal, a partir de suas bases em [[São Tomé (São Tomé e Príncipe)|São Tomé]], agiu rápido contra a sedição, derrotando a Confederação com facilidade.<Ref>{{citar periódico|periódico=Via Atlântica|url=https://www.researchgate.net/publication/291599983_Republicanismo_em_Angola_os_filhos_do_pais_perante_a_Era_Nova_1870-1912/fulltext/56a44b2308ae232fb205b5cf/Republicanismo-em-Angola-os-filhos-do-pais-perante-a-Era-Nova-1870-1912.pdf |título=Republicanismo em Angola: os "filhos do país" perante a Era Nova (1870-1912). |autor=Freudenthal, Aida |data=2013|número=23|local=São Paulo}}</ref><Ref>{{citar periódico|periódico=Cultura - Revista de História e Teoria das Ideias|url=https://journals.openedition.org/cultura/2581|título=A literatura e as guerras em Angola. No Princípio Era o Verbo |autor=Cosme, Leonel |data=2015|volume=34|local=Lisboa|editora=Universidade Nova de Lisboa}}</ref><ref>{{citar periódico|periódico=Sankofa. Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana |título=Cabo Verde: entre uma civilização agrícola e uma civilização industrial e comercial (1822-1841) |autor=Pereira, Eduardo Adilson Camilo |data=2014 |número=14 |local=Lisboa|editora=Universidade Nova de Lisboa}}</ref>

Após o movimento sedicioso na cidade, Portugal reforçou a guarnição de Benguela. Tal período também culminou na criação da [[Poder Legislativo|Câmara Municipal]], em 1835, fato que dinamizou sobremaneira a localidade. Mesmo assim, em 1845 e 1846, em relatórios respectivamente de Lopes de Lima e Carvalho e Menezes, foi classificada como uma "povoação de pouco mais de seiscentos" habitantes, organizando-se junto do forte, dispondo-se as casas de adobe ao longo de "uma única rua e várias travessas", sendo ainda taxada de lugar "ermo e frequentado por animais ferozes". Carvalho e Menezes, porém, relatou haver 2.400 habitantes, dos quais mais de um terço eram escravos, sendo os outros comerciantes escravagistas, soldados e africanos livres.<ref name="Freudenthal e Fernandes"/>

O panorama de Benguela mudou na década de 1880, quando tomou o epíteto de "cidade branca", sendo descrita como "graciosa, ampla, com longas avenidas arborizadas, um formoso jardim, espaçosas praças, muito plana, muito limpa e regularmente iluminada". A cidade já somava 1,7 km de orla litorânea urbanizada e 2 km para o interior, atingindo uma área total de 3,67 [[km²]]. Os poderes públicos haviam efetuado vários melhoramentos, com novos aterros sanitários, instalação de uma linha telefónica para a [[Catumbela]] (1886), construção das pontes férreas sobre o [[Rio Cavaco]] e o [[Rio Catumbela]], da nova residência do governo, do mercado e o restauro de construções antigas, como o cemitério. A condução da água do Cavaco até aos chafarizes públicos foi instalada na década de 1890, enquanto a luz elétrica só iluminou Benguela em 1905.<ref name="Freudenthal e Fernandes"/>

=== Primeira metade do século XX ===
A viragem do século XIX para o século XX trouxe as obras do [[Caminho de Ferro de Benguela]], que teve seu primeiro trecho aberto ainda no ano de 1883, numa extensão de 23 km, servindo de ligação entre [[Catumbela]] e Benguela. Em 1905 a operação comercial da ferrovia iniciou-se, graças a chegada ao [[porto do Lobito]] da primeira locomotiva. A ferrovia dinamizou sobremaneira a economia benguelense, além de fazer crescer a população citadina.<ref name="Silva">Silva, Elísio Romariz Santos. [https://sites.google.com/site/cfbumahistoriasucinta/ Companhia do Caminho de Ferro de Benguela: Uma história sucinta da sua formação e desenvolvimento]. Lisboa: 2008. s/n.</ref>

