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Camada de Dua: diferenças entre revisões

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'''Camada de Dua''' é uma camada da [[córnea]] humana, cuja existência e denominação foi proposta num artigo científico publicado em junho de 2013<ref name=paper>http://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(13)00020-1/abstract</ref> e que tem apenas 15 [[Micrometro (unidade de medida)|micrometros]] de espessura. Está situada entre o estroma da córnea e a [[membrana de Descemet]] e é a sexta camada descoberta da córnea.<ref name="HuffPost">{{citar web |url=http://www.huffingtonpost.com/2013/06/12/layer-human-eye-duas-layer-cornea_n_3427580.html |título=New Layer Of Human Eye,'Dua's Layer,' Discovered Behind Cornea |editora=Live Science |fecha=12 de junho de 2013 |acessodata=13 de junho de 2013}}</ref> Apesar da sua delgadeza, a camada é muito resistente e impermeável ao ar.<ref name=paper /> É suficientemente resistente para suportar até 2 [[Bar (unidade)|Bar]] (200 [[Pascal (unidade)|kPa]]) de pressão.<ref name=UPI />
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A camada de Dua é a quarta das seis camadas da córnea humana. Antecedem-na, do exterior para o interior, o [[corneal epithelium]], a [[membrana de Bowman]] e o [[estroma da córnea]] (ou ''substantia propria'' na designação latina). Sucedem-lhe a [[membrana de Descemet]] e o [[corneal endothelium]], a mais interna camada.
A camada de Dua é a quarta das seis camadas da córnea humana. Antecedem-na, do exterior para o interior, o [[corneal epithelium]], a [[membrana de Bowman]] e o [[estroma da córnea]] (ou ''substantia propria'' na designação latina). Sucedem-lhe a [[membrana de Descemet]] e o [[corneal endothelium]], a mais interna camada.


== Descoberta ==
== Descoberta ==
A existência da camada de Dua foi proposta em 2013 por [[Harminder Dua]], investigador da [[Universidade de Nottingham]].<ref name=UPI>{{citar notícia |url=http://www.upi.com/Science_News/Blog/2013/06/11/Scientists-discover-new-layer-of-human-cornea/3121370965203/ |título=Scientists discover new layer of human cornea |autor=Kristin Butler |editora=UPI |data=12 de junho de 2013|acessodata=12 de junho de 2013}}</ref>
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==Implicações da descoberta==
==Implicações da descoberta==
Os autores do artigo que descrevem a descoberta creem que possa ter importantes implicações médicas. A camada de Dua poderá ajudar os cirurgiões a melhorar os resultados atingidos por pacientes com transplantes de córnea. Durante a cirurgia, pequenas bolhas de ar são injetadas no estroma da córnea numa intervenção conhecida como "técnica da bolha grande". Por vezes a bolha rebenta, danificando o olho do paciente.<ref name=paper /> Se a bolha de ar for injetada sob a camada de Dua e não por cima desta, a resistência da camada de Dua pode reduzir o risco de deslocamento.<ref name=paper /><ref name=AlphaGalileo>{{cite press release|title=Scientists discover new layer of the human cornea|url=http://www.alphagalileo.org/ViewItem.aspx?ItemId=131955&CultureCode=en|date=12 de junho de 2013 |accessdate=11 de junho de 2013 |publisher=University of Nottingham }}</ref>
Os autores do artigo que descrevem a descoberta crêem que possa ter importantes implicações médicas. A camada de Dua poderá ajudar os cirurgiões a melhorar os resultados atingidos por pacientes com transplantes de córnea. Durante a cirurgia, pequenas bolhas de ar são injectadas no estroma da córnea numa intervenção conhecida como "técnica da bolha grande". Por vezes a bolha rebenta, danificando o olho do paciente.<ref name=paper /> Se a bolha de ar for injectada sob a camada de Dua e não por cima desta, a resistência da camada de Dua pode reduzir o risco de deslocamento.<ref name=paper /><ref name=AlphaGalileo>{{cite press release|title=Scientists discover new layer of the human cornea|url=http://www.alphagalileo.org/ViewItem.aspx?ItemId=131955&CultureCode=en|date=12 de Junho de 2013 |accessdate=11 de Junho de 2013 |publisher=University of Nottingham }}</ref>
A compreensão de doenças da córnea, incluindo úlceras e distrofias também beneficia da descoberta da camada de Dua. O autor afirmou que "de uma perspetiva clínica, há muitas doenças que afetam o fundo da córnea e que os clínicos de todo o mundo estão a começar a relacionar com a presença, ausência ou deslocamento desta camada".<ref name=UPI />
A compreensão de doenças da córnea, incluindo úlceras e distrofias também beneficia da descoberta da camada de Dua. O autor afirmou que "de uma perspectiva clínica, há muitas doenças que afectam o fundo da córnea e que os clínicos de todo o mundo estão a começar a relacionar com a presença, ausência ou deslocamento desta camada".<ref name=UPI />


