Cachorro (Serviço Nacional de Informações)

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Cachorro era o informante voluntário que prestava serviços ao antigo Serviço Nacional de Informações do Brasil, frequentemente motivado pela obtenção de vantagens pessoais em troca de informações que interessassem ao serviço de inteligência. O termo "cachorro" era usado para diferenciá-los dos oficiais do SNI, que eram funcionários de carreira remunerados que, quando não trabalhavam infiltrados eles próprios, serviam de ponto de contato para os cachorros. O termo foi cunhado pelo Delegado Fleury, do DOPS, em referência à obediência dos recrutados.[1]

Muito embora os cachorros não tivessem remuneração (em grande parte dos casos) ou vínculo oficial com o SNI, eles também recebiam treinamento. Era comum aos cachorros se infiltrarem em organizações de interesse do SNI, como agremiações e universidades.[2][3] A possibilidade de existir um cachorro infiltrado nestes ambientes – qualquer pessoa poderia ser um deles – era uma forma de FUD aplicado pela Ditadura.[4][5]

Referências

  1. «Relatório da Comissão Estadual da Verdade "Teresa Urban"» (PDF). UFPR. 2014. pp. 35–36. Consultado em 15 de fevereiro de 2018 
  2. «Ex-delegado do DOPS revela mais duas execuções na ditadura». iG Último Segundo. 1 de junho de 2012. Consultado em 15 de fevereiro de 2018 
  3. «Arquivos da ditadura ao alcance do público, na Unisinos». Unisinos. 30 de agosto de 2016. Consultado em 11 de fevereiro de 2018 
  4. «Fala um informante do SNI». Correio do Povo. 24 de janeiro de 2014. Consultado em 11 de fevereiro de 2018 
  5. «Filial do SNI funcionou na reitoria da UFSC durante a ditadura». Medium. 19 de agosto de 2015. Consultado em 11 de fevereiro de 2018 
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