Tal grau de desenvolvimento permitiu que se dedicassem plantas urbanísticas próprias para a localidade em 1900, 1939 e 1948, com a revitalização de vários espaços como o Pelourinho, e a construção das praças de São Filipe, Quitanda e Embondeiro. Além disso, a condição de capital de distrito e pólo de desenvolvimento regional assegurou a Benguela ser a mais importante cidade do sul de Angola até a ascensão do [[Huambo]] e do [[Lubango]]. A instalação de empresas agrícolas e piscatórias fizeram afluir uma nova massa de assalariados africanos e europeus, e a população urbana ascendeu a cerca de 14 000 pessoas, requerendo novas medidas de saneamento, a construção de novos bairros, como o bairro Indígena, e novas estruturas viárias. Seu dinamismo também se dava pela indústria do sisal, que assegurou o seu crescimento demográfico em 1950 para um total de 17 690 habitantes. Nos anos 1960, a cidade atingiria os 30 800 habitantes, como reflexo do aumento de trabalhadores do setor industrial em plena expansão: fábricas de óleo, açúcar, sabão, laticínios, cal, tijolo, refrigerantes, secagem e congelação de peixe.<ref name="Freudenthal e Fernandes"/>

Neste período também Benguela foi pioneira nas mídias no território do país, a partir do lançamento do "Jornal de Benguela", em 1912, criado e editado por Manuel Mesquita; foi o primeiro periódico de jornalismo profissional, e também o primeiro a possuir tipografia própria.<ref>Hohlfeldt, Antonio; Carvalho, Caroline Corso de.. [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-58442012000200005 A imprensa angolana no âmbito da história da imprensa colonial de expressão portuguesa]. Intercom, Rev. Bras. Ciênc. Comun. vol.35 no.2 São Paulo July/Dec. 2012.</ref> Houve também pioneirismo nas emissões de [[radiodifusão]] em 1931 e o lançamento da primeira emissora eminentemente angolana, a Rádio Clube de Benguela, em 28 de fevereiro de 1933. Posteriormente esta rádio foi absorvida para formar a estação local da [[Rádio Nacional de Angola]].<ref name="Monteiro">{{citar livro|url=https://angolaradio.webs.com/ |autor=Monteiro, Diamantino Pereira.|título=Rádio em Angola: como eu a vivi |editora=Mar da Palavra |data=2018}}</ref> A primeira transmissão [[televisão|televisiva]] em Benguela apareceria somente em 1964, sob os auspícios da mesma rádio clube, tornando-se a segunda cidade do país a ter uma emissora.<ref>Cádima, Francisco Rui.. [http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-54622016000200006 Televisão e império: sobre a inexistência de emissões da RTP nas províncias ultramarinas portuguesas]. Media & Jornalismo. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, vol. 16. Nº.29.  Dez. 2016.</ref>

=== Segunda metade do século XX–Presente ===
[[Imagem: Benguela, Sombreiro, ca.1970 - panoramio.jpg|miniatura|200px|esquerda|A península em forma de morro ponta do Sombreiro, no ano de 1970, marco geográfico da cidade e da baía das Vacas. O Sombreiro marca o limite entre os municípios de Benguela e Baía Farta.]]
Em 1 de agosto de 1956<ref>Quinta, Joana. [https://recil.grupolusofona.pt/bitstream/10437/7695/1/JOQ%20Tese-Vers%C3%A3o-Final-COM%20J%C3%9ARI.pdf  - História da Formação de Professores de Língua Portuguesa em Benguela – Angola]. Lisboa: Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. 2016.</ref> Benguela ganharia sua primeira instituição de ensino,<ref>Marroni, Maria Luísa de Castro.. [https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/17873/2/tesemestluisamarroni000078481.pdf Os Outros e a Construção da Escola Colonial Portuguesa no Boletim Geral das Colónias: 1925-1951]. Porto: Universidade do Porto. 2008.</ref> o Liceu Nacional de Benguela (em funcionamento somente no ano seguinte) que, em 1967, passaria a denominar-se Liceu Nacional Comandante Peixoto Correia;<ref>Jonas, Ezequiel Israel. [https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/6484/1/2013%20ECSH%20DEP%20Disserta%C3%A7%C3%A3o%20Ezequiel%20Israel%20Jonas.pdf Políticas do Desenvolvimento do Capital Humano em Angola (2002-2012) : Estudo de Caso da Província do Cunene]. Lisboa: ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa. Junho de 2013.</ref> instalado em uma portentosa obra arquitetónica de autoria de [[Lucínio Cruz]],<ref>[https://hpip.org/pt/Heritage/Details/1798 Liceu Nacional de Benguela]. HPIP. 2020.</ref> no pós-independência ganhou a denominação de Escola Secundária Comandante Cassange. No mesmo ano (1956), também é formalmente criada a Escola Industrial e Comercial Venâncio Deslandes (actual Instituto Médio Industrial de Benguela-IMIB<ref>[https://www.angop.ao/noticias-o/?v_link=https://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/sociedade/2012/6/29/Governo-amplia-Instituto-Industrial-Benguela,4759e1dd-190c-4dd7-ac2a-cb652b06be24.html Governo amplia Instituto Médio Industrial de Benguela]. Portal Angop. 18 de julho de 2012.</ref>) e a primeira escola primária. Antes, a educação era ofertada de maneira informal e irregular pela igreja Católica, e majoritariaraimente aos filhos de portugueses. Em 22 de abril de 1967, ocorre a fundação da Escola do Magistério Primário de Benguela, a precursora da formação superior na cidade.<ref>[https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-/search/510073/details/normal?perPage=200&sort=whenSearchable&sortOrder=ASC&q=Constitui%C3%A7%C3%A3o+da+Rep%C3%BAblica+Portuguesa Decreto n.º 47648/1967 - Cria a Escola do Magistério Primário de Benguela]. Diário do Governo n.º 96/1967, Série I de 22 de abril de 1967.</ref>