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Revisão das 20h39min de 23 de junho de 2013

Camada de Dua é uma camada da córnea humana, cuja existência e denominação foi proposta num artigo científico publicado em Junho de 2013[1] e que tem apenas 15 micrometros de espessura. Está situada entre o estroma da córnea e a membrana de Descemet e é a sexta camada descoberta da córnea.[2] Apesar da sua delgadeza, a camada é muito resistente e impermeável ao ar.[1] É suficientemente resistente para suportar até 2 Bar (200 kPa) de pressão.[3]

A camada de Dua é a quarta das seis camadas da córnea humana. Antecedem-na, do exterior para o interior, o corneal epithelium, a membrana de Bowman e o estroma da córnea (ou substantia propria na designação latina). Sucedem-lhe a membrana de Descemet e o corneal endothelium, a mais interna camada.

Descoberta

A existência da camada de Dua foi proposta em 2013 por Harminder Dua, investigador da Universidade de Nottingham.[3]

Implicações da descoberta

Os autores do artigo que descrevem a descoberta crêem que possa ter importantes implicações médicas. A camada de Dua poderá ajudar os cirurgiões a melhorar os resultados atingidos por pacientes com transplantes de córnea. Durante a cirurgia, pequenas bolhas de ar são injectadas no estroma da córnea numa intervenção conhecida como "técnica da bolha grande". Por vezes a bolha rebenta, danificando o olho do paciente.[1] Se a bolha de ar for injectada sob a camada de Dua e não por cima desta, a resistência da camada de Dua pode reduzir o risco de deslocamento.[1][4]

A compreensão de doenças da córnea, incluindo úlceras e distrofias também beneficia da descoberta da camada de Dua. O autor afirmou que "de uma perspectiva clínica, há muitas doenças que afectam o fundo da córnea e que os clínicos de todo o mundo estão a começar a relacionar com a presença, ausência ou deslocamento desta camada".[3]

A hidropsia da córnea, uma acumulação de fluido na córnea, comum em pacientes com ceratocone (deformidade cónica da córnea) pode ser causada por um deslocamento da camada de Dua.[3] Dua lançou a hipótese de que esse deslocamento poderia permitir a passagem de água do interior do olho e causar a acumulação de fluido.[5]

Referências

  1. a b c d http://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(13)00020-1/abstract
  2. «New Layer Of Human Eye,'Dua's Layer,' Discovered Behind Cornea». Live Science. 12 de Junho de 2013. Consultado em 13 de Junho de 2013 
  3. a b c d Kristin Butler (12 de Junho de 2013). «Scientists discover new layer of human cornea». UPI. Consultado em 12 de Junho de 2013 
  4. «Scientists discover new layer of the human cornea» (Nota de imprensa). University of Nottingham. 12 de Junho de 2013. Consultado em 11 de Junho de 2013 
  5. «New Layer Of Human Eye,'Dua's Layer,' Discovered Behind Cornea». Huffington Post Live Science. 12 de Junho de 2013. Consultado em 13 de Junho de 2013