A 24 de junho de 1967, Câmara Municipal de Benguela foi agraciada com o grau de Membro-Honorário da [[Ordem do Império]].<ref>{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2015-04-15 |notas=Resultado da busca de "Câmara Municipal de Benguela".}}</ref>

Embora Benguela tenha enfrentado somente pequenas escaramuças com as forças nacionalistas do [[MPLA]] e [[UNITA]] durante toda a [[Guerra de Independência de Angola]] (justamente por ser um centro militar português muito reforçado), foi só nos estágios finais, em 6 e 7 de novembro de 1975, que um largo conflito atingiu a cidade. Na Batalha de Benguela e Loboto, unidades militares [[Força de Defesa da África do Sul|sul-africanas]], com suporte da UNITA, capturaram Benguela, que estava sob controle conjunto do MPLA, Cuba e Portugal. Em dezembro do mesmo ano, na batalha de recaptura das duas cidades, Cuba e MPLA fizeram a UNITA e a África do Sul recuar para o [[planalto do Amboim]].<ref name="Relações Internacionais 1976">IPRI—Instituto Português de Relações Internacionais : The United States and the Portuguese Decolonization (1974–1976) Kenneth Maxwell, Council on Foreign Relations. Paper presented at the International Conference "Portugal, Europe and the United States", Lisbon, October, 2003</ref>

Somente em 1994 a cidade receberia um campus (ISCED-Benguela) da [[Universidade Agostinho Neto]] (UAN), que em 2001 tornou-se o Centro Universitário de Benguela (CUB). Em 2009, o mesmo centro universitário foi transformado na [[Universidade Katyavala Bwila]].<ref name="ISCED-Benguela">[https://iscedbenguela.org/o-isced-a-tua-escola/historia-do-isced/ História do ISCED]. ISCED-Benguela. 2019</ref>

== Geografia ==
[[Imagem:Paços do Concelho, Benguela (cropped).jpg|esquerda|thumb|200px|Os Paços do Concelho de Benguela, em 2008.]]
Benguela situa-se a oeste de Angola, sendo a capital e principal município da [[Subdivisões de Angola|província]] de [[Benguela (província)|Benguela]]. Sua área territorial é de 2 100 km², contando com uma população de 623 777 habitantes,<ref name="Schmitt"/> segundo os dados do [[Instituto Nacional de Estatística (Angola)|Instituto Nacional de Estatística]] no âmbito das estimativas de 2018.<ref>http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/numeros_do_censo_foram_divulgados</ref>

O município compõe-se somente da comuna sede, que está organizada em seis zonas: Zona A, Zona B, Zona C, Zona D, Zona E e Zona F. Vilas municipais importantes são Coruteva, no sul, Gunque, no norte, e Binga, no centro; as três vilas estão a leste da cidade, que domina toda a faixa litorânea da [[baía das Vacas]].

Benguela tem vivido a mesma situação que os municípios da [[província de Luanda]], com construções mal organizadas, ruas sem saídas, valas de [[água]] poluídas, [[lixo]] nas ruas. Bairros como os de Camanigã e Calohombo sofrem com muitos desses problemas.

Forma, juntamente com as cidades de [[Baía Farta]], [[Catumbela]] e [[Lobito]], a [[Região Metropolitana de Benguela]], uma área de forte [[conurbação]] e ligação de serviços urbanos.<ref>[http://www.benguela.gov.ao/vernoticia.aspx?id=33388 Lobito regista avanços nos sectores da energia e águas]. Governo Provincial de Benguela. 6 de setembro de 2017.</ref>

=== Relevo ===
No relevo, predominam as colinas monolíticas situadas ao norte do município e encontradas na maior parte do território da província.<ref name="Geografia de Benguela" /> A zona leste municipal é dominada por planaltos escalonados, que são, em sua maioria, cortados por vales e rios.<ref name="Geografia de Benguela">{{citar web |url=http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/angola/benguela.php |publicado=Portal São Francisco |titulo=Benguela, África - História, Geografia, População e outras informações |autor= Consulado de Angola |data= |acessodata=27 de julho de 2013 }}</ref>

=== Vegetação ===
A vegetação do município é composta predominantemente formações de [[estepe]], assim como formações de florestas abertas e [[savana]]s arborizadas.<ref name="Geografia de Benguela" />

=== Hidrografia ===
O território municipal de Benguela também possui diversos cursos de água, centrado principalmente no rio Cavaco e nos afluentes deste, que compõem a bacia do Cavaco. Outro rio importante é o Coringe, que corta o centro histórico da cidade. Já na área nordeste do município é banhada pelo [[rio Catumbela]]. A característica semiárida de Benguela faz com que vales e rios secos acumulem enormes volumes de água no período das chuvas.<ref name="Geografia de Benguela" />

=== Demografia e religião ===
Existem em Benguela diversos credos e manifestações religiosas, tendo, entre os locais de culto, principalmente igrejas e templos [[Cristianismo|cristãos]] [[Igreja Católica|Católicos Romanos]] (sob coordenação da [[Diocese de Benguela]]), da [[Igreja Evangélica Congregacional em Angola]], da Igreja Evangélica Reformada de Angola, da [[Convenção Baptista de Angola|Igreja Batista]], da [[Igreja Universal do Reino de Deus]], da [[Assembleia de Deus|Igreja Assembleia de Deus Missão]] e da [[Igreja Adventista do Sétimo Dia]]; outras denominações cristãs têm número reduzido de fiéis e templos.<ref> Britannica, [https://www.britannica.com/place/Angola Angola], britannica.com, USA, acessado em 12 de janeiro de 2020</ref> Há também mesquitas [[Islão|muçulmanas]].<ref>[https://www.dw.com/pt-002/angola-l%C3%ADder-isl%C3%A2mico-aponta-excesso-de-zelo-no-encerramento-de-mesquitas/a-48780195 Angola: Líder islâmico aponta "excesso de zelo" no encerramento de mesquitas]. Deutsche Welle. 18 de maio de 2019</ref>

Em território benguelense há uma miscelânea de povos das mais diversas origens, com uma maioria etnica de [[ovimbundos]], porém com minorias de [[coissãs]], de [[chócues]], de [[congos]] e de [[ambundos]], além de luso-angolanos e ango-brasileiros. Tal interação de povos e culturas a torna uma cidade cosmopolita.<ref name="Corrêa">Corrêa, Carolina Perpétuo. [https://www.scielo.br/j/vh/a/G43hQjxNMVsmLxKCs38vDqs/?lang=pt Cross-cultural exchange in the Atlantic world: Angola e Brazil during the Era of the Slave Trade]. Resenhas. Varia História. 30 (52). Abril de 2014.</ref>

== Economia ==
O município é um centro distribuidor de produtos agrícolas, mas principalmente centrado na agroindústria do café, milho, tabaco, cana de açúcar, processamento de peixe e sisal.<ref name="Britannica">[https://www.britannica.com/place/Benguela Benguela]. Encyclopædia Britannica. [s/d].</ref>

As indústrias locais de Benguela incluem fabricação de sabão, ferramentas e cerâmica; já os depósitos de manganês situados ao sul da cidade geram massa salarial para a população benguelense.<ref name="Britannica"/>

== Cultura e lazer ==
=== Festejos e manifestações culturais ===
Em Benguela há duas manifestações religiosas católicas de grande relevo, sendo a Procissão de Velas, em devoção de [[Nossa Senhora de Fátima]],<ref>[http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/sociedade/2015/4/20/Benguela-Catolicos-realizam-procissao-velas-devocao-Nossa-Senhora-Fatima,f10f7926-95ba-43c1-8da8-4a1b6a9cf5ce.html Benguela: Católicos realizam procissão de velas em devoção à Nossa Senhora de Fátima]. Portal Angop. 13 de maio de 2015.</ref> e; a Procissão do Corpo de Deus, em devoção ao [[Santíssimo Sacramento]]. Ambas as manifestações são capitaneadas pela [[Diocese de Benguela]].

Outras festividades de grande relevo são o [[carnaval]] de Benguela<ref>[https://www.portaldeangola.com/2016/02/10/vencedor-do-carnaval-municipal-de-benguela-vai-receber-500-mil-kwanzas/ Vencedor do Carnaval municipal de Benguela vai receber 500 mil kwanzas]. Portal de Angola. 10 de fevereiro de 2016.</ref> e as Festas de Maio de Benguela (em comemoração ao aniversário da cidade).<ref>[http://www.welcometoangola.co.ao/_festas_da_cidade_de_benguela&ctd=664 Festas da Cidade de Benguela]. Welcome to Angola. 2018.</reF>

=== Literatura de Benguela ===
O primeiro escritor que aparece em Benguela foi [[José da Silva Maia Ferreira]], autor do livro "[[s:Espontaneidades da minha alma|Espontaneidades da minha alma: às senhoras africanas]]", o primeiro livro de Benguela e de Angola, publicado em Luanda no ano de 1849. Seguiu-se essa tradição literária com Marcial Brazins (Amílcar Barca Martins da Cruz<ref>{{Citar web|ultimo=Colonial|primeiro=Livros Ultramar-Guerra|url=http://livrosultramarguerracolonial.blogspot.com/2016/12/angola-literatura-antologia-da-poesia.html|titulo=Livros Ultramar - Guerra Colonial: Angola & Literatura - 'ANTOLOGIA DA POESIA ANGOLANA', de Maria da Conceição Nobre - Nova Lisboa 1958 - MUITO RARO|data= 5 de dezembro de 2016|acessodata=2022-04-04|website=Livros Ultramar - Guerra Colonial}}</ref>), oriundo de família africana e europeia.<ref name="Corrêa"/> Este faleceu em Benguela no ano de 1958, deixando o poema intitulado de "Minha Terra".<ref name="OHC">Carlos, Ervedosa. ''Roteiro da Literatura Angolana'' Lisboa: Edições 70, 1979.</ref> Outros nomes importantíssimos da literatura benguelense são [[Alda Lara]], com o poema "Vida que se perdeu",<ref name=":0">{{citar livro|url=https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/11976/1/8583_18575.pdf|título=A unidade angolana e o amor à Pátria na poesia de Alda Lara|ultimo=Hifindaka|primeiro=Aginaide|editora=Universidade da Beira Interior|ano=2021|local=Covilhã|página=25}}</ref> e [[Pepetela]], com o romance "Yaka".<ref>{{citar periódico|url=https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/download/18724/10403/ |título=Um romance no compasso da história: Yaka, de Pepetela|autor=Nathália de Ornelas Nunes de Lima|periódico=Revista Espaço Acadêmico|volume=12|número=141|data=fevereiro de 2013}}</ref>

=== Lazer ===
[[Imagem:Estádio Nacional de Ombaka (19151153514).jpg|miniatura|esquerda|200px|O Estádio Nacional de Ombaka, em 2015.]]
Alguns dos principais locais de lazer da cidade são o [[Cine-Teatro Monumental]], a catedral de Nossa Senhora de Fátima, a [[Igreja da Nossa Senhora do Pópulo]], o [[Museu Nacional de Arqueologia (Angola)|Museu Nacional de Arqueologia]], o Jardim da Administração Municipal e o [[Largo da Feira]], além dos vários quilómetros de praias litorâneas. O portentoso [[Edifício do Cabo Submarino]] acabou sucumbindo num incêndio.<reF>[http://destinobenguela.com/turismo/locais-interesse/historicos/ Históricos]. destinobenguela.com. 2017.</reF>

=== Desportos ===
Em dezembro de 2009 foi inaugurado o [[Estádio Nacional de Ombaka]], com lotação de 35 000 lugares, onde foram disputados alguns jogos do [[Campeonato Africano das Nações de 2010]]. Desde então é a casa do [[Estrela Clube Primeiro de Maio]], clube fundado em 1981 que ganhou a [[Taça de Angola]] em 1982, 1983, 2007, e que se sagrou campeão nacional em 1983 e em 1985.<ref>[http://www.zerozero.pt/equipa.php?id=2436 Perfil do ''Estrela Clube Primeiro de Maio''] em www.zerozero.pt, visitada a 6 de março de 2014</ref> Disputa o campeonato nacional angolano, o [[Girabola]]. Em 2012 outro clube de Benguela conseguiu subir ao Girabola, o [[Clube Nacional de Benguela]]. Fundado em 1920, ganhou a Taça de Angola em 1980, e está sediado no estádio Atlético São Filipe, de 5 000 lugares.<ref>[http://www.zerozero.pt/equipa.php?id=69541 Perfil do ''Clube Nacional de Benguela''] em www.zerozero.pt, visitada a 6 de março de 2014</ref> Outras equipas futebolísticas benguelenses são o [[Sporting Clube de Benguela]] e os [[Gaiatos de Benguela]].

Em 1972 foi inaugurado o [[Autódromo de Benguela]], que abrigou várias provas da Temporada Internacional de Angola em 1973 e 1974, entre outros. Com muito raro uso a partir de 1976, o circuito caiu em decadência desde os anos 2000.<ref>[http://motorsportinangola.blogspot.de/2009/12/autodromo-de-benguela-inauguracao.html www.motorsportinangola.blogspot.de], visitada a 6 de março de 2014</ref><ref>[http://formula1archive.blogspot.de/2010/03/autodromo-benguela-raceway.html www.formula1archive.blogspot.de], visitada a 6 de março de 2014</ref>

O chamado toque "[[Benguela (capoeira)|Benguela]]" é o mais lento da [[capoeira]] regional.<ref>[https://capoeiraespeto.wordpress.com/2018/03/17/os-toques-da-capoeira/ Os Toques da Capoeira]. Espeto Capoeira. 17 de março de 2018.</ref>

== Infraestrutura ==
[[Imagem:Cidade_limpa.jpg|thumb|esquerda|200px|[[Varredor de rua|Varredores de rua]] trabalhando em uma praça de Benguela, em 2014.]]
=== Abastecimento de água ===
O abastecimento de água potável na cidade é assegurado pela Empresa de Águas e Saneamento de Benguela (EASB), que sustenta o sistema por captações subterrâneas e de rios e,<ref name="EASB">[http://www.easb.co.ao/Noticias.html João Lourenço visitou o novo sistema de bombagem da EASB-EP]. EASB. 8 de julho de 2017.</ref> principalmente, da Barragem de Catumbela (ou Barragem da Bamba do Bissonde), sendo a água bombeada por eletrobombas para os reservatórios.<ref name="EASB"/> O abastecimento da cidade sofre racionamentos constantes, devido ao regime intermitente de chuvas, seguido de secas prolongadas na região.<ref>[https://expansao.co.ao/opiniao/interior/seca-em-benguela-um-ciclo-vicioso-que-se-repete-100783.html Seca em Benguela: um ciclo vicioso que se repete]. Expansão. 9 de fevereiro de 2021.</ref>

=== Comunicações ===
Do ponto de vista de comunicação, os serviços disponíveis são os telefónicos — telefonia fixa e móvel — ofertados pelas operadoras [[Angola Telecom]], [[Movicel]] e [[Unitel]];<ref>[https://www.nperf.com/pt/map/AO/3351663.Benguela/-/signal/ Mapa de cobertura 3G / 4G / 5G em Benguela, Angola]. nPerf.com. 2021.</ref> serviços de [[Rádio (telecomunicações)|rádio]] com frequência da Rádio Benguela (retransmissora da [[Rádio Nacional de Angola]]),<ref>[https://fmscan.org/net.php?r=f&m=s&itu=AGL&pxf=RNA+R%E1dio+5 RNA Rádio 5 (Angola): FM Frequencies]. FM Scan. 2021.</ref> da [[Rádio Ecclesia]]<ref>[https://www.voaportugues.com/a/r%C3%A1dio-ecclesia-chega-a-seis-prov%C3%ADncias-%C3%A0-espera-de-duradoura-promessa-das-liberdades-/4371048.html Rádio Ecclesia chega a seis províncias à espera de duradoura promessa das liberdades]. VOA Português. 30 de abril de 2018.</ref> e da [[Rádio Mais (Angola)|Rádio Mais]];<ref>[https://mytuner-radio.com/pt/radio/pais/angola/estado/benguela-province-estacoes Rádios em Benguela, Angola]. My Tuner. 2020.</ref> [[Sinal aberto|televisivo]], com repetidores da [[Televisão Pública de Angola]]<ref>[https://www.parlamento.ao/pl/noticias/iii-legislatura/-/blogs/388847;jsessionid=ABB7E6A57AC5A0C82379195904DB42A7 Radiografia do sector da comunicação social em Benguela]. Assembleia Nacional de Angola. 28 de abril de 17.</ref> e da [[TV Zimbo]];<ref>[http://producao.pna.gov.ao/noticia/noticias/MjQw Efectivos da Academia de Polícia inteiram-se sobre funcionamento da TV Zimbo em Benguela]. Polícia Nacional. 2020.</ref> [[Correios de Angola]], com serviços de correio e telégrafo, e;<ref>[https://www.portaldeangola.com/2018/10/09/benguela-correios-de-angola-aposta-na-revitalizacao-e-extensao-dos-servicos-postais/ Benguela: Correios de Angola aposta na revitalização e extensão dos serviços postais]. Portal de Angola. 9 de outubro de 2018.</ref> serviço de [[internet]] disponível pelas operadoras [[ZAP (operadora)|ZAP]]<ref>[https://www.zap.co.ao/sobre-a-zap/onde-estamos Onde estamos]. Zap. 2021.</ref> e Multitel.<ref>[https://www.verangola.net/va/pt/092019/Telecomunicacoes/16472/Multitel-aposta-em-tecnologia-de-ponta-leva-qualidade-e-seguran%C3%A7a-ao-mercado.htm Multitel: aposta em tecnologia de ponta leva qualidade e segurança ao mercado]. Ver Angola. 13 de setembro de 2019.</ref> Nas mídias impressas, ainda há o tradicional [[Jornal de Angola]]<ref>Paes, Mariana Dias; Ñgala, Juelma Matos. [https://www.lhlt.mpg.de/1813607/notice-19-09-17-jornal-de-angola Jornal de Angola about the research on the case files of the District Court of Benguela]. Instituto Max Planck. 17 de setembro de 2019.</ref> e o jornal regional [[O Litoral]].<ref>{{citar web|url=https://www.angop.ao/noticias/sociedade/benguela-e-cuanza-sul-nas-paginas-do-jornal-regional-o-litoral/|título=Benguela e Cuanza Sul nas páginas do jornal regional “O Litoral”|publicado=[[ANGOP]]|data=5 de outubro de 2021}}</ref>

=== Educação ===
Na cidade está a sede da [[Universidade Katyavala Bwila]],<ref>[http://www.ukb.ed.ao/Pagina/como_chegar Como Chegar à UKB]. Universidade Katyavala Bwila. [s/d].</ref><ref name="ISCED-Benguela"/> do [[Instituto Superior de Ciências da Educação de Benguela]]<ref>[https://www.ipls.ao/wp-content/uploads/2020/10/DP-285-_-20-de-29-de-Outubro-reorganizacao-da-rede-de-IPES.pdf Decreto presidencial nº 285, de 29 de outubro de 2020 - Estabelece a reorganização da Rede de Instituições Públicas de Ensino Superior]. Diário da República - I Série - nº 173. 29 de outubro de 2020.</ref> e também do [[Instituto Superior Politécnico Jean Piaget de Benguela]].<ref>[https://www.piagetbenguela.org/index.php/contacto Contacto]. Instituto Superior Politécnico Jean Piaget de Benguela. 2020.</ref>

=== Energia eléctrica ===
O fornecimento de energia eléctrica na cidade é garantido pela Central Termelétrica de Benguela,<ref>[https://metaloviana.pt/projeto-detalhe?pais=angola&id=66 Centrais Termoelétricas de Luanda e Benguela]. Metaloviana. 2013.</ref> pela [[Central Hidroelétrica de Lomaum]] e pela [[Central Hidroelétrica do Biópio]];<ref>[http://www.tecnobar.pt/portfolioAO_pt.html Portfolio: Angola]. Tecnobar. 2017.</ref> a eletricidade é distribuída a nível residencial e comercial pela [[Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade]] (ENDE).<ref>[https://www.worldbank.org/pt/news/press-release/2021/02/19/world-bank-supports-angolans-electrification-with-250-million Banco Mundial Apoia Eletrificação de Angola com US$ 250 milhões]. Banco Mundial. 17 de fevereiro de 2021.</ref>

=== Saúde ===
No âmbito da saúde, a cidade dispõe do centro de referência Hospital Geral de Benguela,<ref>[http://m.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/saude/2018/11/1/Hospital-Geral-Benguela-vai-contar-com-plataforma-tecnologica,633d81fc-63c0-4841-8a22-918eb14486bb.html Hospital Geral de Benguela vai contar com plataforma tecnológica]. Portal Angop. 31 de dezembro de 2018.</ref> além de diversas clínicas e centros de saúde.<ref>[https://www.medpages.info/sf/index.php?page=listing&servicecode=195&countryid=&regioncode=637&subregioncode= Clinics - Private in Benguela, Angola]. Medpages. 2022.</ref>

=== Segurança ===
O sistema de segurança pública de Benguela é garantido por batalhões da Polícia Provincial de Benguela<ref>Um dias nas Corridas: “Intervenção Activa na Comunidade” por estudantes da UniPiaget. ISP Jean Piaget de Benguela. 26 de maio de 2011.</ref> e da Polícia Militar das Forças Armadas Angolanas,<ref>António, Alfredo Luindula. [https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/7981/1/A%20Pol%c3%adcia%20Militar%20das%20FAA%20Cria%c3%a7%c3%a3o%2c%20Implementa%c3%a7%c3%a3o%20e%20Emprego%20%28Asp%20Cav%20831%20Alfredo%20Luindula%20Ant%c3%b3nio%29.pdf A Polícia Militar das Forças Armadas Angolanas: Criação, Implementação e Emprego]. Academia Militar - Direção de Ensino. 1 de julho de 2013.</ref> por um destacamento permanente da [[Polícia Nacional (Angola)|Polícia Nacional]]<ref>[https://www.angop.ao/noticias/sociedade/policia-encoraja-participacao-da-sociedade-na-seguranca-publica/ Polícia quer colaboração dos cidadãos no combate ao crime]. Portal Angop. 10 de fevereiro de 2022.</ref> e por um quartel do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.<ref>[https://bombeirosdeangola.gov.ao/spcb/quartel/1 Quertéis]. Serviço de Protecção Civil e Bombeiros - Comando Nacional. 2022.</ref>

=== Transportes ===
Benguela é conectada ao território nacional por muitos meios de transporte, sendo o mais tradicional por meio rodoviário. Os troncos rodoviários mais importantes são a [[EN-100]], que a liga a [[Luanda]] e a [[Moçâmedes]], e; a EN-105, que a liga ao [[Lubango]] e ao [[Huambo]].<ref>[http://agroportal.ao/index.php/agro-docs/category/18-mapas-de-angola?download=370:mapa-rodoviario-benguela Estudo sobre o estado das rodovias de Benguela]. República de Angola - Ministério dos Transportes. 2018</ref>

Desde 1899 a cidade dispõe da [[ferrovia]] [[Caminho de Ferro de Benguela]] que a liga à norte à Lobito e ao extremo leste do país, para a localidade de [[Luau]], e a [[Tenque]], na [[República Democrática do Congo]].<ref>[http://www1.rfi.fr/actubr/articles/105/article_12902.asp Caminho de ferro de Benguela]. RFI. 3 de setembro de 2008.</ref>

A cidade também possui um aeródromo, o [[Aeroporto 17 de Setembro]],<ref>[http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/transporte/2007/10/48/Benguela-Aeroporto-Setembro-reabre-trafego-aereo,69a81e6e-9686-446a-8f0f-b33c39904c1a.html Benguela: Aeroporto 17 de Setembro reabre ao tráfego aéreo]. Portal Angop. 14 de março de 2005.</ref> além de ser servida pelo [[Aeroporto Internacional da Catumbela]].<ref>[https://mercado.co.ao/home/certificacao-do-aeroporto-internacional-da-catumbela-abre-a-rota-lisboa-benguela-JH382029 Certificação do Aeroporto Internacional da Catumbela abre a rota Lisboa/Benguela]. Mercado. 10 de março de 2019.</ref>

==Ver também==

{{portal|Angola}}

* [[:Categoria:Naturais de Benguela|Naturais de Benguela]]

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==Ligações externas==
{{commonscat}}
* {{Link|pt|2=http://www.cidadebenguela.com|3=Portal da Cidade de Benguela}}

{{Subdivisões de Angola}}

[[Categoria:Benguela]]
[[Categoria:Membros-Honorários da Ordem do Império]]